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Versão para cópiaCONFLITOS E AFLIÇÕES
Irrompem, alguns, suavemente, antes de se fixarem, outros violentos, procedentes todos dos refolhos da alma, passando a comandar o pensamento no rumo do desespero com que engendram temores crueis.
Registados no Espírito, em decorrência das atitudes arbitrárias de indisciplina, no passado remoto ou próximo, merecem vigoroso programa de reajustamento que não pode ser postergado.
Atormentam e desequilibram, por anos-a-fio, com uma força de sedução ou com uma virulência que consegue contaminar quantos lhes padecem o cerco ou lhes experimentam a convivência.
Passam como traumas, convertem-se em neuroses, impõem-se como psicoses, esmagam e triunfam nas massas e nos indivíduos inermes, que se estremunham sob sua constrição.
Recalques que se desbordam, ambições que se arregimentam em desvario, possessões voluptuosas são expressões mórbidas da sua presença perniciosa.
Conveniente examinar as nascentes dos conflitos e aflições de qualquer natureza.
Sendo o Espírito o herdeiro dos seus atos, recomeça a experiência no ponto em que fracassou, a fim de gravar a aprendizagem indelevelmente.
Logo se manifestem, cabe aos pais e educadores carrearem a força devastadora de que se constituem, para a inversão da capacidade nos valores autênticos da vida.
Gerando-se um clima de otimismo mental e criando-se austeras linhas de comportamento, mudam-se as paisagens conflitantes da personalidade.
A realização de obras positivas constrói uma psicosfera salutar, que termina por modificar as disposições interiores, do que resulta a conquista do equilíbrio.
Doentes, somos quase todos nós, em diversos graus de intensidade.
Gravames da alma, desajustes do sentimento, desequilíbrios da mente, desarranjos da emoção se encontram presentes em quase todas as criaturas, em forma de conflitos.
Sem embargo, utilizando-nos das nobres conquistas da razão, é inadiável o investimento do esforço moral para refrear as paixões e drenar os conflitos, readquirindo, a duras penas embora, a paz que é a meta ideal que todos perseguimos.
A pretexto de catarse liberativa não te facultes a agressividade, justificando-te os conflitos íntimos.
Não te recuses a oportunidade de lutar, sob a evasiva do limite de forças.
Escusar-se o labor da edificação pessoal é contribuir para o próprio deperecimento moral e espiritual.
Estás na Terra para reparação e crescimento.
Todas as oportunidades aflitivas constituam-te desafio, teste à avaliação de forças morais, que deves conquistar.
Se te sentires, porém, quase vencido, em tormentos crescentes, debruça-te à janela augusta do Evangelho de Jesus e segue a trilha do Seu pensamento estelar na escumilha sombria da tua alma, acendendo os círios do otimismo e da confiança integral no Senhor, com que te clarificarás por dentro e projetarás luz em derredor, conseguindo, por fim, a harmonia que te falta.
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