Enciclopédia de Êxodo 32:35-35

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 32: 35

Versão Versículo
ARA Feriu, pois, o Senhor ao povo, porque fizeram o bezerro que Arão fabricara.
ARC Assim feriu o Senhor o povo, porquanto fizeram o bezerro que Aarão tinha feito.
TB Feriu, pois, Jeová ao povo, porque fizeram o bezerro que Arão fabricara.
HSB וַיִּגֹּ֥ף יְהוָ֖ה אֶת־ הָעָ֑ם עַ֚ל אֲשֶׁ֣ר עָשׂ֣וּ אֶת־ הָעֵ֔גֶל אֲשֶׁ֥ר עָשָׂ֖ה אַהֲרֹֽן׃ ס
BKJ E o SENHOR feriu o povo, por ter feito o bezerro que Arão fizera.
LTT Assim o SENHOR feriu com pragas o povo, por ter sido feito o bezerro que Aarão tinha formado.
BJ2 E Iahweh castigou o povo pelo que havia feito com o bezerro fabricado por Aarão.
VULG Percussit ergo Dominus populum pro reatu vituli, quem fecerat Aaron.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 32:35

Êxodo 32:4 e ele os tomou das suas mãos, e formou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então, disseram: Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito.
Êxodo 32:25 E, vendo Moisés que o povo estava despido, porque Arão o havia despido para vergonha entre os seus inimigos,
II Samuel 12:9 Por que, pois, desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom.
Mateus 27:3 Então, Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos,
Atos 1:18 Ora, este adquiriu um campo com o galardão da iniquidade e, precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram.
Atos 7:41 E, naqueles dias, fizeram o bezerro, e ofereceram sacrifícios ao ídolo, e se alegraram nas obras das suas mãos.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

O nome divino nas Escrituras Hebraicas

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas antes do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas antigas, usadas antes do exílio babilônico

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas depois do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas usadas após o exílio babilônico

O nome divino, representado pelas consoantes hebraicas יהוה, ocorre quase 7 mil vezes nas Escrituras Hebraicas. Nesta tradução, essas quatro letras, chamadas de Tetragrama, são vertidas como “Jeová”. Esse é de longe o nome que mais aparece na Bíblia. Embora os escritores inspirados se refiram a Deus usando muitos títulos e termos descritivos, como “Todo-Poderoso”, “Altíssimo” e “Senhor”, o Tetragrama é o único nome pessoal usado por eles para identificar a Deus.

O próprio Jeová Deus orientou os escritores da Bíblia a usarem seu nome. Por exemplo, ele inspirou o profeta Joel a escrever: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” (Joel 2:32) Deus também inspirou um salmista a escrever: “Que as pessoas saibam que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Salmo 83:18) Só nos Salmos — um livro de escritos poéticos que eram cantados e recitados pelo povo de Deus —, o nome divino ocorre cerca de 700 vezes. Então, por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por que esta tradução usa a forma “Jeová”? E o que significa o nome divino, Jeová?

Várias ocorrências do Tetragrama no livro de Salmos

Trechos dos Salmos num Rolo do Mar Morto, datado da primeira metade do primeiro século d.C. O texto tem o estilo das letras hebraicas usadas após o exílio babilônico, mas o Tetragrama ocorre várias vezes nas letras hebraicas antigas

Por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por várias razões. Alguns acham que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico para identificá-lo. Outros provavelmente foram influenciados pela tradição judaica de evitar usar o nome de Deus por medo de profaná-lo. Ainda outros acreditam que, como ninguém pode saber com certeza a pronúncia exata do nome de Deus, é melhor usar um título, como “Senhor” ou “Deus”. No entanto, esses argumentos não têm base sólida pelos seguintes motivos:

Os que afirmam que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico desconsideram o fato de que existem cópias antigas de Sua Palavra que trazem o nome pessoal de Deus; algumas dessas cópias são datadas de antes da época de Cristo. Conforme já mencionado, Deus inspirou os escritores de sua Palavra a incluir nela seu nome cerca de 7 mil vezes. Fica claro que ele quer que conheçamos e usemos o seu nome.

Os tradutores que removem o nome de Deus por respeito à tradição judaica se esquecem de um fato muito importante: embora alguns escribas judeus tenham se recusado a pronunciar o nome de Deus, eles não o removeram de suas cópias da Bíblia. Nos rolos antigos descobertos em Qumran, perto do mar Morto, o nome de Deus ocorre muitas vezes. Alguns tradutores da Bíblia dão uma indicação de onde o nome divino aparecia no texto original colocando em seu lugar o título “SENHOR”, em letras maiúsculas. Mas a questão é: Se esses tradutores reconhecem que o nome ocorre milhares de vezes nos textos originais, o que os faz pensar que podem substituir ou remover da Bíblia o nome de Deus? Quem eles acham que lhes deu autoridade para fazer essas alterações? Somente eles podem responder a essas perguntas.

Os que afirmam que o nome divino não deve ser usado porque não se sabe a pronúncia exata, não se importam em usar o nome Jesus. No entanto, os discípulos de Jesus no primeiro século pronunciavam o nome dele de uma forma bem diferente do modo como a maioria dos cristãos o pronuncia hoje. Entre os cristãos judeus, o nome de Jesus provavelmente era pronunciado Yeshúa‛, e o título “Cristo” era pronunciado Mashíahh, isto é, “Messias”. Os cristãos que falavam grego o chamavam de Iesoús Khristós; e os cristãos que falavam latim, Iésus Chrístus. Sob inspiração, foi registrada na Bíblia a tradução grega desse nome. Isso indica que os cristãos do primeiro século faziam o que era razoável: usavam a forma do nome mais comum em seu idioma. De modo similar, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia considera razoável usar a forma “Jeová”, mesmo que ela não tenha exatamente a mesma pronúncia que o nome divino tinha no hebraico antigo.

Por que a Tradução do Novo Mundo usa a forma “Jeová”? Em português, as quatro letras do Tetragrama (יהוה) são representadas pelas consoantes YHWH. O Tetragrama não tinha vogais, assim como todas as palavras escritas no hebraico antigo. Na época em que o hebraico antigo era o idioma do dia a dia, era fácil os leitores saberem que vogais deviam ser usadas.

Cerca de mil anos após as Escrituras Hebraicas terem sido completadas, eruditos judeus desenvolveram um sistema de sinais ou pontos que indicavam as vogais que deveriam ser usadas na leitura do idioma hebraico. Mas, naquela época, muitos judeus tinham a ideia supersticiosa de que era errado falar em voz alta o nome de Deus e por isso pronunciavam outras expressões em seu lugar. Assim, ao copiarem o Tetragrama, parece que eles combinavam as vogais dessas expressões com as quatro consoantes que representam o nome divino. É por esse motivo que os manuscritos com esses sinais vocálicos não ajudam a determinar como o nome de Deus era originalmente pronunciado em hebraico. Alguns acham que era pronunciado “Iavé” ou “Javé”, enquanto outros sugerem outras possibilidades. Um Rolo do Mar Morto que contém um trecho, em grego, de Levítico translitera o nome divino como Iao. Além dessa forma, antigos escritores gregos também sugerem a pronúncia Iae, Iabé e Iaoué. Mas não há motivos para sermos dogmáticos. Simplesmente não sabemos como os servos de Deus no passado pronunciavam esse nome em hebraico. (Gênesis 13:4; Êxodo 3:
15) O que sabemos é o seguinte: Deus usou seu nome muitas vezes ao se comunicar com seus servos, eles também o usavam ao se dirigir a ele e esse nome era usado sem restrição quando eles conversavam com outros. — Êxodo 6:2; 1 Reis 8:23; Salmo 99:9.

Então, por que esta tradução usa a forma “Jeová” do nome divino? Porque essa forma tem uma longa história em português.

O nome de Deus, Jeová

O nome de Deus em Gênesis 15:2 na tradução do Pentateuco de William Tyndale, 1530

A primeira edição da Bíblia completa em português em um só volume, a versão Almeida publicada em 1819, empregou milhares de vezes o nome de Deus na forma “JEHOVAH”. A comissão tradutora da Versão Brasileira (1
917) também decidiu usar a forma “Jehovah”, e na sua edição de 2010 a grafia foi atualizada para “Jeová”. A nota de rodapé de Êxodo 6:3 na tradução Matos Soares (oitava edição) declara: “O texto hebreu diz: ‘O meu nome Javé ou Jeová.’”

Formas similares do nome divino também são encontradas em outros idiomas. Por exemplo, a primeira ocorrência, em inglês, do nome pessoal de Deus em uma Bíblia foi em 1530, na tradução do Pentateuco de William Tyndale. Ele usou a forma “Iehouah”. Com o tempo, o idioma sofreu mudanças, e a grafia do nome divino foi modernizada.

Em sua obra Studies in the Psalms (Estudos dos Salmos), publicada em 1911, o respeitado erudito bíblico Joseph Bryant Rotherham usou o nome “Jehovah” em vez de “Yahweh”. Explicando o motivo, ele disse que queria empregar uma “forma do nome que fosse mais conhecida (e perfeitamente aceitável) aos leitores da Bíblia em geral”. Em sua obra Apostilas aos Dicionários Portugueses, de 1906, o filólogo e lexicógrafo português Gonçalves Viana declarou: “A forma Jeová, porém, já está tão usual, que seria pedantismo empregar Iavé, ou Iaué, a não ser em livros de pura filologia semítica ou de exegese bíblica.”

O Tetragrama

O Tetragrama YHWH: “Ele faz com que venha a ser”

 O verbo “vir a ser; tornar-se” em hebraico

O verbo HWH: “vir a ser; tornar-se”

O que significa o nome Jeová? O nome Jeová, em hebraico, é derivado de um verbo que significa “vir a ser; tornar-se”. Muitos eruditos acreditam que esse nome reflete a forma causativa desse verbo hebraico. Assim, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia entende que o nome de Deus significa “Ele faz com que venha a ser”. Visto que a opinião dos eruditos varia, não podemos ser dogmáticos sobre esse significado. No entanto, essa definição reflete bem o papel de Jeová como o Criador de todas as coisas e o Cumpridor do seu propósito. Ele não só fez com que o Universo e as criaturas inteligentes existissem, mas, com o desenrolar dos acontecimentos, ele também continua fazendo com que a sua vontade e o seu propósito se realizem.

Portanto, o significado do nome Jeová não se limita ao sentido transmitido pelo verbo relacionado encontrado em Êxodo 3:14, que diz: “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”, ou “Eu Mostrarei Ser O Que Eu Mostrar Ser”. Essas palavras não descrevem o pleno sentido do nome de Deus. Na verdade, elas revelam apenas um aspecto da personalidade dele: o de se tornar o que for necessário, em cada circunstância, para cumprir seu propósito. Então, embora o nome Jeová inclua essa ideia, não está limitado ao que ele decide se tornar. O nome Jeová inclui também a ideia de que ele causa, ou faz acontecer, o que ele decidir em relação à sua criação e ao cumprimento de seu propósito.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 32 do versículo 1 até o 35
B. A QUEBRA E A RESTAURAÇÃO DO CONCERTO, 32:1-34.35

Os capítulos 32:34 registram a apostasia de Israel enquanto Moisés estava no monte; também narram o resultante castigo e a subseqüente restauração. O relato tem seqüência natural neste momento crítico do registro e só pode ser entendido neste con-texto. Considerar este trecho inserção posterior cria mais problemas que resolve.

1. A Idolatria de Israel (32:1-6)

O povo ficou inquieto quando o líder visível permaneceu no monte durante os qua-renta dias (1; cf. 24.18). A insatisfação a esse respeito levou os israelitas a se juntarem em grupo para fazer um pedido especial a Arão, em cujas mãos foram deixados. Levan-ta-te, disseram, faze-nos deuses que vão adiante de nós. A palavra deuses é normalmente traduzida por Deus. O pedido não significava necessariamente que estes indi-víduos estivessem rejeitando Jeová; queriam uma forma visível entre eles que represen-tasse Deus. Moisés, que fora como Deus para eles, desaparecera e a paciência para espe-rar a volta do líder acabara.

A reação de Arão ao pedido sugere esforço em evitar a calamidade. Ao pedir que arrancassem os pendentes de ouro (2) e lhos trouxesse, talvez Arão contasse com a recusa deles.' Não é fácil mulheres e crianças abrirem mão de seus ornamentos, e essa resistência teria protelado o pedido que fizeram.

Se Arão esperava oposição ao pedido, logo ficou desapontado, porque todo o povo arrancou os pendentes de ouro que estavam nas suas orelhas (3) e lhos deu. O coração carnal não mede sacrifícios para satisfazer seus desejos pecaminosos.

Levando em conta que Arão começara concordando com este pedido perverso, não havia mais como parar. Tomou os presentes de ouro e formou um deus para o povo (4). Na situação em que poderia ter se mostrado líder capaz, Arão falhou miseravelmente.

A maioria das imagens antigas era feita de madeira e banhada a ouro.' Este ídolo tinha forma de bezerro, ou touro de pouca idade, formato comum entre os egípcios, que representava fertilidade e força. Ou, como sugere Rawlinson, Arão retrocedeu aos "deu-ses [...] dalém do rio" (Js 24:14), encontrados na Babilônia, pensando que esta seria re-presentação mais segura do Deus de Israel.' Quando o bezerro ficou pronto, as pessoas disseram: Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito (4). Como é fácil o coração carnal se afastar da verdadeira adoração de Deus!

Quando Arão notou a que ponto as pessoas estavam indo, parece que tentou controlá-las erigindo um altar diante da imagem e proclamando uma festa ao SENHOR (5). Talvez quisesse conservar alguma semelhança com a adoração de Deus mantendo o nome Yahweh no festival. Este ato lembra os esforços de conservar uma forma de piedade sem ter seu poder (2 Tm 3,5) e o sincretismo que há em grande parte do cristianismo nominal.

Qualquer que tenha sido a intenção de Arão, fracassou lamentavelmente em reter a adoração aceitável a Deus. O povo se entregou a um excesso emocional que o levou à idola-tria e apostasia. Levantou-se de madrugada e assentou-se a comer e a beber; e depois a folgar (6). Embora comer e beber na adoração fizessem parte do plano de Deus, neste caso não havia adoração espiritual — somente a satisfação dos desejos pecaminosos da carne. "Deram rédeas às paixões no 'folgar', a subseqüente dança orgíaca que quase sem-pre acompanhava os ritos idólatras. Ver também o versículo 25 e I Coríntios

Identificamos "Os Passos para a Apostasia" em:

1) A impaciência com a providência de Deus, la;

2) O desejo de sinais visíveis na adoração, lb-4;

3) A transigência com as verdadeiras formas de adoração, 5;

4) A entrega a paixões carnais, 6.

2. Moisés fica sabendo do Pecado de Israel (32:7-14)

a) A avaliação e ameaça de Deus (32:7-10). Moisés teria voltado ao acampamento :otalmente desinformado da idolatria de Israel não tivesse Deus lhe falado. Foi ato de misericórdia revelar esta tragédia a Moisés antes de descer do monte. Deus também usou esta oportunidade para provar a fé e a coragem do seu servo.

Deus disse a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, pecou (7). Este linguajar dá a impressão que Deus renuncia a este povo e reputa Moisés líder e libertador dessa gente. O pecado sempre nos separa de Deus, embora o Senhor nunca esteja disposto a nos deixar de pronto. Na posição de Moisés, a atitude mais fácil a tomar era negar maiores responsabilidades por este povo, mas as experiências nos últimos meses fizeram algo neste homem. Ele não era líder de Israel por escolha própria e muitas vezes se sentira impotente diante de seguidores rebeldes. Só por Deus ele che-gara a este ponto, e o Deus que o levara até ali não ia falhar nesse momento crucial.

A avaliação que Deus fez desta multidão perversa é clara: o povo se corrompeu (7) ; depressa se desviou e colocou um bezerro no lugar de Deus (8) ; era obstinado (9; "de dura cerviz", ARA) ; Ele estava muito irado com o povo (10). "De dura cerviz" (9, ARA) é expres-são aplicada a cavalo ou boi rebelde que não se deixa ser controlado por rédeas. Israel se recusara a obedecer ao concerto que fizera com Deus.
Este provavelmente foi o maior teste que Moisés teve que suportar. Deixa-me, Deus disse, que eu os consuma; e eu farei de ti uma grande nação (10). Não há como negar que seria justo Deus tomar esta providência; é óbvio que Ele teria cumprido a ameaça se Moisés não tivesse intercedido. Deus conhecia seu servo, sabia que ele passa-ria no teste e que se tornaria mediador. Moisés viu a realidade da ira de Deus, rejeitou a oportunidade de glória egoísta e suplicou pelo povo e pela glória de Deus.

b) A oração prevalecente (32:11-14). Moisés respondeu às palavras de Deus insistin-do que este era o povo que Deus tirara da terra do Egito (11). O servo do Senhor estava disposto a aceitar sua parcela pessoal na libertação do Egito, mas ele sabia que fora Deus quem realmente exercera grande força e mão forte. Destruir este povo agora desgraçaria Deus aos olhos dos egípcios (12), dando a entender que ele agira com má intenção. Toda a glória passada que fora obtida no conceito dos egípcios seria perdida, se Deus, num acesso de raiva, consumisse o povo.

Com coragem que só poderia vir de uma fé robusta, Moisés rogou: Torna-te da ira do teu furor e arrepende-te deste mal contra o teu povo. Pediu, também, que Deus se lembrasse das promessas feitas aos patriarcas, a quem, pelo seu nome, jurara dar a terra da promessa eternamente (13). Nesta defesa perante Deus, há três argu-mentos para o Senhor não exterminar o povo. Este procedimento:

1) Anularia as vitórias anteriores;

2) daria aos egípcios ocasião para se gloriarem;

3) quebraria a promessa feita a Abraão. Todos estes argumentos foram apelos fundamentados na glória de Deus -com certeza um verdadeiro exemplo de oração intercessora.

Deus se agradou da intercessão de Moisés; Ele pôs de lado a ameaça. O verbo arre-pendeu-se (14) é usado como expressão antropomorfa para descrever a mudança de ação de Deus em relação aos israelitas, visto que ocorreria uma mudança neles. O propó-sito eterno de Deus nunca muda, mas Ele se digna em trabalhar com os homens em suas maneiras inconstantes de ação, e este trabalho é descrito na linguagem dos procedimen-tos humanos. O arrependimento também transmite a idéia de dor no coração de Deus nc, caso da destruição do seu povo.' Quando ira santa se manifesta junto com amor santo, a combinação da ira com o sofrimento do amor ocasiona a oferta de misericórdia. Este seria o tipo de arrependimento segundo Deus especialmente revelado na expiação em Cristo. Esta mesma qualidade pode ser sentida por pais cristãos quando descobrem o amor dolorido vencendo a raiva e mostrando misericórdia a um filho que se rebela contra eles e comete pecado voluntarioso.

Os versículos 7:14 pincelam um retrato de "O Verdadeiro Intercessor".

1) Reconhe-ce a ameaça da ira de Deus, 7-11a;

2) Roga pela glória de Deus, 11b-13;

3) Recebe respos-ta do coração de Deus, 14.

3. Moisés Confronta os 1sraelitas Pecadores (32:15-24)

a) As tábuas do testemunho são quebradas (32:15-19). Neste momento, há um foco nas tábuas (15) de pedra que dá significação ao ato de Moisés quebrá-las. Por conterem os Dez Mandamentos, as tábuas representavam o cerne da lei; por haverem sido escritas na pedra, de ambas as bandas, retratam a permanência e completude; por serem obra de Deus e a escritura ser a mesma escritura de Deus (16), emprestavam-lhes autoridade e perfeição. As tábuas eram a essência do concerto entre Israel e Deus e seriam colocadas no santuário mais sagrado. Foram lavradas de modo sobrenatural e dadas a Moisés para apresentá-las a Israel.

Josué (17) deve ter ficado em um lugar no monte onde esperava o retorno de Moisés. Nada sabia sobre o pecado de Israel, mas ouvira o barulho do acampamento e pensara se tratar de alarido de guerra. Moisés respondeu que não era alarido dos vitoriosos (vitória) ou alarido dos vencidos (derrota). Era alarido dos que cantam (18), talvez um clamor de vozes ou gritaria que a essa distância era ambíguo." Neste momento, Moisés não disse a Josué que sabia o que se passava no acampamento.

Quando Moisés chegou ao arraial e viu pessoalmente o pecado do povo — o bezer-ro e as danças — sua raiva acendeu-se (19) e ele quebrou as tábuas ao pé do mon-te. Quando o relato deste mal foi indireto, Moisés teve compaixão e suplicou pela mo-deração da ira de Deus (11). Quando viu pessoalmente o mal do povo, sentiu a mesma ira que Deus expressara (10). Não devemos supor que a raiva de Moisés era paixão desenfreada. Para aquele cujo coração é puro, sempre há a consciência da infâmia terrível que o pecado ocasiona em Deus. Os santos têm emoções profundas da ira santa contra a perversidade.

Mas a ira santa tem de ser abrandada com compaixão amorosa. Moisés tinha em mãos a própria lei que condenava à morte este povo rebelde. Se a punição da lei fosse implementada imediatamente, Israel teria de morrer. O povo quebrara a lei. Enquanto estava diante dos israelitas e observava a lascívia que faziam, Moisés ergueu a lei acima da cabeça e, provavelmente à vista de todos, lançou as tábuas ao chão com força e ímpe-to. Ele lhes trouxera algo de que eram indignos. Estavam totalmente desqualificados para receber este dom de Deus.' Ou as tábuas tinham de ser quebradas ou o povo tinha de ser destruído. Moisés quebrou as tábuas.

Não há indicação neste trecho ou em outro lugar da Bíblia que Moisés tenha sido censurado por praticar este ato. O que ele fez aqui em um momento deve ter deixado impressão duradoura. Sua ação declarava a ira e a misericórdia de Deus. O concerto de Israel fora quebrado; a prova jazia aos pés de Moisés, como também estava no procedi-mento das pessoas. Se Deus fosse continuar presente com Israel, tinha de ser por mise-ricórdia e pela renovação do concerto.

b) A imagem e Arão (32:20-24). Moisés deu cabo do ídolo rapidamente; queimou-o no fogo, moendo-o até que se tornou em pó, depois espalhou as cinzas e o pó sobre a água potável, e forçou o povo a beber (20). O interior do ídolo era de madeira que queimou e a placa de ouro foi reduzida a pó." Assim o povo teve de sofrer pelo pecado cometido.

Em seguida, Moisés pediu explicações a Arão (21). Este colocou a culpa no povo, dizendo: Este povo é inclinado ao mal (22, "maldade, ruindade"). Os israelitas esta-vam determinados a fazer as coisas a seu modo e Arão concordou com eles. Falou que pegou o ouro que recebeu deles, colocou-o no fogo e saiu este bezerro (24). Dá a impres-são de que Arão estava querendo dizer que houvera um milagre.'

Como é fácil os líderes religiosos procederem como Arão! Antes de agirem, sondam meticulosamente a opinião pública. Pensam que é imprudente ser muito rígidos. Julgam necessário tolerar as fraquezas carnais e concordar com as tendências atuais. Acreditam que não se pode ter sucesso, a menos que se acompanhe a multidão; para eles, é melhor abrir mão da verdade exarada na Bíblia do que perder a influência sobre as pessoas. Assim, consentem tacitamente com a introdução lenta do mundanismo na esperança de que permaneça alguma semelhança com os princípios cristãos. O que dirão no dia do acerto de contas?

  • O Castigo dos 1dólatras (32:25-29)
  • Embora Deus tivesse misericórdia do povo por causa da intercessão de Moisés (14), esta graça só seria concedida a quem se arrependesse. Alguns ainda permaneciam rebel-des. Despido (25) é mais bem traduzido por "desenfreado" (ARA) ou "completamente sem controle" (NTLH). Eles estavam desonrando Deus aos olhos dos inimigos de Israel — provavelmente ainda havia amalequitas pelas redondezas. Assim, Moisés fez a pro-clamação: Quem é do SENHOR, venha a mim (26). Em resposta, muitos dos filhos de Levi (a palavra hb. traduzida por todos não significa necessariamente todos os levitas sem exceção) se reuniram em volta de Moisés. Mais tarde, esta tribo foi separada como família sacerdotal; sua devoção a Deus se evidenciou publicamente neste ato.

    Moisés ordenou que estes levitas empunhassem as espadas, passassem pelo arrai-al de porta em porta e matassem, se necessário, irmãos, amigos e vizinhos (27). Pelo visto, alguns levitas também tiveram de ser mortos. Entendemos que estas investidas se abateram sobre os rebeldes que se recusaram a se submeter a Moisés e ao Senhor." Três mil homens (28) morreram até que a ordem foi restaurada.

    Este ato de obediência por parte dos levitas os consagrou a Deus. "Hoje vocês se consagraram ao [serviço do] SENHOR" (29, NVI). A bênção que receberam foi o fato de terem sido escolhidos como a tribo dedicada ao serviço de Deus (Nm 3:6-13)." Nesta ocasião, Deus usou esses escolhidos para cumprir a tarefa sacerdotal de executar os julgamentos divinos. Seus ministros devem ser resolutos na justiça bem como abastados na misericórdia. Arão fracassara neste ponto.

  • A Intercessão de Moisés pelo Israel Pecador (32:30-35)
  • A primeira intercessão de Moisés por Israel (11-14) foi uma súplica a Deus para poupar os israelitas da destruição imediata, por causa da ardente ira divina contra eles. Ele fora bem-sucedido no intento; Israel como nação fora poupado, e a idolatria, destruída. Os rebeldes foram mortos ou vencidos, mas as tábuas contendo a lei foram quebradas; o concerto já não existia. Moisés tinha de achar um meio de voltar a uma relação de con-certo com Deus.

    Com um Israel penitente esperando o veredicto de Deus, Moisés lembrou o povo do grande pecado cometido (30). Depois, prometeu subir ao SENHOR para ver se have-ria um meio de fazer propiciação pelo pecado. Moisés, na presença de Deus, confessou o pecado de Israel fazer deuses de ouro (31). Seu desejo era que o povo fosse restaura-do ao favor de Deus pelo perdão divino: Agora, pois, perdoa o seu pecado (32)." Se Deus não perdoasse o seu povo, Moisés pediu que ele fosse riscado do teu livro, que tens escrito. Neste versículo, riscar significa "cortar da comunhão com o Deus vivo, ou do reino daqueles que vivem na presença de Deus e entregar para a morte"." O amor de Moisés pelos israelitas era tão grande que ele não se importava em viver, a menos que Deus os perdoasse. A expiação pelo pecado era o processo mais precioso que Moisés co-nhecia. Só Deus poderia realizar esse evento, e a base para o perdão universal estaria somente no dom de Deus manifestado em seu Filho Jesus. Mas no coração de Moisés havia o amor que promove tal expiação, como também havia em Paulo (Rm 9:2-3).

    A resposta de Deus a Moisés foi que o indivíduo que pecar terá o nome riscado do livro (33). Moisés não poderia fazer expiação por Israel, mas o perdão está implícito no fato de Deus aprovar a permanência de Moisés na liderança do povo rumo à Terra Pro-metida (34). Deus fez a Moisés a mesma promessa de que o Anjo do Senhor iria diante do povo (23.20,23), com a diferença revelada em 33.2,3 de que o próprio Deus não os acom-panharia. A pena pela quebra da lei não foi totalmente indultada, embora tenha sido modificada para Israel continuar existindo.

    Identificamos nos versículos 31:34 "O Verdadeiro Intercessor".

    1) Confessa os pe-cados do povo, 31;

    2) Busca perdão para o povo, 31a;

    3) Oferece-se a favor do povo, 32b,

    4) Recebe a resposta de Deus em prol do povo (33,34).
    Embora Israel fosse perdoado e tivesse a permissão de permanecer como povo de Deus, certas penas permaneceram. A presença de Deus com eles seria mediada pelo Anjo, mesmo que houvesse um dia final de ajuste de contas. Quando feriu o SENHOR o povo (35), alguns sofreram imediatamente pelos pecados cometidos, talvez com cala-midades entre eles. Quando pecamos, Deus nos perdoa por Cristo e nos restaura ao seu favor, mas certas conseqüências advêm como lembranças da lei quebrada. Devemos ob-servar também que corações impenitentes não podem ser perdoados. Ainda que o castigo não venha de imediato, o dia do ajuste de contas virá.

    "Intercessão" é o tema dos versículos 30:34.
    1) A necessidade de intercessão, 30;

    2) O exemplo de intercessão, 31-33;
    3) A recompensa da intercessão, 34 (G. B. Williamson).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 32 do versículo 1 até o 35
    *

    32.1-34.35 A misericórdia contínua de Deus, revelada ao povo de Israel nestes capítulos, é espantosa. Mesmo depois de sua poderosa libertação pelo êxodo e de suas providências milagrosas no deserto, eles respondem com reclamações, recriminações e a adoração idólatra ao bezerro de ouro (16.2,3; 17:1-3; 32:1-6). Devemos notar, no entanto, que este trecho demonstra não só a traição de Israel e a bondade do seu Deus, mas também o papel central de Moisés como mediador. Já que o Senhor estava contente com o seu mediador, ele não esqueceu o povo e não optou por começar de novo e fazer uma grande nação por intermédio de Moisés (32.10-14).

    Não devemos concluir que a continuação de Israel no favor de Deus era conseqüência única do mérito de Moisés como mediador de Deus. Ao contrário, a base da petição de Moisés por misericórdia era a sua preocupação com a glória de Deus e seu apelo às promessas graciosas da aliança que Deus tinha feito com os patriarcas (32.11-14). A crise da deslealdade de Israel, e a ameaça de Deus em destruí-los, se resolve na fidelidade de Deus revelada através do apelo bem sucedido do homem Moisés, que conhecia e alcançava o coração de Deus.

    *

    32.1

    acercou-se. A expressão é ameaçadora (usada em relação à rebelião de Coré em Nm 16:3; 20:2). O problema não é com a liderança passada de Moisés, e sim com sua presente ausência.

    *

    32:4

    bezerro. O bezerro como símbolo de divindade era muito comum no mundo antigo. Talvez fosse um símbolo de Apis, o deus-touro egípcio da fertilidade. O próprio Arão pode ter apresentado o bezerro como um símbolo do Deus verdadeiro, e ele aparentemente tentou abrandar a apostasia construindo um altar e anunciando uma festa ao Senhor (v. 5). Observando-se que o termo hebraico traduzido "deuses" e "deus" nos versos 1:4 ('elohim) pode ser usado como singular ou plural (v. 1, referência lateral), alguns têm proposto que o povo estava adorando ao bezerro como um símbolo do Senhor (ainda seriam culpados de idolatria, 20.4, nota). Mas o grito do povo é relatado aqui usando o verbo plural ("tiraram") com 'elohim. A forma singular é sempre usada com este substantivo quando se refere ao Deus verdadeiro. O povo estava se dirigindo ao deus-touro para liderá-lo, numa bruta violação de 20.2 (conforme At 7:39-41).

    *

    32.5

    festa. O primeiro, segundo, terceiro, e provavelmente o sétimo mandamento foram violados nesta festa (v.6, nota; 20:2-7,14).

    *

    32.6

    levantou-se para divertir-se. Eles se levantaram de suas refeições para se envolverem no que provavelmente era uma orgia de culto à fertilidade (o deus-touro Apis era o deus egípcio da fertilidade). Outra indicação de que este festival incluía imoralidade sexual é a referência posterior à vergonhosa falta de controle (v. 25).

    *

    32.7

    teu povo. Em ira justa contra a idolatria de Israel, Deus não reconhece o povo como sendo seu. Ao contrário, ele os designa como sendo o povo de Moisés.

    *

    32.10

    deixa-me. Antecipando a intercessão de Moisés, Deus se propõe a destruir os apóstatas endurecidos e a começar uma nova nação a partir de Moisés. Se fizesse isto, Deus teria deixado de lado suas promessas a Abraão, Isaque, e Jacó (Gn 12:2; 26:4; 28:14).

    *

    32:11 Moisés rejeita a proposta de Deus do v. 10. Ao invés dela, argumentando sobre a base da honra do nome de Deus (v. 12) e apelando à fidelidade de Deus às suas promessas de aliança feitas aos patriarcas (v.13), Moisés pede que Deus continue a reconhecer a Israel como seu povo.

    *

    32.13

    Israel. A seqüência normal requereria "Jacó" (conforme 2.24; 3.6; Dt 1:8), mas a substituição é feita por Moisés para adaptá-la a ocasião.

    *

    32.14

    se arrependeu o SENHOR. Ver nota em Gn 6:6. A oração intercessória de Moisés também era parte da vontade de Deus e do seu propósito, o de mostrar a sua graça. Mas a eficácia da intercessão de Moisés só pode ser descrita por uma caracterização de Deus em termos humanos: Ele se arrepende e desiste do julgamento total que tinha ameaçado. Ver "A Natureza Espiritual de Deus", índice.

    *

    32.16

    obra de Deus... escritura de Deus. A atenção é dirigida enfaticamente à origem divina das tábuas a serem despedaçadas. Ver nota teológica "A Palavra de Deus: A Escritura como Revelação", índice.

    *

    32.18

    alarido. Moisés responde com um pequeno poema gráfico que usa a palavra "cantar" de três formas diferentes, que literalmente significa: "Não é o som do canto da vitória, nem o som do canto da derrota, e sim o som de cânticos que ouço."

    *

    32.19

    quebrou-as. As tábuas quebradas da lei da aliança representam fortemente a aliança quebrada (20.1, nota).

    *

    32.20

    queimou-o. Talvez o bezerro tenha sido de madeira folheada à ouro. Israel foi forçado a beber este símbolo do seu pecado para demonstrar que aceitaria a responsabilidade que lhe sobrecaía (conforme a água amarga que depois deveria ser bebida por uma mulher adúltera, Nm 5:18-22).

    *

    32.21-24 Na defesa patética de Arão ele culpa o povo pela sua própria infidelidade, e até sugere uma origem milagrosa para o bezerro (v. 24). A conduta de Arão ao longo deste episódio sugere que o sacerdócio levítico estava destinado a falhar desde o seu início (Hb 5:2,3; 9:7). O julgamento divino sobre Arão só foi evitado em virtude da intercessão de Moisés (Dt 9:20; 10.6-9 e nota em 10.6).

    *

    32.26

    Quem é do SENHOR. Só os levitas, a própria tribo de Moisés, responderam ao chamado de Deus para que, armados, acabassem com a rebelião. Eles estavam preparados para usar a espada julgadora de Deus contra os seus vizinhos ou até contra membros de suas próprias famílias (v. 29; conforme Nm 25:1-9).

    *

    32.29

    Consagrai-vos. Ver nota em 29.9.

    *

    32.30

    subirei ao SENHOR. Ainda que a rebelião tivesse sido dissipada, a culpa de Israel perante Deus ainda permanecia. Novamente Moisés teve que deixar Israel e subir a montanha para encontrar-se com o Senhor.

    *

    32.32

    risca-me... do livro que escreveste. Da mesma forma em que existia um registro de Israel (conforme Nm 1:4), assim o próprio Deus tem um registro do seu povo (Sl 56:8; Is 4:3; Ml 3:16). Se Deus não perdoasse o seu povo, Moisés queria ser deserdado com eles (conforme vs. 10, 11). Note a atitude similar de Paulo em Rm 9:3.

    *

    32.33

    todo aquele que pecar contra mim. A intercessão de Moisés é, em parte, bem sucedida: Deus não rejeita o seu povo definitivamente, mas os indivíduos pecaminosos serão julgados. As limitações do cargo e do ministério mediador de Moisés apontam a necessidade de um Mediador maior que apresente uma expiação plena e eficaz para o pecado (Hb 3:1-6; 10.11-18). Ver "Cristo — o Mediador", índice.

    *

    32.34

    vingarei. O castigo de Israel é apresentado como sendo certo mas indefinido. Aparentemente, uma praga logo surgiu entre o povo como um castigo temporário (v. 35). Finalmente, toda aquela geração, exceto um pequeno remanescente, morreu no deserto (Nm 14:27-34).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 32 do versículo 1 até o 35
    32.1-10 Outra vez ídolos! Embora o Israel tinha visto atuar ao Deus invisível, ainda queriam aos deuses que lhes eram familiares, os que podiam ver e moldar em qualquer imagem que quisessem. Quanto nos parecemos com eles! Nossa tentação maior segue sendo querer moldar a Deus a nosso parecer, para fazer que nos convenha obedecê-lo ou evitá-lo. Deus responde com grande ira quando sua misericórdia é pisoteada. Os ídolos nos voltam cegos ao amor que O preferiria nos dar em abundância. Deus não pode obrar em nós quando pomos algo ou alguém por cima do. Existe algum ídolo em sua vida que límpida que o verdadeiro Deus viva em você?

    32:4, 5 Os dois deuses egípcios mais populares, APIs e Hator, eram imaginados como um touro e uma vitela. Os cananeos a seu redor adoravam ao Baal, imaginado como um touro. Este era seu símbolo sagrado de poder e fertilidade e estava relacionado intimamente com práticas de imoralidade sexual. Sem dúvida, aos israelitas, recém saídos do Egito, pareceu-lhes muito natural fazer um bezerro de ouro para representar ao Deus que acabava de liberar os de seus opressores. Estavam cansados de um deus sem rosto. Mas ao fazê-lo estavam desconhecendo o mandamento que logo tinham recebido: "Não te fará imagem, nem nenhuma semelhança do que esteja acima no céu, nem abaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra" (20.4). Pode que inclusive pensassem que estavam adorando a Deus. Sua aparente sinceridade não era nenhum substituto para a obediência ou desculpa para a desobediência.

    Embora não nos façamos ídolos, com freqüência somos culpados de tratar de fazer a Deus a nossa imagem, moldando-o para encaixar com nossas expectativas, desejos e circunstâncias. Quando fazemos isto, terminamos nos adorando a nós mesmos em vez de adorar ao Deus que nos criou, e a autoadoración, tão hoje como nos tempos dos israelitas, leva a toda classe de imoralidade. Qual é sua imagem favorita de Deus? É bíblica? É adequada? Precisa destrui-la para poder adorar ao Deus imensamente capitalista que nos liberou da atadura do pecado?

    32.9-14 Deus estava preparado para destruir à nação inteira por seu pecado. Mas Moisés implorou misericórdia, e Deus os perdoou. Este é um dos exemplos inumeráveis que há nas Escrituras da misericórdia divina. Embora mereçamos sua ira, O está disposto a nos perdoar e restaurar nossa relação com O. Podemos receber o perdão dos pecados ao pedir-lhe Ao igual a Moisés, podemos orar que Deus perdoe a outros e nos use para lhes levar a mensagem de sua misericórdia.

    AARON

    pode-se fazer um trabalho de equipe efetiva quando cada membro utiliza suas habilidades especiais. O ideal é que as virtudes de cada membro contribuam com algo importante ao esforço da equipe. Desta forma, os membros cobrirão as debilidades de uns e outros. Arão fez boa equipe com o Moisés. Proveu ao Moisés uma das habilidades que lhe faltava, falar eficazmente em público. Mas embora Moisés necessitava ao Arão, este também necessitava daquele. Sem uma guia Arão tinha pouca direção de si mesmo. Nunca houve dúvida da quem Deus tinha escolhido e treinado como líder. A docilidade que fez do Arão um bom seguidor o fez um líder débil. Os maiores enganos de sua vida foram causados por sua incapacidade de sustentar-se por si só. Sua condescendência ante a pressão pública de fazer um ídolo foi um bom exemplo desta debilidade.

    A maioria de nós temos algo mais de seguidores que de líderes. Possivelmente estejamos seguindo a um bom líder, mas nenhum líder é perfeito e nenhum humano merece nossa completa lealdade. Só Deus é digno disso e de nossa obediência. Precisamos ser membros de uma equipe eficaz ao usar as habilidades e dons que Deus nos deu. Mas se a equipe ou o líder vão contra a Palavra de Deus, devemos estar dispostos a nos sustentar por nós mesmos.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Primeiro supremo sacerdote de Deus no Israel

    -- Comunicador efetivo; foi a boca do Moisés

    Debilidades e enganos:

    -- Personalidade dócil; cedeu ante as demandas do povo de um bezerro de ouro

    -- Uniu-se ao Moisés ao desobedecer as ordens de Deus com respeito à rocha que dava água

    -- Uniu-se a sua irmã María para queixar-se do Moisés

    Lições de sua vida:

    -- Deus dá habilidades especiais aos indivíduos a quem reúne para seu uso

    -- As habilidades especiais que fazem a um bom jogador de equipe, algumas vezes o convertem em um pobre líder

    Dados gerais:

    -- Onde: Egito, deserto do Sinaí

    -- Ocupação: Sacerdote, segundo (logo depois de Moisés) no mando

    -- Familiares: Irmão: Moisés. Irmã: María. Filhos: Nadab, Abiú, Eleazar e Itamar.

    Versículos chave:

    "Então Jeová se zangou contra Moisés, e disse: Não conheço eu a seu irmão Arão, levita, e que ele fala bem? E hei aqui que ele sairá a te receber, e ao verte se alegrará em seu coração[...] E ele falará por ti ao povo; ele será a ti em lugar de boca, e você será para ele em lugar de Deus" (Ex 4:14, Ex 4:16).

    A história do Arão se relata no Exodo-Dt 10:6. Também lhe menciona em Hb 7:11.

    32:14 Como pôde Deus trocar de parecer? Deus não trocou de parecer na mesma forma em que um pai decide não disciplinar a seu filho. Deus trocou seu comportamento para permanecer congruente com sua natureza. Quando quis destruir ao povo, estava atuando em coerência com sua justiça. Quando Moisés intercedeu pelo povo, Deus "trocou" para atuar em forma lógica com sua misericórdia. Deus lhe havia dito ao povo várias vezes que se trocavam seus caminhos, O não os condenaria. Eles trocaram e Deus fez o que tinha prometido.

    32:19, 20 Afligido pelo espetáculo da ruidosa idolatria e as orgias Moisés rompeu as pranchas que continham os mandamentos, os quais já tinham sido quebrantados nos corações e nos atos da gente. A ira justa tem seu lugar. Por zangado que estivesse Moisés, Deus o estava ainda mais, desejava matar a todo o povo. A ira ante o pecado é um sinal de vitalidade espiritual. Não apague este tipo de irritação. Mas quando se encontrar justificadamente irado ante o pecado, cuide-se de não fazer algo que mais tarde possa lamentar.

    32.21-24 A decisão do Arão quase lhe custou a vida. Sua desculpa absurda evidencia o declínio espiritual de sua liderança e do povo. Aqueles que cumprem a função de porta-vozes e ajudantes devem ter plena certeza de que sua teologia e sua moralidade estão sintonizadas com Deus de maneira que não influa neles a pressão exercida pelo povo. se desejar mais informação sobre o Arão, veja-se seu

    perfil no capítulo 32.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 32 do versículo 1 até o 35
    D. formação através CORREÇÃO-ALIANÇA QUEBRADA e restaurada (32: 1-34: 35)

    1. A recorrência do problema do pecado (32: 1-33: 23)

    1. Sin Humana e Intercessão (32: 1-14)

    1 E o povo, vendo que Moisés tardava em descer do monte, o povo se ajuntou a Arão, e disse-lhe, para cima, fazer-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que é que lhe aconteceu. 2 E Arão lhes disse: Quebre os anéis de ouro que estão nas orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e de vossas filhas, e trazei- Mc 3:1 E todo o povo, tirando os pendentes de ouro que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão. 4 E ele recebeu de suas mãos, e moldou-o com um buril, e fez dele um bezerro de fundição, e disseram: Estes são os teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito. 5 E Arão, vendo isto , edificou um altar diante dele; e apregoou Arão, e disse: Amanhã haverá festa ao Senhor. 6 E levantaram-se cedo no dia seguinte, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; eo povo sentou-se para comer e beber, e levantou-se para jogar.

    7 E o Senhor disse a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir da terra do Egito, já se corrompeu: 8 eles depressa se ​​desviou do caminho que eu lhe ordenei; eles fizeram para si um bezerro de fundição, e adoraram-no, e foram sacrificados até ele, e disse: Estes são os teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito. 9 E disse o SENHOR a Moisés: Eu vi este povo, e, eis que é povo de dura cerviz: 10 agora pois, deixa-me em paz, que a minha ira se acenda contra eles, e que eu possa consumi-los:. e eu farei de ti uma grande nação 11 E Moisés suplicou ao Senhor seu Deus, e disse: Senhor, por que á tua ira cera quente contra o teu povo, que tens tirei da terra do Egito com grande poder e com mão forte? 12 Por que hão de falar os egípcios, dizendo: Para que o mal que ele trouxe-os para fora, para matá-los nos montes, e para consumi-los da face da terra? Vire da tua ira feroz, e arrepende-te deste mal contra o teu Pv 13:1 Lembre-se Abraão, Isaque e de Israel, teus servos, aos quais juraste por ti mesmo, e lhes disseste: Eu multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu, e toda esta terra de que tenho falado da vontade que eu lhes darei, e eles herdarão a terra para sempre. 14 E o Senhor se arrependeu do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo.

    Quando Deus fez o homem à sua imagem, ele projetou-o como um companheiro para si mesmo, o objeto do amor divino e companheirismo. Mas inerente à liberdade de escolha dada ao homem com a imagem divina foi o risco de sua rejeição de Deus. E esse risco se tornou uma realidade com a queda de Adão e Eva no Jardim do Éden (Gn 3:1 ; . Ez 20:8 ). Eles não o fez no momento tem até o tabernáculo elaborado e seu mobiliário, ou Moisés, o representante de Deus. Então clamaram ao Arão, Faze-nos deuses , ou talvez melhor, "um deus". Arão podem ter pensado que seria facilmente dissuadido, pois ele disse que eles devem dar a seus brincos de ouro, a fim de ter um ídolo. Mas se é assim, ele não tinha correctamente avaliada a intensidade do seu desejo. Eles responderam rapidamente. E o surpreendentemente fraco Arão cedeu à sua demanda. O bezerroque ele fez teria sido uma visão familiar a todos aqueles saindo do Egito, para os touros eram sagrados lá, e uma das divindades do Egito foi simbolizado pelo touro. A imagem provavelmente não era uma de ouro sólido, mas uma de madeira sobre a qual Arão derramou o fundido ouro. Ele então usou um buril para dar os últimos retoques na imagem. Então o povo proclamou um ao outro que este era o deus que os havia trazido para fora do Egito. Arão aparentemente ainda queria ficar o mais próximo para a direita quanto pôde, então ele construiu um altar diante da imagem e anunciou que no dia seguinte haveria ali uma festa em honra do Senhor. Assim, o bezerro foi destinado, no mínimo, pelo Arão relutante, como uma representação do próprio Senhor. No dia seguinte, as pessoas vinham para comer e beber, provavelmente referindo-se a uma refeição sacrificial na presença da imagem, e em seguida, levantou-se para jogar , um termo que sugere algum da devassa, abandonado, dança imoral e deboche conectado com os ritos de fertilidade dos antigos povos pagãos.

    Foi neste momento que o Senhor concluiu Suas instruções para Moisés. Ele ordenou a Moisés que ir para baixo, dizendo que o povo de Moisés quem Moisés tinha tirado do Egito havia se corrompeu . Ele informou Moisés o que tinha acontecido, lembrando-o das disposições do pacto que eles tinham, assim, quebrado. Ele observou que eles eram um povo de dura cerviz , uma expressão usada muitas vezes no Antigo Testamento de Israel, e que representa um animal endurecer os músculos de seu pescoço contra girando em sentido seu mestre quer que ele vá. Ele pediu que Moisés deixá-lo sozinho para que pudesse aniquilar Israel. E Ele proposto para substituir Israel nos seus planos com uma nova nação para ser descendente do próprio Moisés.

    Em todos os casos anteriores em que a natureza rebelde de Israel tinham sido manifesto, que tinha sido Moisés, que tinha sido impaciente com eles. Agora, em face de seu pior crime, de longe, o Senhor oferece para aliviar Moisés da sua carga frustrante e para elevá-lo ainda mais no propósito divino. É um duro teste do caráter de Moisés, mas ele vem através com distinção. Ele se recusou a aceitar a rejeição do Senhor implícita em fazer as pessoas Israel Moisés. Em sua resposta, ele os chama o teu povo , e na sua intercessão apaixonada, o primeiro de três tais intercessões nos capítulos Ex 32:1 e Ex 33:1 , Baseia o seu fundamento em três pontos: (1) a destruição de Israel que anularia a poderosa obra de libertação, assim, já alcançados, (2) os egípcios iria cobrar Jeová com motivos fúteis em entregá-los em primeiro lugar, e (3) a aliança com os três patriarcas seria quebrado-que convênio que o Senhor tinha jurado por Si mesmo para manter.

    Oração de intercessão de Moisés conseguiu, embora aparentemente ele sentiu de acção subsequente que ele só tinha ganho um alívio temporário. Senhor se arrependeu do mal que ele disse que iria fazer ao seu povo . Connell foi bem interpretado esta declaração.

    Uma expressão antropomórfica adaptar as infinitas maneiras de Deus para as mentes finitas dos homens. Deus não se arrepende como os homens fazem, como se tivesse cometido um erro ou foi muito fraco de espírito para realizar Seus propósitos. Quando "se arrepende" Deus ele muda, e não seus propósitos eternos, mas o curso dos acontecimentos que Ele havia dito anteriormente, porque as orações ou comportamento alterado de Seu povo alterar as condições em que Ele tinha originalmente fez a declaração.

    b. O julgamento humano e Intercessão (32: 15-35)

    15 E virou-se Moisés, e desceu do monte com as duas tábuas do testemunho na mão; tabelas que foram escritas de ambos os lados; de um lado e, por outro eles foram escritos. 16 E as tábuas eram obra de Deus, e a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas. 17 E quando Josué a voz do povo como eles gritaram: ele disse a Moisés: Há um barulho de guerra no acampamento. 18 E ele disse: Não é a voz dos que mensagem para o domínio, nem é a voz dos que alarido dos vencidos; mas o ruído dos que cantam que eu ouço. 19 E sucedeu que, assim que chegou perto ao arraial, que viu o bezerro e as danças e raiva de Moisés se acendeu, e ele arremessou as tábuas de suas mãos, e quebrou-los sob o. mount 20 E tomou o bezerro que tinham feito, e queimou-o com fogo, e, triturando-o em pó, o espargiu sobre a água, e fizeram os filhos de Israel bebida dele .

    21 E disse Moisés a Arão, que fez este povo ti, para que tu fizeste um grande pecado sobre eles? 22 E Arão disse: Não diga a ira do meu senhor cera quente: tu conheces o povo, que estão definido para o mal . 23 Para que eles me disseram: Faze-nos deuses que vão adiante de nós; . Porque, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que é feito dele 24 E eu lhes disse: Quem tem ouro, deixá-los quebrá-lo fora: assim que deu me; e lancei-o no fogo, e saiu este bezerro.

    25 E, quando Moisés viu que o povo estava desenfreado (porque Arão tinha deixá-los soltos para um objeto de escárnio entre os seus inimigos), 26 , em seguida, Moisés permaneceu na porta do arraial e disse: Quem está do lado do Senhor, venha até me.E todos os filhos de Levi se ajuntaram a ele. 27 E disse-lhes: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel, revesti-vos cada um a sua espada sobre a coxa, e ir para lá e para cá de porta em porta por todo o arraial , e mate cada um a seu irmão, e cada um a seu amigo, e cada um a seu vizinho. 28 E os filhos de Levi fizeram conforme a palavra de Moisés;. e caíram do povo naquele dia cerca de três mil homens 29 E Moisés disse: Consagrai-vos hoje ao Senhor, sim, todo o homem contra seu filho, e contra o seu irmão; que ele vos conceda hoje uma bênção.

    30 E sucedeu que, no dia seguinte, que Moisés disse ao povo: Vós cometeu um grande pecado: e agora vou subir ao Senhor; porventura farei expiação por vosso pecado. 31 E Moisés voltou ao Senhor, e disse: Ora, este povo cometeu um grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. 32 No entanto, agora, pois, perdoa o seu pecado; e se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito. 33 E disse o SENHOR a Moisés: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei do meu livro. 34 E agora vão, levar o povo até o lugar do qual eu tenho falado a ti; eis que o meu anjo irá adiante de ti; no entanto, no dia em que eu visito, vou visitar neles o seu pecado. 35 E o Senhor feriu o povo, por ter feito o bezerro que Arão formara.

    Moisés começou a descer a montanha, carregando as duas tábuas de pedra, escritas de ambos os lados com a mão de Deus. Quando chegou ao lugar onde Josué ainda esperou, Josué estava alarmado. Ele estava ouvindo gritos do acampamento e temia que eles haviam sido atacados. Moisés, porém, ressaltou que não era nem um grito de vitória nem de terror. Em seguida, eles aparentemente fez uma curva na trilha e podia ver o campo abaixo deles. Não era o ídolo com uma multidão abandonado dançando sobre ele. Moisés havia tentado transformar a ira de Jeová, mas a visão foi demais para ele. Ele jogou as tábuas do testemunho ao chão, quebrando as pedras sagradas em fragmentos. Israel já havia quebrado a aliança de fato, e tais objetos sagrados como estes não tinham lugar em um acampamento tão cheio de pecado. Então Moisés desceu correndo para o campo, e com nenhum dos timidez que tinha impedido a sua aceitação do chamado de Jeová na sarça ardente, lançou o ídolo, queimou-o, pulverizou-lo, e espargiu sobre o ribeiro que correu para fora do Sinai (Dt 9:21 ), de modo que eles foram forçados a beber a poeira de seu pecado. Sob calor suficiente, o núcleo de madeira do ídolo teria facilmente sido consumido, deixando apenas o escudo de ouro a ser batido em pó. Sem dúvida, Moisés chamou os outros a sua assistência na execução efectiva desta destruição.

    Então ele se virou em Arão, perguntando o que as pessoas poderiam ter feito para ele que ele levou-os para tal pecado. Desculpa de Arão foi tão pateticamente fraco como era Adão no Éden: o povo pressionou ele, e quando ele colocou o ouro no fogo o bezerro saiu de tudo isso, por si só! Moisés revelou mais tarde que o Senhor destruiu quase Arão neste momento, mas ele foi salvo pela intercessão de Moisés (Dt 9:20 ).

    Retorno de Moisés, a sua ira, e até mesmo a destruição da imagem, não tinha parado completamente a orgia selvagem das pessoas. Eles estavam se soltado ou foram completamente desinibida. Então Moisés chamou para fora o que em hebraico é apenas três palavras: que por Jeová? A mim! Os que se moveu rapidamente para ajudá-lo eram seus parentes tribais, os levitas. Alguns deles também tinha sido envolvido no pecado nacional e, aparentemente, estavam ainda (v. Ex 32:29 ). Mas muitos deles absteve-se de que, desde o início, ou, pelo menos, desde o retorno de Moisés. Ele ordenou a tomar as suas espadas e marchar por todo o acampamento, matando aqueles que aparentemente ainda estavam levando a celebração selvagem, mesmo que ao fazê-lo eles tinham que matar irmãos, companheiros e vizinhos. Os levitas obedeceu, matando 3.000 foliões. Por meio de tal ação radical o tumulto terminou. Obediência dos levitas tinham consagrado ou "encheram suas mãos" ao Senhor, e logo em seguida eles receberam uma posição semi-sacerdotal como ajudantes para a casa de Arão (N1. 3:. 5ss ).

    No dia seguinte, Moisés disse ao povo que eles tinham cometeu um grande pecado , mas que ele iria voltar a subir a montanha para ver se ele poderia fazer expiação pelos seus pecados. O sistema sacrificial israelita ainda não estava em operação, e apesar de seu fundo anterior e instrução recente sobre o novo sistema de adoração, Moisés não parece ter pensado que qualquer sacrifício de animais seria suficiente para um pecado tão básico e tão flagrante. Em sua oração de intercessão que se seguiu no lado da montanha, Moisés pediu ao Senhor para perdoar seu povo, mas se não for para riscarei também. O livro de Moisés referido provavelmente não era "o livro da vida" mencionado no Ap 20:12 , e é duvidoso se ele tinha um conceito claro de vida após a morte, ou de si mesmo sendo amaldiçoado lá. Ao contrário, esta é, provavelmente, um conceito metafórico, pensando em homens como aqueles a quem o Senhor havia "escrito" em seu livro como sendo ainda vivo vivo (ver também Sl 69:28. ; Is 4:3.). Parece como se Moisés pensou que talvez um sacrifício humano, que de si mesmo, pode expiar. Mas isso não foi o suficiente. Só Cristo pode fornecer expiação perfeita, e que a maior revelação deve esperar um dia mais tarde. O Senhor disse-lhe que somente aqueles que tinham pecado seriam apagados ou morrer. Moisés foi voltar para levar Israel para a terra prometida. A nação iria sobreviver e a aliança com os patriarcas seria cumprida. De Jeová anjo iria liderar o caminho. Mas a culpa não escaparia. O Senhor quervisitar neles o seu pecado , e, consequentemente, Ele feriu as pessoas , aparentemente com uma peste. Segunda intercessão de Moisés havia assegurado a sobrevivência da nação, mas não de todos os indivíduos envolvidos.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 32 do versículo 1 até o 35
    O

    povo, enquanto Moisés tinha uma com o Senhor, pecava no vale abai-xo. Não há apenas bênçãos na lide-rança espiritual. Também há obriga-ções incômodas.

    1. Moisés, o intercessor (Ex 32:1-35)
    2. O povo de Deus peca (vv. 1-6)

    Não importa como você veja esse pecado, ele foi uma grande ofensa a Deus. Os judeus eram o povo de Deus, escolhidos por meio da graça dele e redimidos do Egito pelo po-der dele. Ele guiou-os, alimentou- os, protegeu-os do inimigo e os fez parte de sua aliança. Ele deu-lhes suas leis sagradas, e o povo con-cordou em obedecer a elas (19:8; 24:3-7). Aqui, no Sinai, o povo viu a espantosa demonstração da gló-ria de Deus e tremeu sob o poder dele. Contudo, apesar de todas es-sas experiências maravilhosas, ele imprudentemente desobedeceu ao Senhor e caiu em idolatria e imora-lidade.

    Moisés concordou em que Deus lhe desse Arão como ajudante (4.T 0-17), mas agora Arão transfor-mava-se em um líder que ajudava o povo a pecar. Quando Arão des-ceu da montanha? Por que ele não repreendeu o povo e pediu ajuda a Deus? Dizer que Arão fez o bezerro como um símbolo de Jeová, um altar à fraqueza do povo, não o desculpa, pois Arão sabia o que o Senhor dis-

    A causa básica desse pecado foi a descrença: o povo impacien-tou-se enquanto esperava por Moi-sés e, como não tinha fé verdadeira, decidiu que precisava de algo que pudesse ver. A impaciência e a des-crença levam à idolatria, e a ido-latria leva à imoralidade (veja Rm 1:18-45).

    1. O servo de Deus intercede (vv. 7-14)

    Claro que o Senhor sabia o que acontecia no acampamento de Is-rael. VejaHe 4:13; Jr 18:7-24; Jl 7:1-30). Duas vezes, durante a vida de Moisés, Deus propôs destruir Israel e usar Moisés para achar uma nova nação (v. 10; Nu 14:12), mas ele se recusou a fa-zer isso. Os judeus nunca souberam o preço que Moisés pagou para ser líder deles. Eles deviam muito a ele, contudo demonstraram muito pou-ca gratidão! Deus pretendia até ma-tar Arão, mas Moisés intercedeu por ele (Dt 9:20).

    1. A ira julgadora de Deus (w. 15-35)

    Deus, em sua graça, perdoou o pe-cado deles, mas, em seu governo, tinha de discipliná-los. Quantas lágrimas foram derramadas pelas conseqüências dolorosas de peca-dos perdoados! Moisés tinha o di-reito de estar irado e de humilhar Arão e o povo. Moisés, ao quebrar as duas tábuas da Lei escrita por Deus, mostrou dramaticamente ao povo a grandiosidade do pecado dele. Arão, em vez de confessar seu pecado, deu desculpas. Ele culpou o povo por aquela depravação (v. 22), Moisés pela demora (v. 23) e o fogo por ter produzido um bezerro! Moisés, depois de lidar com o povo, retornou ao Senhor na montanha e ofereceu-se para dar sua vida para que o povo fosse poupado. VejaRm 9:3. Quando uma pessoa morre, tira-se seu nome do livro da vida (Sl 69:28; Ez 13:9). Não deve-mos confundir o livro da vida (ou "dos vivos") com o Livro da Vida do Cordeiro, em que se registra o nome dos salvos (Ap 21:27; Lc 10:20).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 32 do versículo 1 até o 35
    32.1 Faze-nos deuses. O hábito de idolatria aprendido no Egito era tão forte, que poucos dias sem ouvir a voz do profeta e líder dinâmico, eram suficientes para o povo voltar à lama idolátrica (2Pe 2:20-61), uma descrição dos que voltam à vida mundana, após terem conhecido a Jesus Cristo.

    32.4 Que te tiraram. Não se podia negar que houve grandes milagres quando os israelitas foram salvos da escravidão, embora o povo não quisesse atribuí-los a um Deus soberano e invisível, porque amavam a deuses convenientes, portáteis, que não viessem interferir na sua consciência.

    32.10 De ti. Deus não depende do ser humano; se o povo não quisesse seguir nos Seus caminhos, Moisés e sua descendência herdariam a Terra Prometida.

    32.11 Suplicou. É uma súplica no espírito de Cristo que achou uma desculpa para Seus algozes (Lc 23:34).

    32.14 Se arrependeu. Mostrou Seu perdão, revelando que não ia destruir ao povo; do ponto de vista de Moisés, era como um voltar atrás da parte de Deus, e é uma demonstração do poder da oração.

    32.16 Obra de Deus. A Bíblia é bem clara em atribuir às tábuas a obra direta de Deus.

    32.17 Josué. Talvez o fiel Josué estivesse entre o arraial e o cume do monte, esperando a volta do seu líder.

    32.18 Dos que cantam. Moisés já sabia que haveria ali uma festança pagã, pois Deus lhe havia prevenido (32:7-10).

    32.19 Acendendo-se-lhe a ira. Mais fácil era para Moisés interceder pelos pecados do povo, que ser testemunha dos mesmos (32:11-14), Quando contemplou tudo de perto, perdeu o controle de si mesmo, ao ponto de lançar fora as tábuas. Pensava que o povo tinha, irrevogavelmente, rejeitado a religião. Não era Moisés que tinha de suscitar a misericórdia a Deus (14), mas sim, o próprio Deus que, graciosamente, dera a Moisés a oportunidade de tomar parte na bem-aventurada obra da intercessão, em condições ideais, nas quais não estava, irado e fora de si.

    32.22 Propenso para o mal. A responsabilidade pelo pecado é individual, embora haja os tentadores. Desde o tempo de Adão procura-se desculpas para o pecado, acusando-se a terceiros (Gn 3:12).

    32.24 Saiu este bezerro. Era uma desculpa ridícula, como se o bezerro se tivesse fabricado a si mesmo. Mas, pelo contrário, no mundo espiritual, quem dá ouvidos às dúvidas, às tentações e às forças que destróem sua consciência, verá, com espanto, que seu pecado, pesado e bem forjado, já se tornou uma realidade concreta e esmagadora em sua vida,

    32.31 Disse. Deus não precisa de informações, mas devemos expor-lhe nossa situação em oração. Devemos ser bem específicos em nossos pedidos, especialmente quando pleiteamos a graça divina, numa situação de desgraça ou num caso de propiciação (30).

    32.32 Risca-me. Moisés se identificou de tal maneira com o povo que Deus havia confiado aos seus cuidados pastorais, que se tomou semelhante a Cristo (He 2:17; Jo 15:12-15; Sl 77:20). Livro. O relatório dos que pertencem a Deus por toda a eternidade. Moisés, pois, era um bom pastor que não receava dar a vida pelas suas ovelhas.

    32.34 Anjo. Provavelmente, a presença real de Cristo antes de sua encarnação (conforme 33:2-3 1Co 10:4. Vingarei. A palavra, aqui, simplesmente quer dizer, aplicar a justa punição.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 32 do versículo 1 até o 35
    VI. REBELIÃO E RECONCILIAÇÃO (32.1—34.35)
    O bezerro de ouro (32:1-10)
    v. 1. A exigência do povo e o consentimento de Arão significam que já antes de as estipulações da aliança terem sido entregues a eles de forma escrita, já haviam quebrado o primeiro, o segundo e, provavelmente, o sétimo (conforme comentário do v. 6) mandamentos, e também agido contra o preâmbulo da aliança (cp. o v. 4 com 20.2). Como história de um povo que “muito depressa se [desviou]” (v. 8), ela tem o seu correlato no NT (v. G1
    1.6). ao redor de Arão seria melhor traduzido por “contra Arão” (conforme NEB, “confrontaram”), v. 2,3. Assim como houve contribuições de posses pessoais para a construção e embelezamento do tabernáculo (25:1-7; conforme 38.8), agora foi feita uma coleta para um propósito bem diferente e totalmente indigno (conforme Jz 8:24-7. para se entregar à farra pode ter uma conotação sexual (conforme a mesma palavra traduzida por “acariciando” em Gn 26:8). Normalmente, no entanto, o verbo é usado sem alusão a isso, como em Gn 21:9. Em lCo 10.8, outra situação bem diferente de imoralidade sexual por parte dos israelitas é citada (i.e., Nu 25:1-4), embora o pecado da idolatria tenha há pouco sido ilustrado com base na ocasião descrita nesses versículos de Ex 32. (Childs discorda nesse ponto, considerando os 23 mil de lCo 10.8 uma variação dos 3 mil do v. 28 desse capítulo.)

    A licenciosidade sexual certamente era uma característica dos cultos nos santuários de touros dos cananeus. E difícil determinar se Arão e os israelitas consideravam o seu bezerro uma representação de Javé ou um trono em que repousava a sua presença invisível; de qualquer forma, o seu pecado era extremamente grave. v. 7. Como no v. 1, embora lá por outra razão, a associação do êxodo com a liderança de Moisés tem uma conotação negativa, o seu povo [de Moisés\ implica que Deus já não o reconhecia como povo dele. v. 8. curvaram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios: não importa que Arão tenha tentado sincretizar o culto da fertilidade animal com a adoração a Javé, a sua “festa dedicada ao Senhor” (v. 5) é rejeitada como simples e pura adoração, v. 10. farei de você uma grande nação: conforme Gn 12:2. Para Moisés, havia sido um grande sacrifício colocar-se do lado dos israelitas (conforme He 11:24ss); agora ele estava ouvindo acerca da possível extinção do seu povo e recebendo a oferta de se tornar o segundo Abraão, v. 11. o teu povo é a resposta de Moisés a seu povo no v. 7. A libertação do povo da escravidão egípcia era a medida do compromisso de Deus com a causa deles. Por que Deus iria destruí-los agora?

    v. 12. O que também estava em jogo era a reputação de Deus. Até mesmo os egípcios reconheciam a mão de Deus no êxodo; se Israel fosse destruído, os seus antigos escravizadores concluiriam que Deus prefere usar o seu poder para propósitos destruidores. v. 13. Em terceiro lugar, havia as promessas feitas aos patriarcas. Mas essas não poderiam ser cumpridas por meio de Moisés, que também era filho de Abraão? Nenhum desses pensamentos vem à mente de Moisés, quando ele lembra a Deus sua promessa inicial feita a Abraão; e essa promessa tinha sido reforçada por juramento (conforme Gn 22:16ss). Será que agora o cumprimento estava em jogo apesar da incondicionalidade da promessa? O judaísmo tem em alta consideração os méritos dos patriarcas na explanação da lealdade de Deus na sua aliança; a coerência de Deus é a sua verdadeira origem, v. 14. arrependeu-se: isso não implica que os propósitos de Deus são menos do que perfeitos (conforme Nu 23:19). E uma descrição da atitude de Deus vista do ângulo humano. Jo 6:6 ajuda a vermos todo o diálogo da perspectiva correta. As tábuas são quebradas (32:15-20) v. 15. escritas em ambos os lados: isso era algo bem comum em tábuas escritas. As tábuas devem ter sido bem pequenas e eram provavelmente iguais; sobre isso, v. M. G. Kline, 'Westminster Theological Journal (XXII, 1960, p. 133-46). v. 16. As expressões feitas por Deus e escrito por Deus podem significar que as tábuas e suas inscrições eram o produto direto da criatividade divina, ou, visto que o termo hebraico ’elõhim é usado com fre-qüência com força de superlativo, que foram feitas de forma primorosa e perfeita. V.comentário Dt 31:17. v. 17. Josué havia acompanhado Moisés em parte do caminho como seu auxiliar (conforme 24.13). v. 18. A resposta de Moisés é dada em forma de verso; há aí certa medida de jogo de palavras, v. 19. Moisés quebrou as tábuas como uma expressão da sua ira, mas a sua ação teve um significado mais profundo no aspecto de que anunciou a anulação da aliança que acabara de ser feita, v. 20. destruiu no fogo sugere a alguns estudiosos que o bezerro de ouro tinha um núcleo de madeira. O verbo não é de todo inadequado para um objeto de metal sólido. Foi sugerido — com base num texto cananeu — que a colocação dos três verbos “destruir no fogo”, “moer” e “espalhar” é uma forma convencional de expressar destruição completa, fez com que os israelitas a bebessem: esse elemento lembra o que aconteceu em Nu 5:11-4 e o julgamento e teste de uma mulher da qual se suspeitava que tivesse sido infiel ao marido. O v. 35 talvez tenha alguma relação com essa imposição. Deus é o marido ciumento de Israel (cp. Nu 5:14 com Êx 20:5).

    v. 22. propenso para o mal é preferível a “profundamente atribulado” da NEB, embora a palavra em questão possa às vezes ter o significado de “tribulação”, v. 24. Moisés havia colocado a culpa pela aberração do povo de forma justa e clara em Arão. A defesa deste — o bezerro autógeno — pode ter sido um caso de “maneiras requintadas orientais” (Cole), mas são maneiras requintadas a ponto de virarem trapaça; isso não é nada melhor do que a resposta de Geazi (2Rs 5:25).

    A grande matança (32:25-29)
    v. 25.
    fora de controle: ou: “desenfreado” (BJ). v. 26. os levitas eram companheiros de tribo de Moisés e haviam permanecido leais a Deus na ausência de Moisés, v. 28. três mih não temos indicação alguma do motivo de esses terem sido mortos à espada e os outros não. Talvez tenham sido pegos no ato da idolatria ou tenham sido os líderes na adoração do bezerro, v. 29. vocês se consagraram, o sentido necessário pode ser obtido do TM sem recorrer a emendas, com a permissão das notas de rodapé da RSV e da NEB; v. a explicação de Cassuto do TM. nenhum de vocês poupou o seu filho: os relacionamentos familiares estavam subordinados ao serviço a Deus (cf. Dt 33:8,Dt 33:9). A bênção consistia no direito de oficiar no tabernáculo (conforme Dt 33:10,Dt 33:11; Nu 25:10-4. v. 34,35. meu anjo: conforme 23.20,23; 33.2. eu os punirei: uma ameaça de julgamento no futuro distante, ao qual o v. 35 pode estar se referindo ou não.

    O v. 35 talvez tenha o propósito de resumir tudo que o precedeu: E o Senhor feriu o povo com uma praga {feriu com uma praga traduz uma única palavra em hebraico).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 38

    II. Israel no Sinai. 19:1 - 40:38.

    O ano da peregrinação ao Sinai teve dois resultados:
    1) Israel recebeu a Lei de Deus e foi instruída nos caminhos de Deus; e
    2) a multidão que escapou do Egito foi unificada, dando começo a uma nação. Este período é da maior importância para compreendermos a vontade e o propósito de Deus conforme revelado no restante do V.T. Este é o ponto central do que tão freqüentemente as Escrituras chamam de "a Lei". O registro da viagem ao Sinai e a doação da Lei ali, ocupam não só o restante do Êxodo, mas também o livro do Levítico e os primeiros capítulos de Números.

    A hipótese de Graf-Wellhausen, promulgada no século dezenove, que negou até mesmo a existência de um Tabernáculo, fez destas leis um simples reflexo dos costumes de séculos posteriores. Na primeira metade deste século temos um reverso desta filosofia, de modo que agora praticamente todos os mestres estão prontos a admitir que a estrutura e o coração da Lei são mosaicos. Críticos ainda insistem que a Lei, como nós a conhecemos aqui, foi modificada a partir do original e consideravelmente criticada em séculos posteriores. Embora não seja de todo impossível que conceitos e ordenanças fossem incluídos mais tarde, aqueles que consideram a Lei como uma revelação de Deus, aceitam-na na sua forma presente como sendo substancialmente aquilo que Moisés recebeu. Mesmo os críticos que negam isto teoricamente, acham que é difícil decidir qual das ordenanças teriam sido posteriormente acrescentadas.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 32 do versículo 30 até o 35
    d) Moisés intercede novamente, e é-lhe mostrada a glória divina (Êx 32:30-33.23)

    Porventura farei propiciação (30); isto é, oferecendo-se em lugar deles (32). Perdoa o seu pecado (32). Seria aconselhável suprir aqui palavras como "Seria bom", no início desta frase. Estas foram palavras não de uma petição formal, mas de um coração sobrecarregado pelo desejo que o povo fosse salvo e que o Senhor fosse honrado (conf. Rm 9:2-45). A idéia de punição e expiação vicárias se encontra desde o princípio mesmo da revelação divina. Nenhum mero homem pode expiar pelo pecado de seu semelhante (Sl 49:7), mas Deus estava ensinando o povo a esperar isso de Seu Filho. Aquele que pecar (33). Deus teve misericórdia da nação, mas reservou-se o direito de castigar os indivíduos culpados, sempre que alguém desobedecesse. Contudo, a própria nação inteira foi punida pela remoção da própria presença imediata de Deus, substituindo-se por um anjo (34).


    Dicionário

    Arão

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Planta de pequenas flores unissexuadas dispostas em espigas cercadas de uma espata esverdeada. Uma espécie decorativa de espata branca, originária da África, é também chamada cala. (Família das aráceas.).
    [Popular] Copo-de-leite.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    A significação deste nome é incerta. Foi o primeiro Sumo Sacerdote de israel, descendendo de Levi, o terceiro filho de Jacó. Seu pai chamava-se Anrão e sua mãe Joquebede, era irmão de Moisés e de Miriã, três anos mais velho que aquele, e mais novo do que esta. Foi escolhido por Deus para ser cooperador de Moisés em virtude do seu dom de fala (Êx 4:16). Ele foi com Moisés a Faraó, realizando sinais na presença deste rei, e sendo também o instrumento de Deus em outros maravilhosos casos (Êx 7:10). Na batalha contra Amaleque, sustentaram Arão e Hur as mãos de Moisés, para que israel fosse vitorioso (Êx 17:12). Quando Moisés subiu ao monte Sinai, foi Arão persuadido pelo povo a fundir um bezerro de ouro para adoração, e pelo seu procedimento foi severamente censurado. Moisés orou, e obteve o perdão de Deus para o povo e Arão (Dt 9:20). Algum tempo depois foi ele consagrado sumo sacerdote, devendo este alto cargo ser hereditário na família. Coré e os levitas revoltaram-se contra a sua dignidade sacerdotal, sendo o primeiro consumido pelo fogo. ofereceu Arão incenso para suspender a praga, e o Senhor manifestamente aceitou sua intercessão pelo povo. Juntamente com Moisés e os príncipes de israel recebeu ele a missão de fazer a contagem do povo. o murmúrio de Arão e Miriã contra Moisés teve, talvez, a sua origem na má vontade de Miriã, mas não persistiu por muito tempo (Nm 12). Em Meribá pecou ele e Moisés (Nm 20:10 e seg.), e parece que a sua morte se deu pouco depois no monte Hor, sucedendo-lhe no cargo seu filho Eleazar, que, somente com Moisés presente, dirigiu o culto da sepultura (Nm 20:28). Teve Arão de sua mulher Eliseba quatro filhos. Dois deles, Nadabe e Abiú, pereceram pelo fogo do Senhor, ainda em vida de seu pai, pelo fato de terem oferecido um fogo estranho. o sumo sacerdócio continuou na descendência de Nadabe até ao tempo de Eli, que pertencia à casa de itamar. Quando Salomão subiu ao trono, tirou aos filhos de Eli o sumo sacerdócio, e deu-o a Zadoque da casa de Eleazar, cumprindo-se assim a profecia que vem no livro 1º de Samuel 2.30.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    Arão era o típico “irmão do meio”, numa família de três filhos, espremido como sanduíche entre sua irmã Miriã, de personalidade forte, e seu irmão Moisés, competente e firme como uma torre (Ex 6:20; Ex 7:7) — não é de admirar que tenha crescido com a graça da submissão e com o lado inverso dessa virtude: indecisão e fraqueza crônica.História de Arão - Arão nasceu durante a opressão de Israel no Egito, mas evidentemente antes do edito genocida de Êxodo 1:22. Tinha três anos de idade quando Moisés nasceu, ao passo que Miriã já era uma jovem cheia de si (Ex 2:4-8). Desde cedo, portanto, ele se encontrava entre o bebê que exigia total atenção e ainda por cima atraía a admiração dos vizinhos e uma irmã autoconfiante e incisiva. Seria ele a “ovelha negra” da família? Não temos muitos detalhes sobre isso, mas seu posterior desenvolvimento (ou a falta dele) sugere que sim. Ele cresceu, casou com Eliseba e teve quatro filhos (Ex 6:23; Lv 10:1-6): Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Seria interessante especular se a ação presunçosa de Nadabe e Abiú (Lv 10:1) não foi provocada por acharem que o pai tinha uma atitude subserviente demais para com Moisés e desejavam conquistar uma maior liberdade de ação e pensamento na família sacerdotal — e o silêncio de Arão (Lv 10:3) seria uma tristeza muda, uma fraca aquiescência ou uma impotência que o fazia agitar-se interiormente?

    Durante toda a narrativa do Êxodo, Arão é um auxiliar de Moisés. Ele foi enviado para prover uma voz para as palavras de Moisés (Ex 4:14-29; Ex 7:1-2; Ex 16:9; etc.), quando reivindicaram a liberdade dos israelitas diante do Faraó. Subordinou-se a Moisés em todo o período das pragas (cf. Ex 7:18; Ex 8:5) e compartilhou com ele as reclamações do povo (cf Ex 16:2) —participando também dos momentos de oração (Nm 16:22; etc.) e de alguns privilégios no Sinai (Ex 19:24; Ex 24:1-9). Apenas uma vez o nome de Arão recebe a prioridade de irmão mais velho (Nm 3:1); Deus falou diretamente com ele apenas duas vezes (Ex 4:27; Ex 18:1-20). Em duas ocasiões, entretanto, Arão agiu independentemente de Moisés e em ambas as vezes aconteceram desastres desproporcionais. Primeiro, quando ficou no comando durante a viagem de Moisés ao monte Sinai (Ex 24:14); pressionado pelo povo (Ex 32:22), tomou a iniciativa de fazer um bezerro de ouro e promover sua adoração (Ex 32:2-5). Com isso, atraiu a ira de Deus e só foi salvo pela intercessão do irmão (Dt 9:20). Segundo, quando tomou parte numa insensata rebelião familiar contra Moisés (Nm 12:1 ss), onde ele e Miriã alegavam que mereciam mais reconhecimento como instrumentos da divina revelação. Podese ver claramente (v. 10) que a iniciativa de tudo foi de Miriã — (e a descrição de Zípora como “mulher etíope” indica algumas “alfinetadas” entre as duas cunhadas como um fator que deve ser considerado!) — e Arão, facilmente manipulado, como freqüentemente acontece com pessoas basicamente fracas, foi persuadido a ficar indignado e assumir uma firme posição no lugar errado! Não é notório que no final ele novamente deixou-se arrastar pela explosão de ira de outra pessoa e perdeu o direito de entrar em Canaã (Nm 20:1-13)?

    Arão morreu no monte Hor (Nm 20:22-29) e foi homenageado com um luto que durou trinta dias.O sacerdócio de ArãoA Bíblia, como um todo, fala gentilmente de Arão. Nos Salmos ele é chamado de pastor (Sl 77:20), sacerdote (Sl 99:6), escolhido (Sl 105:26), santo (Sl 106:16) e ungido ((Sl 133:2). No livro de Hebreus, seu sacerdócio prefigurava o Sumo Sacerdote perfeito (Hb 2:17-18; Hb 4:14-16; Hb 5:1-4; Hb 7:11). Tal era a dignidade e a utilidade para a qual Deus levantou esse homem fraco, vacilante, inadequado e excessivamente submisso — com todas as vantagem dessa qualidade e também todos os seus pontos negativos.

    Levítico 10:10 resume o sacerdócio do Antigo Testamento como um trabalho moral e didático. Era educativo no sentido de que o sacerdote era o repositório da revelação divina (Dt 31:9) e instruía o povo a partir dessa verdade revelada (Ml 2:4-7; cf. Nm 25:12-13). Sem dúvida, contudo, o principal foco da vida sacerdotal era lidar com as enfermidades morais do povo e trazê-lo, mediante os sacrifícios determinados, a uma experiência de aceitação diante de Deus (Lv 1:3; etc.), por meio da expiação (Lv 1:4; etc.) e do perdão (Lv 4:31; etc.).

    A ideia básica da “expiação” é aquela de “cobrir”; não simplesmente no sentido de esconder algo das vistas (Mq 7:18-19), mas muito mais no sentido de que um pagamento “cobre” o débito, cancela-o. O método dessa “cobertura” era o “ato de carregar os pecados” ou a transferência do pecado e suas penalidades do culpado e o cumprimento da penalidade (morte) merecida sobre o inocente, pela vontade de Deus. Em todos os sacrifícios, a imposição das mãos do ofertante sobre a cabeça do animal era um importante requisito (Lv 1:4;3:2-13;4:4-25; etc.) e, de acordo com o livro de Levítico, o significado desse ritual é esclarecido como a designação de um substituto e a imposição dos pecados do ofertante sobre o mesmo. Nesses sacrifícios, o ministério dos sacerdotes arâmicos era essencial. Esta era a função deles e ninguém mais ousaria intrometer-se nessa tarefa. Ela atingia seu ápice — e seu exercício mais dramático — no dia da Expiação anual, ocasião em que a misericórdia divina limpava todos os pecados, transgressões e iniqüidades cometidos durante o ano anterior. O sumo sacerdote — o querido e frágil Arão! — era o principal oficiante, o primeiro a carregar o sangue que representava a morte do animal-substituto ao Santíssimo Lugar, para o espargir onde era mais necessário, na presença do Senhor e sobre o propiciatório e as tábuas que continham a Lei de Deus, a qual foi quebrada (Lv 16:11-17). O sacerdócio, contudo, era uma oportunidade de ensino e o povo precisava entender publicamente o que o sacerdote havia feito na privacidade. Portanto, a cerimônia do “bode emissário” foi ordenada por Deus (Lv 16:20-22), na qual, abertamente, diante de todo o povo, Arão impunha as mãos (v 21), confessava todos os pecados (v
    21) e “colocava” todos eles sobre a cabeça do animal. Dessa maneira, o bode era designado para “levar sobre si todos os pecados”. Esse era o momento de glória de Arão, onde ele prefigurava Aquele que seria atingido pela transgressão do seu povo e levaria sobre si o pecado de muitos (Is 53:8-12), Aquele que “pelo Espírito eterno” ofereceria “a si mesmo imaculado a Deus” e tanto seria como faria “um único sacrifício pelos pecados”, “para sempre” (Hb 9:14; Hb 10:12).

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Arão [Iluminado]

    Filho de Anrão e Joquebede e irmão de Moisés (Nu 26:59). Foi auxiliar de Moisés na tarefa de tirar os israelitas do Egito (Ex 4:14-16; 7:1-2) e de levá-los a Canaã. Foi pai de quatro filhos: Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (Ex 6:23). Arão teve seus momentos de fraqueza (Ex 32:1-29; Nu 12:1-15). Ele e os seus filhos foram consagrados para servirem como sacerdotes (Ex 28:1). Sua morte está descrita em Nu 20:22-29.

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Assim

    advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
    Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
    Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
    Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
    conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
    Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
    locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
    locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
    expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
    Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
    Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
    Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

    Bezerro

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Cria da vaca enquanto mama, geralmente até um ano de idade.
    A pele curtida do novilho.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Bezerro Boi ainda novo, cuja carne era usada como alimento e também nos SACRIFÍCIOS (Lv 9:2; Hb 9:12-19).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Feito

    adjetivo Realizado, consumado; constituído.
    Adulto: homem feito.
    conjunção Como, tal como: chorava feito criança.
    locução adverbial De feito, O mesmo que de fato.

    Feito Ato; obra (Sl 9:11; Cl 3:9).

    Ferir

    verbo transitivo Golpear; fazer chaga ou ferimento em.
    Machucar: a sandália nova está ferindo o pezinho da menina.
    Atritar algo para fazer chispa: ferir a pedra do isqueiro.
    Figurado Magoar, ofender: ferir a sensibilidade do amigo.
    Causar impressão desagradável: palavras que ferem os ouvidos.
    Contrariar: ferir as conveniências; ferir os interesses de alguém.
    verbo pronominal Golpear-se, cortar-se, machucar-se: ferir-se nos espinhos da roseira.
    Figurado Magoar-se, ofender-se: ele se feriu com a injustiça do chefe.

    Ferir
    1) Produzir ferimento (Gn 3:15)

    2) Dar pancada em (Nu 20:11). 3 Matar (Nu 21:24).

    4) Atacar (Js 10:4).

    5) Castigar (Isa 19:)

    Porquanto

    conjunção Porque; visto que: não foi ao casamento, porquanto perdeu o avião.
    Gramática Utilizada para unir orações ou períodos que possuam as mesmas características sintáticas.
    Gramática Tendo em conta o sentido, pode ser utilizada como conjunção explicativa, explicando ou justificando aquilo que havia sido dito ou escrito anteriormente.
    Etimologia (origem da palavra porquanto). Por + quanto.

    Povo

    substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
    Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
    Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
    Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
    Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
    Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
    Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
    Público, considerado em seu conjunto.
    Quantidade excessiva de gente; multidão.
    [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
    substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
    Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
    Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Tinha

    Tinha Doença da pele (Lv 13;
    v. NTLH).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Êxodo 32: 35 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Assim o SENHOR feriu com pragas o povo, por ter sido feito o bezerro que Aarão tinha formado.
    Êxodo 32: 35 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1446 a.C.
    H175
    ʼAhărôwn
    אַהֲרֹון
    Aaron
    (Aaron)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H5062
    nâgaph
    נָגַף
    golpear, bater
    (will plague)
    Verbo
    H5695
    ʻêgel
    עֵגֶל
    ()
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H5971
    ʻam
    עַם
    as pessoas
    (the people)
    Substantivo
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    אַהֲרֹון


    (H175)
    ʼAhărôwn (a-har-one')

    0175 אהרן ’Aharown

    de derivação incerta, grego 2 Ααρων; DITAT - 35; n pr m

    Arão = “aquele que traz luz”

    1. irmão de Moisés, um levita e o primeiro sumo-sacerdote

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    נָגַף


    (H5062)
    nâgaph (naw-gaf')

    05062 נגף nagaph

    uma raiz primitiva; DITAT - 1294; v

    1. golpear, bater
      1. (Qal) golpear, bater
      2. (Nifal) ser golpeado, ser batido
      3. (Hitpael) tropeçar

    עֵגֶל


    (H5695)
    ʻêgel (ay-ghel)

    05695 עגל ̀egel

    procedente da mesma raiz que 5696; DITAT - 1560a; n m

    1. bezerro, novilho

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    עַם


    (H5971)
    ʻam (am)

    05971 עם ̀am

    procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

    1. nação, povo
      1. povo, nação
      2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
    2. parente, familiar

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo