Enciclopédia de Eclesiastes 1:15-15

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ec 1: 15

Versão Versículo
ARA Aquilo que é torto não se pode endireitar; e o que falta não se pode calcular.
ARC Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não pode ser calculado.
TB O que é torto não se pode endireitar; e o que falta não se pode enumerar.
HSB מְעֻוָּ֖ת לֹא־ יוּכַ֣ל לִתְקֹ֑ן וְחֶסְר֖וֹן לֹא־ יוּכַ֥ל לְהִמָּנֽוֹת׃
BKJ Aquilo que é torto não se pode endireitar; e aquilo que falta não se pode numerar.
LTT Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode enumerar.
BJ2 O que é torto não se pode endireitar; o que está faltando não se pode contar.
VULG Perversi difficile corriguntur, et stultorum infinitus est numerus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Eclesiastes 1:15

Jó 11:6 e te fizesse saber os segredos da sabedoria, que é multíplice em eficácia; pelo que sabe que Deus exige de ti menos do que merece a tua iniquidade.
Jó 34:29 Se ele aquietar, quem, então, inquietará? Se encobrir o rosto, quem, então, o poderá contemplar, seja para com um povo, seja para com um homem só?
Eclesiastes 3:14 Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar e nada se lhe deve tirar. E isso faz Deus para que haja temor diante dele.
Eclesiastes 7:12 Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência da sabedoria é que ela dá vida ao seu possuidor.
Isaías 40:4 Todo vale será exaltado, e todo monte e todo outeiro serão abatidos; e o que está torcido se endireitará, e o que é áspero se aplainará.
Lamentações de Jeremias 3:37 Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande?
Daniel 4:35 E todos os moradores da terra são reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão e lhe diga: Que fazes?
Mateus 6:27 E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Eclesiastes Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
SEÇÃO

A BUSCA PELO SENTIDO DA VIDA
Eclesiastes 1:1-2.26

A. INTRODUÇÃO, 1:1-11

  1. Título do Livro (1,1)

Neste versículo inicial o escritor nos dá o título do livro. Ele o chama de As palavras do Pregador. O termo hebraico é qoheleth, vem de kahal e significa aquele que agrega ou ajunta uma congregação. A Septuaginta5 traduziu a palavra por Ecclesiastes, que veio para a Bíblia inglesa como o nome do livro e de forma muito semelhante (Eclesiastes) para a nossa Bíblia portuguesa. A tradução deriva de ecclesia, a palavra grega que traduzimos por "igreja". Assim, o autor se referiu a si mesmo como um pregador ou professor religioso.

Mas quem é esse pregador? Se compreendermos o versículo 1 literalmente, ele era o rei Salomão — pois não houve nenhum outro filho de Davi que foi rei em Jerusalém. Todavia, compreender este versículo literalmente deixa outras passagens do livro sem explicação. Veja a discussão deste problema na 1ntrodução, "Autoria".

  1. Tema do Livro (1:2-11)

a) O texto (1:2-3). Em 2.11 o Pregador esboça o tema de seu "sermão". O texto é: Vaidade de vaidades! É tudo vaidade (2). A palavra hebraica é hebhel, que significa "vapor" ou "sopro". Isto significa a transitoriedade da vida, mas o autor quer dizer mais. A vida parece não estar indo a lugar algum. Muitos tradutores usam os termos vaidade, futilidade, infrutífero, sem alvo e vazio. Desse ponto de vista nossas vidas não têm senti-do. A repetição, vaidade de vaidades, é a maneira hebraica de aumentar a intensidade e expressar assim total futilidade (cf. servo dos servos, Gn 9:25; e santo dos santos). O autor não omite nenhuma fase da vida, tudo é em vão e inútil.

Em que sentido o Pregador faz essa declaração? Existem tradutores que enxergam isso como o estado de espírito predominante, a filosofia de vida do Pregador. Mas é melhor entender isso como um julgamento aplicado a pessoas que vêem a vida terrena como sua única vida (ver a Introdução, "Interpretação").

Obviamente há horas — e às vezes dias e semanas — quando o tema de Eclesiastes expressa a disposição da alma. Mas essas são horas e dias de depressão. Eles ocorrem em tempos de perda e desânimo. Tais momentos são reações emocionais temporárias que ao longo do tempo conduzem a uma compreensão mais verdadeira da vida. Eles se tornam atitudes determinantes de vida e de convicções apenas para homens cuja vida se encontra totalmente debaixo do sol (3), cujo ponto de vista é totalmente terreno e secular. Tal homem tem plena razão de perguntar: Que vantagem tem o homem de todo o seu trabalho [...]?

Se não estamos convictos, talvez seja porque estamos vivendo em um nível muito baixo. Se vivemos pelo prazer ou pelo dinheiro ou pela fama, então as reali-dades espirituais se tornam inescapavelmente nebulosas e vagas. Para sentir que somos imortais precisamos viver como imortais Olhar constantemente para o que é trivial cega os olhos para o esplendor do eterno, e sempre trabalhar por pérolas efêmeras rouba do coração a sua convicção na coroa da glória. Para aqueles que se dão de todo coração ao serviço da humanidade no espírito de seu Filho, Deus trans-mite não apenas paz e alegria, mas uma incrível convicção de que quando o traba-lho aqui estiver terminado, morrer será lucro. (Citação selecionada.)

Essa é a fé elevada para a qual a revelação cristã aponta. Mas o homem ao qual Qoheleth se refere nunca alcançou essa fé como um padrão de vida fixo. Para ele outros fatos geralmente chamavam mais a atenção.

b) Ilustrações da natureza (1:4-8). Se um homem olha apenas para o ambiente físico da vida, ele encontra somente as respostas que o mundo material pode oferecer. Aqui, Qoheleth mostra quatro desses fatos frustrantes. A terra física é mais duradoura que a vida terrena do homem: Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece (4). Esta terra não foi destinada a durar para sempre (2 Pe 3.10), mas tem durado além de vidas terrenas de incontáveis gerações de homens. Se a vida aqui é tudo que existe, o Pregador é convincente ao defender o seu ponto de vista.

O argumento agora se volta aos ciclos do mundo natural, e o autor não vê nada além de monotonia. O sol (5) nasce apenas para se pôr, e aí volta ao seu lugar para nascer novamente. O vento (6) sopra para o sul e o vento sopra para o norte (uma referência aos ventos predominantes na Palestina) e aí repete o processo. Todos os ribeiros vão para o mar (7) ; a evaporação e a chuva devolvem as águas à terra, e os rios correm novamente por onde correram antes.

A natureza se move num ciclo, e quando alguém consegue enxergar apenas o ciclo, enlouquece. Todas essas coisas se cansam tanto (8) — energia imensa foi gasta e não há nada diferente de antes. Essa é uma atividade totalmente insensata — "algo indescritivelmente cansativo" (Berkeley). Como uma reflexão tardia, o espírito pessimis-ta aqui vê apenas a futilidade na capacidade de compreensão do homem: os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos de ouvir.

Mas por que um homem deveria ser pessimista em relação às atividades recorrentes deste mundo? Quando o sol brilha, e as brisas sopram, e a chuva cai, pessoas conscientes são abençoadas por esses elementos. Em vez de considerar tudo uma repetição insensa-ta, a natureza pode ser vista como ativa, enérgica e vibrante. Aquele que é pessimista em relação aos olhos que sempre vêem e aos ouvidos que sempre ouvem deveria defrontar-se com a possibilidade de perder sua visão ou sua audição. Aí então essas provisões de Deus seriam compreendidas claramente pelas bênçãos que são.

c) Monotonia e fadiga (1:9-11). Raramente alguém consegue contradizer os fatos para os quais o autor aponta nesses versículos. A maioria das coisas que fazemos foi feita por alguém antes de nós — e a maioria delas será realizada novamente por outros depois de nós. Vamos admitir que existam apenas algumas experiências que possam ser cha-madas de algo novo debaixo do sol (9). A maioria das atividades básicas da vida já ocorreu nos séculos passados, que foram antes de nós (10). Mas e daí? Por acaso exigimos que as coisas sejam novas para que possuam algum valor? Certamente este não é o ponto de vista de um colecionador de antigüidades!

Devemos lembrar de que todas as coisas velhas são novas para aqueles que acabam de chegar ao mundo. Antigas experiências também ganham novo significado para pesso-as que de alguma forma são renovadas por um novo entusiasmo pela vida. Existem vidas novas, dias novos, interesses novos, serviços novos e novas devoções que trazem um significado revigorado à vida. Talvez devamos encontrar na perda da dedicação e do trabalho a chave para o estado de espírito do autor. No versículo 13, ele nos diz que se doou para entender este mundo. A sabedoria é algo bom, mas Deus nunca planejou que fôssemos observadores imparciais. Aqueles que servem com renúncia e devoção encon-tram significados que meros espectadores interessados não notam.
Quer dizer que o versículo 11 contradiz os argumentos dos versículos 9:10, e revela o pessimismo de Qoheleth como um sentimento em vez de uma atitude racional? O autor argumentou que a vida é sem valor porque nada é novo. Agora ele argumenta que a vida é sem valor porque tão pouco será lembrado! Muitas coisas são esquecidas — e talvez sejamos gratos pelo esquecimento da maioria delas — mas muitas coisas também são lembradas. Os monumentos que os homens constróem e os livros que escrevem conser-vam as memórias do passado. Muitas das coisas que apreciamos são preservadas em nossa memória aqui, e acreditamos que fazem parte de nós em uma existência conscien-te depois da nossa sepultura. Além do mais, Deus não esquece (S156.8).

B. A FUTILIDADE DAS EXPERIÊNCIAS HUMANAS, 1:12-2.26

Esta seção foi escrita de forma autobiográfica. O autor fala da busca de sua vida pessoal, mas quem é o autor? Ele diz: Eu [...] fui rei sobre Israel em Jerusalém (12). Para encontrar respostas, veja a Introdução, "Autoria".

1. A Busca Intelectual (1:13-16)

Quer aceitemos Salomão como o autor do livro, quer não, temos de admitir que esta seção está lidando com os interesses do terceiro rei de Israel. Aqui se encontra a busca da mente inquiridora, o esforço do homem que procura ver sua vida na sua totalidade e de forma estável — e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu (13). A busca intelectual não está inteiramente satisfeita. O autor a descreveu como: essa enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exerci-tar (13). No versículo 16, ele argumenta que, se o rei com todos os seus recursos financei-ros e dons intelectuais não conseguiu encontrar satisfação em sua busca, como pode qual-quer outro homem com menos recursos do que ele chegar a uma conclusão diferente?

O frustrado Qoheleth conclui que os esforços intelectuais da vida são vaidade e afli-ção de espírito (14), porque aquilo que é torto não se pode endireitar (15) e tudo aquilo que está errado não pode ser calculado. Somos finitos. Devemos admitir que sempre podemos encontrar mais coisas erradas em nós do que coisas certas. "Entretanto, possuímos o poder pela graça de Deus e o mistério de nossas próprias personalidades criativas para usar o material ainda não trabalhado de nossas experiências e nosso ser sempre inacabado, para fazer da vida um empreendimento digno de seu preço e promes-sas. O que é torto pode se endireitar, nas estradas, na sociedade, na alma; nem sempre é rápido ou fácil, e sempre custa um preço. Mas não temos outra opção a não ser tentar".2

  1. Uma Investigação e uma Descoberta (1:17-18)

No versículo 17, o Pregador reafirma seu esforço para conhecer a sabedoria, mas adiciona uma palavra a respeito de suas técnicas de estudo. Ele tentou adquirir sabedo-ria por meio do conhecimento de opostos, os desvarios e as loucuras. Esta não foi só uma tentativa para experimentar todos os fatos. Muitos comentaristas dão a entender que esta foi uma investigação mais profunda da mente numa busca por princípios pelos quais alguém pode distinguir a sabedoria dos desvarios e loucuras. Mas Qoheleth descobriu que mesmo uma teoria do conhecimento pode ser uma aflição de espírito.

Existe uma verdade no versículo 18 que é descoberta por uma personalidade em crescimento. Quanto mais sabedoria alguém adquire, mais lacunas essa pessoa reconhe-ce que existem, e menos satisfeita ela se torna com seu desenvolvimento. "Aquele que vive mais de uma vida, mais de uma morte precisa morrer". Mas quem iria querer afas-tar as dores do conhecimento à custa de continuar ignorante? Quem iria tentar afastar as tristezas da perda dos amados ao se recusar a amar? Crescemos quando avançamos na busca pela vida. Privar-se dessa busca é errar e perder o alvo.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Eclesiastes Capítulo 1 do versículo 12 até o 18

O Mal é Provado por Seus Resultados (Ec 1:12-18)

A Vida Humana Não Tem Propósito. O pregador (filósofo) apresenta agora seu juízo sobre o valor da vida, tese inerente ao material escrito antes deste ponto. E ele acaba brindando-nos com certo número de julgamentos de valor. O filósofo era um triste homem mecanicista, mas isso não quer dizer que não encontrasse mal no mundo. Ele não era moralmente neutro, mas que diferença faz a moralidade?

Ec 1:12

Eu, o Pregador. O triste filósofo reafirma sua “identidade salomônica” e assim obtém prestígio para suas declarações. Ele era rei de Israel e operava em Jerusalém, pelo que não lhe faltavam credenciais; sobejavam-lhe oportunidades de observar as coisas, grandes e pequenas, importantes e sem importância. Ver o vs. Ec 1:1, quanto a uma discussão sobre a autoria do livro, e a seção II da introdução.

O autor retrata-se como Salomão considerando suas experiências de vida anteriores, com muitas coisas a dizer. Infelizmente, porém, tudo quanto ele tinha para dizer era negativo e inútil, simplesmente nada. O autor sacro mostrou-se um tanto descuidado, porquanto retratou Salomão como se ainda estivesse vivo, considerando o seu passado, mas falando como se não fosse mais rei. Em Ec 2:7,Ec 2:9, o autor sacro falou sobre outros reis que viveram antes dele; mas só houve, em Israel, dois monarcas anteriores a Salomão: Saul e Davi. Havia um costume, entre os reis do Egito, de fazer discursos de sabedoria quando capitulavam, e o presente versículo pode ser um reflexo desse costume. Seja como for, o pseudo-Salomão-triste-filósofo pode ser um reflexo desse costume antigo, dando prosseguimento a seus discursos pessimistas, a fim de atrair a atenção das pessoas, fazendo drapejar a bandeira de Salomão. Esta seção está repleta dos termos “sem sentido”, ou algum sinônimo, dificilmente usados pelo mais sábio de todos os homens.

Ec 1:13

Apliquei o coração a esquadrinhar. O pseudo-Salomão-triste-filósofo já tinha visto todas as coisas; aquilo que ele não tinha visto pessoalmente, investigara detalhadamente com os próprios olhos. Ele perscrutou a questão da sabedoria humana, investigou por toda parte e leu muitos livros, para ver o que poderia descobrir. Ele sondou a sabedoria e aplicou toda a sabedoria de que dispunha em suas investigações. Erasmo de Roterdã teria gostado do autor sagrado, porquanto também apreciava a livre investigação. O pregador procurava tirar algum sentido do que acontece neste mundo, mas ficou amargamente desapontado. “Deus só tem dado aos homens uma atividade infeliz (Revised Standard Version) ou um dolorido labor” (King James Version). Os homens, ao tentar trabalhar com o material dado por Deus, só têm encontrado desapontamentos. O filósofo identificou Deus como a Causa Única e inventou uma providência divina toda-negativa, do que resultariam apenas pesadas cargas para os homens, conforme alguns traduzem o original hebraico. A palavra assim traduzida (ínyan rá) também aparece em Ec 2:23,Ec 2:26; Ec 3:10; Ec 4:8; Ec 5:3,Ec 5:14 e Ec 8:16, mas não figura em nenhuma outra passagem do Antigo Testamento. Essa palavra é comum entre os rabinos hebreus. Deus é retratado a infligir aos homens suas cargas pesadas. Ele é a fonte originária de toda a calamidade. A teologia dos hebreus era fraca quanto a causas secundárias, e isso passou para o Novo Testamento em passagens como Romanos 9, bem como na teologia calvinista, que faz de Deus a origem do mal, e não meramente do bem, porquanto também nesse sistema Deus é a Causa Única.

Algumas teologias asseveram ser o homem motivo de desapontamento para Deus, mas aqui Deus figura como a causa do desapontamento para os homens. Deus não tratava os homens com justiça. Essa era, igualmente, uma declaração de Jó, um dos problemas sobre os quais ele meditou e sobre o qual muitos têm meditado, desde então. Por que os homens sofrem, e por que sofrem da maneira como sofrem? Essa é a essência do Problema do Mal (ver no Dicionário a respeito, quanto a explicações).

Ec 1:14

Atendei para todas as obras que se fazem debaixo do sol. O triste filósofo foi capaz de obter uma visão panorâmica de todas as obras que os homens fazem debaixo do sol, e também, presumivelmente, de todas as obras da natureza. Sua avaliação foi totalmente negativa: tudo não passa de uma baforada de fumaça, de uma brisa soprada pela vaidade, que é vazia e representa o nada. Ver o vs. Ec 1:2 deste capítulo, onde a tese é ousadamente proferida, sendo agora confirmada, após longa e diligente investigação. Ele procurou por toda parte “debaixo do sol”, isto é, na terra, e não encontrou razão alguma para modificar sua mente pessimista a respeito da sombria inutilidade da vida humana. As obras do homem são moralmente boas ou más (e a lei é que as determina), mas ígualmente inúteis.

A vida é cavada a ferro na melancolia central,
E aquecida até ficar em brasa com temores requeimantes.
Mergulhada em banhos de lágrimas profusas,
Espancada com os choques da condenação.

(Tennyson, In Memoriam)

E correr atrás do vento. Há uma frase parecida com essa, em Os 12:1: “persegue o vento". Trata-se de uma “fotografia gráfica de esforços gastos sem a obtenção de resultados, pois ninguém pode apanhar o vento em suas mãos. Essa expressão é usada nove vezes em Eclesiastes: Ec 1:14,Ec 1:17; Ec 2:11,Ec 2:17,Ec 2:26; Ec 4:4,Ec 4:6,17 e Ec 6:9” (Donald R. Glenn, in loc.).

Ec 1:15
Aquilo que é torto não se pode endireitar.
Quando o filósofo fala sobre coisas tortas, quase certamente está fazendo um julgamento de valor. Há coisas tortas neste mundo, pois os homens praticam o mal e a natureza os aflige. Torto também significa, nesta passagem bíblica, algo escuro, errado, as cargas pesadas do vs. Ec 1:13: coisas boas e más, mas sem conserto. E, ainda que houvesse remédios, elas tomariam formas de inutilidade. As coisas foram determinadas, precisam acontecer da maneira como são; mas, de qualquer modo, são erradas. As coisas são incompletas, como se não pudessem ser numeradas. Portanto, há aquilo que é bom e aquilo que é mal, coisas incompletas, coisas que correm erradas, tudo manifestando o problema do mal. Existem imperfeições e sofrimentos inexplicáveis; existem desastres, enfermidades, assassinatos e ultrajes. E quem pode fazer alguma coisa a esse respeito? “A sabedoria do Koheleth é tristemente incompleta” (Gaius Glenn Atkins, in loc.).

Ec 1:16-17
Disse comigo: Eis que me engrandeci e sobrepujei. O
grande Salomão, que tinha obtido toda aquela fantástica sabedoria, mais que qualquer homem em Jerusalém, antes ou depois dele, e que tinha vastíssima experiência e conhecimento, chegou à conclusão de que até mesmo isso era “correr atrás do vento” (vs. Ec 1:17). Por que deveria haver algo tão completamente inútil? Por ser incompleto? Em parte, mas não somente por essa razão: porque em si mesmo nada valia. Isso contradiz toda a literatura do tipo positivo, onde a sabedoria é o tesouro que deve ser obtido, para uma vida plena, feliz e útil (Pv 4:13). Toda a literatura de sabedoria esforça-se por convencer os homens de que obter sabedoria é uma experiência útil e recompensadora, muito desejável e digna de ser buscada. Ademais, a sabedoria está alicerçada na lei, e isso era tudo para os hebreus. Por conseguinte, temos aqui o espetáculo de um sábio a descobrir, no fim, que a lei não era tão boa assim, algo inconcebível para a mentalidade dos hebreus.

O Poeta Sacro Fez Julgamentos de Valores. Ele descobriu tanto a insensatez quanto a sabedoria, e veio a compreender ambas as coisas, mas isso não lhe fez bem algum, nem o levou a nenhuma finalidade; não resolveu problemas para ele, porquanto a busca inteira era fútil. Se um homem não acredita na existência pós-vida, o que acontecia com o autor sagrado, é fácil saber por que ele termina chegando a tal conclusão.

Não existe método para distinguir, de modo absoluto, a verdade do erro, a sabedoria da insensatez. Poderia haver ilusão no processo inteiro. O que parecesse sabedoria, na realidade, poderia ser apenas insensatez disfarçada. Se essa era uma das posições defendidas pelo triste filósofo, então ele terminou em um pessimismo relativo. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia os artigos denominados fíelativismo e Pessimismo.

Ec 1:18

Porque na muita sabedoria há muito enfado. Supostamente, a sabedoria nos diz como as coisas devem ser, mas vemos que elas não são daquela maneira e nos sentimos vexados. A sabedoria traz consigo uma espécie de fraqueza e derrota, antes da sorte, o que nos maltrata a despeito do que sabemos. Sua aquisição, longe de aliviar a depressão criada por um ponto de vista mundial pessimista, na realidade aumenta a angústia mental (a tristeza) e o abatimento de coração. O conhecimento é o aliado da sabedoria e produz o mesmo efeito que ela. Quanto mais conhecemos sobre nosso próprio “eu” e sobre o dos outros, mais pessimistas nos tornamos quanto aos ideais.

As Quatro Máximas dos 5ss. 15-18:

1, O homem sábio, com sua doutrina de Deus como Causa Única, amargura-se perante o que a sorte faz, e não vê recurso contra isso (vs. Ec 1:15).
2. O sábio busca um guia infalível para a vida e a existência, e, quando não descobre nenhum guia, amargura-se e sente-se abandonado (vs. Ec 1:16). Sua sabedoria acaba decepcionando-o, pois promete mais que entrega.

3. O aumento da sabedoria e do conhecimento traz maior senso de fraqueza e fracasso. A sabedoria não oferece solução para o problema da tragédia humana (vs. Ec 1:17).
4. Aplicar sabedoria à vida é, no minimo, incerto. Nisso, manifesta-se a tristeza (vs. Ec 1:18).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Eclesiastes Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
*

1:1

Pregador. O original hebraico enfatiza a função de Salomão como aquele que convoca a comunidade da Aliança a fim de testemunhar e de celebrar a glória do Rei dos céus que enche seu templo terrestre (1 Rs 8). As palavras de Salomão, pois, foram dirigidas ao povo de Deus, e não aos agnósticos.

filho de Davi. Ver Introdução: Autor.

*

1:2

Vaidade. Essa palavra, no hebraico, significa "sopro" ou "neblina", ou seja, aquilo que é "inútil", "fútil" ou "não-substancial". A morte dos seres humanos torna inúteis os feitos e desejos das pessoas que criam as culturas terrenas ("debaixo do sol").

tudo. Essa palavra é qualificada pela frase "debaixo do sol" (vs. 3), e aponta para tudo quanto as pessoas experimentam com os seus sentidos (vs. 8).

*

1.3-11

A frase "Que proveito tem o homem?" provê o tema desse poema de abertura, enfocando a atenção do leitor sobre a evidente futilidade do trabalho e do estudo. Embora essas coisas ofereçam alguma satisfação de realização, a morte parece torná-las sem significado.

*

1.3-8 Por causa da morte, as pessoas precisam recomeçar continuamente suas labutas culturais. Nunca ficam completamente satisfeitas ante os resultados, e são impulsionadas a repetir esforços anteriores.

*

1:3

proveito. A idéia de que o labor da vida não tem proveito, apresentada aqui como uma pergunta retórica, é declarada diretamente em 2.11.

debaixo do sol. Essa frase é sinônima de "debaixo do céu" e "sobre a terra". O equivalente paulino é: "mundo perverso" (Gl 1:4). As energias investidas sobre os reinos terrenos com frequência não têm valor para o reino dos céus (Mc 8:36). Em contraste, a obra do Senhor não é vã (Jo 6:27-29; 1Co 15:58).

*

1:4

Geração vai, e geração vem... permanece. As pessoas vivem constantemente começando de novo (tal como o sol, no v. 5), enquanto que, por contraste, a terra (à qual cada pessoa retorna) permanece para sempre.

*

1:6

retorna aos seus circuitos. Essa frase é o ponto focal do poema em 1:4-8, uma figura para o refrão repetido de Salomão, "correr atrás do vento".

*

1:7

não se enche. As experiências das pessoas comumente nunca as enchem ou satisfazem, tal como as águas nunca enchem o mar.

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1.9-11

As realizações culturais não podem reverter o fútil processo da repetição do que já foi feito, pois todos morrem e suas obras são esquecidas.

*

1.12-15

A investigação pessoal de Salomão conclui que a cultura humana é mal orientada e incompleta.

*

1:12

rei... em Jerusalém. Ver Introdução: Autor.

*

1:13

com sabedoria. As realizações deste mundo, efetuadas sob a maldição de Deus (Gn 3:16-19), são fúteis e frustantes.

enfadonho trabalho. A existência humana inclui cargas divinamente impostas (Gn 3:16-19; Rm 8:22,23). Jesus é que as tornou suportáveis (Mt 11:28-30).

Deus. O nome pessoal do Deus da Aliança, "Yahweh" (convencionalmente traduzido por SENHOR), não é usado em Eclesiastes.

*

1:13-14

debaixo do céu... debaixo do sol. Ver 1.3 nota.

*

1:14

Atentei para todas as obras. Salomão tinha uma perspectiva exata sobre o tempo presente, por causa do dom de Deus (1Rs 3), bem como sobre o passado, porquanto ele meditava sobre a Palavra revelada de Deus.

*

1:15

torto... o que falta. Isso é resultado não somente do mal humano, mas também da maldição divina (7.13; Gn 3:16-19).

*

1:16

em sabedoria. O aumento da verdadeira sabedoria aumenta a sensibilidade do indivíduo para com os efeitos infelizes do pecado, pois nem todos esses efeitos são imediatamente visíveis.

todos os que antes de mim existiram em Jerusalém. Da perspectiva de Salomão, esses se refeririam a antigos reis pré-israelitas (Gn 14:18; Js 10:1).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Eclesiastes Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
1:1 O autor, Salomão (o "rei sobre o Israel, em Jerusalém", veja-se 1,12) refere-se a si mesmo como o Pregador, ou líder da assembléia. Estava tanto reunindo às pessoas para escutar a mensagem, como recolhendo ditos sábios (provérbios). Salomão, uma pessoa da Bíblia que o teve tudo (sabedoria, poder, riquezas, honra, reputação, favor de Deus), foi o que falou sobre o vazio final de tudo o que este mundo tem para oferecer. Tratou de destruir a confiança que a gente tinha em seus próprios esforços, habilidades e retidão, e dirigi-la para o compromisso com Deus como a única razão para viver.

1.1-11 Salomão tinha uma razão para escrever em forma cética e pessimista. Perto do final de sua vida analisou tudo o que tinha feito, e quase tudo parecia sem sentido (vaidade). Era uma crença comum que só os bons prosperavam e que só os maus sofriam, mas esta demonstrou ser falsa em sua experiência. Salomão escreveu este libero depois de que o tentou tudo e de que obteve muito, só para descobrir que nada além de Deus o tinha feito feliz. Queria lhes evitar a seus leitores esta mesma busca sem sentido. Se tratarmos de encontrar significado em nossos lucros em vez de encontrá-los em Deus, nunca estaremos satisfeitos, e tudo o que tratemos de obter se voltará tedioso e molesto.

1:2 O reino do Salomão, Israel, estava em sua época de ouro, entretanto Salomão queria que o povo visse que o êxito e a prosperidade não duram muito (Sl 103:14-16; Is 40:6-8; Jc 4:14). Todos os lucros humanos desaparecerão algum dia, e devemos manter isto em nossa mente para poder viver com sabedoria. Se não o fizermos, podemo-nos voltar soberbos e auto-suficientes quando tivermos êxito ou profundamente desiludidos quando fracassarmos. A meta do Salomão era mostrar que as posses terrestres e os lucros à larga carecem de sentido. Só a busca de Deus nos proporciona verdadeira satisfação. Devemos inclui-lo em tudo o que digamos, pensemos e façamos.

1.8-11 Muita gente se sente intranqüila e insatisfeita. pergunta-se: (1) se estiver dentro da vontade de Deus, por que me sinto tão cansado e insatisfeito? (2) Qual é o significado da vida? (3) Quando olhar para trás, sentirei-me feliz com meus lucros? (4) por que me sinto consumido, desiludido, seco? (5) O que será de mim? Salomão põe a prova nossa fé, ao nos desafiar para que encontremos o significado verdadeiro e perdurável unicamente em Deus. Se você jogar uma olhada severo a sua vida, como o fez Salomão, verá quão importante resulta o serviço a Deus sobre as outras opções. Possivelmente Deus lhe está pedindo que pense uma vez mais em seu propósito e direção na vida como o fez Salomão no Eclesiastés.

1.12-15 "O torcido não se pode endireitar" se refere à perplexidade e confusão final que temos por todas as perguntas a respeito da vida não respondidas. Salomão, ao escrever a respeito de sua própria vida, descobriu que nem seus lucros nem sua sabedoria o fizeram feliz. A verdadeira sabedoria se encontra em Deus e a verdadeira felicidade vem quando agradamos ao.

1.16-18 Quanto mais entendimento tenha, experimentará mais sofrimento e mais dificuldades. Por exemplo, quanto mais saiba, mais imperfeições verá ao redor de você. E quanto mais observe, a maldade se fará mais evidente. Quando você, como Salomão, queira encontrar o significado da vida, deverá estar preparado para sentir mais, pensar mais, questionar mais, sofrer mais e fazer mais. Está preparado para pagar o preço que exige a sabedoria?

1.16-18 Salomão põe ênfase em dois tipos de sabedoria no livro do Eclesiastés: (1) o conhecimento, raciocínio ou filosofia humanos e (2) a sabedoria que provém de Deus. Nestes versículos Salomão está falando sobre o conhecimento humano. Quando o conhecimento humano deixa fora a Deus, só tira reluzir nossos problemas devido a que não pode proporcionar as respostas sem uma perspectiva e uma solução eternas de Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Eclesiastes Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
I. inscrição e tema (Ec 1:1 , Ec 1:16 ; 2: 1-10 ), mas nunca o fazem. A reivindicação de autoria salomônica para Provérbios, que é, em muitos aspectos, como Eclesiastes, tem levado muitos a sentir que o "filho de Davi", que fala em Eclesiastes foi Salomão. No entanto, deve-se notar que a reivindicação de autoria salomônica nunca é explicitamente feita em Eclesiastes.

Uma palavra semelhante deve ser dito sobre a primeira declaração do motivo do livro (Ec 1:2)

3 Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho com que se afadiga debaixo do sol? 4 Uma geração vai e outra geração vem; mas a terra permanece para sempre. 5 O sol nasce, eo sol se põe, e corre de volta ao seu lugar donde nasce. 6 O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; ele faz o seu giro continuamente em seu curso, eo vento retoma os seus circuitos. 7 Todos os rios correm para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios correm, para ali ir novamente. 8 Todas as coisas estão cheias de cansaço; ninguém o pode exprimir -lo : os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir. 9 aquilo que foi é o que há de ser; e aquilo que foi feito é o que há de ser feito: e não há nada de novo sob o sol. 10 Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? ele tem sido há muito tempo, nos séculos que foram antes de Nu 11:1 Já não há lembrança das antigas gerações ; nem haverá qualquer lembrança das últimas gerações que estão por vir, entre os que virão depois.

A pergunta que Qoheleth está levantando é definido em relevo claro imediatamente. Que proveito haverá que vem de labuta do homem sob o sol? A vida não com qualquer evidência parece estar indo a lugar alg1. Pelo contrário, é uma ronda incessante.Há uma abundância de movimento, mas é cíclica, sempre girando repetitiously sobre si mesma. Ela é mais evidente na natureza. Todos os anos, reproduz as temporadas de um que é passado. Os fenômenos naturais mudar apenas em grau. Repetição cansativa faz parte da vida lamentavelmente previsível. A mesmice torna difícil lembrar de coisas e pessoas. É como a mesmice que é encontrado em nossos jornais diários. Os nomes e lugares mudam, mas a ação é a mesma. A vida é realmente vai a lugar nenhum? Existe algum lucro em que depois de tudo?

O leitor deve apreciar a franqueza, a franqueza honesta do Pregador como ele define o fundo para o seu trabalho. Ele declarou o seu problema. Ele ilustrou isso na vida. Sem sentimento religioso ou dogma irrealista é permitido para colorir seu realismo. Ele olhou para a vida e interroga-se sobre a sua finalidade. A conclusão parece obviamente negativa.

B. O PREGADOR investiga (1: 12-2: 17)

12 Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém. 13 E apliquei o meu coração para buscar e investigar com sabedoria a respeito de tudo o que se faz debaixo do céu: é enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para ser exercido com a mesma. 14 Tenho visto todas as obras que se fazem debaixo do sol; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento. 15 O que é torto não se pode endireitar; e aquilo que falta não se pode contar. 16 Falei comigo mesmo, dizendo: Eis que eu me engrandeci sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; sim, o meu coração se deixou tido larga experiência da sabedoria e do conhecimento. 17 E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria ea conhecer os desvarios e insensatez: percebi que este também foi correr atrás do vento. 18 Porque na muita sabedoria há muito enfado; eo que aumenta o conhecimento aumenta a tristeza.

1 Eu disse no meu coração: Ora vem, eu te provarei com alegria; portanto goza o prazer; e eis que também isso era vaidade. 2 Do riso disse, é louco; e de alegria, que o faz? 3 Busquei no meu coração como estimular com vinho a minha carne, o meu coração ainda guiando me com sabedoria, e como me apoderar da estultícia, até ver o que era bom para os filhos de . homens que fizessem debaixo do céu todos os dias de sua vida 4 eu me fez grandes obras; Edifiquei para mim casas; Eu me plantei vinhas; 5 Eu me hortas e jardins, e plantei neles árvores de todos os tipos de frutas; 6 Fiz ​​tanques de águas, a água daí a floresta onde as árvores foram criados; 7 Comprei servos e servas e servos tinham nascidos em casa; também tive grandes possessões de gados e de rebanhos, mais tudo o que houve antes de mim em Jerusalém, 8 Juntei-me também de prata e ouro, e tesouros dos reis e das províncias; Provi-me de homens-cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens, instrumentos musicais, e que, de todos os tipos. 9 Então, eu estava ótimo, e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém; também a minha sabedoria permaneceu comigo. 10 E tudo quanto desejaram os meus olhos não manteve deles; Eu não me negaste o meu coração de alegria alguma; para o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho; e esta foi a minha porção de todo o meu trabalho. 11 Então olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, e para o trabalho que eu já havia trabalhado para fazer;e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol.

12 Virei-me para contemplar a sabedoria, ea loucura, ea loucura: o que pode o homem fazer que seguir ao rei? até mesmo aquilo que foi feito há muito tempo. 13 Então eu vi que a sabedoria é mais excelente do insensatez, na medida em que é mais excelente luz . escuridão 14 Os olhos do sábio estão na sua cabeça, mas o louco anda em trevas; contudo percebi que se sucede a todos eles. 15 que eu disse no meu coração: Como acontece ao tolo, assim me sucederá a mim; e por que eu estava, então, mais sábio? Então eu disse em meu coração, que também isso era vaidade. 16 Para o sábio, bem como do estulto, a memória não durará para sempre; vendo que nos dias de vir todos terá sido esquecido há muito tempo. E como levará o homem sábio morrer até mesmo como o tolo! 17 Então, eu odiava a vida, porque a obra que se faz debaixo do sol foi doloroso para mim; porque tudo é vaidade e aflição de espírito.

O problema do Preacher é a vida sob o sol. Esta frase é uma chave para o livro. Ela ocorre cerca de 29 vezes e revela o ponto de vista de quem fala. O pregador é olhar para a vida a partir da perspectiva da Terra. Ele quer saber se é possível a partir de um ponto de vista sob o sol para encontrar o significado de tudo o que se faz debaixo do céu (Ec 1:13 ). Ele não faz apelo à revelação divina para resolver este problema. Será que aqui temos um vislumbre de um grande propósito do autor? Será que ele está cuidadosamente, procurando demonstrar a incapacidade absoluta do homem sem a ajuda de revelação para furar a escuridão que engolfa o homem natural, e para encontrar através de sua própria busca a chave para a vida? Note-se a intensidade ea amplitude de sua pesquisa. Ele está determinado a beber o copo de vida ao máximo e procurar o seu segredo mais relutantes. Será que ele suspeitava da inutilidade de tal esforço, antes de começar? É óbvio que Qoheleth em nenhum momento rejeita o patrimônio que é seu. Ele é um filho de Israel, embora ele não falar sobre isso. Ele escreve a partir da perspectiva de Israel (ele não é politeísta como seus contemporâneos no mundo além das fronteiras de Israel) como um herdeiro de Direito e Profeta. Ele pode ser rasgada por seus problemas e assolada por dificuldades óbvias, mas as suas conclusões nunca são negações do que ele recebeu. Ele tomará há respostas fáceis, mas ele não é tolo. Ele sabe que há um Deus, e que ao homem que lhe agrada a Deus dá a sabedoria, e conhecimento, e alegria (Ec 2:26 )


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Eclesiastes Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
Imagine uma assembléia do povo judeu enquanto escuta o rei Salo-mão discutir problemas importan-tes. Nessa assembléia, Salomão é o "pregador" ou "debatedor" (1:1- 2,12; 7:27; 12:8-10), e o tópico em discussão é este: a vida vale a pena? Você pode pensar em um assunto de natureza mais prática? E em uma pessoa mais apropriada para discu-ti-lo? Salomão foi o mais sábio dos reis, um homem cuja sabedoria e riqueza possibilitaram-lhe ter uma vida plena. Nessa seção resumida, tocaremos apenas nos pontos prin-cipais desse interessante livro.

I. O problema declarado (Ec 1:0)

A vida vale a pena? Esta é a questão que Salomão discute. Em 1:1-3, ele afirma suas primeiras conclusões: a vida não vale a pena porque é cheia de vaidade (vazio). A seguir, ele apresenta seu raciocínio:

A. O homem é apenas um elo da engrenagem (Ec 1:4-21)

O que é o homem comparado à vastidão do mundo? Século após século, tudo na natureza continua existindo, mas o homem fica aqui por um breve espaço de tempo e, depois, morre. Tudo isso parece tão sem sentido. Tudo isso é vaidade. (Salomão usa a palavra "vaidade" 28 vezes nesse livro.) Por que deve-mos nos incomodar em viver, já que a vida é tão curta, e o homem, tão insignificante?

  • O homem não pode entender tudo (Ec 1:12-21)
  • Salomão era o mais sábio dos ho-mens, contudo ficou perplexo quan-do tentou entender o significado da vida. Quantos sábios filósofos tenta-ram explicar a vida, apenas para, no fim, admitir sua total ignorância. É razoável viver quando não entende-mos o sentido da vida?


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Eclesiastes Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
    1.2,3 Temática. A vaidade das coisas terrenas e a inutilidade dos esforços humanos em se conseguir a felicidade verdadeira. A palavra "vaidade" se encontra 37 vezes neste, livro, referindo-se Salomão às coisas que se acham "debaixo do sol"; esta última expressão aparece 29 vezes. Comp. "vaidade" com "bolha de sabão": pode ser explicada como futilidade, inanidade, insignificância (2.15n; conforme Rm 8:20).

    1.4 Geração vai... vem. Mostra a inconstância das coisas terrenas e da vida humana.

    1:5-7 Os agentes naturais sempre voltam a fazer o mesmo, enquanto o mundo presente permanecer, pois no derradeiro dia este ritmo terminará (conforme Ap 20:11; 2Pe 3:10-61).

    1.10 Isto é novo? O que se encontra "debaixo do sol" (9) é terreno, temporal, perecível. O que é passageiro, de certa maneira às vezes até mui parecida, pode ser visto, ouvido ou sentido de novo.

    1.11 Precederam. As coisas de gerações passadas.

    1.13 Coração... sabedoria. Salomão, de todo o coração, procurou perscrutar com sabedoria as coisas terrenas, mas, como logo confessa, debalde, pois só o Espírito de Deus penetra todas as coisas, corno o próprio Deus disse ao mesmo Salomão (1Cr 28:9), pois: "em Cristo estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento" (Cl 2:3).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Eclesiastes Capítulo 1 do versículo 1 até o 18

    1) O mundo como parece (1:1-11)

    Observada de um ponto de vista, a vida certamente não parece ter muito sentido. Um homem trabalha duro a vida inteira, mas não ganha nada com isso. No final, ele morre e perde tudo. A mesma coisa acontece de geração em geração; nada muda (1:1-4). O sol nasce e se põe, e depois no dia seguinte nasce novamente — e isso continua dia após dia. O vento sopra mas nunca fica exausto, fazendo o círculo para percorrer o mesmo curso de novo. Ano após ano, os rios derramam suas águas no mar, mas os rios nunca secam, e o mar nunca se enche (v. 5-7). Nada existe, a não ser o movimento constante e enfadonho, mas nada muda de verdade, nada satisfaz. O passado vai se repetir no futuro; mas o passado logo é esquecido e o mesmo destino aguarda o futuro (v. 8-11).
    1.1 V. Introdução, do mestrr. o heb. qõhelet é uma forma de particípio feminino, o que sugere que originariamente significava uma ocupação, mas mais tarde veio a ser aplicado a uma pessoa engajada em tal ocupação.

    v. 2. inutilidade: vaidade, sopro; i.e., sem substância, vazio, transitório, v. 3. debaixo do sol: na terra; a vida no mundo dos homens. V. tb. comentário Dt 2:19. v. 5. Depois de concluir sua viagem de um dia, o cansado sol depressa volta para o seu ponto de partida, somente para repetir o processo no dia seguinte, e isso todos os dias. Em outras palavras, não vai a lugar nenhum! v. 8. canseira: tanto para o homem que observa os fenômenos quanto para os fenômenos em Sl. Nada do que o homem diz, vê ou ouve pode explicar essa labuta fútil nesse círculo monótono da natureza, v. 11. Ninguém se lembra dos que viveram na antigüidade: i.e., as pessoas esquecem com grande facilidade o que aconteceu nas gerações passadas. E por isso que as coisas lhes parecem novas (v. 10).


    2) A busca pelo sentido da vida (1.12—2.26)
    Falando como Salomão, o autor agora descreve sua própria experiência dolorida à medida que ele se ocupou com a questão frustrante de tentar descobrir um significado na vida. Primeiro ele tentou a sabedoria, só para ser levado à conclusão de que toda a atividade do homem, a longo prazo, é fútil. O homem não pode mudar o que o destino predeterminou (v. 12-15). O autor usou seu grande conhecimento e experiência para estudar não somente a sabedoria mas também os seus opostos, mas ainda assim não encontrou respostas para os seus problemas. Sua experiência com a sabedoria só o conduziu a frustrações e miséria ainda maiores (v. 16-18).
    Continuando na sua busca, o autor então se voltou aos prazeres de diversos tipos, mas não encontrou nada de valor duradouro (2.1)
    3). Ele usou seus recursos e know-how para construir grandes prédios e prover para Sl mesmo jardins e fazendas exuberantes; equipou sua casa com tudo de que precisava para viver uma vida de prazer irrestrito (v. 4-8). Na época, toda essa atividade até lhe deu alguma satisfação, mas, ao olhar para trás, o autor confessa que tudo aquilo não serviu para nada. Ele não estava mais próximo de encontrar o bem supremo da vida (v. 9-11).

    A riqueza e realizações de Salomão foram incomparáveis. Ninguém poderia fazer mais do que ele havia feito. Mas, se até ele concluiu que tudo isso não traz satisfação duradoura, que probabilidade qualquer outra pessoa tem de encontrá-la? Por isso, o autor se volta a considerar a sabedoria e a loucura mais uma vez (v. 12). Obviamente, a sabedoria é melhor que a loucura; o que está perfeitamente claro para o sábio, o tolo não consegue nem ver! Por outro lado, que benefícios duradouros a sabedoria confere? Pois o sábio morre assim como morre o tolo, e ambos são logo esquecidos (v. 13-16).
    A futilidade resultante do fato de que a vantagem da sabedoria sobre a loucura é cancelada pela morte é suficiente para fazer o sábio odiar a vida (v. 17).
    Não se constata somente o fato de que a sabedoria não tem vantagem sobre a insensatez, como também se vê que a diligência não tem vantagem sobre a ociosidade. O trabalho sério e duro no final só conduz ao desespero. O homem usa toda sua inteligência e habilidade no seu trabalho, labutando arduamente de dia e se preocupando com ele à noite, mas, quando ele morre, tudo que construiu passa a alguém que não trabalhou para obter aquilo, e essa pessoa ainda é capaz de arruinar tudo (v. 18-23).
    Tudo isso força o autor à conclusão segura de que a intenção de Deus é que o homem desfrute das coisas boas da vida e encontre prazer no seu trabalho. Esse é o presente de Deus. A pessoa que aceita esse presente agrada a Deus; a essa pessoa Deus dá os meios de desfrutar do presente dele. A pessoa que não aceita o prazer como presente de Deus (mas o persegue como um alvo a ser alcançado pelos seus próprios esforços) desagrada a Deus e é marcada como pecador. Tudo que ela constrói se perde no final, e ela descobre, para seu desespero, que a vida é fútil (v. 24-26).
    1.13. sabedoria: i.e., a investigação intelectual, que o autor considera inadequada para a compreensão do significado da vida. Em outros trechos, ele elogia a sabedoria (sabedoria prática) como sendo de valor para as questões da vida diária (e.g., 2.13 14:7-11,12; 8:1-5; 9:13-18). fardo pesado: “ser afligido por” (Gordis); “uma aflição dolorosa” (Scott); “um destino miserável” (GNB). v. 14. correr atrás do vento-, lit. alimentar-se do vento, i.e., algo fútil. v. 15. provavelmente uma citação; assim também o v. 18. v. 17. loucura-, folia, negligência, iniquidade; aplicada aqui ao pensamento do autor, e não à sua conduta. Experimentos com a última são descritas no parágrafo seguinte: 2:1-11. v. 18. Quanto maior a sabedoria, tanto maior o sentimento de frustração.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Eclesiastes Capítulo 1 do versículo 12 até o 18

    B. Pelo Conhecimento. Ec 1:12-18.

    O autor buscava o conhecimento mais do que qualquer outra pessoa, mas não encontrou satisfação duradoura, pois o 'mundo continuava cheio de problemas que não podiam ser resolvidos.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Eclesiastes Capítulo 1 do versículo 12 até o 18
    b) O fracasso de todas as tentativas de dar significado à existência (Ec 1:12-21). O homem não pode ficar satisfeito com a existência sem significado. Dentro dele existe um irresistível ímpeto para encontrar rima ou razão na vida; pois ele é uma "cana pensante" (Pascal). Deus implantou no homem esse desejo insopitável por ordem e sistema. Não obstante, isso só faz adicionar ao tormento do homem; pois o quebra-cabeças de peças recortadas da vida não pode ser completado; estão faltando algumas das peças (15). A tentativa de traçar um completo sistema filosófico só pode ser conseguido mediante a violência contra a realidade "tentando fazer direito aquilo que é torto". A última palavra da sabedoria humana, como alguns dos mais sábios têm percebido, é confessar que nada sabemos, que a chave para o mistério final escapa de nosso entendimento. Tal é a sabedoria de Tao Te Ching:

    "Trinta raios compõem uma roda;

    E se adaptam a "nada" no centro:

    Nisso jaz a utilidade de uma carruagem.

    A argila é moldada para fazer um vaso;

    e o barro se amolda em torno de "nada":

    Nisso jaz a utilidade do vaso...

    Assim é que, se é vantajoso ter algo ali,

    Também deve ser útil "nada" ter ali".

    A sabedoria que termina nesse "buraco no centro" necessariamente deve ser vexação de espírito, até que o homem encontra "a sabedoria que do alto vem" (Jc 3:17), "a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória" (1Co 2:7).


    Dicionário

    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Endireitar

    verbo transitivo direto e pronominal Tornar direito, reto: endireitar um prédio; com a reforma, a parede se endireitou.
    verbo transitivo direto e intransitivo Figurado Deixar correto ou fazer correção em; corrigir, emendar, retificar: endireitar um comportamento; com o tempo, endireitou.
    verbo transitivo indireto Seguir diretamente a: endireitou para o trabalho.
    verbo pronominal Seguir pelo caminho do bem: endireitou-se com a meditação.
    Etimologia (origem da palavra endireitar). En + direito + ar.

    Falta

    [...] As faltas são quedas.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Urânia• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 6

    A fama é tuba comprida. / De curto discernimento / Que toca mais à fortuna / Que ao justo merecimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3


    Falta
    1) Pecado (RA: Sl 19:12; Gl 6:1).


    2) Privação; necessidade (Dt 28:48).


    falta s. f. 1. Ato ou efeito de faltar. 2. Carência, penúria, privação. 3. O fato de não existir. 4. Infração leve contra o dever. 5. Esp. Transgressão de uma regra.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Pode

    substantivo deverbal Ação de poder, de ter capacidade, direito ou autoridade para conseguir ou para realizar alguma coisa: ele não pode fazer este trabalho; ele tem todas as condições necessárias e pode se candidatar ao emprego.
    Ação de estar sujeito a: o atleta pode se machucar durante o jogo.
    Ação de ter controle sobre: o professor não pode com os alunos.
    Gramática A grafia "pôde" é usada com o mesmo sentido, mas no passado.
    Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de poder.
    substantivo deverbal Ação de podar, de cortar os ramos das plantas ou de aparar suas folhas: preciso que ele pode a videira.
    Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de podar.

    Ser

    verbo predicativo Possuir identidade, particularidade ou capacidade inerente: Antônia é filha de José; esta planta é uma samambaia; a Terra é um planeta do sistema solar.
    Colocar-se numa condição ou circunstância determinada: um dia serei feliz.
    Gramática Usado na expressão de tempo e de lugar: são três horas; era em Paris.
    verbo intransitivo Pertencer ao conjunto dos entes concretos ou das instituições ideais e abstratas que fazem parte do universo: as lembranças nos trazem tudo que foi, mas o destino nos mostrará tudo o que será.
    Existir; fazer parte de uma existência real: éramos os únicos revolucionários.
    verbo predicativo e intransitivo Possuir ou preencher um lugar: onde será sua casa? Aqui foi uma igreja.
    Demonstrar-se como situação: a festa será no mês que vem; em que lugar foi isso?
    Existir: era uma vez um rei muito mau.
    Ser com. Dizer respeito a: isso é com o chefe.
    verbo predicativo e auxiliar Une o predicativo ao sujeito: a neve é branca.
    Gramática Forma a voz passiva de outros verbos: era amado pelos discípulos.
    Gramática Substitui o verbo e, às vezes, parte do predicado da oração anterior; numa oração condicional iniciada por "se" ou temporal iniciada por "quando" para evitar repetição: se ele faz caridade é porque isso lhe traz vantagens políticas.
    Gramática Combinado à partícula "que" realça o sujeito da oração: eu é que atuo.
    Gramática Seguido pelo verbo no pretérito perfeito composto: o ano é acabado.
    substantivo masculino Pessoa; sujeito da espécie humana.
    Criatura; o que é real; ente que vive realmente ou de modo imaginário.
    A sensação ou percepção de si próprio.
    A ação de ser; a existência.
    Etimologia (origem da palavra ser). Do latim sedẽo.es.sẽdi.sessum.sedẽre.

    O ser é uno mesmo quando no corpo ou fora dele. No corpo, ocorre a perfeita integração dos elementos que o constituem, e, à medida que se liberta dos envoltórios materiais, prossegue na sua unidade com os vestígios da vivência impregnados nos tecidos muito sutis do perispírito que o transmitem à essência espiritual.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    [...] o ser é fruto dos seus atos passados, para agir com as ferramentas da própria elaboração, na marcha ascendente e libertadora.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

    [...] cada ser é um universo em miniatura, expansível pelo pensamento e pelo sentimento e que possui como atributo a eternidade.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 8

    [...] o ser é o artífice da sua própria desgraça ou felicidade, do seu rebaixamento ou elevação. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo


    Torto

    adjetivo Que não é direito.
    Retorcido.
    Oblíquo.
    Vesgo: olhos tortos.

    torto (ô), adj. 1. Que não é direito; tortuoso. 2. Oblíquo. 3. Errado, injusto. 4. Di-Zse da pessoa ou do animal que só tem um olho ou que só enxerga de um olho. S. .M 1. Indivíduo de mau caráter. 2. Ant. Ofensa, injúria. Adv. Mal, de modo errado ou inconveniente.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Eclesiastes 1: 15 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode enumerar.
    Eclesiastes 1: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    937 a.C.
    H2642
    cheçrôwn
    חֶסְרֹון
    ()
    H3201
    yâkôl
    יָכֹל
    prevalecer, vencer, resistir, ter poder, ser capaz
    (they could)
    Verbo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H4487
    mânâh
    מָנָה
    contar, calcular, numerar, designar, falar, indicar, preparar
    (number)
    Verbo
    H5791
    ʻâvath
    עָוַת
    ser entortado, ser curvado, curvar, tornar torto, perverter
    (pervert)
    Verbo
    H8626
    tâqan
    תָּקַן
    nivelar, endireitar, tornar reto
    (be made straight)
    Verbo


    חֶסְרֹון


    (H2642)
    cheçrôwn (khes-rone')

    02642 חסרון checrown

    procedente de 2637; DITAT - 705d; n m

    1. aquilo que falta, defeito, deficiência

    יָכֹל


    (H3201)
    yâkôl (yaw-kole')

    03201 יכל yakol ou (forma mais completa) יכול yakowl

    uma raiz primitiva; DITAT - 866; v

    1. prevalecer, vencer, resistir, ter poder, ser capaz
      1. (Qal)
        1. ser capaz, ser capaz de vencer ou realizar, ser capaz de resistir, ser capaz de alcançar
        2. prevalecer, prevalecer sobre ou contra, vencer, ser vitorioso
        3. ter habilidade, ter força

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    מָנָה


    (H4487)
    mânâh (maw-naw')

    04487 מנה manah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1213; v

    1. contar, calcular, numerar, designar, falar, indicar, preparar
      1. (Qal)
        1. contar, numerar
        2. considerar, designar, encarregar
      2. (Nifal)
        1. ser contado, ser numerado
        2. ser considerado, ser designado
      3. (Piel) indicar, ordenar
      4. (Pual) indicado (particípio)

    עָוַת


    (H5791)
    ʻâvath (aw-vath')

    05791 עות ̀avath

    uma raiz primitiva; DITAT - 1591; v

    1. ser entortado, ser curvado, curvar, tornar torto, perverter
      1. (Piel)
        1. tornar torto, falsificar, perverter, subverter
        2. curvar, tornar torto
      2. (Pual) coisa torta (particípio)
      3. (Hitpael) curvar-se

    תָּקַן


    (H8626)
    tâqan (taw-kan')

    08626 תקן taqan

    uma raiz primitiva; DITAT - 2540; v.

    1. nivelar, endireitar, tornar reto
      1. (Qal) tornar reto
      2. (Piel) endireitar, alinhar, organizar, pôr em ordem