Iluminação Interior

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CAPÍTULO 2

Vivendo com alegria

A alegria é fator essencial à felicidade.

Pode ser cultivada em pequenas expressões, de forma que se insculpa no comportamento até gerar o fenômeno emocional de bem-estar. permanente.

Tanto se pode expressar em forma de sensação como de emoção que encanta e estimula a existência.

Por hábito vicioso, acredita-se que a alegria somente é possível quando a preocupação ou os desafios cedem passo ao êxito, o que não corresponde à verdade.

Pode-se experiênciar a alegria mesmo que sob tensão e diante de obstáculos.

O fato de encontrar-se vivo na carne, quando sobram oportunidades de transformação dos acontecimentos, já é, em si mesmo, uma proposta de alegria, porquanto a compreensão de que os problemas existem para ser solucionados, faculta o desenvolvimento intelectual e moral do indivíduo.

A óptica mediante a qual se considera o acontecimento é que o torna danoso ou agradável.

Ninguém transita no mundo sem enfrentamentos, sem momentos de graves reflexões, sem dores nem ansiedades.

A alegria é um estado interior de confiança irrestrita em Deus, que faculta o entendimento dos fenômenos evolutivos que são defrontados, como necessários ao crescimento interior.

Desse modo, a alegria pode ser treinada, graças à experiência jubilosa em torno de pequenos acontecimentos ou a contemplação das mil ocorrências que têm lugar no dia a dia da jornada terrestre.

Ninguém espera que o jardim esplenda em flores se não lhe cuidar do solo, das plantas, da rega e da proteção que exigem.

O mesmo ocorre em relação à alegria, tornando-se necessário primeiro desvestir-se a armadura da animosidade, abrindo-se à festa de ocorrências dignificantes que promovem o Espírito.

Se a pessoa prefere ingerir o veneno da constante indisposição, certamente será vítima de contínuo mal-estar.

Se atira cimento sobre o terreno semeado, matará as plantas que se candidatam à beleza.

Se ingere tóxico para matar as pragas que se multiplicam na semeadura, certamente será vítima da irreflexão, não conseguindo destruí-las, mas a si mesmo privando da vida.

A alegria é uma conquista trabalhada com otimismo e esperança, adquirindo o hábito de sobrepor o melhor ao desagradável, o positivo ao perturbador.

Uma vida rica de beleza interior é um poema de alegria em homenagem à vida. Examina em derredor e constatarás quanto é abundante a bênção da alegria.

Em silêncio desabrocham as flores, desenvolve-se o embrião, a paisagem modifica-se, fulgem as estrelas numa incomparável manifestação de beleza, que ressuma encantamento, proporciona alegria.

Os fenômenos vitais seguem o seu curso em automatismos contínuos, obedecendo às leis soberanas da vida.

Em todo lugar, se tiveres olhos para ver e ouvidos para escutar, descobrirás a mensagem de harmonia em tons de alegria incessante.

Mesmo quando o, sofrimento faz-se presente, propondo recuperação e renovação espiritual, apresentam-se os pródromos da alegria.

Uma vida sem alegria é mórbida, destituída de sentido existencial.

Cultiva, pois, essa mensageira da saúde, propondo-te por introjetá-la.

Não faltam motivos para que a experimentes, se estiveres disposto à mudança de padrão emocional e ansiares pela conquista da plenitude.

Da mesma maneira que não se irrigam plantas com ácido, não se pode encontrar a alegria aplicando-se recursos de auto compaixão, de autodepreciamento.

Considera as dádivas das funções do teu corpo diante daqueles que as têm deficientes ou que são imobilizados, rejubilando-te com essa graça.

Se, no entanto, experimentas encarceramento na enfermidade ou exílio no silêncio do abandono, bendize ao Senhor da Vida que te concede os recursos da reparação que deves executar, alegrando-te, desde já, em relação ao futuro que está reservado.

Todos aqueles que alcançaram os patamares elevados da jornada atravessaram as regiões densas de sombras, os charcos perigosos, as áreas crestadas... Ninguém alcança o cume sem a experiência das baixadas.

O dom precioso da existência física deve ser preservado com emoção elevada, decorrente das ações dignificadoras, a fim de que se transforme em recurso iluminativo para a felicidade real do viandante terreno.

Não te detenhas, portanto, a considerar o mal que pensas sofrer pela responsabilidade de outrem, nem te situes nos recantos da lamentação, perdendo as oportunidades fulgurantes de construção do bem em qualquer lugar.

Não hesites quando defrontado pelo impositivo de amar e perdoar ou de manter-se ressentido e amargurado.

Quem pensa em infelicitar outrem, a si próprio já se tornou desditoso.

Assim, não te permitas afligir em face dos espículos em que pises, reconhecendo que toda ascensão é penosa, mas a paisagem das alturas é sempre compensadora, fazendo esquecer as dificuldades da subida.

Alegra-te, portanto, sempre e em qualquer situação que te encontres.

Jesus, o Excelente Mestre, cantou aos ouvidos do mundo: - Eis que vos trago Boas Novas de alegria!

E ofereceu-nos o tesouro do Seu amor, a fim de que nunca mais houvesse carência no mundo, exceto naqueles que se recusassem a fruir da Sua infinita bondade.

Desse modo, alegra-te e esparze alegria, enriquecendo as vidas de esperança e de harmonia.




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