Diretrizes Para o Êxito

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CAPÍTULO 2

CAMPEÕES

Em todas as épocas da Humanidade, o desafio para alcançar o máximo em qualquer área de atividade constituiu motivação para o feliz desempenho do ser na luta do cotidiano.

Aureolaram-se com gloriosas coroas de louros e de ouro os heróis das guerras e os gladiadores após as matanças hediondas.

Homens e mulheres celebrizaram-se pela beleza física e pela harmonia dos traços, deslumbrando os seus contemporâneos que os homenagearam até uma quase adoração.

Artistas e estetas assinalaram períodos mediante as obras que os imortalizaram, tornando-se ases que inspiraram amor e inveja, destaque na comunidade e ciúmes doentios.

Nos jogos e desportos, desde os olímpicos iniciados em 776 antes de Cristo, e que ainda comovem o mundo, os campeões, os vencedores, têm sido exaltados e glorificados, usando o pódio do triunfo, sensibilizando as criaturas de todos os níveis culturais e sociais.

Todos eles, heróis, invulneráveis e vitoriosos, estimularam os seus coevos, servindo-lhes de modelo e arrancando-os da sombra e do desconhecimento para fluírem a popularidade e servem o licor embriagante da gloria.

A medida, porém, que o tempo transcorria e as gerações se sucediam, novos ases surgiam no cenário do mundo, enquanto os anteriores, desequipados de resistências morais para compreender o fenômeno natural, tombaram na amargura ao serem esquecidos pelos seus admiradores, ou se tornaram vítimas da inevitabilidade dos desgastes orgânicos, das doenças, da velhice, quando não sucumbiram antes, desolados e vencidos pela morte...

Ressalvadas algumas exceções, aqueles que experimentaram o triunfo não souberam prolongá-lo com a elevação emocional e moral imprescindível, evitando-se o tombo no desespero e no sofrimento.

Fascinados pelo gáudio e pelo triunfo, supuseram que desfrutariam do aplauso e da bajulação das massas para sempre, sem que se dessem conta da transitoriedade do mundo físico.

Alguns deles, possívelmente a maioria, deixando-se embriagar pelo êxito momentâneo, foram devorados por aqueles mesmos que os aclamaram um dia, passando a apupá-los depois.

Muitos outros, relegados ao ocaso, deixaram-se sucumbir pelos vícios com que se iniciaram nos dias de glória, afogando-se posteriormente, empurrados pela amargura e pela revolta que lhes substituíram o riso e a soberba...

A Terra é sempre a abençoada escola de elevação moral para o Espírito.

As suas são lições imorredouras, que devem ser meditadas, a fim de introjetadas, (ou seja interiorizadas), no âmago, para serem vivenciadas depois.

Aprender esses ensinamentos, insculpindo-os na conduta, constitui para todas as criaturas o impositivo inadiável em favor da própria plenitude.

São necessários os campeões da cultura humana, demonstrando que todos podem alcançar patamares elevados e metas estabelecidas por mais desafiadoras.

O empenho e o sacrifício de uns em favor do objetivo abraçado coroam-se de alegrias e bênçãos, que motivam outros a equivalente esforço para que também alcancem o triunfo.

Um campeonato, porém, existe, igualmente desafiador, que é aquele da incessante luta do ser contra as paixões dissolventes e perversas, que teimam em permanecer em a sua natureza humana.

Esse desafio, proposto pela sabedoria universal e vivenciado pelos mártires, pelos santos e pelos promotores do conheci mento e da arte, teve, em Jesus, o exemplo máximo de que se tem notícia.

Superando todos os obstáculos e vencendo rodas as arbitrárias ciladas que Lhe apresentaram os adversários cruéis, é campeão do amor e da misericórdia, convidando-nos a segui-lo.

Exulta com as vitórias externas, aplaude os campeões dos diversos jogos e disputas do mundo, mas não te esqueças do combate íntimo para a conquista da paz e do amor que te estão destinados.

Para o logro dos campeonatos terrestres são indispensáveis inúmeras disciplinas e sacrifícios, esforços contínuos e sem trégua, devendo-se permanecer no mesmo afã, para prosseguir-se no rumo do desiderato.

Apesar disso, a inevitabilidade do desgaste das forças físicas e mentais, a decadência da matéria, apresentam-se inevitáveis.

Entretanto, no que diz respeito a conquista dos valores internos, defrontam-se os mesmos sacrifícios e lutas intérminas, com a diferença que, a medida que os anos se acumulam, mais ditoso sente-se aquele que está empenhado na própria transformação moral para melhor, na conquista dos títulos de enobrecimento pessoal e de paz.

Qualquer conquista exige o contributo do esforço, quando não do sacrifício, da abnegação e da constância, sem o que o desejo não vai além de uma quimera que se dilui ante a realidade dos acontecimentos.

Todos aqueles que alcançaram as cumeadas do progresso guardam os sinais dos combates travados, que hoje podem ser considerados como as legítimas condecorações e os significativos troféus que ostentam, compensando-lhes o devotamento e as incessantes contribuições da abnegação e da confiança.

Esforça-te, pois, a fim de lograres a posição de campeão do amor e da fraternidade sob todos os aspectos imagináveis.




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