A expressão jovialidade provém de Jovis (Júpiter) como uma especial virtude do comportamento humano, traduzindo bemestar, alegria de viver, amabilidade e ternura ante as dificuldades e desafios existenciais.

Semelhante à inocência, a jovialidade é a capacidade que permite a integração da criatura no cosmo social, tornando-a diferente e especial.

E uma qualidade moral que se adquire mediante a eliminação das mazelas defluentes do largo processo da evolução do Espírito, durante as multifárias experiências de ordem ascensional.

O ser jovial é alegre, porém não ruidoso, nem portador das expressões temperamentais dos júbilos vulgares ou das condutas transtornadas daqueles que se comprazem em alegrar os outros, utilizando-se da extravagância e do ridículo.

A jovialidade irradia beleza e ternura, cativa sem palavras e modifica o ambiente onde se manifesta.

Nunca se arma de censura ou se comporta com suspeita, por ser espontânea e confiante.

Gentil, comunica-se com facilidade, qual fonte cristalina que dessedenta sem nada solicitar.

No contubérnio das tribulações humanas é comum as pessoas sentirem-se empurradas para a sombra, a exclusão ou a agressividade, a revolta, ambas geradoras de violência e destruição.

Sendo raras as condutas de cortesia e de afabilidade, sentem-se estranhos aqueles que são dóceis e afáveis, joviais e amigos, ocultando os sentimentos elevados com medo das reações do grupo no qual se encontram localizados para o processo de crescimento interior.

Em consequência, escasseia a jovialidade entre os indivíduos na convivência social.

Quando, porém, a jovialidade desponta em qualquer lugar, a paisagem torna-se iridescente e encantadora, adornada pela musicalidade do amor.

A ascensão do Espírito aos sublimes patamares da abnegação e do holocausto, dá-se mediante os passos seguros da jovialidade.

Quem a cultiva, vivência a alegria saudável e sem jaça, supera a desconfiança e as torpes acusações, os conflitos e os medos.

Freud afirmava que o complexo mais difícil de ser integrado é o complexo da morte.

Ele próprio sofreu-o na carne, quando da desencarnação da filha Sophie.

A jovialidade, porém, vence a morte, porque sabe que a vida é indestrutível e todos avançam para a conquista da plenitude na imortalidade.

Exercita a jovialidade.

Enriquece-te de pensamentos joviais e fraternos, libera-te de suspeitas e animosidades.

conflitos interfiram na confiança que nele deves depositar.

Há problemas de relacionamento que são mais teus do que do teu irmão, a quem transferes a responsabilidade pelo insucesso da amizade. Sempre é fácil apontar o erro do outro, pela predominância do ego doentio sobre o Self que deverá triunfar na existência.

Não te suponhas perseguido nem invariavelmente incompreendido, somente porque não conseguiste o que desejavas.

A verdadeira afeição não é aquela que transige com os disparates e exigências apresentadas, mas a que tem a coragem de negar e de esclarecer sem culpa nem medo.

Mediante o exercício da alegria ingênua e pura, do contato com as manifestações simples da Natureza, com os gestos e ações de pessoas afetuosas, conseguirás adquirir a jovialidade.

Mesmo que sejas agredido, mantém-te jovial e cândido.

Não há força do mal que resista à compaixão e ao comportamento de jovialidade.

Não permitas que o morbo do pessimismo que grassa, que contamina a sociedade encontre receptividade em ti.

Imunizando-te com a jovialidade, respirarás em clima de bemestar, e impregnarás outras pessoas do prazer que sentes de viver.

Quando os primeiros discípulos de São Francisco visitaram o Japão, passaram a cuidar dos hansenianos, que eram odiados e massacrados sem a menor piedade.

Jovialmente, eles prosseguiram optando pelos irmãos vitimados pelo terrível mal, defendiam-nos, limpavam-nos, até que os japoneses, cansados de os matar, perguntaram-lhes qual a razão daquela estranha escolha.

Eles responderam, simplesmente: Porque eles são nossos irmãos, conforme nos ensinou Jesus Cristo.

Somente então, passaram a falar sobre o Mestre e Sua doutrina, desse modo conquistando incontáveis filhos do império do Sol nascente.

Nunca reprocharam aqueles costumes bárbaros nem os seus executores.

Jovialmente prosseguiram no seu dever, na sua eleição de amor incondicional.

A jovialidade poderá salvar o mundo moderno do fosso em que se atirou.

Jesus sempre manteve a jovialidade em todas as circunstâncias, mesmo quando acusado de maneira perversa, sem uma palavra de agressividade.

Treina a jovialidade em pequenas ocorrências e, passo a passo, avança na sua conquista total.

Bem-aventurados os joviais, porque serão felizes desde hoje, assim também pelos infinitos roteiros da imortalidade!