Libertação Pelo Amor

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LIBERTAÇÃO PELO AMOR

Nada obstante as incomparáveis conquistas da Ciência e da Tecnologia contemporâneas, a paisagem humana prossegue assinalada pelas dores excruciantes que se convertem em espetáculos de agonia prolongada.

O planeta terrestre estertora, acomodando as placas tectônicas que se chocam desencadeando terríveis tsunamis que semeiam a destruição generalizada, ceifando dezenas de milhares de existências, enquanto vulcões e tornados, tempestades, incêndios, tufões varremlhe a superfície, modificando-lhe a forma.

Sutis alterações no seu eixo e aquecimento polar acelerado produzem efeitos afligentes para a sua população, especialmente a litorânea, enquanto avalanchas sobre os mares e oceanos levantam ondas altíssimas que arrasam tudo quanto encontram pela frente.

Tem sido possível detectar alguns desses flagelos quando estão para desencadear-se, através de instrumentos supersofisticados, auxiliando a evacuação das áreas de perigo, não, porém, impedi-los de acontecer. Esses fenômenos são necessários à evolução física do planeta, que também sutiliza a sua estrutura e, mediante essas hecatombes, proporcionam o progresso espiritual dos seres que o habitam.

As aflições morais, simultaneamente, alcançam patamares elevados, enquanto o crime e a violência de todo jaez semeiam mais sofrimentos e inquietações nas criaturas aturdidas.

Sociólogos e psicólogos, antropólogos e teólogos unem-se para encontrar soluções seguras para os graves problemas que assolam a Humanidade, permanecendo manietados, quase sem conseguirem diminuir o volume de horrores que esmagam os indivíduos, os grupos sociais e as nações.

Os monstros das revoluções armadas e das guerras de extermínio prosseguem com as suas fauces hiantes, devorando vidas inumeráveis, submetendo culturas e países diversos aos seus terríveis destinos, enquanto o ser humano, sem possibilidade de reverter a situação, padece de ansiedade e de medo.

Introjetando conflitos que se sucedem contínuos e parecem impossíveis de ser apaziguados, avança triste ou tresloucado em direção de lugar algum.

A solidão e o desrespeito à vida, sob os diversos aspectos em que se apresentam, campeiam em comportamentos patológicos, enquanto as ambições desmedidas ameaçam a flora e a fauna, utilizando-se de meios inadequados.

Tudo isto, porém, porque o endereço do amor foi esquecido, dando lugar ao predomínio do egoísmo e dos seus sequazes.

Por consequência, Deus, o Espírito e o dever encontram-se em plano secundário entre os objetivos que se busca alcançar durante o périplo carnal.

Mais de seis mil anos de cultura, de ética e de civilização que se encontram abandonadas, em face do despautério dos cidadãos que perderam a consciência do dever.

Inegavelmente, uma força terrível arrasta as multidões que se lhe entregam inermes, conspirando contra todos os valores de dignificação antes considerados legítimos.

As religiões são muito divulgadas, entrincheirando-se nos arsenais do seu poder econômico, os partidos políticos guerreiam entre si, as disputas sociais aumentam as crises de relacionamento, e pessoas mentalmente perturbadas fazem a apoteose do crime, do retorno dos governos arbitrários e hediondos, trabalhando em favor do caos, sem nenhuma consciência do que realizam.


* * *

A Terra, a generosa mãe, experimenta o clímax da sua transição de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração.

A tal respeito, o sermão profético de Jesus, anotado pelo apóstolo Marcos, no capítulo treze do seu Evangelho, refere-se aos sucessos terríveis que vêm acontecendo, e que, na atualidade, alcançam níveis culminantes e quase intoleráveis.

Por sua vez, também o apóstolo João detalha os acontecimentos que precederiam ao surgimento da nova Jerusalém simbólica, no seu Apocalipse, considerando ser esse o pórtico da Era Nova, assinalado por dores inimagináveis.

[... ] E o Espiritismo, fiel aos ensinamentos de Jesus, desde o seu surgimento anuncia a hora da grande e inevitável transformação do planeta, conforme vem sucedendo.

Tudo poderia dar-se dentro de outro clima, caso o amor fosse vivenciado na condição de roteiro de felicidade geral.

Não seja, pois, de estranhar-se a pesada carga de aflições que tomba sobre a sociedade terrestre.

O amor, porém, dispõe dos recursos valiosos para o enfrentamento das situações penosas que se agigantam neste momento.

O amor é de constituição sublime.

Quem o cultiva, liberta-se.

Quem o ignora, escraviza-se.

Distraídos, no entanto, os homens e as mulheres, teimando em ignorar as graves advertências, mergulham nos vapores das ilusões, a fim de fugirem da responsabilidade e dos compromissos que lhes dizem respeito, anestesiando a razão e embriagando o corpo nos prazeres exaustivos e fugidios.

Com a mesma amplitude dos sofrimentos desencadeados, surgem os espetáculos de entorpecimento moral e espiritual para superá-los, empurrando as multidões desvairadas na direção de abismos devoradores...

Aliás, muitos dos atuais surpreendentes acontecimentos de angústia são decorrências dessa alucinada correria para o prazer decepcionante a qualquer preço.

Rios de lágrimas correm sobre os cadáveres insepultos, enquanto córregos de suor escorrem pelos corpos febris entregues ao sexo e à ebriedade dos sentidos.

Apesar dessa volúpia, na qual se misturam esgares de agonia com sorrisos de loucura, os desígnios divinos cumprem-se com irrefragável ordem, preparando o mundo melhor de amanhã.

(...) E comandando a grande nau terrestre pelos espaços infinitos encontra-se Jesus!


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Dedicamos este livro modesto à libertação do ser humano pelo amor.

Em suas páginas, apresentamos reflexões sobre a saúde integral, o bem-estar superior, a alegria inefável, a felicidade real sob o comando do amor.

Tais pensamentos são resultado de largas análises e meditações a que nos entregamos, estudando a conduta dos seres humanos destes dias diante dos acontecimentos que se vêm apresentando.

Não mantemos veleidade literária, nem pretendemos parecer solucionadora de problemas, que a cada qual compete atender, antes nos animam os sentimentos de compaixão e de solidariedade que oferecemos àqueles que nos concederem a honra da leitura do nosso texto, propondo-lhes soluções simples, respostas sinceras e terapias práticas, para que seja conseguida a liberdade interior a respeito do mal íntimo e dos males que os agridem exteriormente.

Augurando ao caro leitor harmonia espiritual e êxito na vilegiatura carnal em que se encontra, rogamos ao Senhor da Vida que nos abençoe com o Seu amor que liberta.


Salvador, 17 de janeiro de 2005.


JOANNA DE ÂNGELIS




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