CAPÍTULO 32

DEPENDÊNCIAS

Todos dependemos de fatores múltiplos, a fim de colimarmos as metas da vida. Uns, que defluem de estímulos superiores que erguem heróis e constroem homens modelos de equilíbrio e enobrecimento, que levantam a Humanidade acima das contingências irreleváveis de animalidade e agressão. Outros, viciosos, que fixam a personalidade à embriaguez dos sentidos, fazendo baixarem as expressões da emotividade em grosseiros choques e entrechoques de sensações com que anestesiam os centros da vontade, derrapando nos sórdidos desvão da criminalidade de alta periculosidade.

O vício faz-se um impositivo orgânico ou psicológico que deve, afervoradamente, ser combatido.

Câncer exaurinte, consegue sobrepor-se aos anseios de liberdade interior, enquanto parasitariamente se nutre de quem lhe depende, em tirânica batalha de aniquilamento.

Todo esforço com que se empenhe o homem no sentido de extirpá-lo significa mérito e passo avançado para o êxito dos seus cometimentos elevados.

Sutilmente, a princípio, depois coercitiva, a dependência viciosa é causa matriz da ruína de quantos transitam, inermes, pelas mãos inescrupulosas da desdita dourada. Da sensação pura e simples ao entorpecimento da vontade e à morte dos ideais, qualquer tipo de dependência, que desagrega o ser, culmina, invariavelmente, na loucura ou no crime de maior porte...

Além das conjunturas meramente psicofisiológicas, merece considerar-se que em toda dependência viciosa há sempre uma lancinante força obsessiva, mediante a qual seres pervertidos e viciados que viveram na Terra e se equivocaram, por processo natural de sintonia, imantam-se às criaturas humanas, às vezes sendo a causa do mal, em circunstâncias outras, o que é mais comum, dependentes, também, da falsa necessidade de que padece o homem...

Toxicomania, alcoolismo, tabagismo, sexualismo desvairado, paixões morais deprimentes, tais a mentira, a calúnia, a pusilanimidade, a idiossincrasia, são amarras perigosas e constritoras que ora dizimam expressiva soma de seres humanos, nos vários pontos da Terra.


* * *

Sejam quais forem as razões, para a queda ou para a fuga, que não resolvem o problema que aflige o homem, sustenta o esforço e preserva o equilíbrio, reunindo as tuas possibilidades para a auto-superação.

Se te encontras dirigido pelos contingentes obsessivos ou vencido pelos ingredientes barbitúricos e estupefacientes, não permaneças inerme: é tempo de recomeçar a trajetória honrada. Volta atrás e tenta outra vez.

Nenhum sonho, por mais agradável, se equipara a um momento de realidade feliz...

Todos podem enfermar, permitir-se depender desta ou daquela força primitiva e cruel. Lutar pela saúde e libertação, porém, constitui-lhe a prova fundamental do exercício da razão.

Não te receies tentar, insistir, perseverar.

O que não lobrigues agora, esforçando-te, conseguirás depois.

Inicia, porém, neste momento, e não adies tua realização, para a qual vieste ao corpo físico.

Se a tua dependência, porém, parecer-te superior às forças, busca Jesus, o Terapeuta Divino, recolhe-te à meditação do "sermão da montanha" e nele te renovarás e refarás, armando-te de entusiasmo honesto e salutar para viver e ser ditoso.




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