Diretrizes Para o Êxito

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CAPÍTULO 8

VISITAR OS ENFERMOS

A vida moderna exaustiva e, às vezes, extravagante, por necessidades reais e imaginárias, toma as horas físicas e mentais dos seres humanos, sobrecarregando os de preocupações que os estressam.

Em consequência, os distúrbios de comportamento aumentam a sua estatística tormentosa, demonstrando que as grandes conquistas de fora não conseguiram harmonizar a criatura interior.

A desenfreada ansiedade e a incessante busca pela posse de artefatos e de coisas para preencher o vazio existencial, de forma alguma lograram plenificar aquele que se afadiga pelo conseguir.

Aplicando todo o tempo disponível na realização desse objetivo que parece básico para uma existência feliz, empenha-se cada vez mais, não se dando coma de outros valores que permanecem aguardando a sua atenção e interesse.

Dessa forma, após conseguirem aquela meta inicial, perdem o encanto todos aqueles que assim procediam, transferindo para as coisas o tormento íntimo, continuando tão frustrados quanto antes, por constatar a falta de sentido de significação de que aparentemente se revestem.

Somente possui valor aquilo que pode ser envolvido pelo amor, preenchido pelo amor, irradiando amor.

Não é, pois, na quantidade, que está a solução dos problemas emocionais, mas na qualidade da conquista, no seu objetivo relevante.

Em face dessa circunstância, a que representa ambição desmedida, as amizades são apressadas, os conhecimentos humanos são superficiais, as afeições são interesseiras, não harmonizando de forma significativa a emoção pessoal.

Diz-se que esse é um mecanismo de autodefesa, de que se utilizam as criaturas humanas, a fim de evitar sofrer dilacerações interiores, prejuízos psicológicos, tendo em vista os insucessos iniciais experimentados...

Não têm razão, porém, esses que assim pensam.

O importante não é a resposta que advém da oferta que se faz, mas é ela em si mesma que tem significação, mediante o enriquecedor ato praticado.

Se, por acaso, produz consequências inamistosas ou gravames perturbadores, a raiz desse efeito encontra-se naquele que responde mal ao bem que recebe, merecendo ser realmente assistido, porque é portador de desequilíbrio e de tormentos, de que talvez não se dê conta.

O escrúpulo, que nasce do pessimismo, é tão negativo quanto o entusiasmo que resulta da irreflexão.

Dessa forma, amigos surgem, passam e desaparecem, substituídos por outros igualmente transitórios, rápidos...

Vale, porém, a pena, investir mais no ser humano, oferecer-lhe mais luz de entendimento e de confiança, de respeito e de estima.

Altera, portanto, a tua maneira de relacionar-te.

Cuida mais e melhor dos teus conhecidos e evita revidar com animosidade as ondas mentais molestas que te enviam os inimigos.

Reserva-te alguns minutos diários para a fraternidade, embora a agitação dos teus compromissos, e constatarás quanto este comportamento te fará bem.

Nem todos que se te acercam são frívolos ou insensatos, como pensas.

Examina com mais cuidado as pessoas a quem te afeiçoas e descobrirás tesouros de amizade que te surpreenderão.

Há muitos amigos que te estimam, e quando desaparecem da tua presença, talvez não seja por ingratidão ou indiferença, mas porque foram compelidos a distância, porque passam por dificuldades que desconheces, por compromissos novos, ou vitimados por enfermidades.

Procura informar-te sobre eles, quando lhes notes a falta.

Se enfermos, visita-os, levando-lhes a tua solidariedade, a tua palavra de amizade, a chama da tua fé espiritual.

Essa atitude constitui generosa fonte de caridade que é pouco praticada.

Se, de todo, as circunstâncias não te permitirem, embora sempre possas fazê-lo se te empenhares honestamente, escreve-lhes algo, endereça-lhes vibrações de saúde, telefona lhes, diz-lhes que os estimas e que lhes sentes a ausência.

Faze-te presente junto aos enfermos, quanto te seja possível.

A saúde, na Terra, é dom precioso, que sofre periódicas alterações, convidando a pausas de reflexão e de esforço interior.

Usa-a para espalhar o bem-estar e não apenas para amealhar valores passageiros.

Aplica-a também em favor do teu próximo, o irmão que padece enfermidades e experimenta sofrimentos, muitas vezes disfarçados em sorrisos pálidos e rostos esquálidos.

Assim agindo, distribuindo bênçãos, recolherás preciosas gemas de paz e de bem-estar.

Somente é possível valorizar-se algo, quando se tem carência ou necessidade inadiável.

Na doença, todos se renovam com um sorriso gentil, uma palavra de ânimo, uma visita fraternal, demonstrando-lhes que não estão a sós no testemunho evolutivo.

Doa, portanto, hoje e estarás acumulando haveres que não enferrujam, as traças não roem, os ladrões não roubam.

Quando visitares enfermos, não lhes imponhas a descrição do seu quadro orgânico ou emocional, exigindo que te narre o problema de saúde que vem sofrendo.

Se te aborda o tema, ouve-o com atenção e evita aumentar-lhe a preocupação, falando sobre outros dramas e tragédias do teu conhecimento.

Sê otimista sem exagero, realista sem crueza.

Conversa, edificando, se a ocasião o permitir.

Não prolongues a tua visita, tornando-a cansativa.

Atua de forma que o paciente anele pelo teu retorno a sua cabeceira.

Conforta-o com uma leitura edificante, com notícias auspiciosas, com uma oração refazente.

Se ele solicitar-te a aplicação de passes, faze-o sem jactância, não deixando falsa impressão de cura milagrosa ou pronto restabelecimento.

A caridade é gentil e discreta, bondosa e calmante.

Diante de alguém enfermo, recorda-te de Jesus e entrega-o a Sua proteção, procurando ser o instrumento de que Ele se possa utilizar para encorajá-lo e apaziguá-lo.

Sempre, pois, que possível, visita os irmãos que se encontram enfermos.




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