CAPÍTULO 49

RUMO ÀS ESTRELAS

Considera a vida física uma estrada quilometrada a iniciar-se no berço e encerrar-se no túmulo.

Tem em mente que após o túmulo, igualmente se alonga a vida, na condição de uma rota que se perde nas estrelas e que percorrerás...

Cada etapa representa um desafio ou vários, que te cumpre vencer.

Conquistado um trecho, outro se distende à vista, aguardando.

A vitória somente será tida como válida, após a conclusão da jornada, quando poderás fazer uma segura avaliação das conquistas e um exame das experiências.

Ultrapassada a marca de cada quilômetro, não te detenhas relacionando os insucessos, porque isso te atrasará o avanço.

O estudo das dificuldades deverá constituir-te contributo para evitar tombares noutras, identificando-as com antecipação, a fim de evitá-las.


* * *

O caminho se distende à frente.

Não te detenhas na evocação das tristezas nem na coleta dos dados deprimentes.

Viagem alguma pode ser feita sem os incidentes naturais do próprio cometimento.

Na Terra, todos se encontram em reeducação.

O que parece mal é, não raro, bênção. Colhe o melhor proveito e segue adiante.

Evita imaginar ou manter conceitos perniciosos. A tua dor é recuperação dadivosa.

Ninguém passa invulnerável a ela.

Objetivando a meta, atravessarás, na vilegiatura, vales e acumes, charcos e terreno firme, dias de claro sol e noites sombrias, clima áspero e ameno...

O importante é atingir o fim que colimas.


* * *

Se é noite na tua alma, hoje visitada pela amargura injustificável, acende a luz da esperança.

Porque teimam os fatores deprimentes em dominar-te o entusiasmo, esforça-te em face dos sublimes compromissos abraçados.

Como insiste a tristeza, unge-te de fé e bendize o aguilhão.

As alegrias do êxito compensarão todas as dificuldades que parecem impedir-te o avanço.

Estás convocado a realizar muito pelo bem.

Sem a presença do sofrimento na alma, serias somente um candidato jovial à ação edificante, com facilidade de rom peres o compromisso...

Não recalcitres.

Amigos devotados marcham contigo. No silencio da tu prece, vitalizam-te, na ansiedade dos teus sentimentos, er volvem-te em carinho.

Ganha, cada dia, um marco novo, sem olhar para trás, Esbordoado pela pusilanimidade de um jovem militar, Jesus não revidou nem se lamentou.

Interrogou-o, bondoso, pela causa do seu gesto de violência. E porque demandava às estrelas aurifulgentes, abraçou a Cruz e tomou-se o definitivo caminho pelo qual encontraremos nossa libertação.




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