A semente de mostarda

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Capítulo X

Um dia


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Um dia, verás a ti mesmo em Plano diferente.

Parecer-te-á, então, haver acordado de um sono profundo e, por isso mesmo, tudo te surpreenderá. Amigos que não vias, há muito tempo, se aproximarão de ti, estendendo-te as mãos. Perguntarás a vários deles: onde estavas que não mais te encontrei? Por que te distanciaste de mim? Todos te abraçarão, com a alegria a lhes fulgurar nos olhos. Fitarás as árvores carinhosamente podadas, formando corações que palpitarão de vida, plantas outras, mostrando as frondes entrelaçadas, lembrando mãos que se tocam afetuosamente. Respirarás profundamente, reconhecendo, assim, as qualidades nutrientes do novo ambiente em que te verás…

Naquela festa de almas, porém, um homem de olhar manso desce de um torreão brilhante e caminha na direção dele.

Em vão, o recém-chegado tenta retirar dele os olhos magnetizados pelo amor que o desconhecido irradia. Ele caminha serenamente a fixá-lo com bondade, com a familiaridade de quem o conhecia.

— “Ah! — pensou o recém-vindo — decerto que este amigo me conhece, de longo tempo.”

A custo, venceu a própria indecisão, e indagou do companheiro mais próximo:

— “Quem é este homem que está chegando até nós?”

— “É o Mensageiro da Vida.”

Não houve tempo para outras inquirições.

Efetivamente, aquela simpática, e estranha personagem lhe endereçou saudações fraternas e segurando-lhe a destra, qual se nela conseguisse ler todas as minudências da sua vida, não lhe perguntou pelo próprio nome, nada arguiu quanto à família a que pertencera ou à posição que exercera… Apenas pousou nele demoradamente os olhos azuis e perguntou-lhe:

— “Amigo, o que fizeste?”




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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