Enciclopédia de Salmos 89:21-21

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

sl 89: 21

Versão Versículo
ARA A minha mão será firme com ele, o meu braço o fortalecerá.
ARC Com ele a minha mão ficará firme, e o meu braço o fortalecerá.
TB A minha mão será sempre com ele,
HSB אֲשֶׁ֣ר יָ֭דִי תִּכּ֣וֹן עִמּ֑וֹ אַף־ זְרוֹעִ֥י תְאַמְּצֶֽנּוּ׃
BKJ Com quem minha mão se estabelecerá; meu braço também o fortalecerá.
LTT Com quem a Minha mão ficará firme, e o Meu braço o fortalecerá.
BJ2 Encontrei o meu servo Davi e o ungi com meu óleo santo;

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 89:21

II Samuel 7:8 Agora, pois, assim dirás ao meu servo, a Davi: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eu te tomei da malhada, de detrás das ovelhas, para que fosses o chefe sobre o meu povo, sobre Israel.
Salmos 18:32 Deus é o que me cinge de força e aperfeiçoa o meu caminho.
Salmos 80:15 e a videira que a tua destra plantou, e o sarmento que fortificaste para ti!
Salmos 89:13 Tu tens um braço poderoso; forte é a tua mão, e elevada, a tua destra.
Isaías 41:10 não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.
Isaías 42:1 Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, o meu Eleito, em quem se compraz a minha alma; pus o meu Espírito sobre ele; juízo produzirá entre os gentios.
Isaías 49:8 Assim diz o Senhor: No tempo favorável, te ouvi e, no dia da salvação, te ajudei, e te guardarei, e te darei por concerto do povo, para restaurares a terra e lhe dares em herança as herdades assoladas;
Ezequiel 30:24 E esforçarei os braços do rei da Babilônia e porei a minha espada na sua mão; mas quebrarei os braços de Faraó, e diante dele gemerá como geme o traspassado.
Zacarias 10:12 E eu os fortalecerei no Senhor, e andarão no seu nome, diz o Senhor.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS CONQUISTAS DE DAVI

1010-970 a.C.
DAVI UNGIDO REI DE JUDÁ
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.

ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.

DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.

A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.

AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.

ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.

As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
As conquistas de Davi
As conquistas de Davi
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 1 até o 52
SALMO 89: A FIDELIDADE DE DEUS, 89:1-52

O último salmo do Livro III é um contraste surpreendente com o salmo precedente, embora atribuído em seu título ao irmão do compositor do Salmo 88, "Etã, o ezraíta" (cf. I Reis 4:31-1 Croni 6.44; 15.17,19). Seu uso no NT em relação a Cristo justifica sua inclusão entre os salmos messiânicos. Os assuntos variáveis do salmo têm levado alguns (e.g., Oesterley) a conjeturar que ele seja uma combinação de três partes separadas no seu original. Essa suposição não precisa ser considerada, no entanto, visto que é possível observar um tema uniforme ao longo do salmo. O salmista deixa que suas "petições se-jam conhecidas diante de Deus pela oração e súplicas, com ações de graça" (Fp 4:6).

A opinião acerca da data e ocasião tem variado largamente entre os estudiosos, indo desde o tempo do Reino do Norte sob o reinado de Jeroboão II (Gunkel), passando pelo reinado de Jeoaquim (Perowne), até a última parte do período macabeu, em 88 a.C. (Duhm). O conteúdo do salmo parece encaixar-se melhor no período de Jeoaquim, quan-do a monarquia de Davi foi ameaçada, mas não extinta. Oesterley escreve: "O salmo ensina E...] que existe um relacionamento íntimo entre o destino da nação e o propósito divino com ela. Deus, todo-poderoso no céu e na terra, determinou a monarquia para o seu povo como um meio de bem-estar social entre eles e escolheu a linha davídica. Mas o plano divino foi frustrado pela vontade pecaminosa dos homens, como o salmista parece estar começando a perceber, embora não tenha visto o final da monarquia que estava próximo [...] Deus é o Deus da história; e embora homens, agentes livres pela vontade de Deus, frustrem seus propósitos, ele, no entanto, na sua misericórdia, desconsidera a loucura deles"." Acerca de masquil no título, cf. Introdução do Salmo 32.

  1. Louvor (89:1-4)

O salmo abre com o louvor do poeta (1-2) e a resposta do Senhor (3-4). As be-nignidades (chesed, bondade e amor imutável; cf.comentário em 17,1) do SENHOR (1) e a sua fidelidade constituem o tema do salmista. Será edificada (2), "como um palácio imponente, crescendo cada vez mais, pedra por pedra, diante dos olhos maravilhados dos homens, não conhecendo deterioração, destinada a jamais cair em ruína"."

Os versículos 3:4 são aplicados a Cristo em Atos 2:30 e, juntamente com o versículo 20, dão um caráter messiânico ao salmo. Deus tinha, de fato, feito um concerto com [...] Davi (3) para que sua descendência fosse estabelecida para sempre e o seu trono de geração em geração (4). Esta promessa foi cumprida no Filho maior de Davi (Mt 1:1 etc.). Selá: cf.comentário em 3.2.

  1. Passado (89:5-12)

Tendo expressado sua fé e recebido a resposta de Deus, o salmista agora se volta para a exposição das maravilhas do poder de Deus na criação e história que serviram de sinal para o cumprimento das suas promessas a Davi. O Senhor não somente tem o desejo, mas a capacidade de fazer o que prometeu. Primeiramente, é descrito o poder de Deus na criação e na natureza. Os céus louvam as maravilhas de Deus (5; cf. 19:1-6). Sua fidelidade é exaltada na assembléia dos santos — provavelmente uma referên-cia à assembléia angelical, em paralelo com os filhos dos poderosos (6), embora certa-mente os santos na terra não tenham um motivo de louvor maior. O SENHOR é incompa-rável (6), grandemente reverenciado (7) com temor piedoso, o "temor do Senhor" tan-to no Antigo como no Novo Testamento. "Poderoso, Senhor" (8, NVI) significa o Governante soberano do universo. Mesmo o ímpeto do mar (9) está sujeito à vontade dele: quando as suas ondas se levantam, tu as fazes aquietar (cf. Mt 8:23-27; Mc 4:36-41; Lc 8:22-25). Raabe (10), possivelmente simbolizando o Egito como em 87.4, mas, com base no contexto, mais provavelmente os poderes violentos e aterradores da profundeza espumosa, como o monstro marinho. Os céus e a terra [...] o mundo e a sua plenitude (11) são de Deus pela sua ação criativa, tanto o Norte como o Sul (12). Tabor e o Hermom são identificados por alguns como representando o Leste e o Oeste em contraste com o Norte e o Sul, mas são mais provavelmente citados como montanhas distintas e majestosas em uma terra montanhosa (veja mapa 1).

  1. Presente (89:13-18)

O Senhor da natureza, que "criou [...] os céus e a terra" (Gn 1:1), é também, e mais significativamente, o Deus do seu povo. Seu braço é poderoso e sua mão é elevada (13). "O braço e a mão sugerem um poder que é ativo, não meramente latente. Literal-mente, um braço com poder, uma outra construção forte usada por esse salmista"." Jus-tiça (retidão) e juízo [...] misericórdia e verdade (14) são a base do governo soberano de Deus sobre seu universo.

A bênção do povo de Deus é descrita nos versículos 15:18 em termos majestosos. Estes versículos fazem parte do ritual das sinagogas para a observância do Ano Novo judaico, e são recitados imediatamente após o soar da trombeta. Aversão Berkeley conse-guiu captar a beleza do original:

Bem-aventurado o povo que reconhece o chamado festivo.

Eles andam, á Senhor, na luz da tua face;
em teu nome se regozijam o dia todo,
e por meio da tua justiça são exaltados.

Pois tu és a glória da força deles;

e pelo teu favor será exaltado o nosso chifre (a nossa força).
Porque o Senhor é o nosso escudo,
e o nosso rei o Santo de Israel.

Som festivo (15) significa literalmente: "som de trombeta", ou chamada para a festa. Andará [...] na luz da tua face tem sido traduzido como: "anda radiante na tua presença" (Harrison). Será exaltado o nosso poder (17) no original significa: "será exaltado o nosso chifre" (Harrison) — o chifre do carneiro ou do boi simbolizava força.

  1. Promessa (89:19-37)

Esta longa passagem é dedicada à promessa de Deus a Davi (20) e à sua descen-dência (29). Como Pedro colocou os versículos 3:4 em um cenário messiânico (At 2:30), assim Paulo usou o versículo 20 em seu discurso à sinagoga em Antioquia da Pisídia (At 13:22-23). Sua aplicação limitada é para Davi e seus sucessores terrenos. Sua aplicação suprema é para Jesus, o Messias. Teu santo (19) é melhor traduzido como: "teu vidente fiel" (Moffatt). Davi foi ajudado, escolhido e ungido (20), sustentado (12) e fortalecido. Portanto, o inimigo não o importunará (22; "oprimirá", NVI) ; mas Deus derrubará os seus inimigos e ferirá os que o aborrecem (23). O seu nome será exaltado ("seu chifre será exaltado",
24) — cf.comentário do versículo 17.

Porei a sua mão no mar e a sua direita, nos rios (25), é melhor traduzido como: "Estenderei o seu poder até o mar e sua autoridade até o Eufrates" (Moffatt) ; cf. 72.8; Zacarias 9:10. O rei (tanto humano como divino) deve reconhecer Deus como seu pai (26) e como retribuição será proclamado o primogênito do Senhor (27), um termo que no seu sentido mais restrito pertence somente a Cristo (Jo 1:14; Rm 8:29). A aliança de Deus com Davi e sua descendência é eterna (28-29). A desobediência dos filhos do rei resultará em seu próprio castigo, mas não malogrará os propósitos de longo alcance de Deus (30-34). O juramento da aliança de Deus estava baseado na sua santidade (35), isto é, sua própria natureza (cf. 60.6; Hb 6:13-20). Estabelecido para sempre como a lua (37) tem sido traduzido como: "Será estabelecido permanentemente como a lua, e durável como os céus" (Harrison).

  1. Perspectiva (89:38-45)

Há, com certeza, um contraste trágico entre a promessa e a perspectiva imediata. Em parte, o problema do salmista era o mesmo que os discípulos tiveram muito mais tarde quando aguardavam que o Senhor restaurasse "neste tempo o reino a Israel" (At 1:6). O propósito de Deus não tem sido a restauração do velho, mas a realização do novo. O velho tinha de passar antes que o novo pudesse aparecer. Estes versículos refletem um novo estado nos acontecimentos do reino de Israel. Parece que Deus rejeitou e aborreceu seu ungido (38). Parece que o concerto foi abominado e a coroa do rei profanada ao ser lançada por terra (30). Todos os seus muros (40) significa: "todas as suas defesas" (Harrison). Todos os que passam pelo caminho o despojam (41) significa: "Todos os que passam o saqueiam" (NVI). O opróbrio dos seus vizinhos pode ser: "objeto de zombaria para os seus vizinhos" (NVI).

À medida que o rei se enfraquecia, seus adversários se tornavam mais fortes (43) e o destino do jovem monarca foi a humilhação do seu trono (44-45). Como resultado, o rei havia sido coberto de vergonha.

  1. Petição (89:46-51)

Sob circunstâncias como essas o grito do coração é: Até quando, SENHOR? (46). Uma série de perguntas retóricas expressa o desejo de que Deus logo se volte outra vez ao seu representante sitiado. "A súplica se divide em duas partes, cada uma compreendida por três versículos. O argumento da primeira é a brevidade da vida humana; e da segunda, a desonra lançada sobre Deus pelo triunfo dos seus inimigos".58 A urgência da petição está baseada na brevidade da vida e na certeza da morte (47-48).

A honra de Deus é a nova base que o salmista usa para expressar sua súplica. O Senhor é lembrado das suas benignidades antigas e do seu juramento a Davi (49). O salmista pede que o Senhor se lembre do opróbrio (50, "desgraça", Harrison) dos seus servos, "e de como trago dentro de mim o abuso de muitas nações" (Harrison). Aqueles que se opõem ao salmista são inimigos do Senhor (51).

  1. Doxologia (89,52)

O último versículo é geralmente reconhecido como não fazendo parte do salmo origi-nal; é, antes, a doxologia acrescentada a todos os salmos do Livro III. Amém e amém é uma repetição que intensifica o significado de "Que assim seja". Cf. as doxologias que concluem os outros livros (Sl 41:13-72:18-19; 106.48 e comentários do salmo 150).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 1 até o 52
*

Sl 89 Este salmo começa com um tom de júbilo, mas, finalmente, transforma-se em uma lamentação. A questão no âmago do salmo é o pacto davídico. Em 2Sm 7:4-17 (conforme 13 17:1-13.17.15'>1Cr 17:1-15) Deus estabeleceu uma aliança com Davi, no qual Deus prometeu que o relacionamento especial passaria para os filhos obedientes de Davi (32.11). A linguagem usada por Deus era enfática; a aliança perduraria "para sempre" (2Sm 7:13).

Contudo, essa promessa não deixava de ter condições impostas aos que a recebiam. Se pecassem, seriam punidos (1Rs 8:25; 2Sm 7:14). O próprio filho de Davi, Salomão, começou a desviar-se, ao admitir os cultos religiosos de suas mulheres estrangeiras (1Rs 11). A contínua desobediência dos reis davídicos resultou no exílio babilônico, bem como o fim daquele período da monarquia de Israel no século VI a.C. Mas a substância espiritual da promessa não foi cancelada: Cristo veio para apossar-se do trono de Davi para sempre (Is 9:7; Lc 1:32; 22:30).

*

89:1

as tuas misericórdias. As maravilhas da dedicação de Deus ao seu povo, no amor de sua aliança com eles.

a tua fidelidade. Deus não é caprichoso ou volúvel, mas, sim, cumpre as promessas que faz (de bênção ou castigo). A esperança no cumprimento da promessa divina a Davi é que motivará o lamento no fim deste salmo (vs. 38-51).

* 89:5

os céus. Os céus são aqui personificados; a referência é aos seres habitantes dos céus, como os querubins e os anjos. Deus é tão grande que até essas poderosas entidades espirituais caem de joelhos em adoração.

na assembléia. Os anjos e outros seres espirituais, existentes no céu, são a divina assembléia de Deus, por meio dos quais ele opera a sua vontade.

* 89:6

nos céus. Tendo mencionado os seres espirituais, o salmista destaca de imediato o caráter ímpar de Deus. Os escritos dos cananeus e dos mesopotâmios também mencionam uma "assembléia dos santos", mas esta era uma assembléia composta de deuses diferentes. O Deus de Israel não era o melhor dentre tais deuses, mas era inteiramente diferente deles. O Antigo Testamento exprime em inúmeros lugares a transcendência de Deus (Is 44:6.).

* 89:10

Raabe. Tal como leviatã, Raabe é um monstro marítimo da mitologia do Oriente Próximo e Médio, representando as forças do mal e do caos (9:13; Ez 29:3, e nota). Com freqüência, o nome Raabe é aplicado ao Egito (Sl 87:4, e nota).

* 89:11

tu os fundaste. Diferente dos deuses dos povos pagãos, o Senhor é o Criador do mundo.

* 89:12

o Tabor e o Hermom. O Hermom, no extremo norte de Israel, é o pico mais alto do país. O Tabor é um monte de formato distinto que fica na planície de Megido, um marco de fronteira entre três tribos de Israel.

* 89:14

Justiça e direito. Como Rei, Deus é o responsável pela administração da lei na terra de Israel. Ele não julga arbitrariamente.

te precedem. Ver Sl 85:13.

* 89:17

sua força. O rei. A metáfora do "chifre", traduzida como "força", está associada ao chifre de um touro, que representa a força. Deus era aquele que dotava o rei humano com poder. Esse pensamento é especificado na linha seguinte.

* 89:19

em visão. As palavras exatas dessa visão não são encontradas em qualquer outro lugar das Escrituras, mas a alusão mais provável é ao discernimento profético de Natã, em 2Sm 7, se não à palavra divina inicial dada a Samuel acerca do reinado de Davi (1Sm 6).

* 89:21

o meu braço o fortalecerá. O rei tinha responsabilidades sagradas, tanto políticas quanto religiosas. Deus prometeu dar a Davi a força de que ele precisava para cumprir suas tarefas.

* 89:24

A minha fidelidade e a minha bondade. Essas duas palavras-chave reverberam através deste salmo, a começar pelo primeiro versículo; ver nota em o v. 1.

* 89:26

Tu és meu pai. Uma referência ao relacionamento íntimo estabelecido entre Deus e Davi, em 2Sm 7:14. O rei desempenhava um importante papel como mediador do pacto davídico, entre Deus e o seu povo. Essa função especial fez a apostasia dos reis posteriores tornar-se especialmente hedionda.

* 89:27

meu primogênito. Chamar Davi de "primogênito" significava que ele foi o primeiro na fileira da comunidade em aliança com Deus, o cabeça de uma casa (Gn 4:4; 25:31, e notas). Davi, em particular, prefigura a Cristo, de caráter ímpar como o Filho de Deus e Cabeça da Igreja (Ef 1:22; Hb 3:6).

* 89:29

para sempre. A dinastia de Davi, como um empreendimento político terreno, seria de longa duração, embora não eterna. Caiu por causa dos pecados dos sucessores de Davi. Substituindo-o, sendo a própria realidade que aqui se fez prenunciar, estava o reino eterno de Jesus Cristo.

* 89:31

os meus preceitos. A vontade de Deus sumariada nos primeiros cinco livros do Antigo Testamento. O trecho de Dt 17:19 ordena que o rei fosse bem versado na lei de Deus e obediente a ela.

* 89:34

Não violarei a minha aliança. As promessas de Deus perduram para sempre. A aliança com Davi tem um elemento condicional, conforme este salmo salienta no v. 32, mas seu cumprimento final não depende da reação humana. Davi e o salmista sabiam que essa aliança seria cumprida, mas não podiam saber tudo sobre como isso ocorreria (At 2:29-31; 1Pe 1:10,11).

* 89:38

Tu... o repudiaste. O enfoque deste salmo muda para o presente, com sua grande ruptura no relacionamento entre Deus e o rei.

o teu ungido. Algum sucessor de Davi, que não foi especificado.

* 89:39

Aborreceste. O salmista torna-se aqui muito franco, falando ousadamente, em seu apelo, para que Deus rompesse o seu silêncio.

* 89:41

Despojam-no todos. A ausência de Deus era experimentada através da vitória dos inimigos sobre Israel.

* 89:49

tuas benignidades de outrora. O amor de Deus é o amor pelo qual Deus se prende ao seu povo em devoção segundo a aliança.

*

89:52 Uma doxologia conclui o livro III do saltério (Introdução: Características e Temas).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 1 até o 52
89.1ss Este salmo se escreveu para descrever o reino glorioso do rei Davi. Deus prometeu que faria do Davi o rei mais capitalista da terra e que manteria a seus descendentes no trono para sempre (2Sm 7:8-16). devido à destruição de Jerusalém e a que seus reis deixaram de governar ali, estes versículos só se adiantam proféticamente ao futuro reino do Jesucristo, o descendente do Davi. O versículo 27 é uma profecia que concerne à dinastia eterna do Davi, que se consumará no reino futuro de Cristo sobre o mundo (veja-se Ap 22:5).

89:5 "Na congregação dos Santos" pelo general se refere aos anjos. Nos átrios do céu, uma miríade de anjos elogiam ao Senhor. Esta cena é de majestade e esplendor para mostrar que Deus vai além das comparações. Seu poder e pureza o colocam muito por cima da natureza e dos anjos. (se desejar mais informação sobre os anjos, vejam-se Dt 33:2; Lc 2:13; e Hb 12:22.)

89:12 Isto se refere aos Montes Tabor e Hermón. O monte Tabor não é muito alto (650 m), foi cenário da vitória da Débora em Juizes 4. O monte Hermón (3,000 m) é alto e majestoso.

89.14, 15 O trono de Deus se descreve com pilares de justiça e julgamento e como servidores a misericórdia e a verdade. Isto explica os aspectos fundamentais de como Deus trata às pessoas. Como embaixadores de Deus, devemos tratar às pessoas da mesma maneira. Assegure-se de que suas ações derramem justiça, julgamento, misericórdia e verdade, já que nenhuma ação injusta, sem misericórdia nem desonesta pode provir de Deus.

89:17, 24 "Nosso poder" significa nosso homem forte, nossa esperança do Messías. O versículo 24 volta a referir-se ao poder e aqui o salmista promete ter o poder de Deus para cumprir sua vontade. Sem a ajuda de Deus somos débeis e impotentes, ineptos incluso para a mais simples tarefa espiritual. Mas quando estamos cheios do Espírito de Deus, seu poder flui através de nós e vai além de nossas expectativas.

89.34-37 À luz da contínua desobediência do Israel em toda a história, esta é uma promessa surpreendente. Deus prometeu que os descendentes do Davi sempre se sentariam no trono (89.29), mas se o povo desobedecia, receberia o castigo (89.30-32). E mesmo assim, com sua desobediência e castigo, Deus nunca deixaria de cumprir suas promessas (89.33). Israel sim desobedeceu, o mal correu com desenfreio, a nação se dividiu, veio o exílio. Mas apesar de tudo, um remanescente do povo de Deus permaneceu fiel. Séculos depois chegou o Messías, o Rei eterno da linhagem do Davi, tal e como Deus o prometeu. Tudo o que Deus promete, cumpre-o. Não se retratará de nenhuma das palavras que diz. Também nós podemos confiar em que Deus nos salvará porque O prometeu (Hb_6:13-18). Deus é completamente confiável.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 1 até o 52
Sl 89:1 ). Deus havia feito sua escolha e que tinha se comprometido com um juramento (ver também Sl 132:11. ; Mc 4:36 ; Lc 8:22 ).

O inimigo mais poderoso perto de Israel, Egito (Raabe , ver Is 30:7 , Ex 15:16 ), o que sugere que o poeta tinha esse evento memorável em mente. O versículo 14 esclarece que poder "terrível" de Deus é como. Não é indisciplinado e lunático, mas é solidamente baseada em atributos éticos. Sustentando seu poder ou trono são justiça (tsedeq ), que é o padrão final de conduta moral e justiça (mishpat ), que é a aplicação da moralidade aos assuntos humanos reais. Mas estes são suavizadas por dois outros atributos muito importantes, benignidade (chesed ), que é concurso, a preocupação leal para o homem, apesar de seus deméritos, e verdade ('emeth ), que está profundamente enraizado em uma relação pessoal positiva, bem como sendo uma representação fiel da realidade.

Não é à toa que os seguidores de um Deus como este pode irromper em canções de louvor; não admira que eles são abençoados quando ouvem o som alegre (teru'ah ), o que poderia significar a trombeta explodir um alarme no momento do perigo, para aqueles que se rebelam contra Deus, mas também pode significar as notas trompete e os gritos de uma multidão de boas-vindas um rei retornando.

Não há dúvida sobre o significado deste som alegre. É motivada por uma pessoas dedicadas felizes que têm apenas um desejo, para exaltar o seu Senhor. Eles encontrar segurança em Sua justiça ; eles são sustentados por Sua glória, porque Ele é a sua glória , a sua luz e de vida, a sua força (chifre é um símbolo bíblico de poder) e proteção (shield ). Os seguidores de Deus estavam certos de uma grande verdade fundamental. Deus era seu próprio rei , o rei da nação.

IV. As riquezas do PROMESSAS DE DEUS (Sl 89:1 .)

As promessas de Deus incluem a auto-outorga de força (v. Sl 89:21 ), da vitória (vv. Sl 89:22-23 ), das características do convênio básicos de fidelidade e misericórdia (v. Sl 89:24 ), do alargamento territorial (v. Sl 89:25 ), de Deus do íntimo relação como Pai e Salvador (v. Sl 89:26 ), de fama entre os reis (v. Sl 89:27 ), da própria lealdade eterna ou de Deus misericórdia (v. Sl 89:28 ), de uma dinastia que durará para sempre. No entanto, houve condições que Davi de descendentes devem atender. Eles sempre devem reconhecer a prioridade de leis próprias de Deus e obedecê-las. A desobediência traria punição severa. O caráter eterno de promessas de Deus para Davi não torná-los imunes a responsabilidade diante do tribunal de Deus. No entanto, Deus não iria rapidamente encerrar o davídica dinastia.Bondade e fidelidade ainda guiaria tratos de Deus com os descendentes de Davi. Juramento de Deus, baseado em sua própria santidade , fixaria lado da aliança como inalterável de Deus.

V. A humilhação ACTUAL DA CASA DE DAVI (Sl 89:38 ).

VI. MEU TEMPO É CURTO (Sl 89:1-A ). Agora, parecia que de Deus ira iria queimar como fogo para sempre.

O salmista pego nenhuma conotação messiânica na promessa de Deus a Davi. Ele podia ver a questão apenas em termos de sua própria vida curta, e temia que, se o trono de Davi não foi restaurado dentro de sua vida, então tudo estava perdido. Nem o poeta compreender a doutrina da vida após a morte (v. 49b ), então ele teria vislumbrado a verdade de uma celeste Rei da dinastia de Davi. Porque essa perspectiva mais ampla foi falta, o salmista ficou com a visão turva. De Deus misericórdia e fidelidade parecia ter cessado, e ele ficou com uma grande carga de reprovação , que pesava sobre a sua alma.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 1 até o 52
89.1- 52 Outro ezraíta mencionado em 1Rs 4:31 completa a oração de Hemã, ezraíta (Sl 88:0).

89.15 Vivas de júbilo. Os cultos pagãos da época conheciam os gemidos das crianças sacrificadas, os uivos dos sacerdotes e os gritos do povo atemorizado.

89.19 Poder de socorrer. De Jesus está escrito: "pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (He 7:25). Do meio do povo. Tanto Davi como seu Descendente, Jesus, foram exaltados entre o povo humilde e pobre.

89.24 Fidelidade e... bondade. É o assunto geral do salmo, segundo v. 1.

89.25 Mar... rios. As fronteiras do Israel completo vão desde

o Mediterrâneo de um lado ("mão") e até o outro lado dos rios Eufrates e Tigre. Isso foi cumprido em Salomão, filho do rei Davi.
89.26 Pai. Ninguém no Antigo Testamento chamava Deus de "Pai". As primeiras e as últimas palavras que lemos de Jesus, chamam Deus de "Pai" (Lc 2:49 e Lc 23:46).

89.27 Primogênito. No costume de Israel, o primogênito recebia uma parte dupla na divisão dos bens (Dt 21:17), tinha autoridade sobre os irmãos e os sobrinhos (2Cr 21:3), e, a princípio, foi escolhido para o sacerdócio santo (Nu 8:14-4). Posteriormente, devido a troca dos mesmos pela tribo de Levi, não mais foi necessária tal dedicação.

89:29-37 Estes versículos provêem uma explicação das palavras da aliança que Deus fizera com o rei Davi, contidas em 2Sm 7:12-10. • N. Hom. Cristo é a plenitude da aliança entre Deus e o homem. É o Salvador (19); o Servo (20); vencedor sobre o inimigo (v. 22); Juiz dos Seus perseguidores (23); Rei dos reis (25 e 27); Filho de Deus (26 e 27); Fonte de Graça (28); Pai de filhos imortais (29). Todavia mais maravilhoso que tudo é a promessa de que Seus filhos são salvos para a eternidade e que nunca mais haverá modo da perdição (30-36). Haverá punição (32) mas nunca perdição.

89.29 Dias do céu. Quer dizer pela eternidade.

89.32 Vara. Pv 23:13, Pv 23:14 e 13.24 ensina que aquele que retém a vara aborrece a seu filho e o que a fustiga, livra sua alma do inferno.

89.35 Deus jura pela Sua própria santidade, que, segundo Isaías, é o supremo atributo de Deus. A aliança de Deus é tão firme, que declara que preferiria cessar de ser Deus, a rejeitar aqueles que Ele salvara.
89.37 O universo inteiro é testemunha da promessa eterna de Deus.

89:39-51 Etã, o ezraíta, depois de relembrar, com júbilo, as promessas de Deus, aponta para uma situação atual angustiosa. Talvez se refira à época de Roboão, neto de Davi, quando já no quinto ano de seu reinado tinha de ver Jerusalém invadida por Sisaque, rei do Egito (1Rs 15:25-11). Outra possibilidade é que os vv. 38-59 sejam uma continuação do salmo, escrita muita mais tarde, quando os descendentes de Davi sofreram terríveis derrotas e depois foram levados para o cativeiro (2Rs 24:0).

89.51 Vilipendiado... os passos do teu ungido. Espiões dos fariseus espreitavam cada ato de Jesus, para, quiçá, apanhá-lo nalgum ato ilícito e, no fim, tiveram de recorrer a falsos testemunhos.

89.52 O fim, porém, se reverte em todo louvor e glória a Deus.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 1 até o 52
Sl 89:0,26:13; Sl 74:13,Sl 74:14Is 51:9). O Universo é um edifício maravilhoso que comemora o poder dele. Os montes majestosos são obra das suas mãos. O seu governo sobre o mundo não é uma tirania despótica, mas está firmemente fundamentada nos seus atributos da bondade moral, da sua confiabilidade e cuidado. O povo de Javé teve permissão para saber esse tipo de segredos. Ele tem o privilégio duplo de se reunir em aclamação jubilosa com o Rei sem igual (conforme 92.2,3) e de experimentar o favor dele em sua vida (conforme Nu 6:25). Não é de admirar que esteja motivado a louvar. Ele é a fonte de toda a sua força (v. 17); o povo tem acesso ao poder do Senhor. O canal apontado por Deus da sua ajuda generosa não é ninguém mais do que o rei davídico. Ele é o pivô da bênção divina sobre a nação. Assim, no coração da fé e da vitalidade de Israel está a aliança de Deus com Davi.

A revelação gloriosa (v. 19-37)

A antiga palavra de Deus é narrada de forma poética; o texto em prosa dessa teologia régia aparece em 2Sm 7:8-10. Davi, o arquétipo do representante do rei entre os homens, fundou uma instituição que nunca se extinguiria. O poder de Deus {braço, v. 21; conforme v.


13) e a sua vitória (v. 12; conforme v. 10) foram prometidos a ele e a seus descendentes. Assim como Deus era o Rei do mundo, também o seria o rei davídico, com seu reino estendendo-se por todo o mundo semítico, do Eufra-tes e seus afluentes até o mar Mediterrâneo. Seu relacionamento com Deus seria singular. Como representante crucial da nação aos olhos de Deus, ele receberia o título especial de primogênito (v. 27; conforme Ex 4:22) e trataria Deus como Pai (v. 26) adotivo e protetor (conforme Sl 2:0; Cl 1:15; Ap 1:5). E irônico que esse salmo, em que o sofrimento e a glória se chocam, estabeleça um padrão misterioso que foi seguido pelo Herdeiro: “Aqui está o seu rei” se disse de alguém que usava uma coroa de espinhos.

v. 47b. I.e., “todas as pessoas que criaste vão morrer um dia” (NTLH). v. 51. cada passo\ i.e., “Aonde ele vai” (NTLH); possivelmente é melhor traduzir por “calcanhares”, i.e., enquanto foge. O v. 52 não faz parte do salmo, mas é uma doxologia que marca o final do terceiro livro do Saltério (conforme 41.13; 72.18,19).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Salmos Capítulo 89 do versículo 19 até o 37

19-37. A Promessa que Deus jurou. Outrora falaste em visão. O motivo da aliança com Davi toma-se agora central, embora ainda ligada à bondade e fidelidade divinas (cons. 24, 28, 33). O salmista primeiro fala da promessa divina feita a Davi. A antiga promessa feita à nação na qualidade de primogênito de Deus quanto a sua apreciação (Ex 4:22) está agora focalizada sobre o rei; o epíteto do versículo 27 estende-se a toda a sucessão davídica, culminando em Jesus, o ungido de Deus (o Messias). Depois a ênfase passa, no versículo 29, para o cumprimento da promessa através da semente de Davi. Enquanto ele apela para o testemunho divino no qual jurou que a aliança permanecerá, ele reconhece que o castigo tem de vir sobre a semente de Davi por causa de sua infidelidade (vs. Sl 89:30-32).


Dicionário

Braço

substantivo masculino Primeira parte do membro superior do homem, situada entre a espádua e o cotovelo.
Por Extensão O membro superior inteiro.
Suporte lateral de um assento: braço de cadeira.
Figurado Trabalhador, operário: a construção necessita de braços.
Cada uma das hastes horizontais da cruz.
Ter o braço comprido, ter influência.
Receber de braços abertos, acolher com alegria.
Ficar de braços cruzados, nada fazer.
Dar o braço a torcer, mudar de opinião, reconhecendo que não tinha razão, que estava errado.

substantivo masculino Primeira parte do membro superior do homem, situada entre a espádua e o cotovelo.
Por Extensão O membro superior inteiro.
Suporte lateral de um assento: braço de cadeira.
Figurado Trabalhador, operário: a construção necessita de braços.
Cada uma das hastes horizontais da cruz.
Ter o braço comprido, ter influência.
Receber de braços abertos, acolher com alegria.
Ficar de braços cruzados, nada fazer.
Dar o braço a torcer, mudar de opinião, reconhecendo que não tinha razão, que estava errado.

Firme

adjetivo Que é sólido, estável: terreno firme.
Que é resistente, compacto; que não cede com facilidade: muro firme.
Que não hesita nem vacila; resoluto: falar em tom firme.
Que se apresenta de modo constante, inabalável, perseverante: propósitos firmes, crença firme.
Que expressa muita teimosia, que não desiste facilmente de algo; teimosia: sua vontade de vencer seguiu firme ao logo dos anos.
Que se move equilibrada e precisamente: tinha uma memória firme.
Que não desbota facilmente: o vestido mantém a cor firme.
Que não se deixa influenciar nem persuadir; decidido: caráter firme.
substantivo masculino [Regionalismo: Amazonas] Terreno que aparece mais elevado em meio a terras alagadiças ou igapós.
Etimologia (origem da palavra firme). Do latim firmis.

Fortalecer

verbo transitivo direto e pronominal Tornar forte, sólido; dar forças, vigor; fortificar, robustecer, revigorar:fortalecer um ideia, um pensamento; sua vida se fortaleceu com a vitória.
verbo transitivo direto Fazer com que fique mais sólido, resistente, duro, vigoroso: produto para fortalecer as unhas.
Dar força a alguém; encorajar, animar: fortaleceram a mãe diante da perda.
Atribuir mais credibilidade ou peso a algo, especialmente falando de ideias, opiniões, argumentos etc.: fortaleceu as ideias da professora personificando o assunto.
verbo transitivo direto e pronominal Passar a possuir importância, influência, poder: os prêmios fortaleceram o filme; a atriz se fortaleceu ao ganhar um Óscar.
[Militar] Buscar reforços militares ou proteger-se com ideias estratégicas: o país pretende fortalecer zonas afetadas pela violência; o município se fortaleceu com novos carros para a polícia.
Etimologia (origem da palavra fortalecer). Forma alterada de fortaleza + ecer.

Mão

As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente.
(a): Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (31:26-27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18.
(b): Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão.
(c): Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15).
(d): Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16:11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1:13 – *veja também Sl 110:1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3:1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16:8).
(e): A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8:10At 6:6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27:18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48:14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9:22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1:4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13:9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10:16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27:24).

Mão Medida de comprimento igual a 7,4 cm. É a medida da palma da mão na base dos dedos. É 1/3 do PALMO e 1/6 do CÔVADO (Ex 37:12), RC; RA, quatro dedos).

Mão Símbolo do poder de Deus, digno de confiança (Mt 4:6). O Pai colocou tudo nas mãos de Jesus (Mt 3:12; Lc 3:17; Jo 3:45; 13,3), do qual provém a onipotência do Filho (Jo 10:28ss). Em Jesus, o uso das mãos está ligado à bênção (Mt 19:13-15; Mc 10:16; Lc 24:50) e à cura (Mc 6:5; 8,23-25; Lc 4:40; 13,13); o mesmo pode ser observado em seus discípulos (Mt 9:18; Mc 7:32; 16,18).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Salmos 89: 21 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Com quem a Minha mão ficará firme, e o Meu braço o fortalecerá.
Salmos 89: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H2220
zᵉrôwaʻ
זְרֹועַ
braço, antebraço, ombro, força
(the arms)
Substantivo
H3027
yâd
יָד
a mão dele
(his hand)
Substantivo
H3559
kûwn
כּוּן
ser firme, ser estável, ser estabelecido
(has been established)
Verbo
H553
ʼâmats
אָמַץ
ser forte, alerta, corajoso, bravo, resoluto, audacioso, sólido, duro
(shall be stronger)
Verbo
H5973
ʻim
עִם
com
(with her)
Prepostos
H637
ʼaph
אַף
realmente
(indeed)
Conjunção
H834
ʼăsher
אֲשֶׁר
que
(which)
Partícula


זְרֹועַ


(H2220)
zᵉrôwaʻ (zer-o'-ah)

02220 זרוע z erowa ̂ ̀ ou (forma contrata) זרע z eroa ̂ ̀ e (fem.) זרועה z erow ̂ ah̀ ou זרעה z ero ̂ ah̀

procedente de 2232; DITAT - 583a; n f

  1. braço, antebraço, ombro, força
    1. braço
    2. braço (como símbolo de força)
    3. forças (políticas e militares)
    4. ombro (referindo-se ao animal sacrificado)

יָד


(H3027)
yâd (yawd)

03027 יד yad

uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

  1. mão
    1. mão (referindo-se ao homem)
    2. força, poder (fig.)
    3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
    4. (vários sentidos especiais e técnicos)
      1. sinal, monumento
      2. parte, fração, porção
      3. tempo, repetição
      4. eixo
      5. escora, apoio (para bacia)
      6. encaixes (no tabernáculo)
      7. um pênis, uma mão (significado incerto)
      8. pulsos

כּוּן


(H3559)
kûwn (koon)

03559 כון kuwn

uma raiz primitiva; DITAT - 964; v

  1. ser firme, ser estável, ser estabelecido
    1. (Nifal)
      1. estar estabelecido, ser fixado
        1. estar firmemente estabelecido
        2. ser estabelecido, ser estável, ser seguro, ser durável
        3. estar fixo, estar firmemente determinado
      2. ser guiado corretamente, ser fixado corretamente, ser firme (sentido moral)
      3. preparar, estar pronto
      4. ser preparado, ser arranjado, estar estabelecido
    2. (Hifil)
      1. estabelecer, preparar, consolidar, fazer, fazer firme
      2. fixar, aprontar, preparar, providenciar, prover, fornecer
      3. direcionar para (sentido moral)
      4. arranjar, organizar
    3. (Hofal)
      1. estar estabelecido, estar firme
      2. estar preparado, estar pronto
    4. (Polel)
      1. preparar, estabelecer
      2. constituir, fazer
      3. fixar
      4. direcionarr
    5. (Pulal) estar estabelecido, estar preparado
    6. (Hitpolel) ser estabelecido, ser restaurado

אָמַץ


(H553)
ʼâmats (aw-mats')

0553 אמץ ’amats

uma raiz primitiva; DITAT - 117; v

  1. ser forte, alerta, corajoso, bravo, resoluto, audacioso, sólido, duro
    1. (Qal) ser forte, bravo, audacioso
    2. (Piel) fortalecer, assegurar (para si mesmo), endurecer (coração), tornar firme, tornar obstinado, assegurar
    3. (Hitpael) ser determinado, tornar-se alerta, fortalecer-se, confirmar-se, persistir, mostrar-se superior a
    4. (Hifil) mostrar força, ser forte, sentir-se forte

עִם


(H5973)
ʻim (eem)

05973 עם ̀im

procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

  1. com
    1. com
    2. contra
    3. em direção a
    4. enquanto
    5. além de, exceto
    6. apesar de

אַף


(H637)
ʼaph (af)

0637 אף ’aph

uma partícula primitiva; DITAT - 142 conj (denotando adição, esp de alguma coisa maior)

  1. também, ainda, embora, e muito mais adv
  2. ainda mais, de fato

אֲשֶׁר


(H834)
ʼăsher (ash-er')

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)