Diretrizes Para o Êxito

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CAPÍTULO 33

AS PARÁBOLAS DE JESUS

Na condição de métodos pedagógicos excelentes, a história, a lenda, a parábola sempre desempenharam papel de grande relevância para o esclarecimento e o aprendizado da criatura humana.

Utilizados desde épocas recuadas, quando a oralidade desempenhava papel fundamental na formação do conhecimento, em face da dificuldade para a posse de informações gráficas, por intermédio de pergaminhos, tabuinhas, tijolos e outros recursos, celebrizaram-se os narradores de história, os oradores, os profetas verbais, que transmitiam as mensagens e lições de maneira atraente, facilitando a aprendizagem por meio dos símbolos que ocultavam.

Ainda hoje, este método é portador de resultados eficientes.

A sua vigência permite que se transfiram as informações de uma para outra geração, através das épocas, sem que percam a sua atualidade, podendo ser sempre interpretadas conforme as circunstâncias e características culturais de cada época.

Recordando as parábolas enunciadas por Jesus, constatamos quão momentosas se nos apresentam na atualidade, podendo ser utilizadas a qualquer instante, sempre com a mesma beleza e o mesmo valioso conteúdo.

Nada obstante, além da forma como eram narradas, o magnetismo do Mestre impregnava os ouvintes, que se permitiam tocar pelos profundos ensinamentos de que se constituíam, alterando para melhor o comportamento que antes vivenciavam.

Era comum entre os israelitas, gregos, romanos e outros povos a vigência das parábolas, dos mitos e das lendas.

Provavelmente, o Senhor utilizou-se de muitas daquelas que já eram conhecidas em Israel, dandolhes um revestimento especial, adequado a proposta da Boa-nova, de maneira que os ouvintes sempre lhes pudessem recorrer ao significado, sem grande esforço de memória e com oportunidade.

Nelas havia o sentimento de amor que sempre se destacava, bem como da compaixão e da misericórdia, ensejando entendimento das Leis de Deus, que devem ser respeitadas e cumpridas, sem qualquer mecanismo escapista.

O que poderia apresentar-se complexo para a mente dos Seus ouvintes, em se considerando a gravidade do tema, Ele simplificava em narrações suaves e claras, como a que se refere ao semeador que saiu a semear, de tanta oportunidade em todos os tempos, a do bom samaritano, que ainda enternece, a fim de que o astuto doutor da lei constatasse quem era o seu próximo, a do pastor que abandona noventa e nove ovelhas, a fim de buscar aquela que se encontra perdida...

Concomitantemente, formulam admoestações severas, como as que se encerram na referente às virgens loucas e às prudentes, na das dez minas, na da dracma perdida...

Numa delas, propondo grandeza de alma e abnegação ante o reto cumprimento do dever, elegeu a dádiva da viúva pobre, que ofereceu a única e insignificante moeda que possuía, em eloquente atestado de irrestrita confiança em Deus.

Expressando solidariedade e perdão, exaltando amor paternal e a compreensão da pequenez humana, em se referindo ao filho pródigo de retorno ao lar, após haver malbaratado os haveres que o genitor lhe oferecera, em decorrência da sua instância insensata.

A magnitude da Sua mensagem não poderia ser entendida em linguagem convencional, rebuscada ou repassada em formas filosóficas, desde que Ele viera para libertar as criaturas da ignorância, havendo elegido as massas esfaimadas e os sofredores em rude luta contra as aflições, embora também atendesse aos intelectuais e fátuos que buscavam confundi-lo.

O amor com que enunciava os Seus conceitos surpreendia mesmo aqueles mais insensíveis que, não podendo negar-lhes a grandiosidade, afastavam-se dominados pelas reflexões inevitáveis.

Recorrendo a lógica irretorquível, sabia responder aos adversários gratuitos que pretendiam surpreendê-lo em alguma frase incorreta ou dúbio ensinamento, que pudessem transformá-lo em motivo de punição.

Ante a soez indagação, se era justo pagar-se o tributo a César, pediu uma moeda e interrogou, sereno, a respeito do que se via nela.

A resposta de que era a efígie de César, concluiu, magnificamente, que então se dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Desse modo, apoiou a imposição romana a respeito dos impostos, que os israelitas odiavam, e a exigência do Sinédrio quanto aos deveres para com Deus.

Diante da mulher ultrajada pelo adultério que se permitira, concitado a opinar se era lícito apedrejá-la como recomendava Moisés ou perdoá-la como Ele propunha, redarguiu com incomum sabedoria que aquele que entre os acusadores se encontrasse isento de pecados, que atirasse a primeira pedra, fazendo que todos, pecadores que eram, se retirassem cabisbaixos.

No entanto, a fim de que a sofredora não supusesse que era correto o seu ato criminoso, foi peremptório, esclarecendo-a que não voltasse a pecar, a fim de que não lhe acontecesse algo pior.

Em relação a um jovem que O queria seguir, mas estava preocupado em inumar o pai que houvera morrido, interessado, por certo, na herança, foi enérgico, impondo que deixasse aos mortos o trabalho de enterrar os seus mortos.

A outro moço, este rico, que anelava por acompanhá-lO, por ambicionar o Reino dos Céus, mas não podia fazê-lo naquele momento, informou-o com segurança que deveria dedicar-se a consegui-lo naquela hora, porque depois seria tarde demais, conforme sucedeu.

Em todas as situações dispunha o Mestre de incomparável sabedoria, orientando mentes, iluminando consciências, consolando sentimentos, advertindo e enfrentando a hipocrisia como a crueldade, mas, ao mesmo tempo, deixando sinais de amor e de compaixão em todos que O buscavam.

Jamais se negou a atender fosse a quem fosse que dEle necessitasse.

Na Parábola dos Trabalhadores da Última Hora valorizou aquele que foi convocado na etapa final e que se houve bem na desincumbéncia dos deveres, oferecendo-lhe o mesmo salário com o qual contratara outros operários, que cumpriram horário mais extenso, embora as suas reclamações por lhes parecer injusta a atitude do contratante.

Nos tormentosos dias da atualidade, as parábolas de Jesus oferecem subsídios extraordinários para o comportamento saudável de quem deseja realmente diretriz e segurança na ação do bem, de forma a libertar-se das injunções penosas em que se encarcera.

Será o caso de examinares com sinceridade e desprendimento do orgulho e do egoísmo, se já ouviste o convite do Senhor para trabalhares na Sua vinha, embora reconheças que esta é a última hora, decidindo-te por atendê-lo sem relutância e com dedicação.

O Reino dos Céus encontra-se ao alcance de quem queira conquistá-lo, bastando, para tanto, somente desejar.




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