Antologia Mediúnica do Natal

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Capítulo LXXIV

Recordação do Natal

Não permitas que o júbilo do Natal vibre em teu coração à maneira de uma lâmpada encarcerada…

Toma o facho de luz que a mensagem do Céu acende ao redor de teus passos e estende-lhe a claridade sublime.

Não te detenhas. Avança com alegria e humildade.

Se a fé resplandece em teu santuário interior, que importam a ventania e o temporal?

O sol, cada manhã, penetra os recôncavos do abismo sem contaminar-se.

Segue, invencível em tua esperança e sereno em tua coragem, sob a inspiração da fraternidade e da paz!…


Sê um raio estelar da sabedoria para a noite da ignorância;

sê a gota de orvalho da consolação e do carinho que diminua a tensão do sofrimento por onde passes;

sê o fio imperceptível da compreensão e do auxílio que dissipe o nevoeiro da discórdia;

sê a frase simples e boa que ajude e reconforte, onde o fogo do mal esteja crestando as flores do bem…


Um sorriso realiza milagres.

Um gesto amigo ampara a multidão.

Com algumas palavras, o Cristo articulou o roteiro regenerativo do mundo e com a bênção da própria renúncia retificou os caminhos da Humanidade.

Renovam-se no Natal as vibrações da Estrela do Amor que exaltou com Jesus a glorificação a Deus e ao reino da boa vontade entre os homens.

Jamais ensurdeçamos ante o apelo celestial que se repete.

Ampliemos a comunhão fraterna e louvemos a cooperação, porque, anualmente, o Cristo nos requisita a verdadeira solidariedade, a fim de que, em nos tornando mais irmãos uns dos outros, possa Ele nascer, em espírito, na manjedoura do nosso coração, transformando em incessante e divino Natal todos os dias da nossa vida.




Essa é a 74ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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