Sabedoria do Evangelho - Volume 6

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CAPÍTULO 10

O PERDÃO

MT 18:15-35


15. Se teu irmão errar (contra ti), vai avisá-lo entre ti e ele sozinho. Se te ouvir, terás ganho teu irmão.

16. Mas se não ouvir, toma contigo ainda um ou dois, para que por boca de duas ou três testemunhas se resolva toda a questão.

17. Se, porém, não lhes atender, dize à comunidade; se também não atender à comunidade, seja-te como o estrangeiro e o cobrador de impostos.

18. Em verdade vos digo, tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu; e tudo o que liberardes sobre a terra, será liberado no céu.

19. Novamente vos digo, que se dois de vós, sobre a terra, concordarem sobre qualquer coisa que pedirem, ser-lhes-á feita por meu Pai que está nos céus.

20. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou no meio deles.

21. Então, aproximando-se Pedro, disse-lhe: "Senhor quantas vezes errará meu irmão contra mim e o relevarei? até sete vezes"?

22. Disse-lhe Jesus: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

23. Por isso, foi assemelhado o reino dos céus a um homem rei, que quis ajustar contas com seus servos.

24. Tendo começado a ajustá-las, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.

25. Como não tivesse, porém, com que pagar, mandou-o o Senhor ser vendido, e também a esposa e os filhos e tudo o que tinha, para pagar.

26. Prostrando-se, então, o servo, instava dizendo: "Senhor, tem paciência comigo e tudo te pagarei".

27. Compadecendo-se o Senhor daquele servo, liberou-o e relevou-lhe a dívida.

28. Tendo, porém, saído aquele servo, encontrou um de seus companheiros, que lhe devia cem denários, e segurando-o o sufocava dizendo: "paga o que me deves".

29. Caindo-lhe, então aos pés, seu companheiro o implorava dizendo: "tem paciência comigo, e te pagarei".

30. Ele porém não quis e, indo embora, lançou-o no cárcere até que pagasse a dívida.

31. Vendo, pois, os companheiros dele o ocorrido, entristeceram-se muito e, indo, narraram (com pormenores) tudo o que aconteceu a seu Senhor.

32. Então chamando-o, o Senhor disse-lhe: "Servo mau, relevei-te toda aquela dívida, porque me pediste;

33. não devias também tu compadecer-te de teu companheiro, como eu me compadeci de ti"?

34. E, indignando-se, seu Senhor entregou-o aos verdugos, até que pagasse toda a dívida.

35. Assim também meu Pai celestial fará convosco, se cada um não relevar a seu irmão do imo do coração".

LC 17:3-4


3. "Cuidai-vos de vós. Se teu irmão errar, repreende-o, e se mudar a mente, libera-o,

4. e se sete vezes no dia errar contra ti, e sete vezes no dia voltar a ti dizendo: "mudo a mente", liberá-lo-ás".



Grande lição aqui se apresenta a nós, esclarecendo a regra pela qual devemos pautar nossa vida prática em relação a nossos companheiros de jornada.

Alguns códices importantes (Sinaítico, Vaticano) versões (manuscritos coptos saídico e boaídico) e pais (Orígenes, Cirilo, Basílio, Jerônimo) não registram as palavras "contra ti", que aparecem em D, K, L, X, delta, theta, pi, alguns minúsculos, versões bizantinas, ítala, Vulgata, siríaca e pais Cipriano e Hilário.


Poderiam ser mantidas por dois motivos:

1. º o texto fala de erros "contra ti" (cfr. vers. 21);

2. º se a ação do irmão não diz respeito a nós, nada teríamos com isso.

No entanto, parece melhor suprimi-las, porque o trecho se refere mesmo à correção fraterna. Se algum irmão errar, mesmo que não seja contra nós, devemos buscar corrigi-lo. Lógico que deve tratar-se de erro grave, que afete a evolução dele ou o bom nome da instituição a que pertence.

A lei mosaica (LV 19:17-18) já estipulava; "Não aborrecerás teu irmão em teu coração; não deixarás de repreender teu próximo, e não levarás sobre ti um erro por causa dele. Não te vingarás nem guardar ás ressentimento contra os filhos de teu povo, mas amarás a teu próximo como a ti mesmo: eu sou YHWH". E os bons israelitas obedeciam a esse preceito; "Se tens companheiros que te repreendem e outros que te louvam, ama o que te repreende e despreza o que te louva; pois o que te repreende te conduz à vida do mundo futuro, e o que te louva te leva fora desse mundo" (Rabbi Meir, in Strack e Billerbeck, tomo 1, pág. 787).

Se o irmão atende, tê-lo-emos conquistado para o caminho certo, como afirma Jerônimo (Patrol. Lat. v. 26, col. 131): si quidem audíerit, lucrifácimus ánimam ejus, et per alterius salutem, nobis quoque acquíritur salus, isto é; "se em verdade nos ouvir, lucraremos a alma dele e, pela salvação do outro, adquire-se também a salvação para nós".

Se não atender à nossa admoestação, convoquemos testemunhas, depois levemos o caso à comunidade e depois, se nada disso adianta, coloquemo-lo de lado, tratando-o com toda a consideração e amor, como devemos fazer ao estrangeiro, mas não com a intimidade do "irmão".

A razão de tudo isso é dada: tudo o que ligamos a nós neste plano, permanecerá ligado no mundo astral, antes e depois do desencarne; e de tudo o que nos liberarmos neste plano terráqueo, permaneceremos desligados e liberados no plano astral. Ora, é de todo interesse que se não constituam liames entre nós e pessoas erradas, que poderão envolver-nos em seu carma negativo por complacência culposa de nossa parte.

As palavras que acabamos de citar, e que pertencem de direito a este trecho, foram transportadas para o vers. 16 do cap. 16 do mesmo Mateus, como comprovamos exaustivamente no vol. 4 e seguintes.

No entanto, é neste versículo que se baseia a igreja romana para justificar seu direito de "excomungar".

Passa a seguir o Mestre, sem transição, para uma das comprovações de que, o que ligarmos na Terra, será ligado "no céu": se duas pessoas concordarem sobre determinado assunto, tudo o que pedirem lhes será feito.

Strack e Billerbeck (I,
793) cita: "Rabbi Acha bar Chanina dizia: que se são ouvidas as preces feitas na sinagoga, no momento em que a comunidade ora, isso decorre do midrasch de Job (ob 36:5): "Deus não despreza a multidão", e do Salmo (55:19): "Ele libertará em paz minha alma do combate que me é feito, porque a multidão (da comunidade em prece) estava em torno de mim".

O fato de o Cristo de Deus afirmar que onde há criaturas reunidas em Seu nome, Ele está no meio delas, tem precedente na crença judaica da presença da Chekinah, que permanecia entre aqueles que falam sobre a Torah".como dizia Rabi Chanina bar Teradjon. E acrescentava: "Deus é dito máqôm ("O lugar") porque está em todos os lugares".

Depois desse desvio, que confirma que o perdão deve ser dado (cfr. MT 6:14-15), vem o ensino exemplificado com uma parábola, desenvolvida por ocasião de uma pergunta de esclarecimento feita por Pedro: quantas vezes perdoar?

Simão Pedro, acostumado ao sistema de seu povo de perdoar até três vezes, julga-se extremamente generoso propondo fazê-lo até SETE vezes. Mas Jesus, sem impressionar-se, calmamente estende para setenta vezes sete, NO MESMO DIA: éôs hebdomêkontákis heptá.

Jerônimo comenta: ut toties peccanti fratri dimítteret in die, quoties ille peccare non possit, ou seja: "para que tantas vezes se perdoe ao irmão que erre num dia, quantas ele nem possa errar" (Patrol. Lat.

vol. 26, col. 132). E João Crisóstomo: tò ápeiron kaí diênekés kaí aeí, isto é: "ao infinito, incessantemente, sempre" (Patrol. Graeca, vol. 58, col. 589).

Quanto à parábola, anotemos que o ensino principal, que é uma ilustração nos vers. 14 e 15 do cap. 6 de Mateus: se não perdoarmos aos nossos companheiros da Terra, não obteremos o perdão.

Quanto aos dados. O servo devia 10. 000 talentos. Um talento equivalia a 6. 000 dracmas (ou 6. 000 den ários). Então, 10. 000 talentos são 60. 000. 000 de dracmas, quantia realmente elevada, em comparação com os 100 denários (100 dracmas). Lembremos que a dracma (ou o denário, moedas equivalentes, a primeira grega, a segunda latina) era o preço normal de um dia de salário de um trabalhador braçal.

Chamado para prestar contas e condenado por insolvência confessada, prostra-se aos pés do credor (o rei) e pede paciência. O resultado é o perdão da dívida, a anulação do débito. Mas ao defrontar-se com um colega de serviço (syndoúlos) que lhe deve a quantia de cem denários, perde o controle, avança sobre ele, tenta sufocá-lo e de nada adianta ouvir do companheiro as mesmas palavras que ele mesmo havia proferido diante do rei: impiedosamente o condena à prisão.

Os outros servos não se conformam com essa atitude e vão contar acena triste "com pormenores" ao rei. Este se aborrece e vê que o perdão dado foi errado e o entrega não a simples carcereiros, mas aos carrascos (basanístais = experimentadores).

A lei mosaica (EX 22:3) só permitia que fosse vendido o ladrão insolvável, ou então (LV 25:39) permitia aceitar a escravidão voluntária de um israelita extremamente pobre, mas que deveria ser tratado com humanidade, e ser libertado no primeiro ano de jubileu.

Os teólogos, aplicando a parábola a Deus, dizem que nossos débitos para com a Divindade são imensos, em comparação com as dívidas feitas pelos homens entre si. Mas surge-lhes a dúvida: se Deus pode modificar uma decisão Sua e condenar, depois que perdoou. Tomás de Aquino (Summa Theol, III. ª, q. 88, art. 1-4) alega que o segundo castigo veio por causa das agravantes, e não pela revivescência da falta já perdoada. Mas nada isso interessa ao ensino, que se destina a prescrever o perdão entre os homens, como salienta João Crisóstomo (Patrol. Graeca vol. 58, col. 589).

Mas há outros ensinos mais profundos a deduzir deste trecho. Para estudá-los, dividamos os dois assuntos principais.

CORREÇÃO FRATERNA - Não percamos de vista que Jesus deu essas instruções aos discípulos (MT 18:1 e LC 17:1). Ora, os discípulos eram os filiados à "Assembleia do Caminho", já em graus mais elevados, pois davam, entre si, o tratamento de "irmão" (vol. 5). Todo o trecho, pois, assim como a parábola que se segue, refere-se estritamente aos membros da Fraternidade Iniciática entre si, e nada absolutamente tem que ver com os que se acham fora.

O primeiro ensino, pois, é que o irmão tem a obrigação de chamar a atenção do irmão que erra. Não é deixado livre de fazê-lo ou não: "se errar... vai avisá-lo". Mas esse primeiro passo deve manter-se secreto, e jamais será divulgado. Se ouvir nosso aviso, e mudar sua forma de agir, é um irmão que ganhamos em nosso convívio, pois não terá que deixar a fraternidade.

Mas pode dar-se o caso de não sermos atendidos. Chamemos, então, o testemunho de mais um ou dois (que somados a nós farão duas ou três testemunhas) a fim de solucionar o caso. Trata-se, portanto, não de uma ofensa feita a nós, mas de um erro que acarreta consequências danosas ao próprio ou à comunidade.

Caso persista o erro, deve-se avisar a comunidade, a corporação ou ekklêsía a que ambos pertencem.

Far-se-á, já neste ponto, uma admoestação oficial, buscando reconquistar aquele que se está transviando do caminho (hamartolós).

São, pois, três advertências. Se após as três persistir o desvio da conduta, deve então esse "irmão" ser considerado alienígena ou estrangeiro, ou "publicano", isto é, novamente profano, saindo da comunidade a que pertencia a fim de não trazer prejuízos a todo o conjunto. Mas nem por isso deve ser maltratado nem desprezado: antes, como preceitua a lei, o estrangeiro deve ser tratado com delicadeza e consideração. Apenas não participará dos mistérios.

Verificamos, então, que há dois comportamentos: ligar ou soltar, amarrar ou desprender. E qualquer dos dois atos é realizado não apenas na Terra, mas também "no céu", ou seja, no mundo espiritual, em todos os planos: astral, mental e espiritual.

O ensino é de importância capital, pois ficamos sabendo que as ações do mundo físico têm repercussão bem maior do que poderia supor-se. Uma ligação com determinada criatura reflete-se no mundo espiritual e perdura além do plano terrestre-denso. E o mesmo ocorre se houver um desligamento.

O ensinamento (que verificamos tratar-se de uma repetição: "Novamente vos digo" ...) traz uma consequência de sumo interesse: se houver ligação e sintonia vibratória perfeitas entre duas criaturas, a força daí redultante é tão poderosa que é capaz de atrair tudo o que for pedido. O Pai reside em cada um de seus filhos. Mas se houver união plena entre dois, concordância total, sintonia absoluta, em qualquer assunto (perì pantòs prágmatos) não importa qual, a obtenção é garantida por parte do Pai" que está nos céus". Não há dúvida de que duas mentalizações são mais eficientes que uma só. E as duas notas emitidas em uníssono movimentam as forças que modificam o curso dos acontecimentos.

Confortadora promessa, perigosa: porque também a mentalização do erro surtirá efeito...

A razão disso é dada pelo Cristo Divino, que se vinha manifestando em Sua qualidade de Mestre único: "onde duas ou três pessoas estão reunidas em meu nome, aí estou no meio deles". E a razão científica do fato prende-se a que, embora a presença crística seja constante e integral em todos os lugares e situações, inclusive dentro de cada pessoa, no entanto, se houver uma ligação entre duas ou três pessoas, forma-se uma corrente mais fortalecida, que poderá movimentar forças magnéticas ambientes mais poderosas com repercussões nos diversos pianos espirituais; da mesma forma que uma bateria é muito mais forte que uma pilha isolada. Dessa maneira a presença é mais sentida e essa própria conscientização aumenta a força de cada um. Isso mesmo já era ensinado nas Escolas Judaicas (Kábbalah), que dava o nome de Chekinah a esse acréscimo perceptível da presença real do FOHAT divino entre as criaturas. Diziam, então, que era a "presença de Deus".

PERDÃO - Entra Pedro (o símbolo das "emoções") com a pergunta de quantas vezes terá que perdoar ao "irmão" que faz algo contra ele. Não se trata mais de erro (desvio da rota certa) no sentido evolutivo, mas de algo pessoal entre os membros da corporação.

Isso, diz o Cristo de Deus, não apresenta a menor importância. São criancices. E o número de sete vezes (num dia!) é julgado pouco pelo Mestre, que o amplia para setenta vezes mais (cfr. vol. 4 e vol. 5), o que significa sempre. O Espírito que já entrou na linha evolutiva conscientemente, não pode estar perdendo tempo com essas questiúnculas das personagens. Não dá relevo a picuinhas e a pirraças.

Para ele não importam ofensas nem calúnias: segue em frente, sempre para o alto, e tudo o que possa ocorrer "contra ele", isto é, contra a personagem, bate de raspão e perde-se no espaço, sem deixar sequer mossa nem arranhão por mais leve que seja. Então, PERDOE SEMPRE, sem nem contar as vezes. Seja sempre a rocha que não se abala pelo choque das ondas. Deixe que os profanos sejam como a areia, que vai e vem com as ondas do mar.

Essa é a razão de ter sido assemelhado o Reino de Deus a um homem-rei, designação típica do hierofante, do "rei" da Escola Iniciática, a suma autoridade para os membros da fraternidade. A escolha do hierofante como modelo, é típica, pois refere-se à autoridade do Rei do Mundo, que o hierofante representa para seus discípulos em cada comunidade. Em relação ao hierofante os irmãos são designados como servos, pois a ele devem obediência irrestrita e sem discussões, pois se se entregaram à sua direção, é porque nele reconhecem o Mestre que penetra os mais recônditos segredos dos corações.

A parábola fala de um débito de 10. 000 talentos, imagem de uma dívida evidentemente espiritual, e não material. A comparação das conquistas espirituais com "talentos" foi feita, também, em outra parábola (cfr. MT 25:14-30; LC 19:11-27).

Encontramos, pois, que a interpretação nos revela que o Rei ensinara os mistérios em sua maior profundidade a esse servo, dando-lhe conhecimentos vastos. Mas quando lhe foi "pedir contas" do que lhe devia, como lição "passada para estudo", verificou que ainda não aprendera, e continuava devendo.

Julgou-o incapaz, e sua vontade inicial foi "prendê-lo a ele, à mulher e aos filhos", isto é, colocá-lo, com todos os seus veículos, novamente na prisão do mundo profano, afastando-o do convívio dos demai "irmãos" seus conservos. Não apenas a ele (ou seja ao Espírito) se referia a restrição que as condições impunham, mas a todos aqueles que formavam o ser e que atrapalhavam sua evolução.

No entanto, em vista de sua humildade, resolveu esperar mais, "perdoando-lhe a dívida" naquele momento, para que mais tarde verificasse se realmente tinha conseguido aprender.

Ao sair dali, entretanto, esse mesmo servo encontra outro a quem havia dado noções (100 denários, quase nada) de espiritualismo. Pede as contas, e verifica que seu companheiro não havia aproveitado.

Nesse ponto, perde o controle emocional, agarra-o e procura sufocá-lo, naturalmente com palavras violentas, e manda que vá para a prisão do mundo. Por aí vê-se que realmente tinha autoridade dentro da fraternidade, confirmando que o débito alto se referia a aprendizado mais profundo.

Os companheiros estranham o fato e - verificando a inutilidade do aviso em particular e com testemunhas - levam logo o ocorrido ao conhecimento do hierofante. Comprova, então, o rei que realmente o primeiro não havia compreendido, nem mesmo aprendido a lição. Resolve, pois, entregá-lo aos "experimentadores" (basanístais), ou seja, às provações cármicas do mundo, que terão que experimentá-lo normalmente, até que a custa própria e por experiência vivida, aprenda que "deve fazer aos outros o que quer que os outros lhe façam" (MT 7:12).

A lição é singela e clara na letra e no espírito: dar, para receber. Amar para ser amado. Perdoar para ser perdoada. "A medida com que medirdes, essa será usada convosco" (MT 7:2; vol. 2).

Cientificamente, temos que considerar a lei das frequências vibratórias. Se estamos na frequência do perdão, estendendo-o aos outros, nós mesmos nos beneficiamos dessa onda tranquila. Mas se saímos da faixa do perdão e caímos na da cobrança impulsiva, sintonizamos com essa frequência mais baixa, onde também nos será cobrado. Não há necessidade, hoje, de levar o problema ao "sobrenatural", nem de envolver Deus no processo puramente humano, para saber se Ele pode ou não anular um ato de perdão já concedido. Com a eletrônica, atualmente, vemos que o indivíduo é que se situa, vibratoriamente, numa ou noutra faixa, à sua vontade, recebendo o que transmite. Qualquer rádio-amador sabe disso.

A personificação de um fato científico era indispensável há dois mil anos. Mas hoje atrapalha, mais que ajuda, porque as mentes pouco habituadas à ciência e os intelectos viciados em imaginar figuras antropomórficas da Divindade, continuam acreditando que existe uma "pessoa", sentada num trono de ouro, a fazer o julgamento e a lavrar sentenças.

Não há, pois, razão, para discutir se Deus volta atrás de uma sentença! A criatura recebe o choque de retorno, porque desce suas vibrações ao plano das emoções (plano animal, lei da justiça), tanto assim que, figuradamente, o credor avança para o devedor e tenta estrangulá-lo; descendo de plano, caiu na armadilha cármica.

Isso porque Deus, imutável e perfeito, nem sequer pode ser ofendido, pois não é atingido por qualquer espécie de ação humana, nem pode "perdoar": a criatura é que se coloca no plano da libertação cármica, por sua própria vibração interna, ou se lança, por descontrole emocional no plano da justiça, na lei de causa e efeito.

Daí a ordem de "perdoar setenta vezes sete", ou seja, SEMPRE. Porque uma só vez que não se perdoe acarreta a entrada na vibração baixa da vingança ou do ressentimento. Por isso já fora dito: "se estiveres apresentando tua oferta no altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, e depois vai apresentar tua oferta" (MT 5:23-24). Porque qualquer questão com o "irmão" provoca baixa de vibrações.

Se temos obrigações de "amar os inimigos" (MT 5:44), muito maior é o dever em relação aos irmãos de comunidade.




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Mateus 18:15

Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão;

mt 18:15
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Mateus 18:16

Mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada.

mt 18:16
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Mateus 18:17

E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera o como um gentio e publicano.

mt 18:17
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Mateus 18:18

Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.

mt 18:18
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Mateus 18:19

Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.

mt 18:19
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Mateus 18:20

Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí, estou eu no meio deles.

mt 18:20
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Mateus 18:21

Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?

mt 18:21
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Mateus 18:22

Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas, até setenta vezes sete.

mt 18:22
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Mateus 18:23

Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;

mt 18:23
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Mateus 18:24

E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos;

mt 18:24
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Mateus 18:25

E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.

mt 18:25
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Mateus 18:26

Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.

mt 18:26
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Mateus 18:27

Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.

mt 18:27
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Mateus 18:28

Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele sufocava o, dizendo: Paga-me o que me deves.

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Mateus 18:29

Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.

mt 18:29
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Mateus 18:30

Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.

mt 18:30
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Mateus 18:31

Vendo pois os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.

mt 18:31
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Mateus 18:32

Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste,

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Mateus 18:33

Não devias tu igualmente ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?

mt 18:33
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Mateus 18:34

E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.

mt 18:34
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Mateus 18:35

Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.

mt 18:35
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Levítico 19:17

Não aborrecerás a teu irmão no teu coração: não deixarás de repreender o teu próximo, e nele não sofrerás pecado.

lv 19:17
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Levítico 19:18

Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo: Eu sou o Senhor.

lv 19:18
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Lucas 17:3

Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o, e, se ele se arrepender, perdoa-lhe.

lc 17:3
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Lucas 17:4

E, se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; perdoa-lhe.

lc 17:4
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Mateus 6:14

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;

mt 6:14
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Mateus 6:15

Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.

mt 6:15
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Êxodo 22:3

Se o sol houver saído sobre ele, será culpado do sangue. O ladrão fará restituição total; e se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto.

ex 22:3
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Levítico 25:39

Quando também teu irmão empobrecer, estando ele contigo, e se vender a ti, não o farás servir serviço de escravo.

lv 25:39
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Mateus 18:1

NAQUELA mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no reino dos céus?

mt 18:1
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Lucas 17:1

E DISSE aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem!

lc 17:1
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Mateus 25:14

Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens;

mt 25:14
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Mateus 25:15

E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.

mt 25:15
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Mateus 25:16

E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos.

mt 25:16
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Mateus 25:17

Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois;

mt 25:17
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Mateus 25:18

Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.

mt 25:18
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Mateus 25:19

E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles.

mt 25:19
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Mateus 25:20

Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles.

mt 25:20
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Mateus 25:21

E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.

mt 25:21
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Mateus 25:22

E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos.

mt 25:22
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Mateus 25:23

Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.

mt 25:23
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Mateus 25:24

Mas, chegando também o que recebera um talento disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;

mt 25:24
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Mateus 25:25

E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.

mt 25:25
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Mateus 25:26

Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei;

mt 25:26
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Mateus 25:27

Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros.

mt 25:27
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Mateus 25:28

Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos.

mt 25:28
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Mateus 25:29

Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.

mt 25:29
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Mateus 25:30

Lançai pois o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.

mt 25:30
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Lucas 19:11

E, ouvindo eles estas coisas, ele prosseguiu, e contou uma parábola; porquanto estava perto de Jerusalém, e cuidavam que logo se havia de manifestar o reino de Deus.

lc 19:11
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Lucas 19:12

Disse pois: Certo homem nobre partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois.

lc 19:12
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Lucas 19:13

E, chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas, e disse-lhes: Negociai até que eu venha.

lc 19:13
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Lucas 19:14

Mas os seus concidadãos aborreciam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós.

lc 19:14
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Lucas 19:15

E aconteceu que, voltando ele, depois de ter tomado o reino, disse que lhe chamassem aqueles servos, a quem tinha dado o dinheiro, para saber o que cada um tinha ganhado, negociando.

lc 19:15
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Lucas 19:16

E veio o primeiro dizendo: Senhor, a tua mina rendeu dez minas.

lc 19:16
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Lucas 19:17

E ele lhe disse: Bem está, servo bom, porque no mínimo foste fiel, sobre dez cidades terás a autoridade.

lc 19:17
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Lucas 19:18

E veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco minas.

lc 19:18
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Lucas 19:19

E a este disse também: Sê tu também sobre cinco cidades.

lc 19:19
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Lucas 19:20

E veio outro, dizendo: Senhor, aqui está a tua mina, que guardei num lenço;

lc 19:20
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Lucas 19:21

Porque tive medo de ti, que és homem rigoroso, que tomas o que não puseste, e segas o que não semeaste.

lc 19:21
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Lucas 19:22

Porém ele lhe disse: Mau servo, pela tua boca te julgarei; sabias que eu sou homem rigoroso, que tomo o que não pus, e sego o que não semeei;

lc 19:22
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Lucas 19:23

Por que não meteste pois o meu dinheiro no banco, para que eu, vindo, o exigisse com os juros?

lc 19:23
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Lucas 19:24

E disse aos que estavam com ele: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem dez minas.

lc 19:24
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Lucas 19:25

(E disseram-lhe eles: Senhor, ele tem dez minas).

lc 19:25
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Lucas 19:26

Pois eu vos digo que a qualquer que tiver ser-lhe-á dado, mas ao que não tiver até o que tem lhe será tirado.

lc 19:26
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Lucas 19:27

E, quanto àqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os diante de mim.

lc 19:27
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Mateus 7:2

Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.

mt 7:2
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Mateus 5:23

Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,

mt 5:23
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Mateus 5:24

Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem e apresenta a tua oferta.

mt 5:24
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Mateus 7:12

Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.

mt 7:12
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