Capítulo IX

Não fujas


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Quando as sombras da provação se te adensem, ao redor dos passos, permanece firme na confiança em Deus e em ti mesmo, seguindo adiante nas tarefas que abraçaste, na seara do bem. Não existem tribulações infindáveis.

Sobretudo, não te omitas. Aceita os encargos que as circunstâncias te impõem, buscando cumpri-los com o melhor ao teu alcance.

Não te aflijam dificuldades. Anota as bênçãos de que dispões.

Conserva-te fiel às próprias obrigações, na certeza de que a Divina Providência te oferecerá os recursos precisos para que qualquer desequilíbrio desapareça.

Desapega-te de toda ideia do mal.

Abençoa a quantos não raciocinem por teus princípios. Muitas vezes, os adversários de hoje, se soubermos respeitá-los com sinceridade, estarão possivelmente amanhã na fileira de nossos melhores benfeitores.

Não te lamentes. O aguaceiro que te incomoda é apoio da natureza para que não te falte o pão indispensável à vida.

Não exijas dos outros qualidades que ainda não possuem. A árvore nascente aguarda-te a bondade e a tolerância para que te possa ofertar os próprios frutos em tempo certo.

Por mais ásperos se te mostrem os obstáculos da estrada, segue adiante. Se alguém te feriu, desculpa e prossegue à frente.

Não procures na morte provocada o esquecimento que a morte não te pode dar.

Não fujas dos problemas com que a vida te instrui. A vida, como a fizeres, estará contigo em qualquer parte.

Lembra-te sempre: cada dia nasce de novo amanhecer.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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