Palavras de Vida Eterna
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“Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para que não sejais reprovados.” — (Tg
Cada vez que nossos lábios cedem ao impulso da queixa, quase sempre estamos simplesmente julgando a vida que nos é própria.
Observa, assim, a ti mesmo e deixa que a consciência te vigie a palavra.
Se viste uma pessoa em falta contra outra, não lhe exageres a culpa, recordando quantas vezes terás faltado igualmente contra o próximo. E assim como agradeceste a quantos te desculparam os senões da conduta, confiando em que te melhorarias com o tempo, ampara também o irmão caído em erro, através de teu otimismo fraternal, para que se levante e te bendiga.
Se um companheiro te ofendeu, não te confies a reações descabidas, refletindo nas ocasiões em que terás igualmente ferido os semelhantes. E assim como te rejubilaste, diante de todos os que te esqueceram os golpes, na certeza de que saberias reconsiderar a própria atitude, auxilia também o amigo que se fez instrumento de tua dor, através do olvido de todo mal, a fim de que ele se restaure e te abençoe a grandeza de espírito.
Em toda conversação, na qual sejamos induzidos a examinar o comportamento do próximo submetido à censura alheia, vasculhemos o íntimo, concluindo se não teríamos praticado incorreções iguais ou maiores no lugar dele. E, em todas as circunstâncias, não nos esqueçamos de que, em nos queixando de alguém, estaremos intimando, automaticamente, a nós mesmos a viver em nível mais alto e a fazer coisa melhor.
Reformador, agosto 1961, p. 171.
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