CAPÍTULO 60

TRIUNFADOR PERENE

Os triunfadores, que assinalaram os fastos da História com as suas conquistas e grandezas, sustentavam a coroa e o cetro sobre as multidões esfaimadas e vidas ceifadas nos campos de batalhas...

Os vencidos se lhes submetiam e sob a canga da cruel escravidão, eram vivos-mortos, em dilacerações físicas e morais inqualificáveis.

Logo depois, porém, passavam o seu período, a sua glória, o poder, devorados, por sua vez, pela fauce inexorável da morte que os nivelava às vítimas, quedando relegados ao opróbrio e ao desprezo da posteridade...

Estabeleciam o regime da força que, muitas vezes, os derrubava, em revoluções de odientas disputas, nas quais outros mais violentos os substituiam, punindo-os com impiedade e fomentando o pavor.

Ainda hoje, infelizmente assim ocorre, no mundo, não poucas vezes, quando se perseguem os triunfos e as conquistas exteriores.

Jesus, porém, é um triunfador especial.

—Em momento algum se utilizou da força ou da violência para implantar o Seu reino, no país das almas.

Inaugurou a Era da renúncia aos bens terrenos e submeteu-se com humildade ao jugo arbitrário dos dominadores transitórios, que não se conseguiam isentar da condição humana, na qual sucumbiam de imediato.

A Sua voz conclamou ao amor e a Sua lição de bondade ainda hoje sensibiliza o pensamento universal.

Os triunfadores mundanos, porém, apagam-se na memória dos tempos, enquanto Ele se agiganta no suceder dos séculos.


* * *

Discute-se, ainda, quanto ao dia exato do seu nascimento entre os homens, mas, não se Lhe pode negar a suprema mensagem da libertação de consciências nas criaturas que se identificam com Ele.

Reservada uma data pelo pensamento da História para recordar-Lhe o natalício, Ele é, no entanto, presença constante todos os dias, no imo dos que O buscam e confiam na Sua misericórdia.

A verdade é, que a simples lembrança de Jesus dulcifica os sentimentos e harmoniza o turbilhão mental.

No intérmino suceder dos tempos, mais do que nunca necessitamos dEle nestes tumultuados dias da Humanidade.


* * *

Medita, por um momento, na mensagem sublime de que Ele se fez veículo, em nome de Deus, e deixa-O nascer nas paisagens do teu mundo interior.

Trazendo-O nalma, não te detenhas indiferente à convulsão que assola e agita as criaturas.

Oferece a tua quota de amor, doando-te com alegria para o serviço da plena fraternidade.

Neste Natal, dá-te ao Bem, brindando o Divino Amigo com a tua colaboração, a fim de que, por todos os dias, Ele esteja nascendo e renascendo, em ti e através de ti, junto aos teus irmãos de luta, triunfador perene que Ele é, invencível e insuperável.






FIM





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