CAPÍTULO 50

RENOVAÇÃO ÍNTIMA

A identificação do homem com a mensagem evangélica, não raro se revela mediante o desapego aos objetos e valores materiais.

Constitui um sinal de compreensão dos deveres humanos em relação ao próximo a generosidade fraternal, em forma de dádivas. No entanto, muitos daqueles que distendem os seus recursos amoedados, mesmo que forrados de propósitos salutares, impõe condições, formulam exigências, conseguindo, assim, minimizar o significado dos auxílios, quando não humilhando os beneficiários.

O conhecimento cristão, quando penetra o âmago da criatura, toma-se uma claridade que vence as resistências das sombras egoístas que teimam por perdurar.

Como consequência, impõe a necessidade da renovação interior, vencendo as paixões que ferreteiam o caráter e atormentam os sentimentos.


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Superar as más inclinações e submeter as tendências dissolventes, eis o campo de trabalho silencioso e difícil que não pode ser marginalizado.

Para que se logrem os resultados positivos, o empreendimento exige disciplina e resolução firme, cujas resistências se haurem no estudo da doutrina do Mestre, na prece e na meditação, com a atitude constante da caridade que faz desabrochem os tesouros que jazem no espírito.


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Sem a decisão firme da renovação íntima, o homem faz-se joguete de forças em choque, contra as quais se vê obrigado a lutar.

Ë uma batalha árdua e demorada, porque objetiva anular o efeito dos hábitos infelizes, milenarmente fixados na tessitura do próprio sér.

Essa disposição se deve apoiar na humildade, que é a célula-máter para cometimentos de tal porte.

A humildade desencoraja qualquer força de violência e de crime.

Consegue anestesiar os efeitos do mal e provar a excelência do bem.

O seu exercício produz resultados opimos, favorecendo a sementeira dos objetivos elevados, bem como a fecundação deles nas terras do sentimento.


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Talvez não seja notório para a observação descuidada de terceiros, o programa da renovação íntima.

Aquele, porém, que se dedica ao compromisso liberativo, descobre a felicidade e a paz que lhe passam a lenir a vida, emulando-o ao prosseguimento do esforço, mediante o qual se eleva.

Quantos, porém, se preocupam na demonstração exterior dos vínculos com Jesus, prosseguem, não obstante, irritados, insatisfeitos e queixosos, em razão da ausência do Espírito do Cristo, que deveria neles, refletir em forma de amor e harmonia íntima.




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