Rejubila-te Em Deus

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CAPÍTULO 30

Vencedor incomparável

O cadáver das nações vencidas encontrava-se exposto em decomposição moral, devorado pelos abutres do poder transitório, sucedidos sempre pelos mais fortes momentaneamente.

Naqueles dias, as legiões romanas esmagavam o mundo conhecido, enquanto a decadência moral tomava conta da capital do Império e se espalhava por toda parte.

A degradação humana atingira o clímax da sua degenerescência.

A sombra do terror diminuía a claridade do sol do discernimento e a crueldade reinava soberana em todo lugar, devorando aqueles que se lhe faziam vítimas, sendo substituída por mais terríveis manifestações de selvageria.

As musas haviam-se refugiado no Parnaso e os deuses do bem e da justiça, da harmonia e da ética, que sempre eram cantados nas expressões da beleza, foram expurgados da sociedade, que agora cultivava as paixões bélicas e as transitórias forças do poder exaustivo.

Deus silenciara a Sua mensagem de Amor nos penetrais do infinito, e mesmo Israel, que afirmava cultuá-lo, sentia-Lhe a ausência, dominada pelas ambições desmedidas e orgulhosas das suas tradições.

O crime campeava à solta, e os mais vis conciliábulos eram firmados entre os triunfadores de um dia.

Nesse clima de hediondez veio, então, Jesus, confirmar a promessa apresentada pelos profetas do passado, a fim de inaugurar a Era do Amor para modificar a estrutura moral da sociedade para sempre.

Um pouco antes, enviados especiais nas artes, no pensamento e na cultura enriqueceram o Império Romano com beleza, diminuindo a arbitrariedade dominante e, ao mesmo tempo, preparando o advento do Evangelho de Luz e de Misericórdia.

De um lado, a barbárie em predomínio, enquanto que, de outro, o raiar de glorioso amanhecer de bênçãos.

Para demonstrar desprezo pelas honrarias do mundo e as ilusões vigentes, Jesus nasceu na pobreza e dignificou a simplicidade, demonstrou que o maior poder existente e que perdura para sempre é aquele que se origina nos sentimentos de ternura e de compaixão, que renova as ressequidas searas do coração desolado...

A partir de então, nunca mais a humanidade seria a mesma.

Por mais teimassem os destruidores da esperança e os zombadores do bem, a Sua mensagem penetraria o âmago das criaturas que, mesmo destituídas, no momento, da capacidade de entendê-la para modificar-se, ficariam ensementadas para o futuro por todo o sempre.

Tocados por esse fluxo Divino, renasceram nas páginas sombrias da História do futuro Espíritos nobres que deixam as imorredouras lições da fraternidade e do sacrifício como normativas felizes para o triunfo sobre todas as paixões asselvajadas.

Por essa razão, nos dias atuais, quando as paisagens humanas encontram-se devoradas pelo fogo da insensatez e do orgulho, da violência e dos descalabros morais, ressurgem do silêncio dos túmulos as vozes da imortalidade e entoam o hino de compaixão e de caridade para com todas as criaturas terrestres.

Repontam, em toda parte, aqueles mesmos Espíritos que ouviram a mensagem no passado e não a souberam vivenciar, agora habilitados para transmiti-la aos ouvidos e aos corações dos sofredores de todo jaez.

Jamais a sociedade recebera no seu seio alguém semelhante a Jesus.

A Sua presença incomum dividiu os períodos históricos, tornou-se imorredoura na memória e no comportamento de todos os tempos.

Adulterada, a fim de atender as conveniências de alguns daqueles que se lhe diziam vinculados, utilizada como arma de vingança e de destruição pelos insensatos mistificadores que não acreditavam na sobrevivência ao túmulo, permaneceu incorruptível na memória dos tempos, a fim de ser reapresentada pelos imortais, por Ele enviados, para inaugurar a Era do Consolador que prometera, antes da partida...

... E ao retornar a sinfonia de incomparável beleza que o mundo parecia haver esquecido, aqueles que O ouviram e não O seguiram ou O acompanharam conforme os próprios interesses, levantaram-se para apresentá-la ao mundo contemporâneo, ricos de conhecimento, mas sofridos e desgastados nas emoções superiores asfixiadas pelos vícios e comprometimentos infelizes.

Sendo o Espiritismo, que O desvela, a Doutrina dos que vivem além da sepultura, ninguém o pode deter, nem o conspurcar, conforme o fizeram com a mensagem inicial.

É certo que tentarão reverter a ordem dos ensinamentos, adaptá-los aos infiéis conteúdos do passado, que procurarão apresentar desvios de condutas próprias às alucinações da época, porém, sem o êxito a que se propõem, porque os Espíritos que sopram em toda parte, demonstrarão os equívocos hediondos e manterão puros os paradigmas e as lições de inconfundível beleza do Evangelho.

Embora estes dias apresentem-se com muitas das características daqueles em que Ele viveu com as criaturas humanas, as circunstâncias são diferentes, por causa da grande transição que o planeta experiência, deixando as sombras densas em que se encontra mergulhado para flutuar nas Divinas claridades da regeneração que se aproxima.

Força alguma, de qualquer procedência, poderá impedir o processo irreversivel da evolução comandada por esse Vencedor Incomparável, que transformou os braços de uma cruz de vergonha em asas luminosas de libertação perene.

O Espiritismo é a sublime realidade da volta de Jesus a todos quantos padecem injunções penosas e caminham pelas estradas difíceis da ignorância e aguardam o Guia e seguro Mentor.

Não havendo outra alternativa para que seja conseguido o significado psicológico da existência física, senão o alvo da imortalidade, é inevitável que as propostas incomparáveis do Amor de Jesus encontrem ressonância no íntimo de todos e permaneçam como diretrizes de segurança emocional para a jornada feliz.

As conquistas da Ciência, as admiráveis realizações da Tecnologia, os altos índices de conhecimento do mundo exterior, na atualidade, inevitavelmente conduzem, também, o ser humano à viagem interna, a fim de que decifre as incógnitas do sentimento e equacione os desafios existenciais, abrace as causas do bem e da fraternidade como as mais dignas de serem vivenciadas.

Ante as dúlcidas melodias evocativas do Natal que recorda o momento em que Jesus mergulhou nas sombras do planeta para viver com os Seus discípulos humanos, mantém-te vigilante, procura descobrir se já O sentes nos recessos do ser e se te entregas, realmente, à Sua programação.

O Natal é mais do que uma data elegida aleatoriamente no calendário, para assinalar o dia do Seu nascimento.

E, também, o momento em que Ele, nascendo no teu coração passa a comandar a tua existência, nela edifica o Reino de Deus que se espalhará por toda a Terra e torna todas as criaturas melhores e mais felizes.

Felicidades, pois, no Natal e em todos os Anos Novos da tua jornada terrestre!

Joanna de Angelis, que realiza uma experiência educativa e evangélica de altíssimo valor, tem sido, nas suas diversas reencarnações, colaboradora de Jesus: a última ocorrida em Salvador (1761 - 1822), como Sóror Joana Angélica de Jesus, tornando-se Mártir da Independência do Brasil; na penúltima, vivida no México (1651 - 1695), como Sór Juana 1nés de la Cruz, foi a maior poetisa da língua hispânica.

Vivera na época de São Francisco (século XIII), conforme se apresentou a Divaldo Franco, em Assis.

Também vivera no século I, como Joana de Cusa, piedosa mulher citada no Evangelho, que foi queimada viva ao lado do filho e de cristãos outros no Coliseu de Roma.

Até o momento, por intermédio da psicografia de Divaldo Franco, é autora de mais de 60 obras, 31 das quais traduzidas para oito idiomas e cinco transcritas em Braille. Além dessas obras, já escreveu milhares de belíssimas mensagens.






FIM





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