Sementeira da Fraternidade

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CAPÍTULO 60

NATIVIDADE

Parte 1

Pairava nos âmbitos da atormentada Israel a voz do silêncio, sem que se escutasse o alento encorajador das profecias, que, séculos-a-fio, mantivera inquebrantável o ânimo do povo, nas incontáveis provanças que frequentemente caíam avassaladoras.

 

Embora os debates acalorados nas sinagogas e no Templo as discussões da exegese, a fé empalidecera desde há muito nos corações mais valorosos, mercantilizada pelas paixões do poder temporal que aliciava ambições a desvairarem os mais respeitáveis dignatários da religião.

 

A política de dominação imposta pelo romano vencedor engendrara a pusilanimidade e a traição que se mesclavam traçando caracteres novos e diferente ética para os que buscavam os santuários, então suntuosos, porém vazios de Deus.

 

As esperanças acalentadas em torno do Messias beligerante e vingador tornavam-se a aspiração maior de todos, fruto possívelmente do atavismo psicológico ou resultado de recalcada paixão do poder e da força...

 

Foi quando nasceu Jesus!

 

Anunciado pelos anjos, escolheu como berço a palha úmida da manjedoura, e, decantado por todos grandes profetas que trombetearam as Suas excelsas características, preferiu o anonimato de modesto casal aldeão.

 

Construtor da Terra e Legislador Excelso, desceu, Ele mesmo, ao vale sombrio, para trabalhar como servidor humílimo e ignorado entre os homens.

 

Senhor da vida no Orbe ao invés do dia ridente e dourado, fulgiu no berço sob o olhar das estrelas em noite tranquila para ser a "luz do mundo" por todos os tempos.

 

Por essas razões o Natal de Jesus é a história viva e sempre fascinante do sublime Filho de Deus, emboscando-se no mundo para libertar consciências e corações com o sol do seu amor total.

 

É lição fascinante para todo dia, para toda hora, para todo o sempre.

 

* * *

 

Quando a avalanche das paixões desassossegadoras varre os quadrantes da Terra e ateia as chamas das guerras e crimes, neuroses e crises, alucinações e angústias, a Natividade evoca um Menino cujo berço continua sendo esperança luminosa para a Humanidade e cuja cruz em que, Homem, padeceu até a morte, se transforma, em fanal redentor para aqueles que aspiram à libertação das sombras, das dores e da morte, a fim de poderem prosseguir na escalada segura do atual Tabor da Transfiguração santificadora.


Rememorando o Nascimento de Jesus, alonga-te por toda parte onde a fome, a orfandade, o abandono, a doença e a rebeldia se asilem para traduzires o canto dos anjos na Mnoite santa"

*, de modo a que todos eles, os nossos irmãos sofredores, sintam Jesus nascer nos países dos seus espíritos como no teu próprio, anunciando os tempos novos de justiça e "paz entre as criaturas de boa vontade na Terra. "

 

Joanna de Ângelis






FIM




Joanna de Ângelis
Divaldo Pereira Franco


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