Através do Tempo

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Capítulo XLVI

No grande livro


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Meditando estrada afora,

Perceberás com clareza

Que a vida fulge ensinando

No livro da Natureza.


Por sugestão de fé viva

Ante a aflição que te invade,

Recorda a força tranquila

Do ninho na tempestade.


Estendendo amparo a todos

No culto da Lei Divina,

A árvore não devora

Os frutos que dissemina.


Repara o incêndio no campo

Que a tudo atinge e consome…

A ambição é como fogo

Que morre de gula e fome.


Não censures nem condenes.

Melhora a feição da estrada.

O pão alvo nasce puro

Da lama regenerada.


Resguarde-te a paciência

Se a dor te parece um mal.

Contempla a rosa florindo

Na ponta do espinheiral.


Evita a lamentação.

A mágoa que chega e fica

Traz a queixa que parece

A praga da tiririca.


Por lição de lealdade

A rota em que persevera,

A andorinha brilha sempre

Nas luzes da primavera.


Mostrando que o bem é glória

Na mais humilde expressão,

O esgoto na moradia

É a caridade no chão.


Toda pessoa ociosa

Cuja vida é sombra e nada

Tem o perigo iminente

Do poço de água parada.


Serve a Deus em teu lugar.

Pouco faz quem muito ousa.

A galinha muito andeja

Tenta o bote da raposa.


Há quem traga insulto à fonte,

Mas a fonte segue e vence-o,

Por receber todo insulto

Em melodia ou silêncio.


Escutando a alma das coisas,

No dever de cada dia,

Entenderás pouco a pouco,

A Eterna Sabedoria.



(Psicografada em 4/7/1959 na Comunhão Espírita Cristã, na cidade de Uberaba, M. G.)



Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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