Momentos de Esperança

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Momentos de Esperança

A esperança é a segunda virtude teologal através da qual o cristão confia em receber a misericórdia de Deus na Terra, e a plenitude espiritual após a morte do corpo físico.

A esperança é efeito natural da fé, que lhe serve de suporte e vitalidade.

A vida, sem a esperança, descolore-se, perdendo as suas elevadas motivações, porquanto ela dá-lhe forças para enfrentar os desafios e vencer as vicissitudes que surgem a cada passo.

Por sua vez, é o estímulo para a ação da caridade que lhe sublima a aspiração.

O homem do mundo acumula decepções e amarguras que vitaliza mentalmente, desarmando-se dos valores estimulantes da esperança.

O cristão sobrepõe aos problemas afligentes os espaços enriquecidos de alegria, que recorda com frequência e deseja repeti-los, utilizando-se dos mecanismos vigorosos da esperança que lhes pode doar em experiências novas, quando se empenha com esforço e abnegação.

Reservando-se a oportunidade da reflexão em torno do bem, a esperança ressuma do seu íntimo e esplende em beleza, levantando-lhe o ânimo, encorajando-o e propelindo-o para o avanço.

Ninguém consegue viver com alegria sem o concurso da esperança.

Por isso mesmo, devem ser multiplicados os momentos de esperança na existência de todas as criaturas: esperança de melhores dias; esperança de realizações superiores; esperança de paz; esperança de elevação.

A cada tentativa de crer e esperar, o homem avança nas técnicas do otimismo e melhor encara a vida, harmonizando-se com ela.

Aprende a ver o lado melhor dos acontecimentos, não se amolenta ante o insucesso nem receia repetir a experiência.

A esperança faz-se-lhe a claridade que ilumina o caminho, quando as sombras campeiam.


* * *

Narra-se que um monge mendicante, sem abrigo, recolheu-se a uma gruta para o repouso noturno em esplendente paisagem banhada pelo luar.

Adormecido, foi vítima de um bandido que lhe furtou a capa de que se utilizava como agasalho.


O frio da madrugada despertou-o e, dando-se conta do infortúnio, porém fascinado pela claridade da lua, acercou-se da entrada da furna e, emocionando-se com o que viu, exclamou:

— Que bom, que o ladrão não me furtou a lua!

E, sorrindo, pôs-se a meditar.

Desesperar, nunca!


* * *

Nesta pequena Obra, reunimos vinte temas para os momentos de esperança do caro leitor, com votos de muito êxito.

Joanna de Angelis Salvador-BA, 8 de agosto de 1988.




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