Libertação Pelo Amor

Versão para cópia
CAPÍTULO 11

ENFERMIDADES SIMULACROS

A mente é dínamo gerador de energias, responsável pela elaboração, manutenção e prosseguimento de realizações compatíveis com a qualidade de onda emitida.

Emanação do Espírito, tipifica-lhe a estrutura evolutiva, respondendo pelas conquistas morais acumuladas, sejam aquelas de natureza edificante e iluminativa ou procedentes do primarismo e da opção pela ignorância em que se compraz.

O desenvolvimento moral é lei inalienável do progresso que vige em a Natureza, impulsionando tudo e todos à conquista da perfeição que lhes está destinada.

Procedendo das etapas anteriormente vivenciadas, o Espírito armazena as experiências, elegendo aquelas que mais profundamente lhe assinalam o comportamento, detendo-se ou rompendo os grilhões em vigorosa decisão de alcançar a liberdade.

Herdeiro incondicional das ações transatas, sobre esse alicerce de vivências ergue as novas construções, utilizando-se do material que lhe é próprio ao manejo moral.

Conforme a emissão da ideia e a sua qualidade vibratória, surgem os efeitos correspondentes.

Nesse desiderato, as emoções fortes, as sensações animalizantes exercem-lhe forte predominância, impondo-se, de maneira que não sejam necessários esforços ou sacrifícios hercúleos para superá-los, efeito normal da acomodação ao nível evolutivo em que transita.

Em consequência, repetem-se os gravames, mantêm-se as dependências viciosas até quando os mecanismos das Soberanas Leis impõem mudanças enérgicas, normalmente dolorosas, mediante expiações excruciantes.

Quando essas heranças mórbidas prevalecem na economia espiritual do ser, as irradiações mentais são deletérias, dando lugar ao surgimento de enfermidades reais, assim como também simulacros delas.

Há uma inconsciente necessidade autopunitiva no ser humano, que passa a adotar uma conduta enfermiça decorrente dos perniciosos hábitos mentais.

Cultiva-se o pessimismo, e experimentam-se contínuos insucessos feitos de aflições.

Persiste-se na queixa, e o morbo da perturbação assenhoreia-se das paisagens emocionais.

Mantém-se a auto compaixão, e desenvolve-se o processo de desintegração das resistências orgânicas.

Detendo-se na observação negativa em torno dos acontecimentos da existência, advêm a desistência da luta e a entrega ao desânimo.

Insiste-se no armazenamento de tristezas e mágoas, facultando-se a depressão...

Cada tipo de comportamento mental vivenciado apresenta-se como fenômeno correspondente de natureza emocional ou física.

A princípio, são construções mentais, transformadas em manifestação hipocondríaca. Posteriormente se instalam os processos doentios, impondo ao organismo, nas suas várias expressões, a desorganização e o distúrbio que se agravam na sucessão dos dias.


* * *

O hipocondríaco, em geral, é Espírito que carrega consciência de culpa insculpida nos seus alicerces vibratórios.

Práticas hediondas que passaram ignoradas do grupo social em que se movimentava, geraram a culpa de que agora não consegue ou prefere não se libertar.

Logrou enganar a todos com os quais convivia, mas não se pôde evadir do conhecimento dos delitos praticados.

Ocultou com habilidade especial a conduta vulgar e promíscua a que se entregou, mantendo, porém, o lado escuro da personalidade, que soube escamotear, mas não se pôde furtar ao conhecimento da própria vilania.

Não se desobrigou conforme deveria de responsabilidades e dos deveres que lhe diziam respeito, mascarando-se de pessoa honesta e leal, no entanto, não teve como encontrar recursos para o autorrespeito e a autoestima necessários ao equilíbrio emocional.

Desfrutou de regalias imerecidas e de situação privilegiada, graças aos métodos escusos de que se utilizou com eficiência, todavia, não anulou o conhecimento desses desaires que se permitiu defraudando a vida.

É natural que a culpa agora ressurja em forma de necessidade de punição, de falta de autoamor, de desconsideração por si mesmo, fazendo que desbordem conflitos internos a fim de chamar a atenção, desde que não dispõe de outros recursos para fazer-se notado, nem possui autoconfiança para viver em paz.

A culpa é algoz insuperável, porque se encontra instalada na consciência do revel.

Ninguém lhe conhece o crime, mas o culpado sabe-o e não se perdoa, mesmo quando procura justificativas para os desvarios cometidos.

Para diluir esse algoz severo, é necessária a reabilitação moral por intermédio da recuperação do patrimônio da dignidade perdida, mediante ações nobilitantes, atitudes altruístas, sem qualquer tipo de disfarce ou manobra ardilosa a que se acostumara.

O exercício da oração, desnudando-se emocionalmente e liberandose de autojustificações indevidas conduz aos comportamentos de benemerência e de reequilíbrio, fomentando a alegria de viver e de amar.

Não sendo utilizado este mecanismo liberativo acompanhado por terapias competentes, tomba-se em enfermidades reais que passam a consumir a emoção, o corpo e a desarticular os mecanismos psíquicos.


* * *

Em face das irradiações mentais de baixo teor vibratório e da culpa vigorosa, Entidades perversas que foram ou não vítimas do enfermo, acercam-se-lhe com os seus sentimentos torpes e pioram-lhe o quadro mental, dando início a graves obsessões de difícil liberação.

Tem cuidado com as emanações mentais, as ideias cultivadas, os pensamentos preservados na câmara íntima do ser que és.

Pensa na saúde e busca-a mediante comportamentos mentais e morais recomendáveis.

Insiste na reabilitação pessoal e trabalha por consegui-la sem desfalecimento.

Identifica alguns valores positivos que vigem em ti e desenvolve-os mediante o exercício do bem-fazer.

Culpa? Nunca!

Se errares, recomeça, recuperando-te e seguindo adiante.

Só o amor é possuidor dos excelentes recursos que geram paz, trabalho edificante e saúde real.

Evita, portanto, qualquer tipo de enfermidade simulacro para esconder tuas culpas atuais ou passadas e sê transparente, leal e honrado em teus pensamentos, palavras e atos.




Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 11.
Para visualizar o capítulo 11 completo, clique no botão abaixo:

Ver 11 Capítulo Completo
Este texto está incorreto?