CAPÍTULO 3

Perante Inimigos

Por mais você procure entender as razões que lançaram alguém como seu inimigo, não as encontrará.

Aliás, nunca há motivos que justifiquem a inimizade.


* * *

O companheiro que, obstinadamente, o

" persegue, decerto enfermou, vitimado pela inveja, não se dando conta, apoiando-se em motivos irreais com que se justifica a sanha perturbadora.


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Aquele que o anatematiza, quiçá esteja ralado pelo despeito, por não poder superar os esforços que você desenvolve no bem, e se arruina, emocionalmente, atirando-lhe a responsabilidade do fracasso.


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Quem se volta contra a sua paz, é possível que desejasse ser-lhe amigo, mas não possui valor para participar das suas alegrias, preferindo a posição animosa e agressiva.


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O amigo de ontem, que ora o acusa com acrimônia, talvez esteja sobrecarregado de aflições, não o desculpando por parecer menos atormentado do que ele.

O conhecido que se lhe opõe, sistematicamente, pode encontrar-se sob perniciosa alienação, de que não se conscientizou, ainda, caminhando para a loucura a breve prazo.


* * *

O inimigo, seja quem for, está doente, merecendo piedade e silêncio.

Em razão disso, tem reações imprevisíveis, não aceitando o diálogo nem se deixando esclarecer.

Para ele os motivos que alega são verdadeiros.

Não se desgaste, adentrando-se nas faixas em que ele estertora.

Aguarde o tempo.


* * *

Você ignora o tormento que estrage em quem agasalha a ira, o azedume, a inimizade.

Felizmente não é você quem se fez o adversário, razão por que não se deve preocupar.


* * *

Cada um caminha consigo mesmo, de cuja companhia não se pode evadir.

O seu inimigo se conhece.

Se não consegue identificar-se agora, a vida, hoje ou mais tarde, elucidá-lo-á.


* * *

De sua parte, não se volte contra ninguém, cultivando qualquer tipo de animosidade.

Imunize-se contra as enfermidades que têm sua gênese nas expressões do ódio e da inveja, preservando a sua paz sob as bênçãos do amor fraternal.


As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos sucumbir e assemelhar-nos a eles. "
. As comunicações ostensivas se dão por meio da escrita, da palavra ou de outras manifestações materiais, quase sempre pelos médiuns que lhes servem de instrumentos. " (Introdução — Item VI — L. E.) "A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. " (Cap. XXVI, Item 10 do E.)


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