Lampadário Espírita

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CAPÍTULO 40

Ante o dever

Não te suponhas inútil na lavoura do bem porque escasseiam em tuas mãos os recursos da Terra.

Nem sempre a moeda, aparentemente valiosa, consegue articular a serenidade do coração.

Considera que os valores insignificantes, segundo a experiência de muitos, realizam obras reais na construção da vida.

O edifício suntuoso não dispensa a contribuição da pá de cal.

O adubo considerado sem valia é a causa da vitalidade do solo.

A pedra grosseira, a golpes de buril, transforma-se em estátua valiosa.

Assim, podes contribuir com os recursos modestos de que dispões para materializar a obra do Senhor entre as criaturas da jornada humana.

Aprende a discernir e estuda para compreender, a fim de libertar-te da dificuldade no rumo da verdadeira luz.

Porque te faltem os atraentes dons da inteligência não te entregues ao desânimo, e porque as tuas mãos não possam realizar imediatamente não descoroçoes no entusiasmo.

Nem sempre a boca falante expressa o de que está cheio o coração.

Recorda que a sinfonia vibrante equilibra-se nas sete notas musicais que lhe servem de base, tanto quanto o discurso brilhante é filho do alfabeto humilde...

Ergue-te em busca do Senhor e avança, renovado, pela trilha do bem.

Planta a tua árvore; renova o jardim da tua casa; varre o solo que espera limpeza; faze algo.

Pensar no trabalho é trabalho em começo.

Movimentar pequenas tarefas é articular tarefas nobres.

Não adies os teus deveres a pretexto de carência de recursos.

Se não podes fazer quanto gostarias de fazer, faze alguma coisa. E, se realmente desejas respeitar o dever de produzir, recorda-te de mil trabalhos esquecidos, essas tarefas que somente poucos gostam de realizar.

Une-te, desse modo, à caravana dos que se batem na terra sáfara do coração e começa desde agora o abeçoado labor da tua transformação operosa.

Jesus Cristo, necessitando legar-nos o tesouro da sua mensagem de luz, considerou modesto "grão de mostarda", humilde "dracma perdida", toscos "ramos de figueira", desvalioso "feixe de varas", como a ensinar-nos que o Reino dos Céus, que deve ser "tomado de assalto", só paulatinamente, após nosso aprimoramento, nos permite ingresso na legião dos selecionados para as glórias da Imortalidade.

NOTA — Tema para estudo: L. E. — Parte 3a — Cap. V — Meios de conservação.

Leitura complementar: E. — Cap. XVII — O dever. — Item 7.




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