Sementeira da Fraternidade

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CAPÍTULO 2

TRABALHO UNIFICADOR

Parte 1
Dilatemos a Doutrina Espírita, esse abençoado sol, sobre a Terra inteira, através do trabalho nobre.

 

Trabalho no bem é elevada expressão de serviço.

 

Serviço no bem é manifestação luminosa de amor.

 

. Aprendamos a servir, aumentando as nossas possibilidades de auxílio aos corações humanos, neste momento de tão grande significação para todos nós.

 

Espalhemos a consolação espírita a metamorfosear-se em luz que vitalize a plantação da esperança e desenvolva a árvore da felicidade.

 

O trabalho realiza o milagre da fraternidade e só a fraternidade é sólida base para a Unificação.

 

Unificação em teoria é exposição sem vitalidade.

 

Unificação em prática é atividade doutrinária edificante.

 

Ampliemos a mensagem da Doutrina Espírita, levando-a a todos os homens, ante as presentes convulsões, certos de que há muita coisa a realizai1.

 

Não aguardemos que os 1nstrutores Desencarnados retornem ao campo físico para realizar a tarefa que compete aos homens executar.

 

Enquanto caminhamos na carne, solicitamos socorros a que não fázemos jus, demorando-nos inquietos ante o silêncio elevado dos Benfeitores que parecem distantes dos problemas que lhes apresentamos.

 

Libertos, porém, singrando os rios da Espiritualidade, verificamos que de inopino somos alçados condição de Guias, pela comodidade de alguns companheiros que ficaram no Ôrbe, solicitando, intempestivamente, diretrizes e roteiros, muito embora, há dois mil anos, tenham o Evangelho do Cristo ao alcance das mãos e próximo do coração. Verificamos, então, que o silêncio de ontem, que não compreendêramos, é o mesmo a que hoje somos constrangidos manter em relação aos amigos que nos solicitam o que já têm em demasia, sem pretenderem fazer uso.

 

Aproveitemos, então, o milagre da hora, a concessão da oportunidade e a bênção do momento para distendermos a claridade da Doutrina Espírita nas almas atormentadas entre as sombras do torvelinho físico.

 

Voltemos as mentes e as mãos para a preparação da infância, auxiliando o futuro, mas levemos também os ensinos de Allan Kardec à velhice, favorecendo o renascimento no além-túmulo.

 

Há múltiplas tarefas para todos os. trabalhadores e serviços para todas as mãos.

 

O homem do campo não nos conhece a mensagem, porque não podendo vir até nós, não nos dispusemos a visitá-lo. 0 trabalhador humilde nos. desconhece os enunciados, porque vivendo em cansativo labor não dispõe de tempo físico nem mental para elucubrações em torno dos problemas do espírito, e, em nossa negligência, ainda não nos lembramos de levar-lhe o pão espiritual para lhe atender a alma imensamente necessitada.

 

Pregamos Unificação, expomos diretrizes mas não buscamos aprofundar-nos nas realizações unificadoras.

 

Aumentemos os nossos recursos e realizemos as tarefas que nos aguardam.

 

A Doutrina Espírita, na atualidade, não se reveste apenas de lapidares conceitos, antes se constitui parte essencial para o nosso "modus-vivendi" na Terra.

 

Não é apenas uma mensagem nobre, mas um programa de ação.

 

Não é somente uma bela Filosofia, porém um roteiro para a evolução.

 

Estudemos, portanto, a Doutrina para vivê-la; conheçamos a Doutrina para ensiná-la, realizando o serviço que nos cabe.

 

Se existem dificuldades, situemos a mente em Jesus que não encontrou na Terra qualquer facilidade.

 

Se as trilhas se cobrem de urze e surgem obstáculos, lembremos de que a ascensão ao Gólgota foi assinalada pelas quedas do Guia Divino ao péso da Cruz...

 

Se encontramos desertores, no justo momento da realização, recordemos o ósculo de Judas, o companheiro do Senhor durante quase três anos de convivência diária...

 

Se identificamos a solidão conosco, voltemos ainda ao drama da Paixão e lembremos que, na Cruz, o Mestre apelou para o Pai por não encontrar ouvidos humanos que Lhe recolhessem as aflições...

 

Façamos o mesmo. Não nos detenhamos! Temos um objetivo à frente.

 

Não olhemos para baixo — a luz vem dc Cima.

 

Não nos demoremos no "já feito" — necessitamos muito de fazer.

 

Realizemos o bem sem perspectiva de receber compreensão, produzindo sem pretensões de entendimento, vencendo todos os óbices que, na maioria, estão em nós mesmos, conduzamos; a Unificação, através do trabalho de esclarecimento e assistência doutrinária e teremos um Espiritismo consolidado nas mentes e nos corações, consoante os nossos melhores desejos.

 

No martírio do Justo a Humanidade encontrou o clímax da Boa Nova.

 

Será, também, nos nossos sacrifícios que os homens descobrirão a excelência das ideias que esposamos.

 

Porfiando na sementeira do bem infinito, encontraremos o Celeste Amigo de braços abertos em atitude de quem espera, após as refregas, logo seja transposta a porta estreita quando teremos a tranquilidade do dever cumprido, na Unificação doutrinária e na renovação íntima em que nos encontramos empenhados.

 

Francisco SpineUi

 


Francisco SpineUi
Divaldo Pereira Franco


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