Iluminação Interior

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CAPÍTULO 15

Felicidade possível

Espírito está fadado à felicidade.

Mesmo quando opta por atitudes infelizes, durante o processo cesso da evolução, dispõe dos recursos inexauríveis da reencarnação a fim de depurar-se dos erros, avançando no rumo da perfeição.

Esse mecanismo evolutivo vem-lhe imprimindo, na indumentária carnal, os requisitos indispensáveis para que se lhe manifestem as bênçãos da vida, que se lhe encontram em germe, aguardando somente o despertar e o desenvolver das faculdades evolutivas.

Em face disso, ao largo dos milênios o perispírito vem fixando, no cérebro físico, os elementos encarregados de propiciar-lhe a felicidade, assinalando alguns neurônios com essa faculdade especial de produzi-los.

Neurotransmissores específicos, quais a dopamina a serotonina, são portadores dos fatores que proporcionam felicidade à criatura humana, cabendo ao Espírito somente saber canalizar as emoções de modo que se expressem como alegria de viver, harmonia pessoal, equilíbrio...

De igual maneira, as imperfeições e os compromissos negativos são igualmente registrados no cérebro, dando lugar ao surgimento de equivalentes mensageiros da emoção, que se encarregam de impedir a espontânea manifestação do júbilo e do bem-estar.

Não seja pois, de estranhar, que modernos neurocientistas informem que já se encontram definidos geneticamente no ser humano, os elementos que proporcionam felicidade e desdita, após cuidadosos mapeamentos cerebrais, utilizando-se de equipamentos ultrassensíveis, assim determinando-lhe o destino.

É natural, portanto, que isso ocorra, desde que a maquinaria orgânica é uma cópia mais densa do veículo perispiritual, encarregado de definir e elaborar os competentes mecanismos de crescimento para a vida.

Desta maneira, ninguém está fadado a ser ditoso ou desventurado, em face da organização física, que é o efeito dos comportamentos ancestrais do Espírito reencarnado.

A presença desses neurotransmissores é uma consequência do processo ético-moral que decorre das atitudes infelizes que foram perpetradas.

Ínsitos no Espírito, os deslizes morais e os débitos espirituais transferem-se para o corpo, de modo que se estabeleçam os códigos do ressarcimento através das aflições que, bem direcionadas, modificam a estrutura interna da psique, alterando, em longo prazo, a constituição neuronial.

Em face da ocorrência, nada impede o ser de modificar a conduta emocional, estabelecendo metas de prazer e de ventura que podem ser conseguidas mediante a alteração da óptica em torno dos valores existenciais.

Não existem efeitos sem causas que os desencadeiem. Cessando, portanto, a geratriz da ocorrência, o fenômeno desaparece.

Todos estão na Terra para adquirir felicidade, jornadeando no rumo da plenitude que é a meta futura. Um exame cuidadoso em torno das oportunidades a vida faculta, e logo surgem paisagens enriquece-as e motivos alentadores para a mudança total de situação.

O invidente, que antes padecia a noite temerária que se encontrava, impossibilitado de alegrar-se e a beleza da inteligência e as bênçãos da emoção, partir de Braille, que concebeu o alfabeto especial, ;sou a conhecer o mundo e as coisas, a sentir melhor as concessões da vida e fruí-las, tornando o seu padecimento suavizado pela alegria de viver e pensar, sentir e amar.

O paralítico de qualquer espécie, que encontra apoio especializado da ortopedia, recupera os movimentos e torna a existência perfeitamente saudável, compensara.

Nas hoje denominadas paraolimpíadas, a vitória dos indivíduos que tiveram amputados alguns membros ou releram a visão, ou experimentaram impedimentos orgânicos, apresentam-se vencedores dos limites que triunfam sobre as dificuldades momentâneas, superando injunções reencarnacionistas.

As finalidades da existência terrestre são o bem, a vitória sobre os desafios, a superação de si mesmo.

Aquele que se entrega às queixas e lamentações perde o ensejo iluminativo de crescimento e de reparação para o qual recomeça na indumentária orgânica.

Realizando novas conquistas, permitindo-se atividades benéficas e otimistas, os resgates dolorosos cedem lugar às recuperações jubilosas.

O Senhor da Vida não se compraz em castigar aqueles que se entregam aos deslizes morais ou se corrompem diante dos compromissos que menosprezam. Antes proporciona-lhes o recurso educativo da reparação, mediante o qual dignificam-se, restabelecendo os valores éticos propiciadores do seu crescimento espiritual.

Na sucessão das experiências, reformulam a conduta e interagem nas ações compensadoras da verdade, superando as injunções penosas em que renasceram, alcançando outros patamares de bem-estar que os estimulam ao prosseguimento e à vitória total.

Pequenos exercícios e disciplinas interiores auxiliam a conquistar esse desiderato.

Se trazes marcas do teu passado infeliz, que agora dificultam a tua alegria de viver, recomeça a experiência da bondade para com os demais, cultivando pensamentos edificantes, que te estimularão ao desenvolvimento das faculdades elevadas que estão adormecidas.

Se experimentas angústias que te parecem injustificáveis, defluentes, sem dúvida, da consciência de culpa, faze o bem possível, renovando-te as disposições de serviço e de fraternidade.

Se o desencanto povoa a tua paisagem mental, contempla a Natureza e vive-a, aspirando-lhe o ar puro, mantendo-a sem perturbação, haurindo a sua mensagem de beleza, e notarás uma diferença expressiva quão imediata no teu mundo íntimo.

Sai da situação penosa a que te arrojaste e galga os degraus do esforço pessoal, trabalhando pelo próprio engrandecimento moral.

Não te lamentes, nem te insurjas contra a situação n que transitas.

Altera o rumo, busca novas diretrizes, abre as janelas da alma para a luz do dia esfuziante e sorri de ti mesmo, das circunstâncias penosas, das provas a que estás submetido.

Logo se te surgirão razões ponderosas para seres feliz, e o serás se persistires no programa de autoiluminação.

A felicidade pode apresentar-se de mil maneiras diferentes e nunca será perene, enquanto se está no mundo transitório.

Aquilo que hoje representa a finalidade existencial como logro da felicidade, assim que conseguida perde brilho na sucessão dos dias, deperece no entusiasmo, torna-se rotina e depois desilusão, o que, afinal de contas, é muito bom, ensejando uma nova busca, um novo encontro.

Nunca te detenhas em um objetivo que, logrado, abrirá possibilidade para outro mais adiante.

Aprende a ser feliz com pequenas concessões e conquistas existenciais, desfrutando do prazer de pensar, de compreender, de amar.

Nunca coloques a felicidade em pessoas, em coisas, em valores perecíveis e de transitória posse, porque te decepcionarás com eles.

Não foi por outra razão que Jesus asseverou: O meu reino não é deste mundo, confirmando o Eclesiastes quando afirma que a felicidade não é deste mundo.




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João 18:36

Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo: se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus: mas agora o meu reino não é daqui.

jo 18:36
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