CAPÍTULO 38

MÉDIUNS EM DESFILE

Transitam com a mente atormentada, envergando roupagens distintas ou não, guardando na alma o estrugir de forças que os desconectam interiormente.

Passam em ruidosa diligência ao prazer, fugindo de si mesmos, sob o vergastar da indescritível agonia de que se gostariam de libertar...

Correm, promovendo um movimento insano que os agita, já em aturdimento, entre exclamações inditosas, perdidos na multidão, porém sequiosos de amizade, mergulhados nos abismos das dores que os estiolam...

Seguem buscando "coisa nenhuma", sofrendo a inveja dos trêfegos, porque se alçaram aos postos de alto coturno, todavia se encontram perturbados sem um momento de equilíbrio, em face dos desajustes que experimentam.

Lutam pela conquista de valores expressivos, e ao tê-los afogam-se nas drogas e nos prazeres selvagens, afligidos por dramas de difícil solução...

Voejam de lugar em lugar, provocando ciúmes, despertando cobiça e sentem-se inditosos...

Difíceis de enumerados os padecimentos morais e físicos dos que se engalfinham nas jornadas da loucura, mediante as fugas espetaculares à responsabilidade, sob a injunção da mediunidade perturbada.

Portadores de faculdades que exigem atenção e impõem cuidados, esses sofredores entregam-se levianamente às evasões malsãs, procurando interromper o fluxo psíquico de intercâmbio que lhes brota de dentro, em momentosas comunicações espirituais obsessivas...

Detestam o dever e gostariam de receber respostas excelentes do Mundo Espiritual com que, dizem, se fariam ideal instrumento da vida.

Querem a paz, mas não cessam de fomentar conflitos.

Promovem as satisfações do instinto e anelam por galgar as altas esferas da emoção...

Nada oferecendo a benefício próprio, requerem valores que não merecem.


A mediunidade é uma ponte colocada entre duas posições vibratórias, produzindo fácil intercâmbio. 1
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Preservá-la a qualquer custo, enquanto luz a oportunida? de, é relevante e inadiável dever.


* * *

O correto exercício da mediunidade dar-te-á inefáveis alegrias na Terra e após deixares a roupagem carnal.

Não te constitui uma escara ulcerada a drenar misérias morais.

Não excogites, receoso, quantos testemunhos e labores te competem investir, a fim de lograres resultados felizes.

Todo ministério impõe contributo específico.

Cada dever resulta em direitos quanto o fruto descende da flor que se fana.

A mediunidade, extraídas as superstições dos vãos e retiradas as informações do sincretismo religioso negativo, é faculdade paranormal com que te provê a Divindade para a conquista de inexcedíveis valores.

Não tergiverses quanto ao aprimorá-la.

Medita: os pais são médiuns da vida; o operário é o médium da obra que executa; o oleiro é médium da forma; o agricultor é médium da abundância do solo; o escriba é médium das letras; o orador edificante é médium das alocuções formosas... Mediunidade espírita, porém, é a que faculta o intercâmbio consciente, responsável, entre o mundo físico e o espiritual, facultando a sublimação das provas pela superação da dor e pela renúncia às paixões, ao mesmo tempo abrindo à criatura os horizontes luminosos para a libertação total, mediante o serviço aos companheiros do caminho humano, gerando amor com os instrumentos da caridade redentora de que ninguém pode prescindir.




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