TESOUROS LIBERTADORES

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CAPÍTULO 16

ESPERANÇA DE PAZ

Sem dúvida, causou espanto à soberba Jerusalém, a estranha entrada daquele Homem pela sua porta principal aclamado como Rei dos Judeus. No mínimo, era algo inusitado, chocando pela sua originalidade.

Ao invés de cavalgar um ginete vistoso com arreios trabalhados em metais preciosos, Ele se utilizava de um dócil jumento cuja altura quase permitia que os Seus pés se arrastassem pelo solo pedregoso.

Os exaltados acompanhantes eram pessoas simples da Galileia desdenhada e alguns desocupados das redondezas que, jubilosos, erguiam palmas verdes, quando os grandes conquistadores são anunciados com clarins brilhantes e fanfarras que lhes exaltam o orgulho e a prepotência.

Surpreendidos, os transeuntes olhavam a estranha e singular passagem do grupo com sorrisos de ironia, naquele verdadeiro simulacro de desfile tendo à frente o Conquistador.

Estavam acostumados aos de natureza militar, aos realizados por Pilatos e sua coorte, assim como os do sumo sacerdote e dos seus bajuladores ajaezados de gemas preciosas, os dos visitantes ilustres e dos seus séquitos deslumbrantes, que diferiam totalmente daquele grupo ingênuo e quase atrevido.

Sucede, porém, que o Visitante representava um Reino incomum, que ficava muito além das dimensões físicas, que desdenhava as fantasias convencionais e se instalava somente nos corações.


Os Seus símbolos eram a humildade e a compaixão,

desconhecidas pela quase totalidade dos habitantes da cidade, a fim de que todos que O aceitassem encontrassem vida em abundância.

Os outros, os que brilhavam com as suas armas e instrumentos de destruição, fomentavam guerras, misérias, consumpções de vidas, sendo transitórios como tudo que se lhes diz respeito.

Anunciado pelos profetas antigos, especialmente Isaías, quase oito séculos antes, permaneceria para sempre, enquanto os outros, ameaçadores, logo eram substituídos por personagens não menos cruéis, que triunfavam por um dia, o túmulo silenciava e o mundo esquecia...

Israel, especialmente os zelotas e os fariseus, anelava pelos poderes da transitoriedade, os odientos vencedores que o libertassem da sujeição romana, tão inclementes quanto o seu dominador detestado. E, por esse equívoco lamentável, não considerou Jesus, crucificando-O com o apoio impenitente da águia devoradora, que O detestava com todas as veras do coração. Entretanto, o colossal império esboroou-se, permanecendo em destroços de monumentos grandiosos arrebentados, túmulos vazios e memórias insanas...


* * *

Há muito pessimismo nas criaturas humanas a respeito do próprio futuro na Terra encantadora das ilusões, dos intermináveis festejos e desfiles de triunfadores que logo desaparecem.

A decadência moral que assola é semelhante àquela que corroeu o império triunfante, e as dores que atormentam os sorridentes da atualidade, na maioria em esgares de desespero, repetem os sinais do destroçamento dos valores aplaudidos e das glórias conquistadas.


Sem demérito para as indescritíveis realizações e vitórias do pensamento sobre a rudeza do primarismo, ainda predominam as

paixões asselvajadas do vandalismo e as suas consequentes cargas de desalento, amargura e sofrimentos implacáveis.

As estatísticas do suicídio e da violência atingem índices quase inimagináveis na civilização moderna, tornando este o século da depressão e das calamidades dos sentimentos, apontando como solução para o tremendo caos, o retorno ao amor, à humildade, aos comportamentos de simplicidade, quais os daquele Vencedor que se adentrou pela orgulhosa Jerusalém, desataviado e simples...

A Sua mensagem enunciada no monte, mais tarde denominada como das bem-aventuranças, não silenciou na tarde tempestuosa da cruz, prosseguindo em sinfonia de rara beleza, a partir da madrugada do terceiro dia quando Ele ressuscitou.

Há esperanças de paz e de plenitude nos céus do futuro da Humanidade, aguardando os seus realizadores.

Faze-te mensageiro da Sua imorredoura melodia de amor.

Deixa-te penetrar pela doce magia da Sua permanente presença e, inebriado pela Sua beleza e bondade, desvela-O ao mundo alucinado, que ainda procura um líder para conduzir as aturdidas criaturas ao Reino da Harmonia.

Renova-te com as reflexões da Sua Boa-nova de alegrias e canta nos teus atos a balada da esperança, anunciando que estes dias logo passarão, conforme sucedeu com aqueles ensombrados períodos...

Estás chamado para contribuir em favor da instalação do Reino de Deus na Terra e, sem qualquer receio, faze a tua parte.

Esquece, por momentos, as ambições infantis e cresce espiritualmente na direção da plenitude, enriquecendo-te de alegria por conhecê-lO e amá-lO.


Jamais te arrependerás pela opção de continuar no mundo utilizando-te do jumentinho do corpo com simplicidade e ternura, ao invés do ginete poderoso que representa as glórias da mentira e

da fantasia.

Se anelas pela harmonia, pela saúde e pela plenitude, entrega-te definitivamente a Jesus.

Se já O encontraste, vive-O de tal forma que Ele chame a atenção de todos através de ti.

E se ainda não te deixaste vencer pelo Seu inefável querer, para e rende-te, na esperança-certeza de que com Ele conseguirás a vitória interior que te plenificará e proporcionará felicidade ao planeta que Ele comanda.




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