Lições para a Felicidade

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CAPÍTULO 23

SEMPRE COMPAIXÃO

886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus ?


"Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas. "

A compaixão é um sentimento nobre que vem escasseando entre as criaturas humanas.

Quando a emotividade as domina, são tomadas pelo sentimento de piedade, e, não raro, aturdem-se, tombando em sofrimentos desnecessários.

Quando espicaçadas por qualquer desconforto ou agressão, disparam mecanismos autodestrutivos e a ira ou a revolta arma-as de cólera, levando-as a transtornos que, não poucas vezes, fazemnas derrapar na crueldade, no desalinho total da emoção.

A onda de violência que se abate sobre a Terra, ao invés de despertar compaixão pelos maus e perversos, que são enfermos da alma, ateia labaredas que crepitam em incêndios perigosos, lavrando em toda parte.

A compaixão é a serena atitude de misericórdia que dulcifica o azedume e suaviza a rebeldia, alterando o comportamento para a paz, ao invés de o estimular para a guerra sem quartel.

Envolvido pelo materialismo e a alucinação que os envenenam, os seres humanos não param para reflexionar, nem para refazer as atitudes, deixando-se arrastar pela força ciclópica do desespero e da incredulidade, que termina por consumi-los.

As emoções desgovernadas pelo estridor das paixões asselvajadas induzem a lutas perversas e insanas, não concedendo trégua para a recomposição interior, nem para a recuperação da confiança em Deus, na vida e no seu próximo.

Qual um bafio pestífero que se espalha na atmosfera, a revolta estruge e é alimentada pelo estardalhaço da mídia que exalta o crime, a desordem e á perversidade, armando-os, uns contra os outros, de forma que aguardam somente a oportunidade para explodir em reações imprevisíveis e de resultados danosos.

Há muita crueldade, sim, na Terra destes dias, qual aconteceu no passado.

A cultura, a ética e a civilização encontram-se ameaçadas.

As incomparáveis conquistas da Ciência aliada à Tecnologia, não obstante os seus máximos contributos para a felicidade humana, não conseguiram impedir a loucura hedonista da atualidade, nem as arremetidas da crueldade e da insânia, que estarrecem mesmo os temperamentos mais frios.

Crimes hediondos ocorrem em série interminável e o homem estertora no medo, na revolta, no ódio, ou foge para a promiscuidade, as licenças morais doentias, os conúbios da indiferença pelos valores de enobrecimento que parecem haver perdido o significado.

... E o barril de pólvora do ódio encontra-se prestes a produzir a terrível destruição...

A alternativa única para modificar essa rude situação é a compaixão que deve dominar os sentimentos em relação a esses infelizes e cruéis indivíduos que roubam a paz e ameaçam a estabilidade emocional e espiritual do planeta.

Qualquer outro tipo de reação torna a paisagem humana mais juncada de vítimas, porque o ódio se espraia com facilidade, especialmente quando campeia o desconserto espiritual.

Esse tumulto de volumoso e triste aspecto, que aumenta a cada dia, ameaçando todas as estruturas da vida na Terra, terá que ser vencido pelo silêncio da paz, pela ternura da coragem e pela compaixão fraternal, que constituem o patamar de reflexão para acalmar o desespero e aquietar a sofreguidão.

A compaixão consegue irradiar-se, retirando o combustível que abastece o incêndio e neutralizando as chamas do desespero com o ardor da esperança.

Desse modo, porque essas criaturas infelizes se fazem difíceis de ser amadas, provocadoras e empedernidas no mal, irónicas e vulgares, não se apercebem da gravidade dos transtornos que as dominam, antes acreditam-se lúcidas e saudáveis embora os estertores em que se rebolcam.

A compaixão para com todos é o sentimento de humanidade, que os sensibilizará, acalmando-lhes a fúria, abrindo-lhes portas de acesso à reflexão, despertando-os para a felicidade.

Utilizando-te da compaixão exercerás a caridade, conforme Jesus a entendia...

Compadece-te, portanto, dos teus perseguidores, daqueles que te infligem aflições, que te caluniam e que te agridem.

A compaixão para com eles é a tua dádiva de amor, que ainda não podem entender, por falta de percepção, mas que os vencerá na disparada alucinante em que se esfalfam.

Desse modo, apiada-te da Humanidade sofredora e envolve-te na unção da prece por eles, os cruéis, e por todos aqueles que se supõem inalcançáveis na situação em que se encontram.

A tua compaixão para com esses irmãos enlouquecidos impedirá que te alucines e que revides mal por mal, assim permanecendo em paz na luta de autoiluminação.




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