Enciclopédia de Êxodo 23:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 23: 14

Versão Versículo
ARA Três vezes no ano me celebrareis festa.
ARC Três vezes no ano me celebrareis festa:
TB Três vezes no ano me celebrarás uma festa.
HSB שָׁלֹ֣שׁ רְגָלִ֔ים תָּחֹ֥ג לִ֖י בַּשָּׁנָֽה׃
BKJ Três vezes por ano celebrarás uma festa para mim.
LTT Três vezes no ano Me celebrareis festa.
BJ2 "Três vezes no ano me celebrarás festa.
VULG Tribus vicibus per singulos annos mihi festa celebrabitis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 23:14

Êxodo 23:17 Três vezes no ano todos os teus varões aparecerão diante do Senhor.
Êxodo 34:22 Também guardarás a Festa das Semanas, que é a Festa das Primícias da sega do trigo, e a Festa da Colheita no fim do ano.
Levítico 23:5 no mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a Páscoa do Senhor;
Levítico 23:16 Até ao dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias; então, oferecereis nova oferta de manjares ao Senhor.
Levítico 23:34 Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a Festa dos Tabernáculos ao Senhor, por sete dias.
Deuteronômio 16:16 Três vezes no ano, todo varão entre ti aparecerá perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernáculos; porém não aparecerá vazio perante o Senhor;

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

ex 23:14
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 21
CARLOS TORRES PASTORINO
LC 2:40-52

40. E o menino crescia e fortificava-se, enchendo-se de sabedoria, e a benevolência de Deus estava sobre ele.


41. Seus pais iam anualmente a Jerusalém, pela festa da Páscoa.


42. Quando o menino tinha doze anos, subiram eles, conforme o costume da festa;


43. e findos os dias da festa, ao regressarem, ficou o menino Jesus em Jerusalém. sem que o soubessem seus pais.


44. Mas estes, julgando que ele estivesse entre os companheiros de viagem, andaram caminho de um dia, procurando-o entre os parentes e conhecidos;


45. e não no achando, regressaram a Jerusalém à procura dele.


46. Três dias depois o encontraram no Templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os;


47. e todos os que o ouviam, muito se admiravam de sua inteligência e de suas respostas.


48. Logo que seus pais o viram, ficaram surpreendidos, e sua mãe perguntou-lhe: "Filho, por que procedeste assim conosco? Teu pai e eu te procuramos aflitos".


49. Ele lhes respondeu: "Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devia estar no que é de meu Pai"?


50. Eles porém não compreenderam as palavras que ele dizia.


51. Então desceu com eles e foi para Nazaré e estava-lhes sujeito. Mas sua mãe guardava todas estas coisas em seu coração.


52. E Jesus progredia em sabedoria, em maturidade e em benevolência (amor) diante de Deus e dos homens.


Lucas coloca o regresso a Nazaré logo após a apresentação ao Templo, ignorando por completo qualquer outro acontecimento. Diz-nos ele que o menino crescia e fortificava-se (na parte física) enchendose de sabedoria (na parte intelectual). Alguns manuscritos acrescentam "fortificava-se em espírito". O interessante a notar é que o evangelista salienta que o desenvolvimento da personalidade de Jesus se processava normalmente: não possuía a sabedoria total infusa, mas a adquiria aos poucos. Essa opinião é acatada por certos autores, como Cirilo de Jerusalém (Patrol. Graeca, vol. 75, col. 1332) e Tomás de Aquino (Summa Theologica, III, q. XII, a. 2). Explicam que, como "homem" (como personalidade) Jesus progrediu segundo as leis naturais, crescendo seu conhecimento concomitantemente com o corpo.


A lei mosaica ordenava que todos os homens que chegassem à idade da puberdade deveriam visitar o Templo de Jerusalém três vezes por ano: na Páscoa, no Pentecostes e na festa dos Tabernáculos (EX 23:14-17; EX 34:23 e DT 16:16), preceito que não incluía as mulheres. A ida de Jesus aos doze anos não era ainda obrigatória, de vez que só aos quinze o homem se tornava realmente "israelita" ou "filho do preceito" (bar misheváh).


A festa da Páscoa durava sete dias, finalizando com grande solenidade (EX 12:15 ss; LV 23:5 ss; e DT 16:1 ss). O menino, com doze anos e muita inteligência, não era vigiado. Assim, ao organizar-se o primeiro acampamento à noite, na viagem de regresso, José e Maria deram por falta dele. Não o acharam entre os parentes e amigos. No dia seguinte regressaram a Jerusalém, observando outros grupos que saíam da cidade e não no encontraram durante todo aquele dia, nem mesmo na casa de conhecidos. No terceiro dia, resolveram ir ao Templo, e lá o descobriram, sentado entre os doutores (ou melhor, entre os "mestres" - didáskaloi).


As perguntas que lhes fazia, e as respostas que lhes dava, encheram os velhos mestres de admiração e estupor, em vista da sabedoria muito acima de sua idade, que ele revelava.


Os pais também ficaram atônitos, tanto pela cena que presenciavam, como pelo modo de agir com eles. Vem a frase de repreensão de Maria, que, falando a Jesus a respeito de José (única vez que isto acontece) lhe dá o título de "pai": "teu pai e eu".


Jesus responde. São as primeiras palavras Suas que este Evangelho reporta.


A resposta é incisiva e esclarecedora: ele precisava estar no que era de Seu pai. Há três interpretações da expressão grega έν τοϊς τοΰ πατρό

ς . 1. ª) no que é de meu Pai; 2. ª) na cas8. de meu Pai; 3. ª) nos neg ócios de meu Pai.


Ao regressar a Nazaré, Jesus estava sujeito a seus pais (obediência), desenvolvendo-se gradativamente na parte intelectual (sabedoria), na parte psíquica e emocional (maturidade) e na parte moral e espiritual (benevolência ou amor).


A anotação de Lucas (prescindindo das particularidades narradas por Mateus) ensina-nos que o Homem-

Novo se recolhe à Galileia ("jardim fechado") consagrando-se ao Senhor. Nesse ambiente, o espírito, embora "menino", cresce e se fortifica, enchendo-se de Sabedoria e aprofundando-se cada vez mais em seu coração, conquistando ("tomando de assalto", MT 11:12) o Reino de Deus, e imergindo na benevolência divina que o envolve.


Ao completar doze anos de consagração íntima a Deus, e preparação pessoal, o menino vai pela vez primeira enfrentar o grande centro religioso.


Por que aos "doze anos"? O arcano 12 tem profundo significado: no plano superior simboliza os messias ou enviados; no plano humano exprime o holocausto, o sacrifício de si mesmo em benefício da coletividade. O sacrifício é sempre feito no plano da matéria (os 12 signos zodiacais), que é especializado para a experimentação e provação dos espíritos, único plano cm que estes recebem o impulso indispensável para a subida.


O evangelista anota que Jesus SUBIU para Jerusalém (que significa "visão da paz"). Se é verdade que Jerusalém estava construída no alto de um monte, não o é menos que para "ver-se a paz" verdadeira é mister subir vibracionalmente ao plano do espírito.


Seus pais José e Maria (isto é, os que conseguiram o "nascimento do menino", o intelecto e a intuição) são chamados aos seus afazeres, e DESCEM de Jerusalém para o mundo de lutas (plano advers ário, ou diabólico). Repentinamente, "dão por falta" do Cristo, de quem perderam o contato. Aí come ça ansiosa busca entre parentes e conhecido (talvez voltando ao antigo hábito de orações a santos e guias). Mas não no encontram.


São então forçados a voltar a Jerusalém, a reingressar na "visão da paz", e só depois de algum tempo (três dias) de permanência nesse estado de meditação, é que o surpreendem novamente "no Templo", ou seja, no local sagrado onde habita a Centelha Divina: o coração, "templo de Deus", "Tabernáculo do Espírito Santo".


O intelecto e a intuição alegram-se ao reencontrá-lo, e o recriminam por haver desaparecido. A resposta é exata: "onde me encontraríeis, senão neste templo interior do coração, senão no que é de meu Pai"? Então, para que procurar? Já sabemos todos onde encontrá-lo.


Depois, mais firmes na fé, unidos mais do que nunca ao Cristo Interno, compreendem que deverão voltar ao "mundo" levando-o consigo, sem distrair-se com "parentes e conhecidos". Lidando no mundo sem perder contato com Deus em nossos corações. E é isso o que faz a intuição, que tudo percebeu, e "guardou tudo o que ocorreu em seu coração", em seu registro íntimo.


E no versículo final está resumida toda a ascensão sublime: Jesus progredia no tríplice aspecto: da individualidade (sabedoria), da personalidade (maturidade) e da divindade (benevolência = amor), não só em relação a Deus, como em relação aos homens. É o progresso que temos que perlustrar: avançar sempre, conquistando cada vez mais nos três campos.


SIMBOLISMO CÓSMICO


Acenamos (Visita dos Magos, 5 - O Astro) que O nascimento de Jesus passou a ser comemorado a 25 de dezembro, para conformar-se à data do "nascimento" do sol no solstício do inverno. Aprofundemos as observações - atentos a que estamos sempre referindo-nos ao hemisfério NORTE.


Jesus e comparado ao SOL (que exprime fogo, produzido pela fricção da madeira - era filho de u "carpinteiro" - e, qual o fogo, produz Luz). Eis algumas das datas escolhidas além dessa citada e seu cotejo com os fatos astronômicos:

1. - A concepção de Maria (Virgem) é colocada a 8 de dezembro, quando a constelação Virgo surge nos céus do hemisfério boreal, antes do solstício de inverno.


2. - Nove meses após, o nascimento de Mana é comemorado a 8 de setembro (signo de Virgo), quando a lua surge nessa constelação.


3. - A 25 de março, signo de Aries (Carneiro), festeja-se a anunciação (à concepção de Jesus), exatamente no início da primavera, estação da fecundação geral na Terra, quando em Roma se celebrava à festa de Anna Perenna (recordemos que, pela tradição a mãe de Maria era chamada Ana) ; Anna Perenna era representada pela lua, que se renovava todos os meses. No mês de março também eram comemoradas as concepções em Devanaguy (mãe de Krishna) e em Isis (mãe de Hórus).


4. - Três meses após, recorda-se a visita de Maria a Isabel, a 2 de julho, época em que Maria se oculta, para só reaparecer no nascimento de Jesus. Aí exatamente, no signo de Câncer (Carangueijo) a constelação de Virgo se oculta anualmente sob o horizonte do hemisfério norte, não sendo vista.


5. - A 25 de dezembro, signo de Capricórnio, após haver chegado ao horizonte a constelação de Virgo a 8 de dezembro, comemora-se o nascimento de Jesus (assim como o de Krishna, de Hórus e de Apolo), correspondendo a data à entrada do Sol no solstício do inverno (natalis Solis invicti). O hemisfério boreal celeste apresenta, nessa época, a seguinte configuração: aos pés de Virgo, a cabeça da constelação da Serpente ("a mulher te ferirá na cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar". GN 3:15). A oeste a constelação do Touro e de Orion, com suas três estrelas em fila, em direção a Virgo, representando os "três reis magos". Completa o quadro a constelação do Carneiro, que lembra a homenagem dos "pastores". E justamente o sol inicia sua nova eclíptica na constelação de Virgo (daí Jesus filho da Virgem Maria).


6. - O mês de maio era consagrado, entre os egípcios, a Isis, mãe de Hórus. e entre os romanos a Maia (donde tirou o nome) a deusa da fecundação primaveril do planeta, senão, por isso, entre eles, o mês preferido para os casamentos.


7. - Quando a Terra ingressou no signo de Aries, 2. 000 anos antes de Cristo, o sacrifício religioso típico era o do cordeiro, salientado também na festa da Páscoa. Na época de Jesus ingressou a Terra no signo de Peixes. A palavra "peixe", em grego ІΧΟΥΣ, contém as iniciais da frase "Jesus Cristo, filho de Deus. Salvador" (Іησους Χριστος θεου Υιος Σωτηρ) . E a figura do "peixe" simbolizou Jesus entre os primitivos cristãos. Com Sua vinda, cessaram também os sacrifícios cruentos de cordeiros: pedia-se aos que acreditavam Nele, que se sacrificassem, corrigindo seus vícios. E o ritual para indicar a mudança de vida, a passagem do "homem-velho" (signo de Aries) ao "homemnovo, signo de Peixes), era exatamente imitar a vida dos peixes, mergulhando dentro d’água (batismo). Aos apóstolos diz Jesus que os fará "pescadores de homens" MT 4:19, MC 1:17). E o batismo permaneceu na Terra durante toda a era dos Peixes, oficialmente, como símbolo de admissão na "barca" de Pedro.


LC 3:1-6

1. No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judeia. Herodes tetrarca da Galileia, seu irmão Felipe tetrarca da região da Itureia e Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene,


2. sendo sumos sacerdotes Anãs e Caifás, veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto.


3. E ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando o mergulho da reforma mental para a rejeição dos erros,


4. como está escrito no livro das palavras de Isaías: "Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas I veredas;


5. todo o vale será aterrado e todo monte e cuteiro será arrasado, os caminhos tortos far-se-ão direitos e os escabrosos, planos,


6. e todo homem verá a salvação de Deus". MT 3:1-6


1. Naqueles dias apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia:


2. "Reformai vosso pensamento, porque se aproxima de vós o reino dos céus".


3. Porque é a João que se refere o que foi dito pelo profeta Isaías: "Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas".


4. Ora, o mesmo João usava uma veste de pelo de camelo e uma correia em volta da cintura; e alimentavase de gafanhotos e mel silvestre.


5. Então ia ter com ele o povo de Jerusalém, de toda a Judeia e de toda a circunvizinhança do Jordão.


6. E eram por ele mergulhados no rio Jordão, confessando seus erros.


MC 1:1-6

1. Princípio da Boa Nova de Jesus Cristo.


2. Conforme está escrito no profeta Isaías: "Eis aí envio eu meti anjo ante a tua face, que há de preparar o teu caminho;


3. Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas",


4. apareceu João Batista no deserto, pregando o mergulho da reforma mental para a rejeição dos erros.


5. E saíam a ter com ele toda a terra da Judeia e todos os moradores de Jerusalém. e eram por ele mergulhados no rio Jordão, confessando seus erros.


6. Ora João usava uma veste de pelo de camelo e uma correia em volta. da cintura, e comia gafanhotos e mel silvestre.


Depois de adiantado o trabalho, já no capítulo 3. º, Lucas dá-nos finalmente apontamentos mais precisos para estabelecermos uma cronologia da vida de Jesus. Estudemos os vários dados históricos fornecidos. 1. º - "No 15. º ano do reinado de Tibério César"

Tibério sucedeu a Augusto, à morte deste, no dia 19 de agosto de 767 de Roma, 14 de nossa era (Dion, 56, 31). Nessa ocasião, assumiu o título de "César", e começou de fato a "reinar".


Segundo essa cronologia, o 15. º ano de seu reinado, na qualidade de César, ocorre de 19-8-28 a 19-8- 29 de nossa era (781 a 782 de Roma). O início da pregação de João ter-se-ia dado nesse ano de 28; o mergulho de Jesus (que contaria então 35 anos) teria ocorrido antes da Páscoa de 29, e sua morte na Páscoa (14 de nisan) do ano 31 de nossa era (784 de Roma) contando Jesus 37 anos de idade.


Há duas variantes na interpretação dessa data: a) diz-se que, de fato, Tibério foi "associado" ao governo de Augusto no ano 11 (764 de Roma).


No entanto, não usava o título de César, nem tampouco assumiu as rédeas do governo, porque não permaneceu em Roma. Com efeito, no ano 7 Tibério partiu para a Dalmácia, levando reforço de tropas a Germânico (Dion, 55, 31); no fim do ano 8 regressa a Roma (Dion, 56:11) aonde chega no início do ano 9, assistindo aos jogos triunfais em sua homenagem (Dion, 56, 1). Na primavera (maio), volta à Dalmácia (Suet., Tib., 16) dirigindo-se, no outono (outubro-novembro) ao Reno (Germânia). No ano 10 Tibério está novamente em Roma, e no dia 10 de janeiro faz a dedicação do Templo da Concórdia (Mommsen, Hist. Rom., 10, pág. 60). Logo após segue para o Reno, assumindo o comando das tropas romanas e passa nessa região todo esse ano e o ano 11 (Mommsen, Hist. RM 9, pág. 61) assim como o ano 12 (Hermann Shulz, Quaestiones Ovidianae, pág. 55). No ano 13 (Schulz, ibidem), em Roma, celebra a 16 de janeiro o triunfo pela guerra da Panonia, recebendo de Augusto, novamente, o poder tribunício sem limite de tempo (Dion, 65, 28). Nessa época e no início do ano 14, Augusto faz o recenseamento ajudado por Tibério (Suet., Oct. 27). A 19 de agosto de 14 Tibério assume o governo, começa a reinar no lugar de Augusto (Dion, 56, 29-31 e Suet., OCt., 100).


Nem para Roma, nem mesmo para as províncias, poderiam ser consideradas essas atividades de Tib ério, sobretudo extra urbem, como "reinado de Tibério César".


Esta 2. ª interpretação anteciparia todas as datas do Evangelho de dois anos, ou seja: a pregação de João e o mergulho de Jesus (que contaria 33 anos) seriam no ano 27, e sua morte no ano 29, tendo Jesus 35 anos (Cfr. Hieron., De Viris, 5; Catálogo Filocaliano e Libri Paschales do 5. º século, in Patrizi, De Evange1is, III, pág. 515).


Essa interpretação foi aceita pelo catolicismo romano, pois em 1929 comemorou com um "Ano Santo" o 19. º centenário da morte de Jesus.


b) Ponderam alguns estudiosos que o ano, na Síria, é computado a partir de 1. º de outubro. E raciocinam que talvez fosse considerado o primeiro ano do reinado o período de 19-8-14 a 1-10-14 (um mês e meio), sendo o período de 1-10-14 a 1-10-15 considerado como o segundo ano de reinado.


Essa interpretação daria um resultado intermediário às datas evangélicas, fixando-se a pregação de João e o mergulho de Jesus (que teria 34 anos) no ano 28, e Sua morte do ano 30 (tendo Jesus 36 anos). Cfr. Fouard, Vie de Jésus, II, pág. 445-448; Wieseler, Chronologische Synopse, pág. 334 e Cáspari, Einleitung, pág. 44; Pirot, Saint Jean Baptiste, pág. 123-127.


Difícil, porém, que um rápido período de pouco mais de um mês tivesse sido considerado como "Primeiro ano". 2. º - "Sendo Pôncio Pilatos Governador da Judeia"

Pôncio Pilatos foi nomeado "procurador" da Judeia, em substituição a Valério Grato, no ano 26 (Josefo, Ant. Jud., 18, 4, 2). No ano 36, Lúcio Vitélio, legado imperial na Síria, enviou Pilatos a Roma, por causa de acusações, cuja defesa não foi aceita por Calígula (Josefo, Ant. Jud., 18, 6, 10), que nomeou Marulo para substituí-lo. A cidade de residência dos procuradores romanos era Cesareia de Filipe. 3. º - "Herodes, tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe, tetrarca da região de Itureia e Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene" O título de "tetrarca" havia muito não designava mais o governador de um reino dividido em quatro, tanto que Antônio conferiu esse título, em 41 A. C., a Herodes o Grande, governador único da Palestina.


Todavia, à morte deste (4 A. C.), a região resultou mesmo dividida em quatro partes, sendo seus governantes: I - Arquelau, filho de Herodes o Grande e da samaritana Maltace. Recebeu, com o título de "etnarca", a Judeia, a Iduméia e a Samaria. que ele governou só dez anos: em vista de sua crueldade, foi exilado no ano 6 de nossa era para a cidade de Viena nas Gálias. Por seu afastamento, seu território passou a ser governado pelo procurador romano.


II - Herodes Antipas (ou Antípater), irmão do precedente, foi feito herdeiro por seu pai, com o título de tetrarca da Galileia e da Peréia, que governou até cerca do ano 39, quando foi exilado com sua esposa Herodíades, por Calígula, para Lyon, nas Gálias, tendo falecido na Espanha (Josefo, Ant. Jud., 18,7,2).


III - Herodes Felipe, filho de Herodes o Grande com Cleópatra de Jerusalém, foi, de 4 A. C. até 32 A. D., tetrarca da Batanéia, Traconites, Auranítides, Gaulanítides e Panéias, cidade que ele reconstruiu com o nome de Casareia de Felipe. Lucas cita apenas as duas regiões extremas.


IV - Lisânias, filho de Lisânias I, que reconquistou sua tetrarquia à morte de Herodes o Grande, governando Abilene, no Anti-Líbano, a oeste de Damasco, limite extremo-norte do ministério de Jesus. 4. º - "Sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás"

Anás (Hannah ou Ananus) era sumo-sacerdote desde o ano 6 A. C. e foi deposto em 15 A. D. por Valério Grato, governador da Judeia, que nomeou em seu lugar Ismael, filho de Fabi; em 16, Eleazer, filho de Anás, sucede a Ismael; em 17 é sumo sacerdote Simon, filho de Kamit; e em 18 sucede-lhe José, chamado Caifás, genro de Anás. Caifás manteve o cargo ininterruptamente, até 36, quando foi deposto por Vitélio. Como sogro de Caifás, Anás ter-se-lhe-ia agregado, exercendo grande influência sobre ele, a ponto de Lucas citar os dois como Pontífices Supremos, quando, por lei, deveria haver um.


Entramos, agora, nos textos equivalentes dos sinópticos, com pequeníssimas variantes.


"Veio a João a palavra de Deus", ou seja, chegou-lhe a inspiração do Alto. O deserto de Judá (Juízes 1:16) estendia-se ao sul de Arad, a leste de Bersabé. Mas o deserto da Judeia era a planície de Jericó.


João vivera retirado, entre os essênios, dos quais guarda as características, inclusive o hábito da purifica ção pela água.


Havia três tipos de "ablução" entre os judeus: l. ª) as prescritas pela Lei Mosaica em LV 14:1-32 (em caso de lepra), em LV 15:1-33 (após as relações sexuais) e em LV 11:24-27 (após tocar um cadáver). 2. ª) os "batismos" (mergulhos) essênios, para iniciação de novos membros, que se tornavam "iniciados" ou "purificados" (catharói), 3. ª) O "batismo" dos prosélitos judeus, que vinham do paganismo, e que conhecemos através de uma discussão entre as escolas de Hillel e de Chamai, e que parece ter sido um rito bem firmado já um século antes de nossa era. No 1. º século de nossa era, por influencia da escola de Hillel, tornou-se o rito de iniciação por excelência.


João não permanece parado, mas percorre toda a circunvizinhança do Jordão, pregando "o mergulho da reforma mental".


A palavra "batismo" significa realmente "mergulho", e o verbo "batizar" tem o sentido exato de "mergulhar" . Não é possível outra interpretação, da letra que é bastante clara.


O termo vulgarmente traduzido por "arrependimento" (metánoia) tem o sentido preciso de "reforma mental" (metá e noús). Não é, pois, um arrependimento no sentido de "chorar o mal que praticou", mas sim a modificação radical dos pensamentos, da mente, e do comportamento: a reforma mental.


A expressão είς άφεσιν άµαρτιώυ, geralmente traduzida "para remissão dos pecados", tem, na realidade, o sentido de "’para rejeição dos erros", Com efeito άφεσις é rejeição, repúdio, afastamento; e
άµαρτιώ

ν tem o significado muito mais vasto que pecados": é o erro em geral, qualquer erro. Pelos demais textos do Novo Testamento, verificamos que esse é o melhor sentido para essa expressão.


Interessante observar que Mateus emprega constantemente (31 vezes) "reino dos céus", que nos demais evangelistas aparece como "reino de Deus" (que Mateus só usa 4 vezes). Ambas se equivalem.


Como o nome Inefável não devia ser pronunciado, a ele se substituía a palavra Céus, no plural (no hebraico, shamaim e no aramaico shemata só havia a forma do plural). Mateus, mais arraigadamente judeu, evitava o emprego do tetragrama, escrúpulo abandonado pelos outros escritores.


O texto é de Isaías (40:3), extraído dos Septuaginta, e em Lucas aparece mais completo 40:3-3. Isaías referia-se literalmente à intervenção de Ciro, com seu edito de 538 A. C., considerado um messias, por haver salvo os israelitas do cativeiro da Babilônia. Mas Lucas emite a primeira parte do versículo 5, que, completo, diz: "e a Glória de Yahweh se manifestará e toda carne (todo homem) juntamente o verá".


Marcos, sob o nome de Isaías cita no versículo 2 o texto de Malaquias (Malaquias 3:1), com o qual emenda a cita ção de Isaías.


O que diz Malaquias confirma que João Batista é a reencarnação de Elias. E as palavras de Isaías referem o que se costumava fazer para preparar o caminho dos reis que iam visitar as cidades de seu reino: tornar mais retas as veredas, aterrar os vales, aplainar os montes e outeiros, tirar as pedras do caminho, etc. Tudo isso pode ser interpretado moralmente, no sentido de preparar os homens para receber as verdades que Jesus viria pregar.


Mateus e Marcos dão-nos a descrição física do arauto. Usava uma veste de "pelo de camelo". A palavra veste compreende as duas peças principais, a túnica e o manto. A túnica era presa aos rins por um cinto de couro.


Esse era exatamente o trajo de Elias, que trazia um cinto de couro para. prender a túnica de pelo de camelo (2RS 1:7-8) e além disso levam-nos a confirmar a crença de que João era realmente essênio.


Quanto à alimentação, fala-se em gafanhotos e mel silvestre. Os beduínos e nômades de Amman e de Petra ainda hoje utilizam esse alimento casualmente: tiram a cabeça, as patas e as asas, assam o gafanhoto sobre brasas, e dizem que não é desagradável ao paladar.


Mateus afirma que muitos eram mergulhados, "confessando seus erros", coisa que se explica pela exaltação religiosa, não rara em movimentos de alto teor místico.


O estudo do simbolismo leva-nos a várias conclusões.


Em primeiro lugar verificamos que as anotações de datas e cronologias são dadas em relação a João, e não a Jesus. Com efeito, João representa a personalidade, que ainda está sujeita a tempo e espaço, ao passo que Jesus, a individualidade, transcende tudo isso e vive na eternidade sem datas e sem pontos de referência.


Anotemos de passagem o simbolismo de alguns dos nomes citados. Além de João (Yohânan = Yahweh é favorável), temos uma descrição rápida do ambiente em que João começou o ministério da pregação. O governador supremo o "César", era a figuração de Roma, representada pelo Rio Tibre (Tiber

—Tibérius) e seu representante, lançado como uma ponte (Pontius) armada (Pilatus = armado d "pila", uma arma romana), dominava a religião (Judeia = louvor a Deus); Herodes, o idumeu (edom = vermelho, sangue), domina a região fechada (coração, Galileia) e o amigo dos cavalos (Felipe) na região rude e árida (Traconites); mas aquele que dissipa a mágoa (Lisânias) governa a planície verdejante (Abilene). Como superiores religiosos oficiais a graça (Anás) dominado pelo opressor (Caif ás). Esse o painel confuso da Terra, quando a grande personalidade de João inicia sua missão de Precursor: uns poucos bem intencionados, mas a maioria vivendo, por ignorância, na maldade e no materialismo.


Nessa situação, vem ao arauto a "palavra de Deus (não se trata do Lagos, palavra ativa, principio criador, mas de REMA, palavra discursiva, articulada, que dá ordens), incitando-o a dar início à ação.


A personalidade não é influenciada pelo Logos, que apenas atua na individualidade (coração).


João (a personalidade) falava ainda no deserto de individualidades, exortando as criaturas ainda no lano animalizado à reforma mental, a fim de renunciarem à inferioridade e renascerem pela água, em nova personalidade (da mesma forma que o renascimento do corpo se efetua através do mergulho no líquido amniótico do ventre materno). O "mergulho", pois é um renascer simbólico, como se a criatura entrasse no ventre materno da Mãe Terra e de lá saísse purificado dos erros das existências anteriores, nova criança, homem renovado.


Todas as arestas precisam ser aparadas, os excessos amputados, as deficiências preenchidas, retificadas as veredas das intenções, afastadas as pedras, embotados os espinhos, para que a personalidade possa elevar-se, vendo a salvação que vem de Deus e atingindo assim, através do ingresso no "reino dos céus", isto é, do viver na individualidade, a capacidade de aprender os ensinos de Jesus.


Todos os que já estavam no plano do "louvor a Deus" (Judeia) e na "visão da paz" (Jerusalém) ouviam a voz a clamar e iam em busca do mergulho para o novo nascimento. Só quando a criatura atinge determinado grau de maturidade e que pode ouvir o apelo divino; porque toda reforma e toda melhoria em que vir de dentro para fora: o chamado deve ecoar no coração, para que este possa responder com honesta sinceridade.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 23 do versículo 1 até o 33
8. Instruções Éticas (23:1-9)

  1. Prestar falso testemunho (23:1-3). Não devemos admitir falso rumor (1) nem espalhá-lo (ARA). O homem de Deus nunca deve ser testemunha falsa em tribunal ou em qualquer outro lugar. Ele se une com o ímpio quando quebra o nono mandamento.

Mesmo quando a multidão (2) estiver no lado errado, o homem de Deus tem de tomar posição solitária pelo que é certo. Podemos contar que a multidão erre, porque muitos tomam o caminho largo (Mt 7:13-14). O significado do versículo 2b é: "Vós não deveis [...] prestar testemunho no tribunal de modo a apoiar uma maioria injusta" (Moffatt).

Nem devemos ser parciais com os pobres em suas questões judiciais (3). Mesmo que a lei proteja os pobres, o entusiasmo pela causa dos pobres não deve perverter a justiça. O juiz ou júri tem de julgar de acordo com a retidão e não segundo o apelo popular. Nestes dias em que há o movimento popular pelos direitos civis, direitos penais e mitigação da pobreza, os direitos dos outros cidadãos também devem ser protegidos.

  1. Ajudar o inimigo (23.4,5). "Na antigüidade, não se reconhecia que os inimigos tivessem algum direito."' Mas o foco que o Novo Testamento dá ao amor é antecipado nesta exortação em ajudar o inimigo (4). Se o animal do inimigo se perder, sem falta lho reconduzirás. Se encontrasse o animal do inimigo caído sob uma carga, deveria ajudá-lo a erguer a carga (5). Esta é tradução mais clara da última parte do versículo: "Não deixes o homem lutando sozinho, ajuda-o a libertar o animal" (ATA). Trabalhar junto com o inimigo para ajudá-lo a pôr o jumento de pé poderia enfraquecer os sentimentos ruins entre os homens.
  2. Não pervertera justiça (23:6-8). Estas instruções são dirigidas aos juízes. Os pobres deveriam receber julgamento justo (6), embora fosse comum ocorrer o contrário. Sempre que houvesse falsa acusação, o juiz não deveria dar sentença que matasse o inocente e o justo (7). Deus não justifica o juiz perverso de forma alguma. O juiz jamais deveria aceitar presente (8, suborno). A necessidade desta regra é sempre atual. Mais tarde, Israel foi muito longe no mal pernicioso de aceitar subornos (1 Sm 8.3; Is 1:23-5.23).

d) Lembrar-se do estrangeiro (23.9). Esta é repetição da advertência encontrada em 22.21, embora aqui a idéia tenha relação especial com a ação em questões legais. Os israelitas sabiam como os estrangeiros se sentiam, por isso tinham ótimas razões para serem amáveis e justos com eles.

9. A Observância do Sábado (23:10-13)

  1. O ano sabático (23.10,11). As outras nações não guardavam um ano de descanso para a terra a cada sete anos, por não terem legislação a respeito. Para um povo agrícola, esta medida talvez fosse muito drástica. De acordo com a interpretação de II Crônicas 36:21, Israel negligenciou esta prática 70 vezes, ou mais ou menos a metade, entre o Êxodo e o Cativeiro. A lei foi dada para testar a obediência dos israelitas, favorecer os pobres, visto que no sétimo ano podiam participar dos frutos (11) e proporcionar tempo de comunhão especial com Deus.'
  2. O dia sabático (23.12,13). Neste trecho, nada é acrescentado à declaração do quarto mandamento. O texto repete o propósito de animais, escravos e estrangeiros descansa-rem e tomarem alento. Este sétimo dia era o dia de Deus, quando nem se devia menci-onar o nome de outros deuses (13). Estes sábados eram lembrança constante para os judeus de suas obrigações ao Deus de Israel.

10. As Principais Festas (23:14-19)

a) As três festas (23:14-17). Três vezes no ano, todos os homens tinham de compa-recer perante Deus em comemoração especial (14,17). A primeira ocasião era a Festa dos Pães Asmos (15), que estava junto com a Páscoa (cf. 12.14; Lv 23:5). Imediatamen-te após a Páscoa, a festa continuava por sete dias (ver comentários em 12:15-20). Esta festa comemorava particularmente a fuga do Egito e era celebrada levando presentes a Deus. O versículo 15 diz: "Ninguém apareça de mãos vazias perante mim" (ARA).

A Festa da Sega (16) era o Pentecostes (Lv 23:15-22; Nm 28:26-31; Dt 16:9-12), oca-sião em que se apresentavam os primeiros frutos de campos previamente plantados.

A Festa da Colheita também se chamava a "Festa dos Tabernáculos" (Lv 23:34-43; Nm 29:12-40; Dt 16:13-14). Ocorria no final do outono, após o término das colheitas, e durava uma semana. Era oportunidade de agradecimento. Rawlinson escreve: "Do ponto de vista religioso, os festivais eram ações de graças nacionais pelo recebimento de bên-çãos naturais e milagrosas. A primeira festa se referia ao começo da colheita e à liberta-ção do Egito; a segunda festa dizia respeito ao término das colheitas de grãos e à traves-sia do mar Vermelho; a terceira festa aludia à colheita final dos frutos e às muitas bên-çãos recebidas no deserto".'

b) As ofertas nas festas (23.18,19). A oferta de sangue (18) era feita principalmente na Páscoa e não deveria ser oferecida com pão levedado (18). Nada do cordeiro, até a gordura, deveria ficar até de manhã; o que sobrasse seria queimado (12.10). Nestas festas, os israelitas levavam à casa de Deus as primícias, os primeiros frutos (19), que simbolizavam a consagração do todo.

Soa estranha a instrução para não cozer o cabrito no leite de sua mãe. Talvez indi-que o erro de permitir que algo que foi ordenado para criar vida (o leite) seja meio de morte. Há quem sugira que o cabrito preparado dessa maneira era uma iguaria muito extravagan-te para as festas.' É mais provável que a proibição esteja ligada com a prática cananéia que dizia que comer carne preparada dessa maneira promovia a fertilidade. Sua relação com esta cerimônia pagã a tornava imprópria para o povo de Deus.' O Senhor não queria que os israelitas copiassem procedimentos que pudessem facilitar o povo cair na idolatria.

11. A Promessa Divina de Vitória (23:20-33)

  1. A vitória pelo Anjo do Senhor (23:20-22). Este Anjo era o mensageiro de Deus, o Espírito incriado em quem Deus se revelou. "Em 33.15,16, é chamado a presença de Jeová, porque a natureza essencial de Jeová estava manifesta nele."' A coluna de nuvem e de fogo era símbolo exterior do Anjo. Foi enviado diante dos israelitas para protegê-los e levá-los ao lugar que Deus preparara para eles (20). Israel deveria obedecer este Anjo, porque Deus não perdoaria a rebelião contra a voz desse ser angelical (21). Ele tem em si a autoridade de Deus. Obedecer significa ter vitória, porque Deus lutará por Israel e derrotará os inimigos (22).
  2. A vitória sobre os inimigos (23.23,24,27-33). Esta é outra lista dos inimigos que Israel encontraria em Canaã (23; cf. CBB, vol. II). Deus prometeu que o Anjo de Deus iria à frente do povo, e que Ele destruiria os inimigos de Israel como nação. Este aviso especial foi repetido muitas vezes: Os israelitas não deveriam se inclinar diante dos deuses dessas nações, nem servi-los (24). O povo de Deus não deveria implementar estas práticas pagãs na adoração. O Senhor exigia que Israel destruísse totalmente es-tas falsas religiões e quebrasse suas imagens. Os conquistadores gostavam de guardar os objetos de adoração das nações derrotadas como relíquias, mas esta ação só serviria de laço para o povo de Deus (33). Foi a desobediência a esta diretiva que acabou colocan-do Israel sob o julgamento de Deus.

Deus repete a promessa de vitória total dos israelitas sobre as nações da Palestina (27). O terror de Deus viria sobre os cananeus; o Senhor os expulsaria como se houvesse vespões perseguindo-os (28). Há quem entenda vespões no sentido literal, mas a ex-pressão foi usada figurativamente para descrever os exércitos de Israel ao encalço dos inimigos. Deus não prometeu libertação instantânea; os habitantes da terra seriam der-rotados gradualmente conforme Israel fosse capacitado para aumentar e herdar a terra (30). A súbita destruição deixaria a terra deserta e vítima de animais selvagens (29). Espiritualmente, a libertação que Deus ocasiona no coração ímpio é instantânea, mas há muitos inimigos a serem vencidos pelo cristão santificado em seu andar diário. À medida que crescemos, nos habilitamos para vencer mais desses inimigos e herdar porção maior da terra que Deus prometeu.

As fronteiras de Israel se estenderiam do mar Vermelho, no sul, ao mar dos Filisteus (o mar Mediterrâneo), no oeste. No leste, ficaria o deserto e, no norte, o rio Eufrates (31; ver Mapa 2). Israel alcançou estas fronteiras somente no reinado de Salomão (I Reis 4:21-24; 2 Cron 9.26). Os israelitas não conseguiram manter esses limites nacionais por causa da desobediência.

O povo de Deus não deveria fazer concerto (acordo) com as nações da Palestina nem com os seus deuses (32). Estes povos pagãos não deveriam habitar na terra como nações para não levar Israel ao pecado; os deuses certamente seriam uma armadilha para Israel (33). Deus queria que estes povos com sua adoração pagã fossem destruídos como nações. Lange escreve: "Pelo visto, o propósito primário de Jeová em destruir os cananeus dizia respeito à capacidade coletiva e pública desses povos e não visava as pessoas em si. Na medida em que se submetessem, Jeová permitiria os indivíduos vive-rem na qualidade de pessoas"."

c) As bênçãos temporais (23.25,26). Se obedecessem a Deus, os israelitas teriam a garantia divina de que os inimigos seriam aniquilados e que haveria provisão de pão e água (25). Deus também prometeu tirar do meio deles as enfermidades. Assegurou aumento extraordinário de animais e pessoas, junto com vida longa (26). Obedecer a Deus e viver de modo justo garantem bênçãos temporais como resultado habitual, embo-ra os cristãos passem por tribulação neste mundo (Jo 16:33). O cumprimento completo desta promessa ocorrerá na era vindoura.

Os versículos 20:33 retratam "O Filho de Deus Vitorioso".

1) Obediente à voz de Deus, 20-22;

2) Confiante nas promessas de Deus, 23-28;

3) Paciente com o plano de Deus, 29-31;

4) Alerta aos avisos de Deus, 32,33.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 23 do versículo 1 até o 33
*

23:4

o boi do teu inimigo. Um membro da aliança com Deus não devia tirar vantagem do infortúnio de um inimigo (talvez neste caso um oponente em juízo). Ver Mt 5:43-48; Rm 12:20,21.

* 23:9

forasteiro. É repetida aqui a substância de 22.21; o contexto jurídico aqui (vs. 6-8) indica que um forasteiro não podia ser judicialmente vitimizado.

* 23:11

sétimo ano. Tal como o sábado semanal, sobre o qual estava baseado, o ano sabático visava o bem do homem e da criação (20.8-11 e notas). Relembrava o povo de Israel que Deus, o verdadeiro proprietário da terra, a tinha confiado a eles (Lv 25:2). A cada sete anos a terra teria que permanecer sem cultivo, e o que ela produzisse por si mesma seria dos pobres, que não teriam sido capazes de reservar recursos alimentares suficientes. Levítico 26:34-35 sugere que o ano sabático nem sempre foi observado, embora apareça claramente em Ne 10:31.

* 23:14

Três vezes no ano. As festas religiosas de Israel estavam ligadas ao ciclo agrícola da nação. A festa dos Pães Asmos ocorria em abril ou maio, como celebração da primeira colheita da cevada. Sete semanas depois ocorria a Festa das Semanas, que celebrava a colheita de outras safras de cereais, tais como o trigo. Finalmente, vinha a Festa dos Tabernáculos, que celebrava a colheita final e o fim da estação agrícola, no outono (setembro).

* 23:15

Festa dos Pães Asmos. A Páscoa e a Festa dos Pães Asmos estavam intimamente associadas — a Festa começava no dia depois da Páscoa. Alguns têm argumentado que a Festa dos Pães Asmos era simplesmente uma festa agrícola, mas fica claro aqui que ela comemorava o êxodo. Ver nota em Dt 16:9-12.

* 23:16

Festa da Sega. Ver o v. 14; Dt 16:9-12 e notas. Também conhecida como Festa das Semanas ou Pentecoste, nos tempos do Novo Testamento essa festa estava associada com a outorga da lei no monte Sinai. A contraparte da Nova Aliança é o dom do Espírito Santo, no dia de Pentecoste (At 2:1-39; conforme Rm 8:23).

Festa da Colheita. Também chamada de Festa dos Tabernáculos. Ver o v. 14; 13 5:16-17'>Dt 16:13-17 e notas.

à saída do ano. Ou seja, no fim do ano. Ver nota em 12.2.

* 23:18

Não oferecerás. Embora alguns argumentem que os detalhes deste versículo aplicam-se somente à celebração da Páscoa (conforme 12.10), é melhor considerar este versículo aplicável a todas as oferendas. As porções gordurosas que fossem guardadas à noite não estariam frescas e seriam indignas de serem oferecidas. O fermento, que representava a colheita anterior, era considerado uma impureza.

* 23:19

primícias. Ver notas em 13.2; 1Co 15:20.

Não cozerás. Ver nota em Dt 14:21.

* 23:20

um Anjo. Misteriosamente, o Anjo da presença de Deus foi distinguido dele, e, no entanto, foi identificado com ele (v. 21; Gn 16:7, nota). A nuvem que simbolizava a presença de Deus também assinalava a presença do Anjo (14.19).

* 23:21

Ver "'Este é o Meu Nome': A Auto-Revelação de Deus", índice.

* 23:22

se diligentemente lhe ouvires a voz. As garantias expressas neste versículo se assemelham às cláusulas de proteção nos tratados de suzeranias do antigo Oriente Próximo (Introdução: Data e Ocasião). Ver nota em 20.1.

* 23:24

colunas. Havia colunas de pedra ligadas aos santuários cananeus. Embora tais monumentos fossem usados anteriormente na adoração ao Senhor (Gn 28:18), agora eles foram proibidos.

* 23:25

ele abençoará. Quanto a uma lista mais ampla de bênçãos, ver Dt 28:1-14.

* 23:27

meu terror. Ver nota em 15.14.

* 23:28

vespas. Ver nota em Dt 7:20.

* 23:29

Não os lançarei. A conquista vindoura seria paulatina. Israel não assumiria responsabilidade por toda a terra até que fosssem capazes de defendê-la e cuidar dela.

* 23:31

termos. Ver nota em Gn 13:15.

mar Vermelho. Ao que tudo indica temos aqui uma referência ao golfo de Áqaba, para o lado do sudeste (13.18, nota).

* 23:32

Não farás aliança nenhuma. Israel não demorou a desobedecer a este mandamento (Js 9). A coletânea de leis da aliança termina conforme havia começado — com uma ênfase sobre a guarda dos dois primeiros mandamentos (20.1-4,22).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 23 do versículo 1 até o 33
23:1 Transmitir relatórios falsos estava estritamente proibido Por Deus. A falação, a calúnia e os falsos testemunhos destroem as famílias, dificultam a cooperação da comunidade e voltam um caos o sistema de justiça. A intriga destrutiva causa igualmente problemas. Embora não iniciemos uma mentira, somos responsáveis se a transmitirmos. Não faça circular os rumores, sufoque-os.

23:2, 3 Quase sempre se perverte a justiça em favor do rico. Aqui se adverte às pessoas contra torcer a justiça em favor do pobre. A justiça deve ser imparcial, tratar ao rico e ao pobre da mesma maneira. Conceder um privilégio especial a alguém, seja rico ou pobre, só faz que a justiça seja pouco acreditável para qualquer. Resista a pressão da multidão a inclinar sua decisão a respeito de uma pessoa. Permita que a justiça que Deus nos mostra dirija seu julgamento.

23:4, 5 A idéia de ser benévolos com os inimigos era nova e surpreendente em um mundo onde a vingança era a forma comum de justiça. Deus não só a introduziu aos israelitas, fez-a lei! Se um homem encontrava um animal perdido de algum inimigo, tinha que devolvê-lo imediatamente, mesmo que seu inimigo o utilizasse para lhe fazer danifico. Jesus claramente nos ensinou em Lc 10:30-37 a dar a mão a toda a gente que tivesse necessidade, até a nossos inimigos. Seguir as leis de uma vida reta é muito difícil quando estão os amigos. Aplicar as leis de Deus de justiça e misericórdia com nossa inimigos amostra que somos completamente diferentes ao mundo.

23:20, 21 Quem era esse anjo que ia com os israelitas? Muito provavelmente o anjo era uma manifestação de Deus. Deus estava no anjo da mesma maneira que na coluna de nuvem e fogo (13 21:22). "Meu nome está nele" significa que a natureza essencial e o poder de Deus foram jogo de dados a conhecer neste anjo.

23:24, 25 Se estiver no forno, é possível que se queime. Deus acautelou aos israelitas quanto a seus vizinhos, cujas crenças e ações podiam fazer que lhe dessem as costas. Nós também temos vizinhos que freqüentemente têm valores completamente diferentes. Nos pede que mantenhamos um estilo de vida que mostre nossa fé. Isto pode ser uma luta, especialmente se nossa vida cristã difere da norma. Nossas vidas devem mostrar que antepor nossa fé aos valores da sociedade.

23:29 Não todas as soluções de Deus são fotos instantâneas. Tampouco a demora justifica a falta de ação. Neste caso, a causa de Deus requereria de cooperação, persistência e esforço constantes por parte dos israelitas. O êxito se iria dando passo a passo.

23:32, 33 Deus advertiu continuamente ao povo quanto às religiões falsas e seus ídolos. No Egito tinham estado rodeados de ídolos e feiticeiros, entretanto, deixar essa terra idólatra não queria dizer que estivessem livres da influência das religiões pagãs. A terra do Canaán estava igualmente infestada de idólatras. Deus sabia que seu povo necessitava uma fortaleza adicional, portanto fazia insistência constantemente em que evitassem a influência das religiões pagãs.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 23 do versículo 1 até o 33
Em 23: 1-3 três princípios básicos da justiça são anunciados: o que há para ser nenhuma conspiração para dar falso testemunho, o que há para ser nenhuma ação multidão calculada para perverter a justiça, e não é que não existe apoio de causa de um homem pobre simplesmente por causa de sua pobreza e sem levar em conta a justiça de seu caso.

Em 23: 4-5 , um princípio do Novo Testamento de bondade para com o inimigo está claramente previsto. Se um homem encontra errante gado de seu inimigo fora, ele é devolvê-lo a ele. Se ele acha besta do seu inimigo de carga caiu sob sua carga, ele não está a deixar o seu inimigo para lutar com ele sozinho, mas ele é "ajudar com ele" -como o original, provavelmente, deve ser processado.

Em 23: 6-12 , voltamos novamente para o assunto do tratamento dos pobres eo estrangeiro (conforme 22: 21-27 ). Assim como o pobre não é para receber tratamento preferencial aos tribunais (ver Ex 23:3 ). Na verdade, a fim de proporcionar para os pobres e os escravos eo estrangeiro, não só está lá para ser um princípio de seis dias de trabalho e o sábado de descanso, mas depois que a terra é trabalhado por seis anos, que é ser deixe pousio mentira para o sétimo ano. Aquilo que não crescem em que será para os pobres, e que eles não comem será para as feras.

Em 23: 13-19 , o assunto é mais uma vez que dos deveres religiosos e observâncias. Primeiro é uma admoestação nem mesmo mencionar os nomes de outros deuses além de Jeová. Em seguida, é descrito pela primeira vez a lista dos três grandes festas a serem observados pela nação judaica, altura em que os todos os homens são a comparecer perante o Senhor no lugar de adoração. O primeiro é a festa dos pães ázimos , que incluiria a Páscoa, e durante o qual foi oferecido o primeiro-ripe feixe de cevada. A segunda é a festa da colheita , em outro lugar chamado de "festa das semanas" (Ex 34:22 ), conhecido por nós como Pentecostes, e que ocorre na conclusão do trigo-colheita. A terceira é a festa da colheita , em outro lugar chamado de "a festa dos tabernáculos" ou "cabines" (Lv 23:39 ; . 2Cr 8:13 ), e que tenha ocorrido "no final da colheita dos frutos, com predomínio uvas e azeitonas. "Os últimos regras lembrá-los de que nenhum pão fermentado é para ser usado em sacrifício, nem a gordura que era para ser queimado no altar deixou unconsumed. Os primeiros frutos foram fielmente a ser oferecido na casa de Jeová . E, finalmente, uma criança não era para ser cozido no leite de sua mãe. Esta é uma referência mais obscuro para nós. Mas em algumas festas pagã de sacrifício que foi feito. Aparentemente era tão característico de algum ato pagão especial de adoração que o Senhor não quer que seu povo se identifica com ele.

d. As vantagens da aliança (23: 20-33)

20 Eis que eu envio um anjo diante de ti, para que te guarde pelo caminho, e te leve ao lugar que te tenho preparado. 21 Guardai-vos diante dele, e ouve a sua voz; provocá-lo não; pois ele não perdoará sua transgressão; porque o meu nome está nele. 22 Mas, se tu realmente ouvidos a sua voz, e fizeres tudo o que eu disser, então serei inimigo dos teus inimigos, e adversário dos teus adversários. 23 Porque o meu anjo irá adiante de ti, e te introduzirá na terra dos amorreus, e os heteus, e os perizeus, e os cananeus, dos heveus, o jebuseu: e eu vou cortá-los. 24 Não te inclinarás diante dos seus deuses, nem os servirás, nem farás conforme as suas obras; mas tu totalmente derrubá-los, e quebrar em pedaços as suas colunas. 25 E servireis ao Senhor vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão ea vossa água; e tirarei a doença longe do meio de ti. 26 Não será nenhum lançará o seu novo, nem estéril na tua terra: o número dos teus dias cumprirei. 27 Enviarei o meu terror adiante de ti, e vai frustrar todos as pessoas a quem tu vir, e eu vou fazer todos os teus inimigos virar as costas a ti. 28 E enviarei vespões adiante de ti, que lancem fora os heveus, os cananeus, e os heteus de diante de ti. 29 Eu não os expulsarei de diante de ti em um ano, para que a terra se torne em deserto, e as feras do campo não se multipliquem contra ti. 30 Pouco a pouco os lançarei fora de diante de ti, até que ser aumentada, e herdam a terra. 31 E porei os teus termos desde o Mar Vermelho até o mar dos filisteus, e desde o deserto até o rio, para que eu entregar os habitantes da terra em sua mão; e tu lança fora de diante de ti. 32 Não farás aliança com eles, nem com os seus deuses. 33 Não habitarão na tua terra, para que não te façam pecar contra mim; se servires os seus deuses, certamente será um laço para ti.

O restante do Livro da Aliança não consiste em regras, mas de observações finais com uma espécie de correção das condições e das promessas resultantes ou bênçãos que Deus concederá a Israel. Ele promete enviar diante deles um anjo (v. Ex 23:20 ), em quem deve ser o nome do Senhor (v. Ex 23:21 ), e cuja voz é o equivalente a voz de Jeová (v. Ex 23:22 ). Este anjo não era apenas uma criatura celestial, mas na verdade deve ter sido que "anjo do Senhor" em particular que muitos estudiosos acreditam ter sido o preincarnate Cristo (ver comentários sobre o Gn 32:22 ). Este anjo não iria tolerar o pecado, mas se Israel obedeceu a vontade de Jeová, Jeová se tornaria um inimigo para os seus inimigos. O anjo iria levá-los para Canaã e Jeová cortaria as nações já está lá. Israel não estava a adorar os seus deuses, nem seguir os seus costumes, mas sim destruir eles e seus sagrados pilares . Como eles adoraram, Ele iria abençoar o seu pão e água, entregá-los da doença, fazendo com que o seu gado a se multiplicar, e dando-lhes vida longa. Terror precederia-los em Canaã, fazendo com que as outras nações a fugir deles. Mesmo insetos (hornet é um substantivo coletivo e pode envolver vários tipos de insetos) iria ajudá-los como eles tinham ajudado em entregá-los da escravidão no Egito. No entanto, as outras nações não seriam expulsos imediatamente, mas gradualmente, para que Israel não ser capaz de possuir a terra de forma adequada e os seus problemas sejam multiplicadas. A fronteira seria executado desde o Mar Vermelho (aparentemente aqui referindo-se ao ramo oriental, o Golfo de Ácaba) para o Mediterrâneo, e desde o deserto até o Eufrates até ao norte. A maior aproximação a esta foi feita nos dias de Davi e Salomão. Mas isso só poderia ser conseguido através da manutenção do mais estrito de separação desses outros povos, não permitindo que eles permaneçam na terra de Canaã, e não fazer qualquer aliança com eles, acima de tudo, não se envolver com os seus deuses.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 23 do versículo 1 até o 33
  • A atribuição de justiça (Ex 23:1-9)
  • Em Israel, o sistema judicial, como nosso sistema de tribunais de hoje, dependia de leis justas, juizes hones-tos e testemunhas fidedignas. As leis de Deus eram justas, mas podiam ser mal interpretadas, de forma deli-berada, por um juiz injusto, ou uma testemunha mentirosa podia dar fal-so testemunho. O julgamento não deve ser influenciado pela maioria (v. 2), pelo dinheiro (vv. 3,6,8), por sentimentos pessoais (vv. 4-5) ou por posição social (v. 9).

    Deus, no que se refere à apli-cação da lei, não quer que se jus-tifique o ímpio (v. 7; 2Cr 6:23). No entanto, no que se refere a salvar o pecador perdido, Deus, em sua gra-ça, justifica o ímpio (Rm 4:5). Ele pode fazer isso porque o Filho de Deus propiciou a punição por nos-sos pecados na cruz.

  • A celebração de momentos santos (Ex 23:10-19)
  • Há ligação entre a adoração de Deus e o trabalho da terra (que per-tence a Deus). Em Israel, as festivi-dades religiosas ligavam-se ao ano agrícola em uma série de "setes". Veja Levítico 23. O sétimo dia era sábado, ou shabbath, e o sétimo ano era o ano sabático. Depois da Páscoa, celebrava-se a Festa dos Pães Asmos durante sete dias. O sétimo mês iniciava-se com a Festa das Trombetas e incluía também o Dia da Expiação e a Festa dos Ta- bernáculos (Cabanas).

    O sábado, ou shabbath, se-manal não apenas lembra os ju-deus que pertencem a Deus, mas também mostra o cuidado de Deus com a saúde do homem, do animal e a "saúde" da terra. O ano sabático propicia uma oportunidade ainda maior de descanso e de restaura-ção. Deus preocupa-se com a forma como usamos os recursos naturais que nos deu graciosamente. Se hoje as pessoas tivessem isso em mente, haveria menos exploração dos re-cursos humanos e naturais.

    A Páscoa fala da morte de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (Êx 12; Jo 1:29); a Festa das Primícias é um símbolo da ressurreição dele (1Co 15:23); e a Festa dos Tabernáculos lembra-nos de sua nova vinda e do futuro reino de alegria e plenitude (Zc 14:16-38).

    A enigmática afirmação a res-peito de crianças e leite materno refere-se à prática pagã que fazia parte de um rito idólatra de fertili-dade (veja Ex 34:26 e Dt 14:21). Moi-sés conectou essa lei aos festivais de colheita porque era nessas ocasiões que se praticavam os rituais pagãos de fertilidade.

  • A conquista da terra prometida (Ex 23:20-33)
  • Deus prometeu vitória ao seu povo porque seu anjo iria à frente dele e o ajudaria a vencer seus inimigos, se a nação obedecesse fielmente a seus mandamentos. O povo tinha a posse da terra apenas pela graça de Deus, mas o usufruto da terra de-pendia da fé e da fidelidade dele.

    Uma vez em sua terra, o povo devia ter cuidado em não imitar as práticas idólatras das outras nações. Deus prometeu saúde, prosperidade e segurança a seu povo se este lhe obedecesse, pois essas bênçãos fa-ziam parte de sua aliança. Ele não garantiu essas mesmas bênçãos ao seu povo da Nova Aliança de hoje, mas prometeu suprir todas as nos-sas necessidades e capacitar-nos a fim de vencermos nossos inimigos espirituais. Muito da "pregação de prosperidade" de hoje fundamenta- se em uma interpretação errônea da Antiga Aliança que Deus fez com os judeus.

    Israel conquistou a terra prome-tida e destruiu as cidades e os ído-los de seus habitantes ímpios. Mas o povo de Deus, de forma gradual, começou a promover a paz com os vizinhos e a aprender a adorar os falsos deuses e deusas deles. Isso levou disciplina à terra (livro de Jui-zes) e, por fim, levou à escravidão, quando foram levados para longe da terra. Entretanto, antes de julgar-mos 1srael de forma muito severa por isso, precisamos nos perguntar sobre a quantidade de concessões que, hoje, o povo de Deus faz aos deuses deste mundo, como o di-nheiro, o prazer e o sucesso.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 23 do versículo 1 até o 33
    23.1 Notícias falsas. Espalhar boatos que danifiquem o nome de outrem ou assustem o povo, faz parte da proibição do nono mandamento (Êx 20:16). Ser testemunha maldosa, continuando o pensamento do mandamento, inclui mentir para ajudar alguém a vingar-se do inimigo (1); deixar seu depoimento ser influído pela maioria (2); valer-se de sua posição social contra um semelhante, em detrimento da verdade (3); ou, como juiz, fazer uso de tais testemunhas, julgar falsamente, aceitar suborno para pronunciar uma sentença improcedente, ou oprimir ao forasteiro no seu julgamento (6-9). Tudo isto faz parte do falso testemunho.

    23.4 A inimizade pessoal não pode paralisar a vida normal da sociedade, nem secar as fontes de compaixão e de piedade. Quantas vezes o povo paralisa as fontes de alimentação da nação, para a extorquir com um preço mais alto.
    23.9 Forasteiros. A hora mais própria de se falar nesta lei de compaixão é justamente a da fuga do Egito.

    23:10-13 O quarto mandamento, o do sábado (20:8-11), aqui se aplica à terra, à obra humana, e aos animais. O sétimo ano é para a terra descansar (que aliás é uma necessidade agrícola), e tudo que ela produz sozinha é para alivio dos pobres, juntamente a fauna terrestre e as aves, das quais Jesus disse que o Pai Celestial as sustenta (Mt 6:26), é muito mais claro que o Anjo de Deus seja Cristo também.

    23.25 As enfermidades. O povo de Deus deve orar em favor dos doentes. A paz com Deus lança fora as múltiplas doenças causadas pelos vícios, pela preocupação, pelo ódio e pelo medo.

    23.26 Completarei. Da mesma forma, o ideal para o crente é ir amadurecendo, até a velhice, para depois ser colhido como um feixe de trigo, a seu tempo (5:26).

    23.28 Vespas. Ou se refere às forças naturais que Deus põe à disposição do Seu povo, ou pode ser o símbolo do império do Egito, que tinha limitado as forças dos cananitas, mas que justamente naquele ano estava em declínio, o que significa que o território de Canaã estava sem proteção organizada.

    23.29 Num só ano. Seria impossível cultivar uma terra abandonada, de uma hora para outra; a luta contra a natureza seria malograda.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 23 do versículo 1 até o 33
    Leis acerca do exercício da justiça (23:1-11)
    v. 2,3. Num caso de justiça, algumas pessoas acabam sendo dominadas pela multidão (v. 2) e outras pelo sentimento de compaixão (v. 3). Em ambos os casos, há o perigo de que a justiça seja pervertida. Pela inserção de uma letra, a palavra pobre pode ser lida como “grande homem”, uma leitura preferida por alguns, visto que a parcialidade a favor de uma pessoa influente geralmente é um perigo muito maior. A parcialidade a favor de qualquer um é proibida em Lv 19:15. v. 4,5. Talvez inimigo signifique adversário na corte (conforme “adversário” em Mt 5:25, na NVI). v. 5. Embora haja algumas dúvidas acerca de como se deve traduzir o versículo, o sentido geral está bem claro. O v. 6 desencoraja o preconceito contra os pobres, assim como o v. 3 proíbe o favorecimento deles, v. 8. suborno: conforme 18.21. os que têm discernimento: lit. “os que têm visão clara”; conforme o desafio de Samuel: “ou se das mãos de alguém aceitei suborno, fechando os olhos para a sua culpa” (1Sm 12:3). v. 9. Conforme 22.21. Os v. 10,11 tratam do ano sabático; v.comentário de Lv 25. Lá (v. 4), a razão dada para a sua observância é religiosa, aqui é humanitária.

    Prescrições para o culto (23:12-19) v. 12. Guardar o sábado está relacionado ao mesmo princípio humanitário de Dt 5:14renovem as forças-, conforme comentário Dt 31:17. O v. 14 introduz as três festas anuais de peregrinação. v. 15. Conforme comentário de Lv 23.6ss de mãos vazias-, i.e., sem uma oferta — talvez dos primeiros frutos da colheita específica associada à festa. v. 16. festa da colheita-, ou “festa das semanas”; v.comentário de Lv 23:33-44. v. 17. Durante o período dos juízes, parece ter havido somente uma grande festa de peregrinação (conforme Jz 21:191Sm 1:3). v. 18,19. Conforme comentário de 34.25,26. gordura, a parte preferida do sacrifício (conforme Lv 3:16), se decomporia se deixada de um dia para o outro.

    O epílogo (23:20-33) v. 20. Conforme 14.19; 32.34. v. 21. O anjo está revestido de autoridade divina a ponto de poder perdoar pecados, pois nele está o meu nome-, essa afirmação praticamente identifica o anjo com o próprio Deus; conforme 33.14. v. 23. Conforme comentário Dt 3:8. v. 24. colunas sagra-das\ estátuas sagradas dos deuses cananeus. Os v. 25,26 fazem uma lista das bênçãos físicas e materiais que os israelitas receberão se permanecerem leais a Deus. v. 28. mandarei vespas (nota de rodapé): conforme Dt 7:20; Js 24:12v. 29. animais selvagens-, precisamente essa situação surgiu mais tarde (conforme 2Rs 17:25). Ocupantes trazidos pelos assírios para substituir os israelitas deportados tiveram problemas com leões por um período. A razão por trás da ocupação gradual de Canaã é explicada mais detalhadamente em Jz 2:20-7. Durante o breve período de ouro sob Davi e Salomão, essas fronteiras foram de fato atingidas, mar Verme-Iho-, aqui, provavelmente o golfo de Acaba. mar dos filisteus-, o Mediterrâneo, o deserto-, a região desértica ao sul da Palestina, v. 32. A aliança de Deus com Israel (24,7) impede que o povo estabeleça uma aliança com outro qualquer.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 38

    II. Israel no Sinai. 19:1 - 40:38.

    O ano da peregrinação ao Sinai teve dois resultados:
    1) Israel recebeu a Lei de Deus e foi instruída nos caminhos de Deus; e
    2) a multidão que escapou do Egito foi unificada, dando começo a uma nação. Este período é da maior importância para compreendermos a vontade e o propósito de Deus conforme revelado no restante do V.T. Este é o ponto central do que tão freqüentemente as Escrituras chamam de "a Lei". O registro da viagem ao Sinai e a doação da Lei ali, ocupam não só o restante do Êxodo, mas também o livro do Levítico e os primeiros capítulos de Números.

    A hipótese de Graf-Wellhausen, promulgada no século dezenove, que negou até mesmo a existência de um Tabernáculo, fez destas leis um simples reflexo dos costumes de séculos posteriores. Na primeira metade deste século temos um reverso desta filosofia, de modo que agora praticamente todos os mestres estão prontos a admitir que a estrutura e o coração da Lei são mosaicos. Críticos ainda insistem que a Lei, como nós a conhecemos aqui, foi modificada a partir do original e consideravelmente criticada em séculos posteriores. Embora não seja de todo impossível que conceitos e ordenanças fossem incluídos mais tarde, aqueles que consideram a Lei como uma revelação de Deus, aceitam-na na sua forma presente como sendo substancialmente aquilo que Moisés recebeu. Mesmo os críticos que negam isto teoricamente, acham que é difícil decidir qual das ordenanças teriam sido posteriormente acrescentadas.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 23 do versículo 1 até o 19
    Êx 23:1

    Não admitirás falso rumor (Êx 23:1). Melhor: "não receberás falso rumor". Isso segue, naturalmente, o princípio de Êx 20:16. Testemunha falsa (1), isto é, alguém que toma o partido do lado culpado, num julgamento. Não seguirás a multidão (2). Em todas as circunstâncias o homem devia permanecer firme sobre o que acreditava estar direito, não movido pela opinião de outros, simplesmente por formarem a maioria ou o partido mais popular. Ao pobre (3). A justiça tinha de ser imparcial, evitando-se as falsas simpatias por causa da pobreza de um homem e evitando-se o temor por causa das riquezas do rico. O boi do teu inimigo (4). A antipatia que um homem sentia em relação a outro, e nem mesmo um erro realmente feito, não absolvia a parte injuriada dos deveres costumeiros de bondade e gentileza, tanto para o homem como para seu animal. O Senhor cumpriu essa lei em Suas palavras "Amai os vossos inimigos..." (Mt 5:44; conf. Pv 25:21-20). O direito do teu pobre (6). Isso contrabalança a injunção do versículo 3. Palavras de falsidade (7). Quer uma falsa acusação, quer uma sentença incorreta baixada em juízo, que poderia levar à execução de uma pessoa inocente. Era melhor errar, absolvendo o acusado (se houvesse alguma dúvida) e deixar nas mãos de Deus o castigo (se ele fosse realmente o culpado). Presente não tomarás (8), isto é, suborno. Esse foi um pecado contra o qual os profetas freqüentemente tiveram de protestar, como, por exemplo, em Ml 3:11. O estrangeiro (9). Ver 22.21 nota.

    >Êx 23:10

    Seis anos... ao sétimo... (10-11). O principal propósito do ano sabático, quando então a terra não devia ser nem semeada nem colhida, segundo é dito aqui era para beneficiar ao pobre, que podia ficar com tudo quanto fosse então produzido naturalmente. E também servia para salvar o solo da exaustão, e para proporcionar ao povo mais tempo para melhor atenção às coisas de Deus. Ao sétimo dia (12). A ênfase recai aqui igualmente sobre os servos, os estrangeiros e o gado, como sobre o sábado. Nem se ouça da boca (13). Assim como o nome do verdadeiro Deus deveria ser proferido com a maior reverência, igualmente os nomes dos deuses falsos deveriam ser abomináveis a ponto de nem ao menos serem proferidos, excetuando, por exemplo, pelos pregadores ou historiadores. Ver Dt 12:3.

    >Êx 23:14

    Três vezes... festa (14). Essas três peregrinações festivas anuais são descritas com mais detalhes em Lv 23 e Dt 16:0 de "a festa das semanas", que se realizava sete semanas completas após o primeiro dia da Páscoa. Celebrava a primeira colheita do trigo maduro, enquanto que "a festa da colheita" (16) era um agradecimento, no fim do ano agrícola, quando todas as colheitas já tinham terminado. Todos os teus varões (17), isto é, todos os homens adultos fisicamente capazes. As mulheres freqüentemente também iam à festa (conf. 1Sm 1:7), mas não estavam na obrigação de fazê-lo devido seus deveres domésticos. Não... pão levedado (18). Isso se aplica somente ao sacrifício da Páscoa. A gordura da minha festa (18). Ver Êx 12:10. Não cozerás (19). Palavras repetidas em Êx 34:26. Ver Dt 14:21 nota.


    Dicionário

    Ano

    substantivo masculino Período de tempo compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, composto por 12 meses.
    [Astronomia] Tempo que a Terra leva para completar uma volta em torno do Sol, com duração de 365 dias e 6 horas; ano solar.
    [Astronomia] Duração média da revolução de qualquer astro ao redor do Sol: ano de Marte.
    Medida da idade, do tempo de existência de algo ou de alguém: jovem de 20 anos.
    Período anual durante o qual algumas atividades são feitas com regularidade.
    substantivo masculino plural Tempo, velhice: o estrago dos anos.
    expressão Ano bissexto. Ano que tem 366 dias, contando-se em fevereiro 29 dias, e ocorre de quatro em quatro anos.
    Ano letivo. O que vai do início ao encerramento das aulas; ano escolar.
    Ano novo ou ano bom. Primeiro de janeiro.
    Etimologia (origem da palavra ano). Do latim annu-.

    substantivo masculino Período de tempo compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, composto por 12 meses.
    [Astronomia] Tempo que a Terra leva para completar uma volta em torno do Sol, com duração de 365 dias e 6 horas; ano solar.
    [Astronomia] Duração média da revolução de qualquer astro ao redor do Sol: ano de Marte.
    Medida da idade, do tempo de existência de algo ou de alguém: jovem de 20 anos.
    Período anual durante o qual algumas atividades são feitas com regularidade.
    substantivo masculino plural Tempo, velhice: o estrago dos anos.
    expressão Ano bissexto. Ano que tem 366 dias, contando-se em fevereiro 29 dias, e ocorre de quatro em quatro anos.
    Ano letivo. O que vai do início ao encerramento das aulas; ano escolar.
    Ano novo ou ano bom. Primeiro de janeiro.
    Etimologia (origem da palavra ano). Do latim annu-.

    Uma comparação entre Dn 7:25-12.7 e Ap 11:2-3 e 12.6, mostra que se faz nesses lugares referência a um ano de 360 dias. Um tempo, tempos, e meio tempo ou 3,5 anos ou 42 meses ou 1.260 dias. Mas um ano de 360 dias teria tido logo este mau resultado: as estações, as sementeiras, a ceifa e coisas semelhantes deviam ter sido pouco a pouco separadas dos meses a que estavam associadas. Conjectura-se que para obviar a este mal foi, nos devidos tempos, intercalado um mês, chamado o segundo mês de adar. o ano sagrado principiava no mês de abibe (nisã), pelo tempo do equinócio da primavera. No dia 16 de abibe, as espigas de trigo, já maduras, deviam ser oferecidas como primícias da colheita (Lv 2:14 – 23.10,11). Depois do cativeiro, um mês, o décimo-terceiro, era acrescentado ao ano, todas as vezes que o duodécimo acabava tão longe do equinócio, que não se podia fazer a oferta das primícias no tempo fixado. o ano civil principiava aproximadamente no tempo do equinócio do outono. (*veja Cronologia, Tempo.)

    Ano Período de 12 meses lunares (354 dias; (1Cr 27:1-15). De 3 em 3 anos acrescentava-se um mês (repetindo-se o último mês) para acertar a diferença entre os 12 meses lunares e o ano solar.

    Ano Sua duração dependia de seu caráter solar ou lunar. Dividia-se em inverno (de 15 de outubro a 15 de maio) e verão (de 15 de maio a 15 de outubro). Nos cálculos de duração, uma fração de ano equivalia a um ano inteiro. Contavam-se os anos de um imperador a partir de sua ascensão ao trono. Assim, o ano quinze de Tibério (Lc 3:1) iria de 19 de agosto de 28 a 19 de agosto de 29, mas Lucas utilizou o cômputo sírio — que iniciava o ano em 1o de outubro — e, nesse caso, o ano quinze teria iniciado em 1o de outubro de 27.

    Celebrar

    verbo transitivo direto Enaltecer; proclamar louvores: o padre celebrava os milagres de Cristo.
    Religião Realizar uma celebração, uma missa: o bispo celebrará a Semana Santa em Diamantina.
    Promover; fazer uma solenidade; produzir uma festividade de teor pomposo: celebrar um contrato, uma empresa.
    Comemorar; exaltar algo ou alguém; receber de modo festivo: o povo celebrou as eleições democráticas.
    verbo intransitivo Pouco usual. Dizer a missa: estamos aqui para celebrar.
    Etimologia (origem da palavra celebrar). Do latim celebrare.

    solenizar, festejar, comemorar, rememorar. – Consideram-se aqui estes vocábulos na acepção que lhes é comum, de indicar o modo de render homenagem a qualquer pessoa ou acontecimento. – Festejar (do latim festus “alegre”) é, dos três primeiros verbos deste grupo, o único que claramente encerra a ideia de festa, de alegria. É com hinos de louvor e de alegria que a Igreja católica festeja um santo; é com danças e divertimentos que o povo festeja S. João, S. Pedro e S. Antônio. – Celebrar e solenizar dizem-se tanto dos acontecimentos alegres como dos tristes, como dos grandiosos. – Celebrar encerra duas ideias principais: a de ser grande o número de pessoas que concorrem e a do aparato da festa ou da cerimônia celebrada. O padre celebra a missa; celebram-se exéquias; celebra-se um aniversário com grandes festejos. – Solenizar é celebrar com pompa extraordinária, e a fim de bem gravar no espírito a lembrança do acontecimento que se soleniza, quer seja atual, quer passado. (Bruns.). – Comemorar é “celebrar festa solene que recorde algum sucesso, acontecimento, época extraordinária na vida de uma nação ou uma família”. – Rememorar é “repetir uma comemoração, recordar outra vez uma data ou acontecimento”.

    Celebrar Festejar; comemorar; realizar com solenidade (Sl 98:4); (Mt 22:2); 26.18).

    Festa

    substantivo feminino Solenidade, cerimônia em comemoração de qualquer fato ou data.
    Figurado Expressão de alegria; júbilo: sua chegada foi uma festa!
    Conjunto de pessoas que se reúne por diversão, geralmente num lugar específico com música, comida, bebida etc.
    Figurado Expressão de contentamento (alegria, felicidade) que um animal de estimação demonstra ao ver seu dono.
    substantivo feminino plural Brinde, presente (por ocasião do Natal).
    expressão Fazer festas. Procurar agradar; fazer carinho em: fazer festas ao cão.
    Etimologia (origem da palavra festa). Do latim festa, plural de festum, dia de festa.

    Três

    numeral Dois mais um; quantidade que corresponde a dois mais um (3).
    Que ocupa a terceira posição; terceiro: capítulo três.
    substantivo masculino O número três: escrevam um três.
    Terceiro dia de um mês: o 3 de julho.
    Representação gráfica desse número; em arábico: 3; em número romano: III.
    locução adverbial A três por dois. A cada instante: eles brigam a três por dois.
    Etimologia (origem da palavra três). Do latim tres.tria.

    Vezar

    verbo transitivo direto e pronominal Passar a ter vezo; adquirir certo hábito e/ou costume; acostumar-se.
    Etimologia (origem da palavra vezar). A + vezo + ar.
    verbo transitivo direto [Popular] Conseguir ou tomar a posse de; passar a possuir (alguma coisa).
    Etimologia (origem da palavra vezar). Vezo + ar.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Êxodo 23: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Três vezes no ano Me celebrareis festa.
    Êxodo 23: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1446 a.C.
    H2287
    châgag
    חָגַג
    realizar uma festa, realizar um festival, fazer peregrinação, realizar uma festa de
    (that they may hold a feast)
    Verbo
    H7272
    regel
    רֶגֶל
    (of her foot)
    Substantivo
    H7969
    shâlôwsh
    שָׁלֹושׁ
    três
    (three)
    Substantivo
    H8141
    shâneh
    שָׁנֶה
    ano
    (and years)
    Substantivo


    חָגַג


    (H2287)
    châgag (khaw-gag')

    02287 חגג chagag

    uma raiz primitiva [veja 2283, 2328]; DITAT - 602; v

    1. realizar uma festa, realizar um festival, fazer peregrinação, realizar uma festa de peregrinação, celebrar, dançar, cambalear
      1. (Qal)
        1. realizar uma festa de peregrinação
        2. rodopiar

    רֶגֶל


    (H7272)
    regel (reh'-gel)

    07272 רגל regel

    procedente de 7270; DITAT - 2113a; n. f.

      1. pé, perna
      2. referindo-se a Deus (antropomórfico)
      3. referindo-se a serafins, querubins, ídolos, animais, mesa
      4. conforme o ritmo de (com prep.)
      5. três vezes (pés, ritmos)

    שָׁלֹושׁ


    (H7969)
    shâlôwsh (shaw-loshe')

    07969 שלוש shalowsh ou שׂלשׂ shalosh masc. שׂלושׂה sh elowshaĥ ou שׂלשׂה sh eloshaĥ

    um número primitivo; DITAT - 2403a; n m/f

    1. três, trio
      1. 3, 300, terceiro

    שָׁנֶה


    (H8141)
    shâneh (shaw-neh')

    08141 שנה shaneh (somente no pl.), ou (fem.) שׂנה shanah

    procedente de 8138; DITAT - 2419a; n. f.

    1. ano
      1. como divisão de tempo
      2. como medida de tempo
      3. como indicação de idade
      4. curso de uma vida (os anos de vida)