Pergunta-se com frequência: - Por que coisas más são praticadas por pessoas boas?

Causa estranheza, não poucas vezes, a constatação do comportamento infeliz de indivíduos saudáveis mentalmente e generosos, que se apresentam em desalinho emocional em determinados momentos.

Multiplicam-se informações perturbadoras, desvelando torpezas morais em criaturas zelosas e de aparente conduta equilibrada.

Legisladores que estabelecem códigos de ética e de justiça, tornam-se notícia pela prática de desmandos, de crimes hediondos, denominados de colarinho branco, que corrompem, subornam, desviam as verbas do bem social para os paraísos fiscais onde mantêm sólidas fortunas.

Médicos dedicados ao aparelho respiratório que recomendam abstinência ao fumo, às ocultas são tabagistas dependentes, e negam pela conduta a excelência dos ensinamentos em favor da saúde.

Mestres encarregados de educar as gerações novas, são surpreendidos em deslizes lamentáveis que produzem choque pela gravidade dos desmandos que se permitem, ao violarem todas as regras do comportamento ético Amigos aparentemente dedicados, traem, enganam aqueles nos quais despertam confiança, enquanto mantêm afivelada a máscara da hipocrisia na face, sem o menor pudor ou sentimento de culpa.

praticarem os atos indecorosos que censuram na tribuna com veemência...

São muitos esses surpreendentes fenômenos psicológicos.

Isto sucede, porém, porque nem todos aqueles que se apresentam como bons o são realmente.

Normalmente, possuem o verniz social com que escondem as torpezas íntimas, adaptam-se aos hábitos formais e morigerados, mas não conseguem superar os conflitos que os vergastam, heranças de existências passadas não superadas.

Gostariam, talvez, de viver conforme aos outros preconizam, e permitem-se praticar atos de abjeção e de indignidade, ocultandose nas trevas emocionais em que se refugiam.

Mantêm a aparência respeitável, alguns são lutadores pelos direitos dos outros, inclementes defensores da moral, em mecanismos de fuga decorrentes da necessidade de libertar-se das inseguranças morais que os esfacelam interiormente.

O ego em predomínio sempre encontra justificativa para explicar e diminuir a gravidade das suas debilidades.

Quando isso não ocorre, apelam para a acusação aos outros, e transferem a responsabilidade dos atos perversos para os demais, tornando-os culpados por tudo quanto lhes acontece e se facultam experiênciar.

Assim, concluem que são vítimas e permitem-se tudo quanto nos outros é censurável e eles próprios condenam.

Essa ocorrência morbosa é resultado das heranças em forma de mazelas que cada qual conduz pelo carreiro das reencarnações.

Aos impulsos doentios que os visitam, não opõem a coragem moral, a resistência, de modo a superar esse inimigo pertinaz que lhes reside no inconsciente e, periodicamente, ressuma na conduta.

Trata-se da sombra psicológica, que mascara o ser espiritual, que predomina em a condição de ego infeliz.

Todos os seres humanos conduzem o anjo e o demôniono seu mundo íntimo.

De acordo com o estágio evolutivo, no qual transita, liberta-se aquele que é mais compatível com a sua condição espiritual.

O esforço que se deve empreender diz respeito à mudança de paisagem interna, ao ensejar a liberação da angelitude adormecida em detrimento do recrudescer das paixões demoníacas em vigorosa interferência.

De tua parte, evita acusar, responsabilizar o teu próximo, quando cometas erros ou te enredes em comportamentos execrandos.

Aprende a assumir os efeitos dos teus êxitos, mas principalmente dos teus equívocos.

Possuis o discernimento claro para saberes qual a melhor conduta em qualquer situação em que te encontres.

A eleição da agressividade e do desregramento é hábito vicioso a que te acostumaste, sem o esforço de o evitar.

Quando, porém, a pessoa sincera busca honestamente a autoiluminação mediante o conhecimento da verdade, de imediato se lhe altera a maneira de viver e de agir.

Não poucos invigilantes sempre transferem os seus insucessos à interferência dos Espíritos maus, isentando-se de responsabilidade.

recebe.

Assume o compromisso elevado de vencer as más inclinações, de vigiar as nascentes do coração das quais promanam todo o bem e todo o mal.

O teu inimigo básico não é aquele que te combate ou persegue, que te detesta ou calunia, antes encontra-se oculto nos tecidos íntimos dos teus sentimentos necessitados de elevação.

Jesus asseverou que o Reino de Deus está dentro da criatura, aguardando a liberação das heranças primitivas do processo de evolução.

Começa hoje e agora a luta sem quartel em favor da tua paz, dilui as couraças do inimigo interno sob as quais se esconde, e abraça a liberdade de consciência, para seres feliz.