A semente de mostarda

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Capítulo VIII

Aprendiz e instrutor


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O rapaz cumprimentou o Instrutor e comunicou, espantadiço:

— Professor, não posso aceitar a sua designação para que eu seja o monitor de minha turma.

Por quê? — indagou o educador, desapontado.

— Meditei bastante e reconheci que não tenho condições para o cargo… Minhas imperfeições são maiores do que o meu desejo de servir…

— Imperfeições? quem não as terá neste mundo? que ideia estranha é a sua!… se é no trabalho que liquidaremos nossos defeitos e sanaremos os nossos erros, foge você do remédio capaz de aperfeiçoar-nos?

— Eu queria possuir qualidades positivas para exaltar o bem.

— Diga-me. Quais são essas qualidades?

O jovem explicou-se, acanhado:

— Aspiro a trazer comigo os traços de Jesus; afinal, é meu sonho transformar-me num brilhante lapidado e puro, a fim de refletir a grandeza do Divino Mestre!…

— Ah! — falou o Mentor surpreendido! — Compreendo, compreendo…

E fixando no aprendiz os olhos penetrantes, rematou:

— No entanto, não se esqueça você de que o brilhante formou-se do carvão considerado desprezível… Por milênios e milênios sofreu o peso do solo e dos detritos que oprimiam, acabando por asilar-se numa cascalheira por tempo longo… Por fim, rudemente ferido, pelos instrumentos do burilador, veio a ser a joia preciosa…

O diálogo terminou e entendemos que não é preciso dizer que no dia seguinte o rapaz ostentava na lapela o distintivo do monitor em ação, junto de extensa turma dos colegas que lhe dedicavam justa e constante admiração…




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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