Amor sem Adeus

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Capítulo XII

Quarta Carta

Velhinha santa, aqui está o seu filho. Abençoe-me.

Sônia querida, seu irmão vem abraçá-la.

Amanhece o dia do meu novo aniversário, os amigos presentes são convidados para a nossa festa. Festa de orações, em que procuramos agradecer a Deus as bênçãos recebidas. Sei que me desculparão pelo tempo que lhes tomo. Entretanto, querida mãezinha, nossos amigos são hoje o desdobramento de nossa família.

Minha gratidão é o coração a exteriorizar-se para rogar-lhe, incluindo aqui o papai e o Carlos, muita serenidade ante os fenômenos da vida familiar. Digo fenômenos, porque sempre esperamos harmonia e felicidade em nosso grupo.

Mas o tempo mostra situações que ficaram para trás e essas situações, a meu ver, são testes na escola do mundo em que devemos procurar entendimento e amor, serviço e fé. Mãezinha, todas as nuvens estão passando…

Parece coisa de criança, um rapaz vir à Terra falar acerca de um filhinho que ficou muito bem amparado, mas os que constroem, na família e no lar, as bases da própria felicidade, saberão compreender-nos. Nossa Suely é sempre aquele coração de menina generosa que se iluminará cada vez mais com a passagem dos dias.

Tudo está bem e deve prosseguir como está. porque meu pai e nosso Carlos precisam de serenidade para o trabalho. Os recursos de alegria que esperamos, agora virão com a bênção de Deus no tempo.

Não chorem. Continuemos trabalhando. Aqui se encontra nosso querido amigo Gerson que se afinou com as tarefas da querida mamãe, Dona Maria. E creiam, esse aumento de atividade e esse desdobro de serviços são terapêutica de que necessitamos.

Para curar a saudade foi preciso convertê-la em beneficência. E nós dois para ficarmos mais tempo junto dos nossos, obtivemos o consentimento desejado, no compromisso de escorá-los no trabalho do bem. Às vezes, ponho-me a pensar que transformei o comércio noutra espécie de intercâmbio… o intercâmbio da fraternidade que vai crescendo em nosso empório caseiro de alimento e agasalho.

Mãezinha, esse é o caminho real de libertação: servir e servir cada vez mais, para lembrar o bem dos outros, olvidando as nossas exigências. Agradecemos por tudo: pelas bênçãos das crianças, pelos votos de paz e socorro aos que necessitam, pelo amor aos irmãos em necessidades maiores e pelo carinho das preces.

Agora a Fernanda com Alexandre e a outra Sônia, auxiliando-nos para encontrar alegrias novas. Peço à senhora me ajude com seu entendimento de mãe e guarde a certeza de que meu filhinho e seu neto está crescendo para o bem. Abrace o Carlos e diga a ele que a impressão de minha presença não é imaginação. Acontece que estou com ele e meu pai, tanto quanto possível, trabalhando de outro modo.

Graças a Deus, nossas recordações foram selecionadas e só permanecem aquelas que nos falem da beleza da vida e na bondade de Deus.

Sônia querida, muito obrigado. Querida irmã, continue. Não esperamos menos de você na compreensão do lar.

Mãezinha querida, agradeço a Jesus a nossa festa de aniversário em que a sua ternura é a luz de minha alegria. Estaremos sempre juntos. Receba, minha adorada velhinha, com papai e todos os nossos, o abraço e o beijo do filho sempre reconhecido e cada vez mais feliz por saber-se seu filho do coração,




Walter
Francisco Cândido Xavier


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