CAPÍTULO 12

Abortamento

Dentre os crimes perpetrados contra a Humanidade, avulta-se, em gravidade, o abortamento delituoso.

Sejam quais forem as justificativas apresentadas para interromper-se a vida fetal em desenvolvimento — excetuando-se o aborto terapêutico para salvar-se a vida da gestante — quem se entrega ao nefando tratamento abortivo, incide em delito grave de difícil recuperação.

A vida não é patrimônio da criatura humana, que apenas empresta ao Espírito o envoltório carnal transitório, não lhe cabendo, portanto, o direito de a fazer cessar.

Além disso, a interrupção da vida física, de forma alguma anula a de natureza espiritual, que é a verdadeira, independente da organização material, não obstante, esta, não subsfsta sem aquela.

A vida orgânica inicia-se no momento da fecundação, e, qualquer medida de eliminação ou impedimento do seu finalismo, significa crime, mesmo quando não considerado pelas legislações humanas...


* * *

Um filho, em qualquer circunstância, é compromisso assumido antes do berço pelos genitores, que responderão perante as divinas Leis, pelo comportamento a que se entreguem.

Em consequência, a união sexual não pode prescindir da responsabilidade, nem dc enobrecimento do amor, a fim de que não derrape na vulgaridade do instinto, dando curso a paixões dissolventes e constituindo algema escravizadora, quando deveria ser emulação ao progresso, estímulo à felicidade e à paz.

Argumentos de natureza sócio-econômico-cultural são colocados como mecanismo de evasão ao compromisso perante a vida, gerados pelo egoísmo de quantos não desejam repartir os excessos de que desfrutam, transformando esses valores abundantes em empregos, escolas, oportunidades de dignificação social, de integração comunitária entre aqueles que padecem limite ou escassez...

... Colocações e enfoques apresentados como de direito da mulher ou do homem deliberar quanto ao prosseguimento ou não da gestação, caracterizam-se pelo mesmo sentimento ególatra, que se alia ao utilitarismo e ao orgulho para escapar-se da responsabilidade.

Justificativas de superpopulação carecem de legitimidade ante a prática do aborto, por hão encontrarem apoio na ética-moral nem na religião, desde que a ciência moderna oferece alguns recursos e técnicas não criminosos para o planejamento familiar.


* * *

Diante da tentação do abortamento criminoso, opta pela oportunidade de manter o filho.

Já que o não podes consultar, se ele gostaria ou não de ser assassinado, faculta-lhe a bênção da reencamação e ama-o, seja qual for a circunstância em que te chega.

Oferta-lhe carinho e ampara-o hoje, a fim de que ele te proteja amanhã.

E mesmo que o filho não te venha a amparar mais tarde, terás a consciência tranquila, que te constituirá passaporte ante a aduana da vida espiritual que atravessarás, mais tarde, livremente, ante os códigos supremos da Divina Consciência geradora e condutora da vida em todas as suas manifestações.


O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente. Mas, nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo. Dá-se então que os mais adiantados auxiliam o progresso dos outros, por meio do contato social. " (L. E.) "Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento!


Ai dele! porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla ação do freio i e da espora. Toda resistência orgulhosa terá que, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos. " — Lázaro. (Paris, 1863.) "779. A força para progredir, haure-a o homem em si mesmo, ou o progresso é apenas fruto de um ensinamento? (Cap. IX, Item 8 do E.)


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