Iluminação Interior

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CAPÍTULO 1

A Presença Divina

Em tudo que observas e contemplas, encontras a divina presença. de Deus, manifestando-se de maneira inconfundível.

A harmonia que mantém os astros no Cosmo embora a agitação contínua do nascer e do morrer de sistemas, em equilíbrio incomum, confirma-Lhe a causalidade.

De igual maneira, a movimentação bem direcionada no infinitamente pequeno, repetindo a majestosa ordem geral, traduza divina presença em toda, parte.

As condições propiciatórias, à vida, na Terra, nas incontáveis expressões em que se apresenta, são resultado da elaboração de projetos cuidadosos, objetivando finalidades específicas, no processo da evolução.

Tudo se transforma incessantemente para melhor: Desorganizase uma forma para que outra lhe tome o, lugar, mantendo o mesmo ritmo no concerto geral Não há silêncio, nem vazio, em lugar algum, mas sim uma sinfonia de incomparável beleza vibrando em tudo, como representação do Seu psiquismo.

Fonte de energia vitalizadora que é, sustenta a ordem e mantém o conjunto de tal maneira, que o caos aparente converte-se em estabilidade de forças que pareciam opor-se.

Sucedem-se os milênios obedecendo a uma desconhecida fatalidade essencial que tudo impulsiona para a frente, ensejando mais amplo entendimento da eternidade do tempo e da infinitude do espaço.

Em face da limitação da mente humana, são necessários parâmetros para entender quaisquer informações, que determinem e localizem os fenômenos do Universo. A Mente divina, porém, tudo abarca; por ser a Criadora, de quanto existe.

Por mais se engrandeça o raciocínio do ser pensante, sempre defrontará dificuldades para equacionar os mecanismos da realidade universal. Somente através dos voos da imaginação e que se pode abarcar, mesmo que sem entender, a grandeza da Criação.

O salmista Davi, por exemplo, no seu canto de número, versículo 1, exalta: Os céus proclamam a glória Deus e o, firmamento anuncia a obra das Suas mãos.

Sem qualquer dúvida, embora apresentando um conceito antropomórfico a respeito da Divindade, o pensamento expõe com acerto a presença da Mente divina em tudo evidente.

Algumas escolas filosóficas e outras cientificas pretendem determinar que essa Mente, Una, a princípio, se teria fragmentado, para ressurgir na manifestação de, todos os, seres vivos, particularmente nos reinos animal, e humano, em face da presença da razão, mesmo que embrionária nas formas de natureza mais primitiva.

Esse conceito, embora reconheça a Transcendência original, corre o perigo de conduzir a um panteísmo, no qual individualidade humana desaparece no todo, perdendo o grandioso esforço para a aquisição do equilíbrio no cosmo interior.

Deus prossegue criando sem cessar.

O Seu psiquismo dá nascimento a verdadeiros fascículos de luz, que contêm em germe toda a grandeza fatalidade do seu processo de evolução.

Manifestando-se em sono profundo nos minerais através dos milhões de milênios, germina, mediante processo de modificação estrutural, transferindo-se para o reino vegetal, às vezes, passando pelas formas Intermediárias, dando surgimento à sensibilidade, a uma organização nervosa primária, de que se utilizará no remoto futuro. Obedecendo a campos vibratórios sutis e inabordáveis, lentamente se transfere para o reino animal, experimentando as variações do transformismo, e do evolucionismo, igualmente vivenciando as experiências encarregadas das mutações e variações, desdobrando os instintos até alcançar os primatas, e deles prosseguindo no direcionamento humano...

Não cessa, porém, no bípede pensante, o grandioso desenvolver dos conteúdos divinos nesse psiquismo, antes alma e agora Espirito, que avança para a angelitude, para a superação de qualquer expressão no campo da forma, até, atingir o máximo da sua destinação gloriosa.

Todas as manifestações o mundo das formas direcionadas pôr uma energia, peculiar modificam-se, tornando-se mais complexas, até alcançar estágios definitivos que as caracterizam no campo material.

O mesmo ocorre com os iniciais fascículos de luz, que se utilizam das condensações que elaboram para desenvolver-se, impondo futuras expressões, nas quais a capacidade intelectomoral se há de. manifestar.

Pode-se, portanto, perceber a presença divina em todos esses períodos em manifestações de impulsos que conduzem aos diferentes, estágios que deságuam no oceano da futura harmonia.

Arquivando todas essas, experiências nos arcanos profundos da mente individual e humana, o ser que vem transitando pelo campo da matéria e desenvolvendo os inextricáveis mecanismos da energia pensante, conduz o conhecimento da evolução, de que se utilize, consciente ou inconscientemente, para mais audaciosos cometimentos ascensionais.

A princípio, encontra-se fixado ao solo, e nele ínsito.

Logo após, prende-se-lhe por intermédio de raízes que lhe oferecem elementos para a vida e para a sustentação, o mesmo ocorrendo no seio das águas… A libertação do magneto terrestre dá-se, a pouco, até o momento em que, humanizado, aprende a Planar acima do seu apoio, quando se utilizada mente para os fenômenos da movimentação e da vida em planos de exclusiva natureza vibratória, sem a aglutinação de moléculas que dão origem à matéria, Trata-se do Reino dos Céus, do Nirvana, do Paraíso, do mundo de plenitude fora do mundo físico, que serve de hospedagem transitória para o desenvolvimento do deus interno, da Mente divina que permanece em toda a Criação.

A denominada fatalidade biológica encarregada de fazer que o neuroblasto dê origem, à todos dos demais, variando na aparência e na finalidade compreendida como a moldagem imposta pelo perispírito, é resultado da Mente divina que orienta o crescimento e a manifestação da vida, na sua multifacetada expressão.

Tudo e todos, portanto, obedecem a uma planificação superior, antecipada, inevitável e determinista para a harmonia total.

Jamais se fragmenta a Mente divina, porque Deus é Uno, Absoluto, Eterno, portador de muitos outros atributos, ainda incompreensíveis ao limite da criatura humana.

Jesus denominou-o como Pai, e João Evangelista, como Amor.

Seja como for, essa Mente criadora é responsável por tudo quanto existe e merece ser identificada em todas as expressões alcançadas pelo pensamento e pela percepção, humana, afim de render-Lhe graças e prestar-Lhe culto de admiração, aprendendo a amar a Obra na qual se encontra em processo de crescimento ilimitado, no rumo da sua relativa perfeição.

Assim sendo, o amor é chamado a compartilhar dessa saga extraordinária, unindo todas as criaturas no mesmo, nível, de sentimento e de afeição, maneira apropriada de demonstrar gratidão ao Pai misericordioso. .




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