Enciclopédia de Gênesis 15:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 15: 19

Versão Versículo
ARA o queneu, o quenezeu, o cadmoneu,
ARC E o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu,
TB o queneu, o quenezeu, o cadmoneu,
HSB אֶת־ הַקֵּינִי֙ וְאֶת־ הַקְּנִזִּ֔י וְאֵ֖ת הַקַּדְמֹנִֽי׃
BKJ os queneus, e os quenezeus, e os cadmoneus,
LTT E o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu,
BJ2 os quenitas, os cenezeus, os cadmoneus,
VULG Cinæos, et Cenezæos, Cedmonæos,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 15:19

Números 24:21 E, vendo os queneus, alçou a sua parábola e disse: Firme está a tua habitação, e puseste o teu ninho na penha.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

A DISTRIBUIÇÃO DAS TRIBOS NA TERRA

Depois de quatro batalhas registradas (e sem dúvida de outras que não foram registradas), a entrada de Israel foi consolidada e a terra foi distribuída a cada tribo (Js13-19). À luz das promessas patriarcais relacionadas à posse da terra - promessas repetidas muitas vezes e aguardadas por longo tempo (Gn 15:18-21; Ex 23:23-33; Nm 34:1-29; Dt 11:24-25; cp. Js 1:2b-6) - talvez seja surpreendente o fato de que a distribuição em si não tenha sido feita imediata ou espontaneamente numa única cerimônia. Em vez disso, parece que a terra foi gradualmente distribuída ao longo do tempo, como parte de pelo menos três cerimônias distintas. Territórios que Moisés havia no início distribuído às duas e meia tribos transjordanianas (Rúben, Gade e Manassés do Leste), quando ainda estavam na planície de Moabe, agora foram oficialmente reconhecidos e delineados em detalhes geográficos mais específicos (Js 13:8-32; 14.3a; cp. Nm 32:34-13-15). Não é certo se essa cerimônia fez ou não parte daquela descrita no discurso de despedida de Josué a essas tribos (Js 22:1-9). Em caso afirmativo, esse acontecimento se deu na cidade de Siló (cp. 22.9). Mais tarde, em outra cerimônia (cp. Js 14:3a), a tribo de Judá e as duas tribos de José (Efraim e Manassés do Oeste) receberam sua herança por meio de sorteio em Gilgal (Js 14:6; cap. 15-16). Como parte dessa cerimônia, Calebe foi premiado com a cidade de Hebrom, que ficava na tribo de Judá, como sua herança (Js 14:13-15).
Ainda mais tarde (cp. Js 18:2), o texto bíblico diz que as "sete tribos" restantes receberam sua herança por meio de sorteio (Js 18:1-8,10; 19.51; cap. 18-19). Essas sete tribos são: Aser, Naftali e Da (descendentes dos três filhos que Jacó teve com as servas das esposas), as quais ainda não haviam recebido sua herança; Issacar, Zebulom e Simeão (descendentes de Leia, que receberam território na Galileia ou numa porção que já havia sido designada para a tribo de Judá (Is 19:1b,9]); e Benjamim (os descendentes de Raquel que restaram). Como parte dessa distribuição final, Josué recebeu a cidade de Timnate-Sera, situada em sua tribo, Efraim (Js 19:49-50). As tribos de Levi (Js 13:14-33; 14.36,4; 18.7; cp. 21:1-42) e Simeão (Js 19:1b,
9) receberam apenas cidades em áreas que já haviam sido distribuídas a outra tribo; não receberam herança independente (Gn34.25-30).
Assinala-se com frequência que a distribuição de terras para as tribos tende a se conformar a dois padrões básicos de descrição. Parece que um desses padrões envolve uma lista autêntica de fronteiras, pois o perímetro de terra distribuído a uma tribo é apresentado em termos específicos e frequentemente detalhados, estendendo-se de um ponto a outro. Como regra geral, parece que nesse padrão existe uma correlação entre o volume de detalhes fornecidos e a proximidade geográfica com Jerusalém. As fronteiras de Judá (Js 15:1-15), Efraim (Js 16:5-10) e Benjamim (Js 18:11-20) são as mais detalhadas; as fronteiras de Zebulom (Js 19:10-16) e Naftali (Js 19:32-39) na Galileia são menos detalhadas; as fronteiras transjordanianas são bem incompletas.
Uma descrição mais precisa do outro padrão de distribuição de terras pode ser a de lista de cidades, em que uma tribo recebe um grupo de cidades que são identificadas nominalmente, às vezes em relação a uma massa de água ou ao nome de uma região. Exemplos incluem a herança de Manassés do Leste (Js 13:29-31), a herança de Issacar (Js 19:17-
23) e a herança de Da (Js 19:40-46). No caso de duas tribos - Judá (Js 15:1-12,20-63) e Benjamim (Js 18:11-20,21-28) - a informação aparece nos dois padrões. Quando se avaliam as fronteiras tribais formuladas em Josué e representadas nesse mapa, é preciso ter em mente essa distinção qualitativa dos padrões de descrição.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
C. O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, 15:1-17.27

Diferente das religiões pagãs dos vizinhos de Abrão, cuja crença era politeísta e centrada na natureza, a crença de Abrão era monoteísta e centrada no concerto. Nem a Babilônia, a Síria ou o Egito conhecia uma religião que fosse pessoal, com uma relação dinâmica operando entre Deus e o homem. Mas Deus estabeleceu tal relação com Abrão e seus descendentes fazendo um concerto com ele.

1. O Concerto de Deus com Abrão (15:1-21)

Na sociedade do alto vale da Mesopotâmia fazer concertos era prática comum entre homens e entre nações.' Deus usou esta forma de relação pessoal como meio de transmi-tir sua revelação a Abrão (1) e seus descendentes. A comunicação ocorreu por meio de uma visão na qual o Fazedor do Concerto acalmou o medo de Abrão e se identificou como seu escudo e grandíssimo galardão. O termo escudo denota proteção; e galardão, com seus adjetivos, transmite a idéia de graciosidade abundante. As duas palavras re-presentam um Deus que se preocupava muito com as ansiedades que Abrão tinha.

Segue-se um diálogo no qual Abrão revela sua profunda angústia. Deus prometeu que Abrão teria um filho (12:1-7; 13 14:17). Mas não veio nenhuma criança para abençoar sua casa. Por quê? A lei dos hurrianos, prevalecente em torno de Harã, de onde veio Abrão, tomava providências para que um casal sem filhos adotasse um servo para cuidar deles na velhice e enterrá-los. Em troca, o herdeiro adotado receberia a riqueza da famí-lia. Evidentemente, Abrão adotara o damasceno Eliezer (2), mas ele não estava satis-feito. Esta provisão não correspondia com a promessa que Deus lhe fizera. Um nascido na minha casa (3) é tradução correta.

Em resposta a Abrão, o SENHOR (4) lhe garantiu que Eliezer não seria o herdeiro, mas que Deus ainda daria a Abrão um herdeiro de quem ele seria o pai. Para reforçar a promessa, Deus ordenou a Abrão: Olha, agora, para os céus e conta as estrelas (5). A vasta gama de estrelas que salpicavam o céu seria comparável ao número de descen-dentes que consideraria Abrão como pai.

A reação de Abrão foi completa rendição à vontade de Deus e a aceitação da promes-sa como resposta adequada às suas dúvidas. Pela primeira vez na Bíblia ocorre o verbo crer (6). Basicamente, significa estar firmemente determinado ou fundamentado. Neste contexto, significa que Abrão se fundamentou na integridade de Deus. Diante disso, Deus aceitou este ato de fé como ato de justiça que desconsiderou a dúvida anterior.

Este versículo foi muito importante para Paulo, que o usou para demonstrar em Romanos 4 que crer em Deus é a base para obter salvação e que a justiça é um dom de Deus. Praticamente o mesmo argumento é usado em Gálatas 3 (ver comentários sobre estes vv. no CBB, vols. VIII e IX).

Em 15.1, é indicada "A Fé de Abraão".

1) O registro da fidelidade: Depois destas coisas (cf. caps. 12-14) ;

2) A recompensa da fidelidade, 1-6 (G. B. Williamson).

O próximo diálogo se concentra na relação da terra (7) com a semente de Abrão. Depois de breve referência ao chamado que anteriormente fizera a Abrão, Deus repetiu a promessa de que a Palestina seria uma casa para os filhos do patriarca. Abrão pediu alguma prova tangível, visto que ele não possuía nada da terra pela qual peregrinava. Foi neste contexto que o concerto foi realmente estabelecido.

Seguindo procedimentos antigos no estabelecimento de concertos, Deus orientouAbrão a preparar três animais — uma bezerra, uma cabra e uni carneiro (9), os três de três anos — e dois pássaros — uma rola e um pombinho. Depois de sacrificá-los, Abrão dividiu as carcaças dos animais e as colocou no chão, vigiando-os para protegê-los de aves (10) que se alimentam de carniça. Pondo-se o sol (12), Deus apareceu a Abrão na forma de grande espanto e grande escuridão ("um terror e medo de estremecer", BA).

A mensagem do Revelador estava cheia de detalhes acrescentados às promessas anteriores. Sobre a semente (13), Deus disse que a posse da terra não seria imediata, mas que os descendentes de Abrão teriam de habitar primeiro em outra terra. Lá, seri-am escravizados por quatrocentos anos, em cujo período eles conheceriam a aflição. Mas Deus julgaria aquela gente (14) e libertaria o povo de Abrão.

  • próprio Abrão não possuiria toda a terra, mas teria um senso de paz (15) na velhice e morte. Voltando ao assunto da terra, Deus indicou que os amorreus (16), que então a habitavam, tinham de ganhar tempo para demonstrar sua falta de responsabili-dade e abundância de iniqüidade. A terra não lhes seria arrancada até que o ato estives-se fundamentado em firme base moral.
  • No momento em que o sol se pôs (17), Deus se manifestou de maneira diferente. Ele simbolizou sua participação e autenticação do concerto passando entre os animais sacri-ficados como um forno de fumaça e uma tocha de fogo. Nas Escrituras, é freqüente o fogo simbolizar a presença de Deus.

  • capítulo tem uma observação sucinta, destacando que a promessa de concerto incluía as fronteiras da Terra Prometida. Elas se estenderiam desde o rio do Egito (18), o Uádi el2Arish, a meio caminho entre a Filístia e o Egito, até ao grande rio Eufrates. Em seguida, há uma lista dos dez grupos que habitavam em Canaã nos tem-pos de Abrão.
  • De Gn 15:5-18, Alexander Maclaren pregou sobre "O Concerto de Deus com Abrão".

    1) A promessa de Deus, 5,7;

    2) A fé triunfante de um homem, 6;

    3) A verdade do evangelho: Foi-lhe imputado isto por justiça, 6;

    4) O concerto reafirmado, 7,13-18.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    15.1-19 Depois da expressão de fé de Abraão na recompensa de Deus (14.22, 23), Deus confirmou sua promessa de descendência (vs. 1-6) e terra (12.7 e nota) fazendo uma aliança (Ne 9:8). As duas cenas noturnas (vs. 5,
    17) são paralelas: O Senhor promete uma recompensa (vs. 1, 7); Abraão questiona o soberano Senhor a respeito da herança (vs. 2-3, 8); e o Senhor responde com um ato visual (vs. 4-5, 9-21). A fé que Abraão possuia lhe foi imputada por justiça (v.6).

    * 15.1 veio a palavra do SENHOR. Esta frase tipicamente introduz uma revelação a um profeta (12.7, nota; 20.7; Jr 18:1; Ez 6:1; Os 1:1).

    visão. As visões eram um antigo modo de revelação (Nm 12:6), e comumente ocorriam à noite (v. 5; 1Sm 3:1-3; 33:14-16).

    galardão. Ver nota em 14.23.

    * 15.2, 3 O povo de Deus não seria gerado de forma natural. Assim como Adão e Noé foram os fundadores da raça caída, Abraão foi o pai da nova raça, simbolicamente tirada da morte (17.5).

    * 15.2 sem filhos. Esta expressão no hebraico pode significar “viver sem filhos” ou “morrer sem filhos”. Abraão estava perplexo, talvez em parte porque não ter filhos era visto como um sinal de castigo divino (Lv 20:20, 21; 1Sm 1:11; Jr 22:30).

    *

    15.3 um… será o meu herdeiro. Esta prática, de um casal sem filhos adotar um escravo como herdeiro, é confirmada no textos de Nuzi (cerca de 1.500 a.C.), uma coleção de mais de 4.000 tábuas de argila encontrados perto de Kirkuk, Iraque.

    * 15.5 posteridade. Ver 12.7; 13.6 e notas.

    * 15:6 Este verso nos dá o mais antigo núcleo da doutrina da justificação pela fé e não pelas obras (Gl 3:6-14). Abraão creu na promessa do nascimento de um herdeiro dentre os mortos (Rm 4:17-21; Hb 11:11,12), e Deus imputou isto como justiça a Abraão, satisfazendo o mandato da sua aliança. A justificação de Abraão pela fé é um modelo para a nossa fé na ressurreição de Jesus Cristo, o sacrifício de Deus pelo pecado e o ato de Deus em nos imputar justiça pela fé (Rm 4:22-25).

    creu. Abraão é o pai de todos aqueles que crêem (Rm 4:11), e todos os que crêem são filhos de Abraão (Gl 3:7).

    justiça. Ver 6.9 e nota; Hb 11:6-12

    * 15.7 Eu sou o SENHOR que te tirei. Uma forma de auto-identificação de Deus depois do êxodo (Êx 20:2).

    terra. Ver nota em 13.15.

    *

    15.8 como saberei. O pedido de um sinal é motivado pela fé (v. 6; conforme Is 7:10-14).

    * 15.9 novilha… pombinho. Todas as espécies que eram apropriadas para o sacrifício.

    * 15.11 Aves de rapina. Um simbolismo das nações impuras tentando destruir os descendentes de Abraão.

    enxotava. Abraão simbolicamente defende a sua herança prometida contra os agressores estrangeiros.

    * 15.12-14 Israel deverá herdar Canaã através do ato sobrenatural de Deus, redimindo-os da escravidão.

    *

    15.13 por quatrocentos anos. Um número arredondado para o período passado no Egito.

    * 15.15 ditosa velhice. Ver 25.8.

    * 15.16 amorreus. Ver nota em 14.13.

    * 15.17 fogareiro fumegante e uma tocha de fogo. Símbolos da presença de Deus com Israel no seu caminho para a terra prometida (Êx 13:21; 19:18; 20:18).

    passou entre aqueles pedaços. Assim como indicado em outros textos do antigo Oriente Próximo e Jr 34:18, passando entre os pedaços de animais (significando a punição daqueles que quebram a aliança), Deus invoca maldição sobre si mesmo se falhasse em manter a sua aliança. Porque ele não pode jurar em nome de uma autoridade maior, Deus jura por si mesmo que manteria os termos da aliança. Ver 22.16, 17; Hb 6:13, nota.

    *

    15.18 aliança. A aliança de Deus com Abraão tem muitas semelhanças com os tratados do antigo Oriente Próximo entre reis e servos leais com respeito à outorga de terra aos seus descendentes em perpetuidade.

    desde o rio… Eufrates. A definição de fronteiras era uma parte importante nas antigas outorgas de terras reais.

    rio do Egito. É questionável se este rio do Egito é o Wadi el Arish ao nordeste do Sinai (Nm 34:5) ou um braço oriental do delta do Nilo. Ver 1Rs 4:21.

    *

    15.19-21. Além das fronteiras geográficas a terra é identificada por seus ocupantes. Ver 10:15-18.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    15:1 Do que podia temer Abrão? Possivelmente temia a vingança dos reis que acabava de derrotar (14.15). Deus deu ao Abrão duas boas razões para ter valor: (1) prometeu defendê-lo ("Eu sou seu escudo") e (2) prometeu lhe dar uma recompensa muito grande. Quando temer o que vem mais adiante, recorde que Deus não o deixará nos momentos difíceis e que lhe prometeu bênções extraordinariamente grandes.

    15:2, 3 Eliezer foi o servo mais confiável que teve Abrão. Foi como um mordomo ("que governava em tudo", veja-se Gênese 24). De acordo com o costume, se Abrão morria sem deixar filho, seu servente mais antigo o herdaria. Mesmo que Abrão amava a seu servo, queria ter um filho para ter descendência.

    15:5 Não prometeu ao Abrão riqueza ou fama. Já a tinha. Mas bem Deus lhe prometeu uma descendência tão numerosa e incontável como as estrelas do céu ou como a areia do mar (22.17). Vá-se a um lugar desolado e trate de contar as estrelas. Recolha um punhado de areia e trate de contar seus grãos. É impossível! Quando Abrão tinha perdido já a esperança de ter um herdeiro, Deus lhe prometeu descendentes tão numerosos que seriam impossíveis de contar. As bênções de Deus vão além de nossa imaginação!

    15:6 Mesmo que Abrão tinha demonstrado sua fé através de suas ações, foi a fé e não as ações o que fez ao Abrão justo ante Deus (Rm 4:1-5). Nós também podemos ter uma relação correta com Deus ao confiar no plenamente. Nossas ações exteriores -assistir à igreja, orar e realizar boas obras- não nos farão por si mesmos justos ante Deus. A relação com Deus se fundamenta na fé, na confiança em que Deus é quem diz ser e faz o que promete fazer. As boas obras são uma conseqüência natural do anterior.

    15:8 Abrão procurou confirmação e segurança de estar fazendo a vontade de Deus. Nós também desejamos segurança quando pedimos sua direção. Mas podemos estar seguros de que o que fazemos é correto se fizermos o que a Bíblia diz. Abrão não tinha a Bíblia, nós sim.

    15.13, 14 O livro do Exodo nos relata a história da escravidão e a liberação milagrosa dos descendentes do Abraão.

    15:16 Os amorreos eram um dos povos que viviam no Canaán, a terra que Deus prometeu ao Abrão. Deus sabia que cresceria a maldade da gente e que algum dia teria que ser castigada. Parte desse castigo incluiria lhes tirar a terra e dar-lhe aos descendentes do Abrão. Deus, em sua misericórdia, estava dando aos amorreos tempo suficiente para que se arrependessem, mas já sabia que não o fariam. No momento preciso, estariam preparados para o castigo. Tudo o que Deus faz vai de acordo com seu caráter. O é misericordioso, sabe tudo, e atua com justiça e seu momento oportuno é perfeito.

    MELQUISEDEC

    Gosta dos mistérios? A história está repleta de mistérios! Pelo general sempre têm que ver com pessoas. Um dos personagens mais misteriosos da Bíblia é o Rei de Paz, Melquisedec. Apareceu um dia na vida do Abraão (nesse então Abrão) e nunca mais se voltou ou seja dele. Entretanto, o que aconteceu esse dia ia ser recordado ao longo da história e à larga ia ser tema em uma das cartas do Novo Testamento (Hebreus).

    Este encontro entre o Abrão e Melquisedec foi do mais singular. Ainda quando ambos eram estrangeiros e não se conheciam, possuíam uma característica muito importante: ambos adoravam e serviam ao único Deus que criou os céus e a terra. Este foi um grande momento de triunfo para o Abrão. Acabava de derrotar um exército e recuperava a liberdade de um grupo numeroso de escravos. Se por acaso tinha alguma dúvida quanto a quem pertencia a vitória, Melquisedec o esclareceu bem: "Bendito seja o Deus Muito alto que entregou a seus inimigos em sua mão" (Gn 14:20). Abrão reconheceu que aquele homem adorava ao mesmo Deus.

    Melquisedec pertencia a um pequeno grupo de gente honorável com o passar do Antigo Testamento que teve contato com os judeus (israelitas), sem ser ele mesmo um judeu. Isto indica que o requisito para ser um seguidor de Deus não é genético mas sim se apóia em obedecer com fidelidade seus ensinos e reconhecer sua grandeza.

    Permite você que Deus lhe fale por meio de outras pessoas? Quando avalia a outros, faz-o considerando o impacto de Deus em suas vidas? deu-se conta das similitudes entre você e outros que adoram a Deus, mesmo que a forma de adorar deles difira bastante da sua?

    Conhece você o suficiente ao Deus da Bíblia para saber se o está adorando seriamente? Permita que Melquisedec, Abraão, Davi e Jesus, junto com muitos outros personagens da Bíblia, mostrem-lhe sobre este grande Deus, Criador do céu e da terra. Deus quer que você saiba quanto o ama. Quer que o conheça pessoalmente.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Primeiro rei sacerdote das Escrituras, líder com o coração em sintonia com Deus

    -- Sabia animar a outros a servir a Deus com toda sinceridade

    -- Seu caráter refletia seu amor Por Deus

    -- Faz-nos recordar ao Jesus; alguns até acreditam que era o mesmo Jesus

    Lições de sua vida:

    -- Viva para Deus e é provável que você esteja onde tem que estar no momento preciso. Examine-se. A quem ou a que é você fiel por cima de tudo? Se respondeu com sinceridade que a Deus, você vive para O.

    Dados gerais:

    -- Onde: Governou Salem, lugar da futura Jerusalém

    -- Ocupação: Rei de Salem e sacerdote do Deus Muito alto

    Versículos chave:

    "Porque este Melquisedec, rei de Salem e sacerdote do Deus Muito alto, que saiu a receber ao Abraão que voltava da derrota dos reis, e lhe benzeu[...] Considerem, pois, quão grande era este, a quem até Abraão o patriarca deu dízimos do bota de cano longo" (Hb_7:1, Hb 7:4).

    A história do Melquisedec se relata em Gn 14:17-20. Também se menciona em Sl 110:4, Hebreus 5:7.

    15:17 por que enviou Deus esta estranha visão ao Abrão? O pacto de Deus com o Abrão era um assunto sério. Representava uma promessa incrível por parte de Deus e uma grande responsabilidade para o Abrão. Para confirmar sua promessa, Deus deu ao Abrão um sinal: um forno fumegante e uma tocha acesa. O fogo e a fumaça sugerem santidade, seu zelo pela justiça e seu julgamento sobre as nações. Deus tomou a iniciativa, deu a confirmação e seguiu ao pé da letra suas promessas. O sinal que deu Abrão era uma segurança visível de que o pacto que Deus tinha feito era real.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    3. Pacto de Abraão (Gn 15:17)

    1 Depois destas coisas, a palavra do Senhor veio a Abrão numa visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande. 2 Então disse Abrão: Senhor Deus, que me darás, visto que sem filhos, e aquele que deve ser possuidor de minha casa é o damasceno Eliézer? 3 Disse mais Abrão: Eis que me tens dado semente. E eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro 4 E eis que, a palavra do Senhor veio a ele, dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que sair das tuas entranhas, esse será o teu herdeiro. 5 E ele o levou para fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se tu ele capaz de contá-los, e disse-lhe: : Assim será a tua descendência. 6 E ele acreditou no Senhor; e ele imputou-lhe isto por justiça. 7 E disse-lhe: Eu sou o Senhor, que te tirei de Ur dos Caldeus, para te dar esta terra em herança. 8 E ele disse: Senhor Deus, em que deve I sei que hei de herdá-la? 9 E disse-lhe: Toma-me uma novilha de três anos, e uma cabra de três anos, e um carneiro de três anos, e uma rola e um pombinho. 10 E ele o tomou todos estes, e partiu-os pelo meio, e pôs-cada metade defronte da outra; mas as aves não partiu. 11 E as aves de rapina desciam sobre os cadáveres, e Abrão dirigi-los.

    12 E quando o sol estava se pondo, um profundo sono caiu sobre Abrão; e eis que um horror de grande escuridão caiu sobre ele. 13 E ele disse a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em uma terra que não é deles, e será reduzida à escravidão; e será afligida por quatrocentos anos; 14 e também que a nação a qual ela tem de servir, eu julgarei; e depois sairá com muitos bens. 15 Mas tu irás a teus pais em paz; serás sepultado em boa velhice. 16 E na quarta geração, porém, voltarão para cá.: por causa da iniqüidade dos amorreus não está ainda cheia 17 E aconteceu que, quando o sol se punha, e Estava escuro, eis um fogo fumegante e uma tocha de fogo, que passou por essas peças. 18 Naquele dia o Senhor fez aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates: 19 , o queneu, e o quenezeu, eo Kadmonite, 20 e os heteus, e os perizeus, e os refains, 21 e os amorreus, e os cananeus, e os girgaseus, e os jebuseus.

    Após resgate de Ló de Abrão, o Senhor lhe apareceu e renovou a promessa de uma visão . Esta é a única vez que estas palavras são usados ​​para indicar os meios pelos quais o Senhor se comunicavam com Abrão, e pela primeira vez este meio particular é mencionado na Bíblia.

    Aparentemente, a passagem do tempo estava tendo seu efeito sobre Abrão, pois o Senhor tinha pouco mais que o saudou que ele começou a reclamar da falta de filhos e da necessidade de deixar todos os seus bens para um Eliezer de Damasco , um escravo nascido na sua casa. Pode parecer estranho que um escravo seria herdeiro de seu proprietário. Mas, de acordo com Unger, tabuletas de argila escavado em Nuzu, ao sudeste de Nínive, revelam que era costume naquele dia, por um casal sem filhos a adotar uma pessoa nascida livre ou escravo para cuidar deles na velhice, enterrá-los e realizar todas as necessárias costumes funerários, e herdar sua propriedade. Mas se depois o adotante iria gerar um filho de sua autoria, o filho adotivo deve dar a ele o lugar do chefe herdeiro.

    O Senhor assegurou a Abrão que ele teria descendentes de sua autoria. Ele já havia declarado que seriam em número como a areia do mar; agora Ele levou Abrão para fora e apontou-o para os céus e declarou que seriam em número como as estrelas do céu.Alguns pensaram que o primeiro se refere à sua posteridade física e no segundo de sua posteridade espiritual.

    Em seguida, ocorre uma das frases-chave da Bíblia: E ele acreditou no Senhor; e ele imputou-lhe isto por justiça . Foi apontado que esta é a primeira ocorrência de três das grandes palavras doutrinários da Bíblia: Acredita, contada ou imputado, e justiça .Este verso é citado no Novo Testamento e usado lá como a pedra angular do grande doutrina da justificação pela fé (Rm 4:3 , é novamente a escurecer. O sono chegou a Abrão. E então Deus apareceu, Sua presença simbolizada pelo fogo fumegante e tocha flamejante que se passou entre as peças. Ele prometeu a Abrão a terra desde o rio do Egito (e não o Nilo, mas um barranco ou riacho ao sudoeste de Canaã) para o rio Eufrates (não no sul da Mesopotâmia, mas em suas cabeceiras nas imediações do Hamath). Estes eram os limites aproximados sob Davi e Salomão. Ele enumera dez nações que seriam deslocadas, incluindo seis dos sete tradicional (conforme Dt 7:1 ), mas que Abrão teria uma morte pacífica na sua velhice. Ele também acrescentou que na quarta geração que gostaria de voltar a Canaã, quando a iniqüidade dos amorreus estava cheio. A quarta geração é preferencialmente traduzida como "o quarto período de tempo", uma vez que apenas secundariamente se refere a geração, no sentido moderno. Moisés fez representam a quarta geração de Jacó nas genealogias, mas o número de anos que implicaria que estas genealogias são provavelmente esquemática como foi sugerido com os anteriores (conforme observações sobre o Capítulo 5 ).

    O Senhor tinha realmente honrado Abrão, em primeiro lugar, por falar com ele mais uma vez; segundo, renovando a promessa e imputando a sua fé como justiça; e em terceiro lugar, através da concessão de seu pedido de provas adicionais nesta visão notável e convênio. O próprio Deus tinha ligado em todas as formas possíveis para manter a sua palavra a Abrão.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    1. Os termos da aliança (Gn 15)
    2. O cenário

    Abraão acabara de derrotar os reis (cap.
    14) e vencera a grande tenta-ção do rei de Sodoma. Agora, Deus interfere a fim de encorajá-lo. Como é maravilhoso que Cristo venha até nós quando precisamos dele (14:18)! Deus é nossa proteção (escudo) e provisão (recompensa), jamais preci-samos temer. Abraão não precisava da proteção do rei de Sodoma ou das riquezas que ele oferecia, pois ele ti-nha tudo que precisava em Deus.

    1. A súplica

    Abraão não queria um prêmio; ele queria um herdeiro. Agora, ele ti-nha 85 anos, e havia dez anos es-perava pelo filho prometido. Se ele não tivesse filho, toda a sua herança ficaria para Eliézer, seu servo. Em 12:2, Deus não prometera: "De ti farei uma grande nação"? Portanto, por que ele não cumpria sua pro-messa? Deus respondeu à súplica de Abraão levantando os olhos dele de si mesmo e de seu servo para os céus (v. 5). O versículo 6 é um versículo-chave da Bíblia que pode-riamos traduzir da seguinte manei-ra: "E ele disse 'amém' ao Senhor, e o Senhor creditou isso em sua conta de retidão" (vejaGl 3:6; Rm 4:3; Jc 2:23). Como Abraão foi salvo? Não por guardar a lei, pois a lei ainda não fora dada; não pela circunci-são, pois ela não foi instituída até que ele tivesse 99 anos. Ele foi salvo pela fé na Palavra de Deus.

    1. O sacrifício

    A salvação fundamenta-se em sacri-fício, pois a aliança exige o derra-mamento de sangue. Naquela épo-ca, em um acordo, era costume que as partes contratantes andassem en-tre as partes de animais sacrificados; isso selava o acordo. No versículo 9, todos os sacrifícios falam de Cristo e da cruz. Abraão ofereceu sacrifícios e trabalhou para manter Satanás afastado (prefigurado pelas aves no v. 11; Mt 13:4,Mt 13:19). Contudo, nada aconteceu real mente até Abraão ir dormir. Abraão nunca caminhou entre as partes. Deus sozinho (v. 17) caminhou entre as partes; a aliança toda era de graça e dependia ape-nas do Senhor. Abraão, como Adão (2:21), dormia profundamente e não podia fazer nada para ajudar Deus. Quando estamos desamparados, Deus faz grandes coisas para nós.

    1. A garantia

    Abraão queria saber com certeza o que Deus faria (v. 8), e Deus sa-tisfez sua necessidade. A salvação fundamenta-se no sacrifício de Cris-to e na graça de Deus; a garantia vem da Palavra de Deus. Deus deu uma previsão resumida dos even-tos a Abraão: a curta permanência de Israel no Egito, o sofrimento de-les no Egito, a libertação deles na quarta geração (veja Êx 6:16-26) e a possessão da terra prometida. Ob-serve que Deus diz: "Dei esta ter-ra" (v.18), e não: "Darei", como em 12:7. As promessas de Deus são tão boas quanto suas realizações!

    Note que, nesse capítulo, apa-recem pela primeira vez, pelo me-nos, sete palavras ou frases: "A pa-lavra do Senhor" (v. 1); "Não temas" (v. 1); "galardão" (v. 1); "herdeiro"; "herança" (vv. 3,7); "creu"; "impu-tado" e "justiça" (todas no v. 6). Esse capítulo mostra-nos que não pode haver herança sem filiação (Rm 8:16-45), não pode haver retidão sem fé (Rm 4:3ss), não pode haver garantia sem promessas e não pode haver bênçãos sem sofrimento. An-tes que Abraão veja as estrelas de Deus, é preciso que escureça!


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    15.6 Neste significativo versículo aparecem, pela primeira vez, as palavras: "creu", "imputado" e "justiça", que fazem parte do contexto da "fé salvadora". Em todos os tempos, a salvação fora oferecida aos homens sob a base da fé. Os santos do AT olhavam para Cristo e eram salvos mediante Sua morte propiciatória, exatamente como nós olhamos para aquela morte vicária em nosso lugar e recebemos os benefícios dela mediante a fé (conforme Rm 4:18-45).

    15.8 O nome "Senhor Deus" (em heb Adonai Jahweh) significa "dono", indicando a submissão de Abraão como escravo de Deus. O mesmo nome ("Senhor') é empregado pela mulher em relação ao marido, indicando a intimidade do amor e a dependência em submissão ao marido (conforme 1Pe 3:6).

    15.18 Rio do Egito. Provavelmente a extensão da terra prometida a Abraão e a sua semente; compreendia desde a corrente que dividia a Filístia do Egito até o rio Eufrates. Estas foram, efetivamente, as fronteiras de Israel no tempo do rei Salomão.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    d) A terra prometida (15:1-21)
    Após a digressão no cap. 14, a história volta ao tema das promessas de Deus a Abrão; a nova promessa de agir como escudo de Abrão (v. 1) pode muito bem refletir os perigos militares exemplificados no cap. 14. Todas as promessas que Abrão havia recebido, no entanto, dependiam totalmente do fato de ele ter um herdeiro; mas Sarai continuava estéril

    (11.30). Entrementes, a adequada provisão legal tinha de ser feita, e parece que Abrão já dera os passos comuns para essa situação nessa parte do mundo da época. Ele havia “adotado” um escravo para ser o seu herdeiro (v. 3). (Conforme J. A. Thompson, The Bible and Archaeology, cap. 2.) O nome desse escravo era Eliézer, mas, em vista das dificuldades e incertezas do texto hebraico, a sua posição exata (administrador?) na casa de Abrão não é clara, e a referência a Damasco é ambígua. Teoricamente, de qualquer maneira, Eliézer poderia ter providenciado herdeiros para Abrão, mas podemos entender prontamente o clamor do coração de Abrão: O Soberano Senhor, que me darás...? Em outras palavras, “de que me vale a tua recompensa?” (NTLH). A resposta generosa de Deus deu paz à sua mente; o seu herdeiro seria da sua própria carne e sangue (v. 4). Mas observe que não se menciona nada acerca da identidade da mãe.

    O v. 6 é um versículo-chave, chamando atenção para a fé e a confiança de Abrão e para a resposta de Deus a essa fé. Os três termos-chave são creu, creditado e justiça. A linguagem usada lembra a do sacrifício e da aceitação (conforme Lv 7:18; 17:4, como a paráfrase da GNB tenta expressar). Mas a base para a aceitação de Abrão não são os seus sacrifícios e altares, mas a sua fé, que significa no contexto o “consentimento com os planos de Deus na história” (G. von Rad). Para entender as implicações mais abrangentes, v. Rm 4:0.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 26

    II. Os Patriarcas. 12:1 - 50:26. A. Abraão. 12:1 - 25:18.

    Na segunda principal divisão do livro de Gênesis, está evidente que na nova dispensação os escolhidos de Deus deverão reconhecer a comunicação direta e a liderança direta do Senhor. Nos capítulos Gn 12:1, quatro personagens Se destacam como homens que ouviram a voz de Deus, entenderam Suas diretrizes, e orientaram seus carrinhos de acordo com a vontade dEle. O propósito de Jeová ainda continua sendo o de chamar pessoas que executem a Sua vontade na terra. Com Noé Ele começou tudo de novo. Sem foi o escolhido para transmitir a verdadeira religião. Os semitas (descendentes de Sem) seriam os missionários aos outros povos da terra. No capítulo 12 Abraão começa a aparecer na linhagem de Sem como o representante escolhido de Jeová. Sobre ele Jeová colocaria toda a responsabilidade de receber e passar adiante a Sua revelação para todos. Do cenário pagão de Ur e Harã saiu o homem de Deus para a estratégica hora da primitiva revelação do V.T.


    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21

    Gênesis 15


    5) Abrão Recebe a Promessa de um Herdeiro. Gn 15:1-21.

    Durante toda a sua vida Abrão manifestou uma forte confiança em Deus. Foi fácil permitir que esta confiança brilhasse nas horas de triunfo. Quando ele se lembrava das maravilhosas promessas de Deus, era um conforto saber que o cumprimento delas seda na sua semente e por meio dela. Mas quando ele envelheceu e o fim de sua vida se aproximou enquanto ele continuava sem filhos, sentiu-se tentado a esmorecer.

    Sua fé nas promessas se abalou. Como Deus poderia agora cumprir Suas promessas? Quando aS cumpriria? Abrão precisava de certeza. Então Deus lhe falou.


    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 8 até o 21

    8-21. Imediatamente Jeová prontificou-se a ratificar a aliança com o homem que se submetera à vontade divina (cons. Gn 12:1-3). O hebraico berit é diversamente traduzido para "aliança", "pacto", "solene acordo", ''testamento", "tratado". Nenhuma dessas palavras dá o significado exato desta solene transação. Antigamente os homens costumavam ratificar um pacto ou convênio passando entre as metades de um animal sacrificado. Este "cortar do pacto" não era um sacrifício em si. Antes, era uma cerimônia sagrada pol meio da qual os homens declaravam seu solene propósito de manter o acordo. Alguns estudiosos da Bíblia têm destacado que no exemplo registrado em Gn 15:8-21, só um dos representantes simbólicos das partes contratantes – uma tocha de fogo (cons. Jz 7:16,Jz 7:20), símbolo de Jeová passou entre as metades dos animais. Em outras palavras, o convênio neste caso só teria de ser mantido da parte de Deus. Só o Senhor poderia cumprir Suas promessas. Ele daria a Abrão descendentes tão numerosos quanto as estrelas e lhes daria uma grande terra, a se estender das portas do Egito até o grande Eufrates.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    b) Aliança de Deus com Abraão (Gn 15:1-17.27)

    1. DEUS PROMETE UM FILHO A ABRÃO (Gn 15:1-6). A ocasião da promessa é destacada na frase Depois destas cousas (1). A reação natural de Abraão foi confrontada com um "Não temas". Grandíssimo galardão (1). Abrão recusara o despojo, mas Deus não haveria de permitir que ele saísse perdendo. Ando sem filhos (2). Essa expressão significa "ir-se" ou "morrer" sem filhos. A tristeza de Abrão é que Eliezer, segundo as leis debaixo das quais viviam, tornar-se-ia o herdeiro de sua casa. Nascido na minha casa (3). Lit. "filho de minha casa", e, portanto, representante e herdeiro de Abrão. Foi-lhe imputado isto por justiça (6). Na Septuaginta, "por" é traduzido pela preposição grega "eis" que significa "para". Não significa que, em lugar de justiça, Abrão ofereceu fé. A fé de Abrão não foi considerada como outra forma de justiça ("obras") mas, no plano divino é o meio pelo qual um homem pode atingir "a" (eis) justiça (conf. Rm 4:3).

    >Gn 15:7

    2. O SOLENE PACTO RELATIVO A CANAÃ (Gn 15:7-21). Eu sou o Senhor (7). Heb., Yahveh. À base de qualquer pacto feito por Deus, acha-se o Seu caráter, e é a isso que Deus se refere, quando começa essa afirmação com Seu nome Como saberei...? (8). Abrão não está aqui a exigir um sinal a fim de poder acreditar. Não foi a dúvida que solicitou esse sinal, mas a fé. Deus concedeu a Abrão um sinal relacionado à fé, e essa é a verdadeira natureza do sacramento. Os pactos antigos eram algumas vezes confirmados partindo-se ao meio as vítimas do sacrifício e passando as duas partes aliançadas entre as metades. Jeová graciosamente condescendeu em confirmar Sua promessa a Abrão acomodando-se a esse costume. Este parágrafo, por conseguinte, descreve o "partir de uma aliança" entre Jeová e Abrão. Note-se que apenas um símbolo foi visto a passar entre os pedaços, a saber, "a semelhança de um forno de fumo do qual saía chamas de fogo" (17). Isso indicou que apenas Jeová estava tomando parte no cumprimento de todas as condições que estavam ligadas ao pacto. O pacto da graça, conforme se vê, não é um pacto entre dois, mas é uma promessa confirmada por formas de pacto. No que tange ao fogo como símbolo de Jeová, ver Êx 19:18, 24.17; Sl 18:8. Deus faz uma revelação de quatro aspectos: privação, libertação, paz e triunfo (13-16). Quatrocentos anos (13). Trata-se de uma cifra em números redondos, pois o número preciso de anos foi 430 (Êx 12:40-41). Injustiça dos amorreus (16). Foi isso que justificou sua extirpação da terra. O rio Egito (18). Trata-se ou do Wady el Arish (ribeiro do Egito) o limite entre o Egito e o deserto do sul da Palestina, ou o próprio rio Nilo.


    Dicionário

    Cadmoneu

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Queneu

    -

    Uma das tribos da Palestina no tempo de Abraão (Gn 15:19), habitando nos retiros fortificados ao sul de Judá (1 Sm 15.6 e 27.10). Foi apostrofada por Balaão (Nm 24:21-22). Jetro, o sogro de Moisés, era queneu (Jz 1:16). Por esta razão, e pelo fato de terem sido amáveis para com os israelitas, vindos do Egito, foram os queneus salvos da destruição, quando eram esmagados os amalequitas (1 Sm 15,6) – aconteceu isto depois da conquista de Canaã. No tempo de Débora, Héber, o queneu, vivia muito para o norte (Jz 4:11). Hemate, também queneu, foi o fundador da seita ou família, que era conhecida pelo nome de recabitas. (*veja Recabitas.) Para explicar as amigáveis relações que por muito tempo existiram entre esta tribo de midianitas errantes e o povo de israel, deve-se notar que os recabitas se acham realmente incluídos nas genealogias de Judá (1 Cr 2.55). o professor Sayce julga que os queneus eram uma família de ferreiros.

    Queneu Povo MIDIANITA que morava ao sul de Judá e que se juntou ao povo de Deus (Gn 15:19); (Jz 1:16); 4:11-23; (1Sm 15:6); 27.10; 30.29; (1Cr 2:55);
    v. RECABITAS).

    Quenezeu

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    hebraico: salvo de uma vez
    Fonte: Dicionário Adventista

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 15: 19 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu,
    Gênesis 15: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    2081 a.C.
    H6935
    Qadmônîy
    קַדְמֹנִי
    ()
    H7017
    Qêynîy
    קֵינִי
    a tribo à qual pertencia o sogro de Moisés e que vivia na região entre o sul da Palestina e
    (The Kenites)
    Adjetivo
    H7074
    Qᵉnizzîy
    קְנִזִּי
    ()
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    קַדְמֹנִי


    (H6935)
    Qadmônîy (kad-mo-nee')

    06935 קדמני Qadmoniy

    o mesmo que 6931; adj. gentílico Cadmoneu = “orientais”

    1. um povo que habitava na terra de Canaã quando Deus a prometeu a Abraão

    קֵינִי


    (H7017)
    Qêynîy (kay-nee')

    07017 קיני Qeyniy ou קיני Qiyniy (1Cr 2:55)

    procedente de 7014; DITAT - 2016; adj. gentílico queneu = “ferreiros”

    1. a tribo à qual pertencia o sogro de Moisés e que vivia na região entre o sul da Palestina e as montanhas do Sinai

    קְנִזִּי


    (H7074)
    Qᵉnizzîy (ken-iz-zee')

    07074 קנזי Q enizziŷ

    patronímico procedente de 7073; n. pr. m. quenezeu = “descendente de Quenaz”

    1. descendentes de Quenaz

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo