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Capítulo XLIV

Mediunidade e Jesus


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Quem hoje ironiza a mediunidade, em nome do Cristo, esquece-se, naturalmente, de que Jesus foi quem mais a honrou neste mundo, erguendo-a ao mais alto nível de aprimoramento e revelação, para alicerçar a sua eterna doutrina entre os homens.

É assim que começa o apostolado divino, santificando-lhe os valores na clariaudiência e na clarividência entre Maria e Isabel, (Lc 1:8) José e Zacarias, (Mt 1:18) Ana e Simeão, (Lc 2:25) no estabelecimento da Boa Nova.

E segue adiante, enaltecendo-a na inspiração junto dos doutores do Templo; (Lc 2:41)

exaltando-a nos fenômenos de efeitos físicos, ao transformar a água em vinho, nas bodas de Caná; (Jo 2:1)

sublimando-a, nas atividades da cura, ao transmitir passes de socorro aos cegos e paralíticos, desalentados e aflitos, reconstituindo-lhes a saúde;

ilustrando-a na levitação, quando caminha sobre as águas (Mt 14:22)

dignificando-a nas tarefas de desobsessão, ao instruir e consolar os desencarnados sofredores ligados aos alienados mentais que lhe surgem à frente;

glorificando-a na materialização, em se transfigurando ao lado de Espíritos radiantes, no cimo do Tabor, (Mt 17:1)

e elevando-a sempre, no magnetismo sublimado, ao aliviar os enfermos com a simples presença, ao revitalizar corpos cadaverizados, (Jo 11:1) ao multiplicar pães e peixes para a turba faminta (Mc 6:30) ou ao apaziguar as forças da natureza. (Lc 8:22)


E, confirmando o intercâmbio entre os vivos da Terra e os vivos da Eternidade, reaparece, Ele mesmo, ante os discípulos espantados, (Jo 20:19) traçando planos de redenção que culminam no dia de Pentecostes (At 2:1) — o momento inesquecível do Evangelho —, quando os seus mensageiros convertem os Apóstolos em médiuns falantes, na praça pública, para esclarecimento do povo necessitado de luz.


Como é fácil de observar, a mediunidade, como recurso espiritual de sintonia, não [se confunde com] a Doutrina Espírita que expressa atualmente o Cristianismo Redivivo, mas, sempre [que] enobrecida pela honestidade e pela fé, pela educação e pela virtude, é o veículo respeitável da convicção na sobrevivência.

Assim, pois, não nos agastemos contra aqueles que a perseguem, através do achincalhe — tristes negadores da realidade cristã, ainda mesmo quando se escondam sob os veneráveis distintivos da autoridade humana —, porquanto os talentos medianímicos estiveram, incessantemente, nas mãos de Jesus, o nosso Divino Mestre, que deve ser considerado, por todos nós, como sendo o Excelso Médium de Deus.




(Psicografada em 8/4/1959 no Centro Espírita Casa do Cinza, na cidade de Uberaba, M. G.)

Esta mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi originalmente publicada em 1961 pela FEB e é a 67ª lição do livro “”



Eurípedes Barsanulfo
Francisco Cândido Xavier


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