CAPÍTULO 51

EDUCAÇÃO MEDIÚNICA

O exercício da mediunidade impõe disciplina, equilíbrio, perseverança e sintonia.

A disciplina, moral e mental, criará hábitos salutares que atrairão os Espíritos Superiores interessados no intercâmbio entre as duas esferas da Vida, facilitando o ministério.

O equilíbrio, no comedimento das atitudes, durante a absorção dos fluidos e posterior comunhão psíquica com os desencarnados, auxiliará de forma eficaz na filtragem do pensamento e na exteriorização dele.

A perseverança no labor produzirá um clima de harmonia no próprio médium, que se credenciará ao serviço do bem junto aos Obreiros da Vida Mais Alta, objetivando os resultados felizes.

A sintonia decorrerá dos elementos referidos, porque se constitui do perfeito entrosamento entre o agente e o percipiente na tarefa relevante.

Transitória e fugaz, a mediunidade, para ser exercida, necessita da interferência dos Espíritos, sem o que a faculdade, em si mesma, se deteriora ou desaparece.

Quanto mais trabalhada, mais fáceis se fazem os registos, cujas informações procedem do além-túmulo.

As disposições morais do médium são de vital importância para os cometimentos a que ele se vincula, pelo impositivo da reencarnação.

Não apenas o anelar pelo bem, mas o executar das ações de enobrecimento.

Não apenas nos instantes ao mister dedicado, mas num comportamento natural de instrumento da Vida.

Sendo o recurso valioso de quem se encontra no meio, na condição de instrumental, imprescindível a conscientização do intermediário em favor dos resultados felizes.

A educação do médium, coordenando atitudes, corrigindo falhas de qualquer natureza, evitando estertores e distúrbios, equilibrando o pensamento e dirigindo-o é técnica que resultará eficaz para uma sintonia correta.

Nesse sentido, a evangelização espírita se impõe em caráter de urgência, evitando-se a vinculação com práticas e superstições perfeitamente dispensáveis.

São os requisitos morais que respondem pelos resultados favoráveis ou não, na tarefa mediúnica.


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Jesus recomendou com sabedoria aos Seus discípulos, portadores da mediunidade:

—"Curai os enfermos, expulsai os demônios, dai de graça o que de graça recebestes" —, numa diretriz que não dá qualquer margem à evasão do dever tampouco à acomodação com o erro, à indolência ou à coleta de lucros materiais ou morais, como decorrência da prática mediúnica.

O galardão de quem serve é a alegria de servir.


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Doa as tuas horas disponíveis ao exercício da mediunidade nobre: fala, escreve, ensina, aplica passes, magnetiza a água pura, ora em favor do teu próximo, intervém com bondade e otimismo nas paisagens enfermas de quem te busca, ajuda, evangeliza os Espíritos em perturbação, sobretudo, vive a lição do bem, arrimado à caridade, pois médium sem caridade pode ser comparado a cadáver de boa aparência, no entanto, a caminho da degeneração.




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