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Versão para cópiaPASSAPORTE PARA A VIDA
Na pauta das tuas atividades e reflexões diárias, inclui a questão da morte como de primacial importância.
Mesmo que transites num corpo jovem e harmonioso, nenhuma garantia possuis quanto à sua durabilidade.
Se a madureza das forças já caracteriza a tua jornada, de menos tempo dispões, desde que encetaste a marcha.
Caminhando com os passos exauridos da senectude, já defrontas o pórtico da imortalidade em triunfo, que a todos aguarda e recebe.
Em qualquer condição que te encontres: na saúde, na doença, na juventude, na velhice, convives com a morte do corpo físico, desde que o estado fisiológico, de forma alguma serve de parâmetro para considerar a dimensão da vida.
Os acidentes de vária procedência, revelando-se em forma de infortúnios, chamam, a cada dia, os jovens, deixando os idosos; convocam os sadios, em detrimento dos enfermos, reconduzindo-os ao país da vida-além-da-vida.
Morrer é transformar-se molecularmente, abandonar o pesado envoltório material para movimentar-se em diferente faixa vibratória.
A morte é apenas o passaporte para a vida.
Incorporando ao cotidiano o programa de preparação para a morte, encontrarás alento para enfrentar as vicissitudes e vencer os impedimentos que, não poucas vezes, repontam pela senda redentora.
Sempre defrontarás a morte nos sucessos da vida e descortinarás a vida após o deslinde pela morte.
Aqui, é um filho querido que te precede, ou um irmão a quem te vinculas pela consanguinidade carnal que se transfere do corpo; ali, é um esposo afeiçoado que rompeu as barreiras da forma somática, ou um genitor extremoso, que foi conduzido à vida nova; acolá, é um amigo que se desvenci- lhou dos liames fisiológicos ou um conhecido que não espe-
* ravas viajasse tão cedo e seguiu no veículo da desencarnação...
A surpresa estará presente no teu dia a dia, em relação aos que partem fazendo-te considerar, mesmo que não o queiras, a fragilidade da enfibratura física.
Nesse comenos, quiçá, chega o instante em que será a tua vez, o momento de abandonar o escafandro material, a fim de respirares outra atmosfera e habitares noutra faixa de vibração.
Não te deixes atemorizar pela morte nem a desconsideres.
Ante alguém querido que rumou para o país da sobrevivência, refugia-te na oração e mergulha o pensamento na confiança irrestrita em Deus.
Lene a saudade, que a ausência dele te impõe, através da memória dos momentos felizes que fruíste ao lado desse afeto, hoje fisicamente distante... Ele receberá a tua mensagem emocional pelo telefonema do pensamento e também se renovará. Sentir-se-á evocado pelo teu carinho e estabelecerá um intercâmbio com que te nutrirá de esperança face ao reencontro que se dará oportunamente.
Colhido pela partida inesperada de um ser amado, não te revoltes, expelindo o ácido do desespero ou atirando espículos de blasfêmias injustificáveis, com ambas as atitudes atormentando-te e mais afligindo aquele que necessita das tuas reservas de forças psíquicas e morais, a fim de renovar-se e prosseguir em paz.
Todos que se encontram no corpo físico, deixá-lo-ão, atravessando a aduana da morte, na direção da imortalidade em plenitude de vida.
Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 3.
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