Jesus e Vida

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CAPÍTULO 7

No rumo do desconhecido

A criatura humana que transita na faixa da norma- I idade possui autonomia, podendo agir conforme lhe apraz. Como consequência, porque lhe faltem disciplina e orientação espiritual, ruma para o desconhecido, . il irando-se em fossos por ela mesma cavados.

Na sua quase totalidade, é vítima dos impulsos inferiores, apaixonados, reagindo sempre quando poderia manter uma conduta proativa, edificante e nãoagressiva.

Como efeito, não se permite agir com serenidade diante dos acontecimentos inesperados, sempre tomando decisões precipitadas e rumando para o desconhecido.

O vento que sopra autônomo arranca tudo quanto não lhe resiste à devastação, inclusive produzindo a erosão do solo, das rochas, à semelhança das ondas do mar que, violentadas pelas correntes aéreas em turbulência, golpeiam sem cessar as costas dos penhascos, despedaçando as algas que se lhes agarram e tudo quanto se lhes apresenta como impedimento, em tentativas inúteis de sobrevivência.

Canalizadas essas forças aéreas da natureza, poderiam produzir energia eólica proporcionadora do progresso e do bem-estar.

O ser humano tem necessidade imediata de reflexionar em torno dos potenciais que nele jazem adormecidos, para bem direcioná-los conforme o conhecimento das finalidades existenciais em favor da própria felicidade.

Descobrindo os tesouros que lhe cabe multiplicar através do uso ordenado e consciente, dispõe de um rumo conhecido que se lhe apresenta como a meta a ser conquistada.

Nesse sentido, a disciplina apresenta-se-lhe como o DNA da sabedoria que alcançará.

Uma existência pautada no conhecimento seguro a respeito dos anseios da mente e do sentimento favorece a auto-realização, que deve ser o objetivo a alcançar enquanto lhe vige a oportunidade no escafandro carnal.

Quando a vida é destituída de metas de enobrecimento, torna-se uma sucessão de desastres emocionais, morais e espirituais, sem motivações dignificadoras que dão sentido ao existir.

Sem rumo, o indivíduo perde-se pelos diferentes caminhos que encontra, percorrendo-os sem segurança, e ao constatar que eles não levam a um porto de segurança, interrompe a marcha para logo reiniciá-la, cada vez menos entusiasmado, tropeçando no desconhecido.

Todavia, quando tem elaborado um projeto bem delineado, a cada passo dado, mais próximo da meta a alcançar se encontra.

Quem não acredita no valor desse conhecimento e (la disciplina para vivenciá-lo que acompanhe a trajetória de um veículo motorizado sem freios descendo uma ladeira...

O conhecimento ilumina a consciência, especialmente quando se trata das conquistas do belo, do amor, da sabedoria.

Somente assim é possível nele brilhar a luz da alegria sem sombras nem interrupção.

A fonte geradora do Bem, da mesma forma que irradia forças dinâmicas para a vida, absorve as energias que lhe são direcionadas, reencaminhando-as mais potencializadas.

Eis, portanto, definida a importância do conhecer r do bem conduzir-se, a fim de que a autonomia faculte conquistas preciosas e imperecíveis.


* * *

O homem e a mulher prepotentes, temerários, ameaçadores, são portadores de autonomia em ação danosa no rumo do desconhecimento.

Os indivíduos sensatos, idealistas, gentis, que superam as injunções difíceis, por sua vez avançam para as realizações que os plenificam e já lhes são conhecidas.


Os guerreiros e déspotas promotores de guerras, erguem estandartes de belicosidade e

atemorizam, movimentando-se em torno dos caminhos desconhecidos das suas tormentosas existências.

Aqueles que lhes sofrem a presunção e a soberba em tranquilidade, sabem que avançam para o conhecido destino da paz por que almejam.

O tempo, porém, na sua marcha inexorável, a tudo e a todos transforma.

À juventude vigorosa e louçã, segue a decadência orgânica rumando para as transformações degenerativas, quando não são exauridas antes através da morte intempestiva...

Há carência de real conhecimento em torno da vida entre as criaturas humanas, que se debatem nos conflitos desconhecidos, que são frutos amargos da ignorância das Divinas Leis.

Somente quando se experiência o acontecimento é que se adquire a sabedoria em torno do conhecido.

Certamente, em face dessa conclusão, foi cunhado o brocardo popular, que assevera: Se o jovem soubesse e o velho pudesse!... definindo a descoberta dos valores supremos, somente depois, quando são escassas ou nenhumas as possibilidades de êxito, pelo menos na atual conjuntura terrestre...

Compatibilizar o discernimento mental ante as necessidades da vida e a disciplina dos atos na realização indispensável, eis a proposta de sabedoria para avançar-se com segurança na direção do conhecido amor de Deus.

A autonomia, que não segue um curso de equilíbrio, é problema na liberdade de conduta, pelos danos que o indivíduo se pode causar.

Indispensável, portanto, a claridade mental para saber-se eleger o que é realmente útil no processo evolutivo ou prejudicial, a fim de seguir o destino conhecido da felicidade que se almeja.

Não poucas vezes, diante do oceano, contemplamse as ondas sem a visão do imenso espelho de águas, ou deslumbrando-se com a visão da floresta descuida-se da identificação das árvores.

A sabedoria oferece visão de conjunto, mas também de unidade.

A sua conquista será sempre resultado da reflexão em torno do conhecimento e da aplicação da disciplina em favor do êxito.


* * *

Autonomia e consciência pelas reflexões do dever constituem roteiro para a iluminação interior e a paz do coração.

Jesus permanece na condição de Modelo sob qualquer aspecto em que seja considerado, demonstrando a Sua autonomia de pensamento, de palavra e de ação, no direcionamento para Deus, então desconhecido, que Ide soube desvelar, tornando-0 conhecido de todos para sempre.

Segue-O, quanto possas, com autonomia e discernimento.




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