Assim Vencerás

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Capítulo XXIII

Nas provações


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Em todas as lutas e dificuldades da senda, suporta sem queixa o sofrimento menor para que o sofrimento maior não te flagele amanhã.

O fogão sem lume pode ser agora látego da carência, induzindo-te ao serviço nobre, mas, explorar a fome dos semelhantes pelo monopólio do pão, será depois o teu grande infortúnio.

A chaga aberta pela calúnia com que te atassalham o nome, em muitas circunstâncias, é a ferida remissora ou o aviso salutar, entretanto, cultivar a maledicência e enlamear o caminho alheio é, sem dúvida, a infelicidade real.

Padecer a ingratidão dos entes mais caros com a desculpa espontânea, quase sempre, é abrir campo à mais bela devoção afetiva, contudo, desertar do carinho que devemos aos corações que nos amam é aprisionar o próprio espírito nos cárceres do remorso.

Sentir que o gládio da expiação e da angústia nos impõe a morte ao santuário doméstico, crestando existências que constituem o nosso refúgio e consolo, é redimir com lágrimas as dívidas que trazemos, habilitando-nos para a liberdade superior, todavia, perseguir aqueles que nos cercam, aniquilando-lhes a vida com frieza e crueldade é descer aos tormentos do crime.

Não te assustem o obstáculo e o pranto, a alfinetada e a úlcera que, por algum tempo, te afligem o coração.

São eles o ensinamento e o reajuste, o remédio e a bênção que nos aprimoram o ser na direção da Divina Luz, mas livra-te de fazê-los ou provocá-los porque, no solo da vida, a consciência de cada um, conforme semeie, naturalmente ceifará.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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