Sementeira da Fraternidade

Versão para cópia
CAPÍTULO 56

CRIANÇA E ESCOLA

Parte 1
Nesse pequenino que passa caminha o futuro.

 

A criança é o sorriso da vida embelezando o mundo.

 

Amemos esse infante, oferecendo-lhe os elementos para se transformar num cidadão honrado.

 

Transformemos nosso lar em escola de bênçãos e nos façamos mestres em nome do amor para a santificante tarefa de edificação superior.

 

Eduquemo-lo, disciplinando-lhe os impulsos, mas não esqueçamos de nos disciplinar, também, para que a nossa voz possua o calor do exemplo que lhe assinale a observação com a força da realização.

 

Por isso, não nos esqueçamos de que ensinar é igualmente sofrer.

 

O primeiro passo de quem ensina deve ser dado no sentido de educar-se.

 

Não se educa sendo deseducado. Não se disciplina sem estar disciplinado.

 

A criança -=- argila frágil, base de toda construção social — é, antes de tudo, uma copiadora. E é nesse particular que se avulta o valor da Escola.

 

A Escola não é apenas um templo dedicado à instrução. É um altar para o culto da educação e um santuário para o amor.

 

Abram-se escolas e o crime fugirá da Terra.

 

Favoreçam-se as Escolas primárias com as luzes do amor e da bondade, e as guerras se transformarão em artes macabras do passado.

 

Em todos os tempos a Escola tem sido a força mais poderosa que o mundo conhece, fazendo a campanha contra a ignorância, o maior adversário do espírito humano.

 

A brutalidade de Atila se desenvolveu por falta do socorro de uma Escola de alfabetização.

 

A selvageria hitlerista atentou contra a Civilização porque a Escola se poluiu, transformando-se em quartel.

 

Para domesticar bastam o relho e a corda, vontade firme na impiedade, dando origem ao respeito que nasce nas furnas do medo. Para educar, no entanto, é . imprescindível amar.

 

Quem ama, gera simpatia e afinidade.

 

Na Escola onde o amor se desdobra, a educação se aprimora.

 

Sócrates, na àgora de Atenas, e Cristo, na Montanha da Galileia, reverenciaram a Escola que educa e salva.

 

A criança avança; a Escola aguarda; o adulto ajude.

 

Todos somos educadores. Educamos pelo que somos, educamos com o que dizemos. Quem não educa no sentido positivo, edificando, educa, no sentido negativo, danificando o caráter.

 

Educa-se, pois, bem ou mal, segundo as próprias possibilidades.

 

Quando amamos, porém, educamos sempre bem, porque o amor que se eleva sabe escutar aquela voz diferente, da razão, que corrige e repara incessantemente.

 

Respeitemos o mestre e honremos a Escola, braço e berço do mundo futuro.

 

E esse pequenino que aí vai, é o homem do amanhã que espera por nós, desde agora.

 

Saudemos a criança com a Escola — essa nobre modeladora das gerações humanas.

 

Amélia Rodrigues

 


Amélia Rodrigues
Divaldo Pereira Franco


Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 56.
Para visualizar o capítulo 56 completo, clique no botão abaixo:

Ver 56 Capítulo Completo
Este texto está incorreto?