Libertação Pelo Amor

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CAPÍTULO 19

RESPEITO PELA VIDA

Entre os impositivos da evolução estabelecidos pelos Soberanos Códigos, merece reflexão para a vivência, o respeito pela vida, essencial ao equilíbrio e à felicidade humana.

O respeito pela vida abrange o sentimento de alta consideração por tudo quanto existe, não apenas detendo-se na pessoa, e sim em todas as expressões da Natureza.

Quando não existe essa manifestação, deperecem os valores éticos e todos os anelos superiores perdem a significação.

Impulsionada pelos tormentos da conquista do sucesso aparente, a criatura humana, possívelmente sem dar-se conta, vem-se descuidando dessa conquista valiosa, que é dirigida, de início, ao próximo, e dele irradia-se para todas as formas existentes, vivas ou não.

Permitindo-se o egoísmo avassalador, graças ao qual a ambição pelo excesso descontrola os sentimentos de dignificação, impondo o seu interesse em detrimento de todos os valores que dizem respeito aos demais.

A excessiva prerrogativa de direitos que se faculta, põe distância entre os diversos membros que constituem a sociedade, separando-os lamentavelmente e dividindo-os em classes medidas pelos recursos sociais, econômicos e nunca morais.

O abismo, que se faz inevitável, gera reações de animosidade que se convertem em ódios insanos, abrindo campo para as batalhas da violência doméstica e urbana, a desaguarem nas revoluções, nos atos de terrorismo e nas guerras nefandas.

O excesso de tecnologia responsável pela comodidade e pelo conforto exagerados para uns, com absoluta ausência para outros, fomenta o surgimento da desconfiança e da perda do respeito que deve viger como preponderante em todos os atos e relacionamentos.

A autopromoção e a fascinação por alcançar o topo nas diferentes atividades, sem muito sacrifício, graças às propostas da mídia desvairada, que estimula a mentira, a dissimulação, a aparência, para que sejam logradas as metas, congelam na indiferença os sentimentos nobres, empurrando os ambiciosos para o desrespeito pelo seu irmão de caminhada, na torpe ilusão do triunfo pessoal a qualquer preço.

Ninguém, no entanto, pode ser feliz individualmente no deserto por onde deambula ou numa ilha isolada da convivência social.

Acredita-se, erradamente, que se possuindo dinheiro e desfrutandose de projeção política, social, com facilidade compra-se afeição, consegue-se companheirismo... Talvez isso aconteça, mas não em relação à pessoa e sim aos seus recursos transitórios, no que resultam mais solidão e desconforto interior, que respondem pelo abuso do álcool, das drogas químicas, pela vilania emocional e sexual a que muitos se entregam em fugas espetaculares e trágicas.


* * *

A vida somente se faz digna e próspera quando se estrutura na pedra fundamental do respeito.

Valorizando-se em demasia as qualidades inferiores das demais pessoas, olvidando-se dos elementares bons costumes da benevolência, da tolerância, da solidariedade, do respeito, tomba-se no anarquismo, na competição doentia, no esfacelamento das relações humanas, facultando-se instabilidade nos comportamentos e surgimento do desânimo na existência.

As suspeitas injustificadas grassam entre os indivíduos, ensejando o desrespeito pessoal em face da mesquinhez que engendra a maledicência, a calúnia, as acusações indevidas, as traições infelizes e os julgamentos arbitrários.

O respeito pela vida eleva o padrão de conduta, dignificando aqueles a quem é direcionado e elevando moralmente quem assim se comporta.


As conquistas modernas científico-tecnológicas, que têm elevado os homens e as mulheres a patamares de deslumbramento - e de soberba

—também lhes vêm ensejando o afastamento de uns em relação aos outros, em consequência dos conflitos e das torpezas espirituais que ainda lhes remanescem no íntimo.

A comunicação virtual, por exemplo, de inestimáveis benefícios, vem-se tornando instrumento de perturbação, oferecendo campo para o desbordar das paixões perversas e grosseiras, em intercâmbios nefastos, que agravam os quadros social e moral da Terra.

(...) E grassa o desrespeito pela vida!

Nesse processo de restauração inadiável para a vigência da dignificação humana, a honestidade moral torna-se conduta primacial, por proporcionar confiança nos relacionamentos e bemestar de consciência pessoal.

Há uma tendência imanente para a desonestidade, para lesar-se o outro, disfarçando os sentimentos sob a máscara que agrada e conquista simpatias rápidas, projetando o indivíduo com o propósito indigno de passar a imagem que não corresponde à realidade.

Nesses casos, pensa-se em escamotear o que é legítimo, apresentando o falso com o objetivo de conseguir-se alcançar as metas promocionais que, em verdade, não plenificam.

Naturalmente que se apresentam justificativas inadequadas para essa conduta, alegando-se ser a pauta que os outros seguem, na sua quase total generalidade, o que não é correto. Ademais, o fato de alguém comportar-se equivocadamente não pode constituir parâmetro de segurança para que outros façam o mesmo.

Esse argumento frágil, de que todos agem dessa forma, perseguindo os seus ideais e interesses, demonstra a insegurança pessoal que viceja em cada um e a falta de valor para manter-se íntegro.

A falta, portanto, de integridade - qualidade esta que faz o indivíduo completo, não dividido - responde pela falência do respeito pela vida.

Não se é aquilo que outrem pensa, por mais conhecimento que dele se tenha.

O tributo dessas opiniões favorece um retrato distorcido de quem se deve preocupar em conseguir a sua realidade pessoal, mediante luta contínua para alcançar a vitória sobre si mesmo, sobre a sua inferioridade moral.

Nesse conflito, que se estabeleceu na sociedade, a linguagem sofreu um golpe significativo, alterando-se na forma e no conteúdo.

As expressões corteses e gentis vêm sendo substituídas por outras chulas ou de sentido duplo, carregadas de ironia e perversidade mal dissimulada, ferindo todos aqueles que lhes recebem os doestos e golpes.

A ausência da gratidão e da gentileza para com os demais permite a esse indivíduo egotista atribuir-se valores que realmente não os possui. Se deles fosse portador, reconheceria, sem dúvida, as qualidades que subestima nos outros.

Cambaleia, desse modo, no ridículo que lhe pretendem impor os vãos e insensatos, o respeito pela vida.

Como, porém, a Lei Universal é de desenvolvimento, hoje ou mais tarde se descobre a excelência do dever, e o respeito assoma nas mentes e nos corações, renovando a vida.


* * *

Elabora uma lista de desafios íntimos que te levam a situações embaraçosas e trabalha item a item cada dia, experimentando as inefáveis alegrias que decorrem do respeito pela vida.

Redescobrirás o amor e a satisfação de repartir e de compartir os júbilos com o teu próximo.

Constatarás o resultado opimo da tua renovação interna, respeitando a vida, pela maneira como passarás a ser respeitado e estimado.

(...) E em ti mesmo notarás a inefável satisfação de estar em paz de consciência, em face do teu respeito por tudo e por todos, desde que a vida é sublime concessão de Deus, que não pode ser desconsiderada.




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