CAPÍTULO 59

VEÍCULO DA VIDA

O fenômeno da morte biológica é inevitável, por constituir a etapa final do processo organizador da forma.

Não obstante, quando se encerra este capítulo, abre-se nova e profunda perspectiva de vida.

Obedecendo a um contínuo mecanismo de evolução, mudam-se as circunstâncias, transferem-se, no tempo e no espaço, as atividades, sem que a vida se aniquile.

O túmulo, que recebe o corpo, concluindo uma fase — a da existência física —, descerra outra — a de expressão espiritual.

Morrer, portanto, é apenas transladar-se de posição vibratória, sem sair-se da vida, que precede ao berço, quanto sucede à tumba.

Desconectam-se as moléculas que consubstanciam a matéria, enquanto se reorganiza a energia fora delas, razão do seu equilíbrio e ação.

A morte é, em consequência, o veículo para a plenitude da vida.

Necessário, porém, que se tenham em mente as funções da jornada física e as suas finalidades a fim de que se colimem os objetivos, que serão defrontados quando aquelas se interrompam.

O Espírito renasce no corpo para adquirir experiências, aprimorar-se, crescer em amor e sabedoria.

Todas as suas ações geram reações equivalentes, •; que lhe passam a constituir liberdade ou presídio, alegria ou desconforto, céu ou inferno.

Ninguém que logre a felicidade, sem que a conduza na mente e através dos atos, material este que elabora o "reino de Deus", que "não tem aparências 1 exteriores", conforme elucidou Jesus.


* * *

Prepara-te todos os dias para o momento da tua desencarnação.

Vive cada um deles com o júbilo do primeiro momento e a sabedoria da última oportunidade.

Se forem longos os anos da tua reencarnação, faze deles um ministério de amor, que rutilará na 1mortalidade como astro luminífero abençoando a tua vida.

Considera o morrer com tranquilidade, sem qualquer receio injustificável ou qualquer desejo desarrazoado.

A vida física são bênçãos que deves aproveitar - com sabedoria e júbilo.

Mesmo que se te apresente dolorosa ou assoalhada de aflições, agradece a oportunidade reparadora.

Se te parece dadivosa e gentil, faculta a outros fruí-la contigo, repartindo as concessões que desfrutas momentaneamente.

Quando menos esperes ela se encerrará, chamando-te a ajustamentos impostergáveis.


* * *

Diante dos teus afetos que atravessaram o silencioso tio da morte, na direção da vida, não te exasperes, derramando ácido na alma dilacerada nem os atingindo com os petardos mentais da rebeldia ou da desesperação.

Embora invisíveis para a tua percepção, eles estão contigo, pela presença ditosa ou infeliz, mediante as ligações pelo pensamento.

Recorda-os com resignação, ora por eles, faze o bem em sua memória.

Haja o que houver, não te aflijas em demasia, quando lhes sentindo a falta.

Inesperadamente, também, serás colhido pelo veículo que te levará ao encontro deles, no rumo da Vida indestrutível, tomando-se necessário que viajes em paz de consciência e com esperança de felicidade.




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