Atitudes Renovadas

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CAPÍTULO 1

CONVIDADOS...

Todo o Evangelho de Jesus é um hino de louvor à vida, uma canção de alegria, uma apoteose ao amor.

Suas parábolas de sabor atemporal, apropriadas a todas as épocas, são música sinfônica narrando a epopeia de Espíritos ora famintos de luz que se fartam, noutros momentos aflitos na escuridão da ignorância e das autopunições em processo de libertação, que se reencontram e se tornam felizes.

A sua dúlcida voz, enunciando os paradigmas da felicidade, penetra o âmago do ser humano, como um raio de luz que vara a treva e a vence de um golpe...

Todas as lições que oferece encontram-se ricas de atualidade como instrumento de edificação moral irrepreensível ou qual diretriz segura para o encontro com o bem-estar, com a saúde real.

Em a narração complexa em torno de um rei que, desejando celebrar as bodas do filho, mandou preparar um banquete e, de imediato, convidar as pessoas gradas que constituíam a sociedade distinta do país.

Desinteressados do que ocorria no palácio, esses eleitos maltrataram os emissários e não deram importância à invitação.

Foram cuidar dos próprios interesses subalternos.

Surpreso com essa reação do seu povo, o monarca enviou novos mensageiros a outro grupo de cidadãos que igualmente desconsideraram a gentileza honorável. Cada qual se foi, como de hábito, atender aos objetivos que lhe diziam respeito, não considerando a oferenda que lhe era apresentada.

Além dessa indiferença ficaram revoltados com a insistência e maltrataram os emissários, ultrajaram-nos e os mataram.

Irritou-se o rei e mandou suas tropas exterminarem os rebeldes e ingratos...

Apesar dos insucessos, insistiu o monarca junto aos seus servos, esclarecendo: - As bodas estão preparadas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às encruzilhadas dos caminhos e chamai para as bodas a quantos encontrardes.

Os servidores foram e arrebanharam maus e bons, ociosos e trabalhadores, ficando a sala nupcial cheia de convivas.

Jubiloso, o rei passeou pelo recinto e foi tomado de surpresa quando identificou um convidado que não vestia a roupagem nupcial, a quem indagou: - Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial?

Ele, porém, emudeceu, empalidecendo constrangido.

Então o rei disse aos seus servos: "Atai-o de pés e de mãos e lançai-o às trevas exteriores; ali haverá o choro e o ranger de dentes. Pois muitos são chamados, mas poucos escolhidos" (Mateus 22:1-14).


* * *

A um leitor pouco atento, pode parecer paradoxal a atitude real, punindo um convidado que viera ao banquete de surpresa, conforme se encontrava no momento da invitação.

Sem dúvida, na extraordinária narrativa simbólica, decodificamos a mensagem partindo da proposta divina, na qual o Pai Celestial prepara a boda do seu Filho Jesus com a humanidade e toma todas as providências.

Através dos séculos o rei organizou o banquete das bodas com o povo que se acreditava eleito, dizendo-se-lhe fiel, informando respeitá-lo e homenageá-lo como único e Soberano. No entanto, em face da soberba, assim como das mesquinhas aspirações, ao ter notícia da ocorrência, indiferente às lições recebidas, desprezou os profetas que vieram anunciar o momento grandioso e os matou, rebelde, insensato, permanecendo no amanho da terra das suas paixões.

O Grande Rei enviou então o próprio Filho, o noivo de luz, que não recebeu qualquer consideração, nem mesmo daqueles que lhe foram comensais constantes, beneficiários do Seu amor, e desdenharam-no, crucificando-o entre sarcasmo e desprezo...

O Rei misericordioso, então compadecido da suprema ignorância dos seus súditos de melhor condição, optou por enviar o convite a todos aqueles que eram destituídos de privilégios, de comodidades, os que eram considerados excluídos, bons e maus, que perambulavam pelas ruas e encruzilhadas do destino incerto, a fim de que participassem da festa especial.

Viviam em lugares de torpeza moral, em situações sórdidas e deploráveis, com as vestes rasgadas e os pés descalços.

O sapato era, então, símbolo de posição social de destaque, objeto de muito valor, que expressava a situação econômica do usuário...

Foram esses os convidados que aceitaram estar presentes no banquete de bodas.

Pode-se considerar que eles representam a moderna sociedade aflita, que deambula de um para outro lugar, buscando solução para os problemas, sem orientação nem sentido existencial.

Para esses veio O Consolador que os introduz na sala dos festejos, oferecendo-lhes todos os acepipes valiosos para nutri-los, recuperá-los e libertá-los do caos interior...

No entanto, o traje nupcial que não se constitui de indumentária exterior, mas de valores internos, é desprezado por diversos daqueles que se utilizam dos bens preciosos sem qualquer consideração para com o ato nupcial que deve ser consumado entre eles e o Filho dileto do Rei.

É natural que padeçam o efeito do desrespeito a que se permitem, deslizando para as regiões sombrias e profundas de sofrimentos, atados pés e mãos às fortes algemas da rebeldia e da desfaçatez.

A culpa neles se encontra em forma de tormento, como remorsos, insegurança de dignidade e complexos outros afligentes.

Sem qualquer relutância, a mensagem alcança hoje multidões; trombeteada pelas Vozes do Céu, incontáveis a ouvem, aceitam-lhe o convite, no entanto, somente aqueles que se investirem das insígnias das núpcias, ostentando as condecorações dos sofrimentos, as comendas da abnegação, distinguir-se-ão e serão escolhidos.


* * *

Na atualidade do pensamento científico, tecnológico, sociológico e cultural, o convite para o banquete incomparável da plenitude alcança as mentes e os corações que estão despertos para a alegria de viver e de servir.

Repetem-se as invitações sonoras e gráficas, em músicas sublimes e em pergaminhos de luz, inundando o pensamento de sabedoria e o sentimento de paz, no entanto, a ufania e o utopismo, a arrogância e as vãs concepções desdenham, zombam, e não lhes dão importância.

Nesse concerto que poderia ser de beleza e harmonia a patética do sofrimento espalha inquietação e incerteza, angústia e sombras, chamando à renovação, conclamando ao atendimento, tentando o despertar das consciências adormecidas.

A pouco e pouco, o entendimento em torno da responsabilidade imortal favorece-lhes a aceitação do convite e eles optam por se fazer presentes no banquete de bênçãos da imortalidade em triunfo.

Convidados!...

Autoeleger-se para ser escolhido em face da autodoação e da entrega ao amor incondicional, é a fatalidade apresentada pela lei de progresso.


* * *

Em que classe de convidado te encontras?

Reflexiona e decide, porque o banquete de núpcias já começou...

Cuida de renovar as tuas atitudes.




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Mateus 22:1

ENTÃO Jesus, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo:

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Mateus 22:2

O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho;

mt 22:2
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Mateus 22:3

E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; e estes não quiseram vir.

mt 22:3
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Mateus 22:4

Depois enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.

mt 22:4
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Mateus 22:5

Porém eles, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu tráfico;

mt 22:5
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Mateus 22:6

E os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.

mt 22:6
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Mateus 22:7

E o rei, tendo notícias disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.

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Mateus 22:8

Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.

mt 22:8
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Mateus 22:9

Ide pois às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes.

mt 22:9
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Mateus 22:10

E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados.

mt 22:10
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Mateus 22:11

E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com vestido de núpcias.

mt 22:11
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Mateus 22:12

E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo vestido nupcial? E ele emudeceu.

mt 22:12
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Mateus 22:13

Disse então o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores: ali haverá pranto e ranger de dentes.

mt 22:13
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Mateus 22:14

Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

mt 22:14
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Mateus 20:16

Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

mt 20:16
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