CAPÍTULO 24

Defesa

Há quem advogue o revide, quando alguém tomba vitimado pelas farpas da maldade de outrem.

Muitos justificam a necessidade do esclarecimento ante as acusações injustas.

Propõem-se recursos elucidativos, toda vez que o ultraje bate à porta de qualquer pessoa.

Nos diversos campos do comportamento, faz-se compreensível que se apresentem explicações aclaratórias, quando colocados em jogo moral de descrédito, a dignidade e os valores éticos da criatura.

No que tange, porém, às tricas e calúnias, acusações indébitas e disputas vaidosas nas áreas da fé, na qual te movimentas, a atitude da vítima deve ser outra — o silêncio com a perseverança no bem.

O tempo responde melhor do que as palavras em quase todas as circunstâncias.

Nem sempre a defesa verbal logra os resultados que se almeja.

Não raro, o fogo da discórdia mais crepita quando se lhe coloca o combustível das justificações.

A conduta no dever termina por convencer a má fé, a suspeita arraigada, a antipatia gratuita.

Quem defende o servo é o amo.

A serviço do Cristo, Ele se encarrega de compreender e julgar com sabedoria as atitudes daqueles que O servem.

Desse modo, cumpre com o teu dever, sem justificar-te a quem quer que seja, fiel ao programa que te foi destinado e que abraças com ardor.


* * *

Acusado, vilmente, após traído por um amigo e por outro negado, dentre aqueles que Lhe.

partilhavam da íntima convivência, Jesus experimentou a execração e a impiedade, o abandono e a crucificação, não se justificando nem se defendendo uma vez sequer, embora, inocente, pudesse fazê-lo mediante a apresentação dos fatos que Lhe atestavam a grandeza.

Preferiu, porém, ser a vítima sem culpa, ao acusador irado ou o defendido entre debates e acrimônias, numa pugna, afinal, sem qualquer sentido.


a) Como pode o progresso intelectual engendrar o progresso nibral? "Fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde erítão, pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos. " (L. E.) "A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los. " — José, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.) (Cap. X, Item 16 do E.)


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