Lampadário Espírita

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CAPÍTULO 25

Considerando a morte

A problemática da "morte" decorre do comportamento de cada criatura durante a vida física.

Por mais se alongue a existência corporal, momento chega em que a desassociação dos tecidos liberta a energia vitalizante, concedendo ao espírito encarnado que a movimenta o retorno aos postos da Erraticidade donde proveio.

Morrer é mudar de estado vibratório.

Morre cada pessoa conforme vive, ligada às paisagens festivas da esperança ou algemada as paixões fatigantes dos seus desvarios.

Reservando somente pequenos "espaços-mentais" para cultivar os pensamentos de ordem superior, ou psiquicamente aclimatado ao amolentamento do caráter, ou educado dentro de padrões comodistas, a morte, para esses, invariavelmente se afigura como fenômeno que propicia o aniquilamento da personalidade, em cujo curso se apagam as luzes da consciência.

Somente em raros espíritos se demoram, na atualidade, as ideias da justiça Divina padronizada nas limitações dogmáticas e nas instruções literais da Bíblia.

No entanto, face ao progresso tecnológico e diante das aspirações tormentosas pela comodidade que faculta prazeres nem sempre nobilitantes, grassam em mentes e corações os postulados materialistas-negativistas em torno da realidade da vida, no além-túmulo, conquanto o estuar do Universo e a glória da existência indestrutível em toda parte.

Embora o comportamento mental de uns e de outros, a vida surpreende, exultante, o viajor imprevidente após a cessação da aparelhagem fisiológica de que se serve.

O "complexo eletrônico comandado pela consciência", conceito a que muitos reduzem a vida humana em audaciosos golpes de simplismo, outro não é senão o espírito livre e independente, que permanece sob as vibrações que cultivou, experimentando os contingentes energéticos a que se imantou espontaneamente.


* * *

Através do sono fisiológico, revelam-se os estados espirituais dos transeuntes do veículo carnal.

No despertar da consciência, após os tratamentos cirúrgicos, expressam-se os estados d’alma dos homens.

Sob a coação dos alucinógenos desatam-se as expressões de vidas anteriores, algumas das quais esquecidas, que refletem os problemas íntimos dos que se deixam experimentar por tais métodos de liberação da subconsciência.

Impressos a golpes vigorosos da ideia-forma, nas telas sutis da organização perispiritual, desejos e ambições, programas íntimos e roteiros de vida, ao impacto da anestesia profunda para a cirurgia da desencarnação, abrem os depósitos psíquicos do espírito, que libertam os fantasmas cultivados e os delitos praticados, que se corporificam, retomando o comando da imaginação, nessa hora submissa, iniciando longos processos alucinantes e enlouquecedores.

Assim considerando, ante a realidade da "morte" que a todos os "viventes" um dia surpreenderá, cultiva a ideia otimista e estuda as diretrizes que conduzem à vida espiritual.

Como dedicas horas longas aos roteiros humanos que cessam e as tarefas da organização celular que se acabam, considera a problemática da vida espiritual e realiza meditações libertadoras, enviando aos fulcros psíquicos do perispírito as mensagens de alento e equilíbrio, preparando-te para a libertação da argamassa celular, de modo a prosseguires confiante e livre na direção da vida maior, logo mais.

NOTA — Tema para estudo: L. E. — Parte 2a — Cap. VIII — Letargia, catalepsia, mortes aparentes.

Leitura complementar: E. — Cap. XXIV — Coragem da fé — Itens 13/16.




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