Diretrizes Para o Êxito

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CAPÍTULO 27

ANTE O RUGIR DA TORMENTA

Anunciada antecipadamente, chega o momento em que estruge a tempestade com violência não esperada, desabando calamitosa sobre a sociedade hodierna, desferindo golpes de consequências imprevisíveis.

Em todos os segmentos sociais a tormenta moral esfacela, separando organismos que se deveriam mais aglutinar, tornando-os vulneráveis a dissolução total.

Atroando os indivíduos, semeia ódios e explode em violência cruel, ceifando vidas inermes, perturbando a ordem estabelecida, gerando medos incontroláveis.

Desregrando pessoas que se mantinham em equilíbrio, desorganiza-lhes os equipamentos morais, atirando-as aos calabouços do sexo em desvario, das drogas aditivas em alto consumo, dos conflitos internos e externos.

Desestruturando as organizações emocionais mais frágeis, empurra para depressões profundas, para os distúrbios do pânico, para os estados fóbicos múltiplos, conspirando contra a harmonia psicológica e psiquiátrica dos indivíduos e das coletividades.

Agressões de todo porte explodem em espetáculos hediondos, estruturadas em calúnias bemelaboradas, em invejas sórdidas, em sentimentos perversos, de maneira a instaurar na Terra mais lutas antifraternas e alucinantes com revides prolongados.

A incompreensão de todo porte campeia, gerando dificuldades nos relacionamentos e problemas na afetividade.

A incompatibilidade de gênios desfaz vínculos profundos, porque as paixões galvanizam os sentimentos, atormentando-os.

É raro o silêncio que propõe serenidade e a compaixão que desculpa as ofensas, auxiliando com discrição.

As enfermidades degenerativas substituem as antigas epidemias que assolaram a Terra no passado, algumas das quais a Ciência Médica venceu, enquanto outros tipos de viroses e processos cancerígenos, distúrbios cardiovasculares, ceifam centenas de milhões de vidas que antes estertoram nas suas constrições...

A confiança cede lugar a suspeita sistemática, e o dolo assume postura de cidadania.

A corrupção, nas mais diversas malhas em que se apresenta, tenta matar a ética e os princípios morais que devem existir nas coletividades.

Todos esses e outros fatores de perturbação demonstram a presença da tempestade que ora ruge violenta sobre a sociedade.

É natural, portanto, que as atividades centradas em Jesus, no Seu pensamento e nas Suas obras, também experimentem as descargas provocadas pelas forças tempestuosas da anarquia e dos desmandos, que procedem do primarismo em que se demoram algumas consciências humanas, facilmente açuladas por Espíritos equivalentes que permanecem na Erraticidade inferior.

Com frequência levantam-se defensores do ideal cristão com arrogância inimaginável, quais antigos cavaleiros medievais avançando na defesa do túmulo vazio de Jesus, em Jerusalém, na condição de cruzados, mais ávidos pelas conquistas terrestres do que pela preservação da memória do Ressuscitado.

O mesmo sucede em parte do Movimento Espírita, que deveria vivenciar os postulados do amor e da instrução, introjetando a mensagem libertadora, em vez de a utilizarem para esgrimir vaidades e conflitos pessoais, que são transformados em instrumentos de combate contra o próximo.

Este idealista agride o outro, porque pensa diferente, não se ajustando às conclusões a que ele chegou, esse sofre-lhe os acúleos, em razão da sua maneira de ser que se caracteriza por qualidades próprias, este paga alto preço em face da sua independência, não se submetendo a quem se considera a sumidade irretocável...

E grassam acusações, de lado a lado, alguns utilizando-se da Mídia, igualmente alucinada, para mais exaltar-se, mediante as incriminações contra o seu cômpar, isto para escamotear a inferioridade de que se sentem objeto, disfarçando-se com a superioridade falsa em que se apresentam.

A grande maioria desses acusadores conta com a impunidade legal, na Terra, porque sabe que as suas vítimas não recorrerão aos poderes da justiça humana, deixando-os avançar na direção da própria loucura.

São ociosos que dispõem de todo o tempo, em face de não se vincularem a nenhum trabalho iluminativo, de não ajudarem a ninguém, de não contribuírem em favor do crescimento da proposta espírita entre os homens e mulheres, assim dedicando-se a fiscalizar, denegrir, acusar, perseguir incessantemente aqueles de quem receiam sombrear-lhes a vacuidade...

Olvidam-se, esses irmãos irrefletidos, que estão construindo os presídios sem grades em que se encarcerarão mais tarde.

A vida anota tudo quanto lhe diz respeito.

Cada consciência insculpe nos refolhos do Espírito pensamentos, palavras e ações, permanecendo na sua condição de depositária da Lei de Deus.

Por outro lado, conclui-se que todos esses tempestuosos instrumentos do sofrimento alheio, se estão na Seara Espírita, não acreditam realmente na imortalidade nem na Lei de Causa e Efeito, pois que se tivessem convicção da sua existência agiriam de forma diametralmente oposta.

O orgulho, a presunção, os sentimentos vis cegam-nos, retendo-os no bloqueio do discernimento e da razão.

Buscam o estrelato, a fama, a projeção do nome e da imagem, tudo fazendo, conforme ocorre nos espetáculos mundanos, para ser comentados, referidos, discutidos, porque, de outra maneira, ficariam no esquecimento ou nem sequer teriam os seus nomes e as suas vidas conhecidos.

Na atualidade, é possível prever-se tormentas, fenômenos sísmicos calamitosos, como erupções vulcânicas, maremotos, terremotos, tornados e outros, mas ainda não se dispõe de recursos para impedi-los.

O mesmo ocorre nas tempestades morais, que podem ser detectadas antes, sem que seja possível impedir-lhes os arrastamentos infelizes.

Estejam vigilantes os servidores de Jesus, acautelando-se da sintonia com a perversidade, resguardando-se dos calhaus e pedras atirados, precatando-se da assimilação do bafio pestífero que intoxica o ar e pode envenená-los.

A atitude terapêutica para o mal e os maus é a da compaixão.

Existem métodos de urbanização, de arquitetura e de engenharia de emergência para defender as criaturas dos efeitos maléficos das tempestades, resguardando-as e oferecendo-lhes recursos para as reconstruções posteriores.

Da mesma forma, o Divino Arquiteto, Jesus, apresentou, desde há muito, os Seus projetos e planos para os enfrentamentos inevitáveis, traçando os roteiros do amor, da caridade, da oração, da misericórdia, do perdão mediante os quais, os Seus discípulos poderão resguardar-se, deles também utilizando-se, depois, na recuperação dos valores, sobre os destroços que ficaram...

As árvores fanadas pelos vendavais e fenômenos devastadores, logo passa a calamidade apresentam vergônteas que as renovam, recompondo-se.

Ante, portanto, o rugir da tempestade, entrega-te a Jesus e nEle confia, servindo-O com tranquilidade e paz, porquanto somente te acontecerá aquilo que é melhor para o teu progresso espiritual.




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